Nesta quarta-feira (28), a Rússia adotou normas como precaução para a adesão da Suécia à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O governo russo acredita que a união do país europeu com a aliança militar ocidental foi um erro desastroso. A decisão da Suécia para entrar na Otan ocorreu após a invasão da Rússia ao território da Ucrânia em 2022; o país foi oficialmente submetido a partir da aprovação dada pela Parlamento da Hungria.
“Monitoraremos de perto o que a Suécia fará no agressivo bloco militar, como realizará sua adesão na prática. (…) Com base nisso, construiremos nossa resposta com medidas retaliatórias de natureza técnico-militar e outras”, pronunciou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, mostra solicitação de adesão à aliança de Suécia e Finlândia na sede da aliança (Foto: reprodução: Johanna Geron/ Pool/ AFP Photo)
Finlância e Suécia fazem aliança com Otan
A guerra entre Rússia e Ucrânia desencadeou ações políticas pela Europa como uma forma de evitar a agravação do conflito. Apesar do esforço dos países vizinhos, à medida que o embate prolongou, a Otan decidiu abrir mão da neutralidade e é abertamente contra a guerra. A partir disso, a Finlândia e a Suécia decidiram se juntar à organização, tomando o partido da Ucrânia. Assim, o Mar Báltico está rodeado por países que possuem aliança com a Otan, representando uma derrota geopolítica e econômica para a Rússia por ser uma rota privilegiada de comércio marítimo.
Medidas futuras tomadas pela Rússia
O presidente da França, Emmanuel Macron, durante uma reunião da Otan nesta segunda-feira (27), declarou sobre a possibilidade da aliança militar enviar soldados para auxiliar a Ucrânia durante a guerra. Putin, presidente da Rússia, acredita que uma guerra ainda maior pode ser “inevitável” se as falas do presidente francês forem concretizadas.
"O próprio fato de discutir a possibilidade de enviar certos contingentes para a Ucrânia a partir de países da Otan é um novo elemento muito importante. Nesse caso, precisaríamos falar não sobre a probabilidade, mas sobre a inevitabilidade (de um conflito direto)", alegou Dmitry Peskov, porta-voz da capital.
Os aliados da Otan afirmam que o envio de tropas a favor da Ucrânia é uma possibilidade não descartada, mas que ainda não foi discutida; em unanimidade os países conversaram sobre o aumento de suporte financeiro para os ucranianos.
Foto em destaque: Vladimir Putin (Reprodução/ Sergei Karpukhin/ Getty Images)