Após a eliminação nas quartas de final das Olimpíadas de Tóquio, Marta quer olhar para o futuro. Nesta quarta (25), a jogadora do Orlando Pride afirmou que planeja seguir jogando pela seleção brasileira feminina por mais alguns anos.
Marta comemorando um de seus gols com a camisa da seleção brasileira/Créditos: Portal Terra
“Minha meta, realmente, é me manter por bastante tempo (em atividade). Obviamente, não vou te garantir se vou estar na seleção, porque eu não me convoco, mas vou estar constantemente me preparando para, se a oportunidade aparecer, estar pronta para servir à seleção”, disse ela durante sua participação no painel "Mulheres que conquistaram o mundo", em evento da XP Investimentos.
A CBF ainda não anunciou quando será a próxima convocação da seleção feminina para amistosos. Em 2022, o Brasil irá disputar a Copa América, que dará três vagas diretas (além de duas para a repescagem continental) para a Copa do Mundo Feminina de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia. Se continuar na seleção até 2024, aos 38 anos, poderá disputar pela sexta vez as Olimpíadas, em Paris.
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Em Tóquio, Marta se tornou a primeira jogadora a fazer gol em cinco edições olímpicas. Medalhista de prata nos Jogos de Atenas (2004) e Pequim (2008), a camisa 10 revelou que lamenta até hoje a derrota para o Canadá nos pênaltis, nas quartas de final dos Jogos de Tóquio, após empate em 0 a 0.
“A maneira como a gente saiu foi bem dolorida. Analisando a partida depois, no meu ponto de vista a gente jogou melhor, mas não fomos eficazes no momento de matar o jogo, finalizar com o que a gente busca fazer, que são os gols. Ir para uma disputa de pênaltis, aquela coisa toda, foi muito dolorido para a gente, fiquei com isso na cabeça e ainda estou. Tem dias em que vou dormir e fico pensando que poderia ter sido diferente “, comentou Marta.
Seguindo em frente após a trágica eliminação em Tóquio, Marta fez o que mais gosta, entrou em campo novamente o mais rapidamente possível. Apenas nove dias depois da derrota para o Canadá, ela já estava em ação novamente pelo Orlando Pride, no campeonato feminino dos Estados Unidos, atuando até os acréscimos da vitória por 2 a 0 sobre o Chicago Red Stars.
“Eu só poderia tentar superar essa situação se eu voltasse a fazer o que eu amo, que é jogar. Voltei de viagem, tive uma conversa com a minha treinadora no Orlando, ela me perguntou se eu estava pronta para jogar os 90 minutos. Eu disse que queria jogar, porque só assim para desconectar do que aconteceu nas Olimpíadas”, contou Marta.
“Fui para o jogo, ganhamos, e eu fui melhorando, aceitando de alguma forma que não era para ser (as Olimpíadas). Nós, atletas, não podemos ficar nos lamentando muito, não temos tempo para isso. Eu voltei e já fui para a ativa“, completou a camisa 10.
(Foto de destaque: Marta atuando pela seleção brasileira nos jogos de Tóquio 2020/Créditos: Reuters/Molly Darlington)