Segundo o portal Financial Times, a União Europeia, grupo que reúne política e economicamente 27 países da Europa, pretende implementar uma nova taxa de importação para encomendas de baixo valor (até 150 euros), para cobrir os custos de controle alfandegário. A medida foi proposta nesta terça-feira (20) e ainda está em fase de aprovação.
Nova taxa
De acordo com publicações, as taxas irão focar sobretudo em produtos importados da China. Maroš Šefčovič, comissário de comércio da União Europeia, afirma que houve um grande aumento no número de importações nos últimos meses, principalmente vindas do país asiático, que costuma oferecer um custo benefício atrativo para seus compradores. O comissário afirma: “A enorme inundação de encomendas representa um desafio completamente novo: para o controle, para a segurança, para garantir que as normas são devidamente verificadas”.
Lojas online ganham cada vez mais espaço na vida dos europeus (Foto: reprodução/ KIRILL KUDRYAVTSEV / Getty images embed)
É estipulado que a taxa será de cerca de 2 euros por encomenda, cobradas do consumidor. Já os contribuintes logísticos serão taxados em 0,50 centavos. O valor arrecadado irá contribuir para o melhoramento e manutenção do sistema alfandegário, além de oferecer uma nova fonte para os cofres do bloco econômico.
Mudança de cenário para os grandes varejistas
Além de questões alfandegárias, as novas taxas prometem melhorar o cenário dos varejistas europeus que alegam sofrer com a concorrência injusta dos grandes vendedores online estrangeiros, que não precisam lidar com os mesmos custos e regulamentos.
Com o aumento da fiscalização, também será possível preservar a qualidade dos produtos ao barrar aqueles que estão fora dos padrões, além de evitar acidentes com objetos perigosos. As novas taxas poderão ainda oferecer uma oportunidade de diversificação das relações comerciais internacionais para os compradores europeus.
Para os vendedores estrangeiros, a mudança no paradigma e nos protocolos poderá significar uma diminuição considerável nos negócios. O Brasil não deve ser diretamente afetado.
Nas próximas semanas, a proposta será analisada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados que constituem a União Europeia, podendo entrar em vigor ainda em 2025.
Foto destaque: bandeiras da União Europeia (Reprodução/ sharrocks/ Getty images embed)