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Alemanha preocupada com tarifas dos EUA demonstra vulnerabilidade econômica

As previsões de um Banco Central alemão acuado sob as ameaças do aumento de tarifas por parte do governo Trump, preocupa o mercado europeu

19 Fev 2025 - 12h01 | Atualizado em 19 Fev 2025 - 12h01
Alemanha preocupada com tarifas dos EUA demonstra vulnerabilidade econômica  Lorena Bueri

Após projeções simuladas baseando-se na probabilidade de Donald Trump efetivar suas ameaças tarifárias ao mundo e diante do atual quadro da Alemanha com vistas ao cenário de recessão industrial, tencionado pela produção chinesa subsidiada, que substitui produtos alemães no mercado, o presidente do Banco Central da Alemanha manifestou preocupação. Outro fator prejudicial à economia do país é o agravante com os custos de energia.

Vulnerabilidade alemã

Joachim Nagel, presidente do Banco Central alemão, comentou sobre a vulnerabilidade alemã relacionada às tarifas aplicadas pelo governo dos EUA, refletindo na restrição do crescimento econômico do país. "A economia que tem sofrido por dois anos consecutivos uma contração agressiva, tende a piorar se as tarifas dos Estados Unidos estiverem alinhadas as ameaças do governo Trump", comentou Joachim na última segunda (17).

O relatório do Banco Central trouxe informações não muito animadoras no clímax da atual condição alemã, pós-impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, principalmente no que diz respeito à energia consumida no país.


Joachim Nagel, presidente do BC da Alemanha (Foto:reprodução/Bundesbank/Frank Rumpenhorst)

Joachim Nagel, presidente do BC da Alemanha (Foto:reprodução/Bundesbank/Frank Rumpenhorst)


A saturação dos dados emitidos pela instituição alemã, com informações de pouca ou quase nenhuma mudança positiva do quadro econômico, gera mais insegurança do que tranquilidade aos gestores e contribuintes.

"Os preços das commodities energéticas aumentaram um pouco recentemente. Os preços do petróleo bruto, em particular, aumentaram significativamente. Quando este relatório foi para a imprensa (em janeiro de 2025), um barril de petróleo bruto Brent custava US$ 83, cerca de 10% a mais do que em novembro. Isso se deveu principalmente a novas sanções dos EUA visando o setor petrolífero russo, que provavelmente interromperão as entregas de petróleo russo. Os preços do gás também aumentaram um pouco após o término do acordo de trânsito entre a Rússia e a Ucrânia, o que significa que a Rússia não pode mais exportar gás via Ucrânia. Além disso, os preços foram sustentados por condições climáticas desfavoráveis, acompanhadas por uma demanda maior por gás", informou o Banco Central alemão, no relatório de janeiro de 2025.

Outros riscos

O chefe do Banco Central da Itália falou sobre o temor alemão e acrescentou perspectivas nas condições mais temerosas sob as sanções de Trump. Conforme o discurso de Fabio Panetta, "O tarifário anunciado pelo governo estadunidense, caso implantado, afetará também aos próprios norte-americanos, se provocarem retaliações, o PIB global encolherá 1,5 ponto percentual, enquanto a economia dos EUA cairia 2 pontos percentuais", e ainda, "As empresas chinesas, impedidas de entrar no mercado americano, poderiam buscar novas inserções em outros mercados, trazendo ameaças diretamente aos produtores dos europeus", acrescentou.

Sobre a inflação, Nagel complementou acerca das previsões do Bundesbank e o teor divergente em modelos que apontam duas ideias. De um lado, a indicação pontuou redução do impacto na economia, o outro previu aumentos sobre os preços, devido ao repasse de possíveis tarifas ao consumidor, diante do euro fraco pesando sobre custos de importação.


Fabio Panetta, presidente do BC italiano (Foto:reprodução/Ansabrasil)

Fabio Panetta, presidente do BC italiano concorda com Nagel, mas ainda duvida se Trump optará por transtornar o próprio mercado frente à possível retaliação do mercado (Foto:reprodução/Ansabrasil)


O mercado internacional segue alerta ao contexto político norte-americano que tensiona a economia, entre ameaças e poder de bloqueio das empresas interessadas no comércio dos EUA, bem como sua influência na cadeia econômica até fora do seu território.


Foto destaque: Bundesbank em Frankfurt (Reprodução/Bundesbank)

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