Na última segunda-feira (2), a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou novas imagens da Nebulosa de Órion, considerada uma das mais resplandecentes já identificadas pela comunidade científica. As fotografias foram capturadas pelo telescópio James Webb, que possui a capacidade de detectar a radiação infravermelha presente no espaço sideral.
Localizada ao sul do cinturão homônimo, a nebulosa abriga uma ampla diversidade de fenômenos, conforme informado em um comunicado emitido pela organização. Estes fenômenos incluem protoestrelas, objetos flutuantes, anãs marrons e discos que resultam na formação de planetas em órbita ao redor de estrelas jovens. As novas imagens foram capturadas pelo dispositivo NIRCam e posteriormente transformadas em dois comprimentos de onda: um curto e outro mais longo.
Novas descobertas
Também conhecida como Messier 42, essa aglomeração gerou uma série de imagens onde, no comprimento de onda mais curto, é possível avistar o Aglomerado do Trapézio. Este conjunto é considerado o núcleo desta nebulosa e ajuda a destacar o gás e a poeira que a compõem. Além disso, é possível notar uma região com uma extensão estimada de quatro anos-luz, o que equivale a um pouco menos da distância entre o Sol e a sua estrela mais próxima, conhecida como Centauri.
O segundo mosaico, composto por aproximadamente 712 fotos, revelou a presença de um grupo de compostos orgânicos conhecidos como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, juntamente com uma rede de poeira envolta em um aglomerado de gases e moléculas altamente sensíveis. Os pesquisadores também destacam a presença de uma mistura de gases em tons de vermelho, verde e marrom, denominada de "Baía Brilhante," e compartimentos que parecem ter se formado a partir de uma explosão ocorrida atrás da nebulosa.
Telescópico de alta precisão
Lançado aos céus no final de 2021, o telescópio James Webb é uma parceria internacional entre a ESA, a NASA e a Agência Espacial Canadense (CSA). Ele é considerado um dos instrumentos mais potentes, sendo capaz de ser 100 vezes mais preciso do que o seu antecessor, o Hubble.
Matéria por Pedro Ribeiro (In Magazine - IG)
Foto destaque: Nebulosa de Órion. Reprodução/Divulgação/Nasa/ESA/CSA