Na última terça-feira (5), foi emitido pelo Banco do Brasil (BB) uma nota informativa da qual comunicava a realização de uma nova transação, chamada de Drex, realizada com sucesso pela primeira vez entre dois bancos públicos: o próprio Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
Testes com o Real Digital
A primeira transferência entre carteiras dos bancos públicos Caixa e BB aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto e contou com a transação entre reservas bancárias no ambiente de testes do Banco Central.
Inicialmente, o valor foi transferido da Caixa para o BB e, logo após, retornou para a carteira do primeiro banco. Com o resultado positivo deste teste, as presidentes dos respectivos bancos, Rita Serrano e Tarciana Medeiros, se mostraram bastante entusiasmadas com a inovação do "Real Digital", como também o Drex é comumente conhecido.
Caixa e BB realizam primeira transferência via Drex (Foto: reprodução/Canal Consulta Pública)
Vale lembrar que a transação interbancária com o Drex já foi realizada entre bancos privados. No dia 29 de agosto, os bancos Itaú Unibanco e BTG Pactual, que faziam parte da lista de 16 instituições financeiras escolhidas pelo BC, operaram da mesma forma que os bancos públicos e também obtiveram sucesso nas tranferências. Além das citadas, no último domingo (3), foram realizados outros testes, mas dessa vez entre o BB e o Banco BV.
Entenda o Drex
A moeda Drex, conhecida como uma versão digital da moeda brasileira, é uma Central Bank Digital Currency (CBDC) e agirá semelhantemente como o Pix, possibilitando que o usuário realize pagamentos instantâneos, mas ainda sim, contará com outros recursos.
O Drex permitirá outras finalidades como compra e venda de títulos públicos, transações financeiras, pagamento de contas, transferências de alto valor e a conversão entre o real digital e depósitos bancários convencionais. Coordenada pelo Banco Central, o Drex promete mais segurança para suas operações e inovação empresarial, mas também exigirá mais formalidades aos usuários.
Segundo o coordenador da iniciativa no Banco Central, Fábio Araújo, a expectativa é de que o Drex chegue para testes aos cidadãos no final de 2024 ou logo no início de 2025.
Foto destaque: Drex é a nova moeda digital brasileira. Reprodução/Guia do Investidor