Em uma crescente das tensões comerciais pelo mundo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um comunicado nesta sexta-feira (24) de uma possível entrada de novas tarifas que afetam tanto a União Europeia quanto a empresa norte-americana Apple. As ameaças incluem uma tarifa de 50% sobre produtos importados da União Europeia e uma tarifa de 25% sobre smartphones fabricados fora dos EUA.
Essas declarações de Trump provocaram uma crise no mercado financeiro. O índice Dow Jones caiu 256 pontos, o Nasdaq recuperou quase 200 pontos e o S&P 500 teve uma queda de 0,7%, com todos os principais índices registrando perdas semanais superiores a 2%. Já as ações da Apple, em particular, sofreram uma queda de 3% após o anúncio.
Contexto das tensões com a União Europeia
As relações entre os EUA e a União Europeia já estavam tensas devido às questões burocráticas. Recentemente, a UE multou a Apple em 500 milhões de euros e a Meta em 200 milhões de euros por manifestar as regras do bloco para os mercados digitais. Trump criticou as ações adotadas pela UE e ameaçou lançar tarifas contra os países que penalizarem alguma empresa norte-americana.
Celular da marca Apple (Foto: reprodução/Nicolas Tucat/Getty Images Embed)
A União Europeia respondeu a estas últimas ameaças de tarifas com a proposta de contramedidas que podem atingir até 95 mil milhões de euros nos Estados Unidos.
Essas ameaças de Trump são vistas como uma forma de pressão sobre parceiros comerciais para negociar acordos mais desenvolvidos aos Estados Unidos. No entanto, a abordagem agressiva está levando a uma contramedida de outros países e ao aumento da instabilidade econômica global, como a União Europeia, que já sinalizou disposição para responder às tarifas de forma igualitária.
Possíveis efeitos no Brasil
Especialistas alertam que as tarifas impostas por Trump podem ter repercussões globais, incluindo no Brasil. Com a Apple enfrentando custos adicionais, é provável que os preços de seus produtos aumentem internacionalmente. Analistas preveem que o preço dos iPhones no Brasil pode subir entre 10% e 20% nos próximos meses.
Foto Destaque: Donald Trump mostra as tarifas dos países (Reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)