Sobre Vinícius Luiz

Redator do lorena.r7

Empresa europeia anuncia foguete reutilizável para disputar o espaço com a SpaceX

A Maiaspace, empresa que é patrocinada por ArianeGroup, localizada na Normandia, em território francês, trabalha num cilindro de aço que tem como base duas garras vermelhas gigantes para ser um foguete reaproveitável. O material que compõe o audacioso projeto de foguete reutilizável para competir com a referência em tecnologia espacial SpaceX do Elon Musk. A empresa prever teste para o lançamento da nave em 2026, visando pequenos satélites comerciáveis.

Colocando a Europa na disputa espacial

O projeto visa manter a Europa mais competitiva depois de desenvolver o lançador, Ariane 6, que recebeu fortes críticas de especialistas, o chamando de ultrapassado. O CEO da Maiaspace, Yohann Leroy, afirmou durante entrevistas para jornalistas que visitaram as instalações que: “Do lado de cá do Atlântico, negligenciamos as tecnologias de reutilização. Para sermos competitivos, temos que reduzir os custos e recuperar o primeiro estágio”. Os primeiros planos para consolidar a Maiaspace já foram anunciados em 2021 pelo Ministro das Finanças da França, Bruno Leroy, que na época, disse ter ambições de ter a própria SpaceX e Falcon 9.

Entenda o projeto

Estudos projetam um lançador médio que, no primeiro estágio, poderia ser recuperado em uma barcaça numa estação europeia da Guiana Francesa, podendo ser utilizado por cinco vezes seguidas. Podendo ainda ser incorporado com um suporte “Kick Stage” para ter um desempenho extra melhor. O projeto prevê 0,5 até 4 toneladas dependendo da maneira como ir para a órbita e do tipo de carga, colocando-o perto do seu antecessor menor Ariane 6 e do modelo italiano Vega C que não foram utilizados novamente e que retornaram do espaço na semana anterior.


Logomarca da empresa especial europeia (Foto: Reprodução/ Mathieu Rabechault/Getty Images Embed)


Para manter a segurança do projeto, suas instalações se localizam em florestas remotas e contam com a ajuda de cientistas alemães recrutados depois da Segunda Grande Guerra. A Maiaspace compartilha o projeto com ArianeGroup que constrói lançadores civis e mísseis estratégicos franceses, mantendo seu projeto de segurança parecido com o período da guerra fria.

Foto destaque: Construção de foguete (Reprodução: MaiaSpace/Linkedin.com)

Nova reforma tributária propõe mudanças na cesta básica e impostos seletivos

O senador e relator da reforma tributária, Eduardo Braga (MDB- AM), protocolou um projeto para regulamentar um texto que propõe ajustes importantes na cesta básica e no imposto seletivo na última segunda, dia 9 de dezembro. O senador relator afirmou que foram 645 emendas atacadas com duas mil alterações na proposta inicial. Segundo ele, as mudanças na reforma defendem o equilíbrio e a segurança do jurídico. A reunião da Comissão que continuaria o assunto foi cancelada devido ao número de parlamentares presentes, que não foi o suficiente, mas ainda existem expectativas de que a reunião termine essa semana.

Tributos sobre novos produtos

A proposta coloca armas, munições e derivados da indústria ibérica no imposto do pecado, que é tributo específico para bens que são considerados prejudiciais ao meio ambiente e à saúde. O relator também colocou sacos plásticos e canudos, mas devido à enorme pressão de senadores aliados à indústria dos segmentos, ele retrocedeu. Outra mudança foi sobre o botijão de gás, que era previsto uma restituição da alíquota para 13 kg.

Queijos e carnes na cesta básica, porém sem o óleo

O relatório do projeto de lei complementar da reforma tributária apresentado também na comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado também manteve as carnes e queijos na cesta básica nacional. Porém, mesmo com essa mudança, houve cortes no óleo de milho da isenção equivalente à alíquota de 40% reduzida. O relator do projeto explica que retirar o óleo de milho da isenção permite tratamento igual para os demais óleos vegetais, só o de soja continua livre de impostos. Agora serão ao todo 15 itens na cesta básica nacional com isenção de IVA como arroz, pão, leite e feijão. Os deputados na Câmara incluíram carnes, queijos, farinha, aveia, óleo de milho e sal, incluindo 22 itens presentes na cesta dos brasileiros.


 

Senado Federal brasileiro (Foto: reprodução/Segio Lima/Getty Images Embed)


O relatório propôs um prazo de 90 dias, contando com dezembro de 2030, para que o governo envie ao Congresso um projeto que reduza incentivos fiscais se a alíquota de imposto de Valor Adicionado ultrapasse 26,5%. Assim, armas e os novos produtos da cesta básica passariam a ter impostos seletivos.

Foto destaque: alimentos da cesta básica (Reprodução/Geraldo Bubniak/ AEN)

Fiocruz anuncia parceria com tecnologia francesa de inteligência artificial para controle de dengue

O Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz anunciou um experimento com tecnologia francesa: o Arbocarto, uma IA que mapeia a quantidade populacional do mosquito por territórios. O evento teve os cursos ministrados pela engenheira de geoprocessamento do Instituto francês, O IRD, para explicar o uso do sistema. Especialistas da saúde esperam que a AI ajude o SUS (Sistema Único de Saúde) a otimizar o seu controle de gastos e eficácia contra a dengue e suas variantes. 

O que é o Arbocarto? 

A ferramenta foi criada pelo Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD). O Arbocarto é um sistema tecnológico que faz mapeamento em tempo real e simula modos para controle das populações. Assim, a ferramenta monitora o controle de vetores, a mobilização social e orienta medidas de segurança. A tecnologia foi implementada em todo o Brasil no último mês de novembro com cursos ministrados Marie Demarchi, engenheira de geoprocessamento e uma das desenvolvedoras do sistema. 


 

Fabricação de vacinas na FIOCRUZ (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)   


O coordenador do Observatório, Christovam Barcellos traz o seguinte comentário sobre o benefício da nova tecnologia: “No Brasil, as estimativas de risco são quase sempre baseadas na doença e não no seu vetor de transmissão. Isso permite uma antecipação dos surtos, trabalhamos preventivamente”. 

O impacto sobre o SUS 

Depois da consolidação do Arbocarto, espera-se que o SUS tenha mais otimização dos seus recursos contra o mosquito e suas variantes. Foram realizados inúmeros testes em regiões brasileiras e até fronteiras de clima tropical, que facilita a criação do mosquito, como a Guiana Francesa. O representante do Instituto francês, IRD, Emmanuel Roux considera a ferramenta um importante aliado para controlar o índice de arboviroses porque produz com agilidade dados públicos úteis para o combate entomológico. Fazendo que o SUS e outras instituições como a Fiocruz possam direcionar ações mais estratégicas e mapear locais mais críticos de evolução do Aedes aegypti. Podendo ser muito mais vantajoso em áreas com povos originários, lugares onde a expectativa do uso da ferramenta seja mais planejada e estratégica para ajudar o controle de vetores. 

O combate a arboviroses é sempre um grande desafio para o Brasil. Em 2024, existiram mais de 6 milhões e 500 mil casos de dengue, que representou um aumento de 400% em relação ao ano passado, totalizando 5 mil e 800 mortes. Todo esse número mostra a urgência de buscar a vacinação e soluções tecnológicas inovadoras, como o Arbocarto. 

Foto destaque: Agente de saúde combatendo o mosquito Aedes aegypti (Reprodução/FIOCRUZ Amazônia)

Futuro presidente do BC aponta continuidade de juros altos e dólar segue disparado

Ontem, dia 2/12, o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, confirmou que as taxas de juros altos serão mantidas para o próximo ano em um evento da XP. Para o economista Galípolo, a manutenção da Selic em grandes escaladas é um grande reflexo da desvalorização do real frente ao dólar e de uma grande dinamização da economia do Brasil nesses tempos. 

O futuro panorama  

Sendo assim, a política monetária da gestão de Gabriel seguirá sendo “mais contracionista” mantendo a taxa básica de juros, a Selic, em patamar elevado. O futuro presidente do BC diz ser “lógico” a Selic manter esse padrão diante de uma moeda desvalorizada, porém houve uma recusa para fornecimento de um guidance para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).  


 

Gabriel Galípolo sendo sabatinado no Senado antes de ser aprovado como presidente do BC (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)   


Em relatório Focus divulgado na última quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a mesma expectativa, reformando no documento a projeção de 0,5% da taxa Selic. Em dezembro de 2025, a mesma taxa pode atingir 12,63%. Mantendo assim uma previsão para os cofres públicos com aumento de déficit nominal de 8,09% do PIB.   

O Purchasing Managers’ Index (PMI), que é um indicador de desempenho dos setores de serviços e indústria, confirmou a previsão do Galípolo, mostrando índices que recuaram de 52,9 para 52,3 em outubro, mesmo recusando décimos, o índice manteve os 50, mostrando ainda crescimento. O ano termina com o décimo primeiro mês consecutivamente tendo alta no mercado interno em consequência dos pedidos de exportações que indicam contração.  

O BC não vai segurar o dólar 

A moeda estadunidense não para de subir. O pregão de ontem fechou mais um dia em alta de 1,13% aos R$ 6,06 — repetindo mais um recorde da história do Brasil. A incerteza fiscal continua depois do pacote de cortes e da possibilidade de Donald Trump taxar os BRICS em 100%.  

No mesmo evento promovido pela XP, Galípolo afirmou que o BC não fará nenhuma intervenção no dólar. Declarou: “É uma discussão que às vezes vai surgir, de que o país tem US$ 370 bilhões de reservas, por que não segura no peito? Quem está no mercado e está assistindo sabe que não é assim que funciona”. O diretor afirmou que existe a possibilidade de uma atuação do BC no câmbio apenas no final do ano, devido a um movimento sazonal de envio de dividendos para fora do Brasil. 

Foto destaque: Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo atuais presidente e diretor do Banco Central (Reprodução/O Globo/Editoria de Arte/Luisa Penna) 

Terminam as gravações da segunda temporada de “Wandinha”

A produção da segunda temporada de “Wandinha” (Wednesday) foram encerradas no dia 30 de novembro.  A série foi dirigida e idealizada por Tim Burton e teve um orçamento de superprodução. Segundo a agência irlandesa estatal responsável, a temporada será a mais cara já filmada na Irlanda, no condado de Wicklow onde começou a pré-produção em maio deste ano.   

As expectativas lá em cima  

A série, estrelada por Jenna Ortega, foi um grande viral na internet, trouxe novos memes e foi inspiração de várias fantasias para crianças desde seu lançamento. Gerando assim muitas expectativas para seu retorno triunfal. Fazendo uma divulgação diferente, a equipe trouxe uma mensagem da própria personagem Wandinha falando do final das filmagens: “Aos meus sombrios companheiros, ofereço meus agradecimentos pelas horas de sangue e iluminação sinistra investidas na produção deste trabalho. Se eu tivesse a capacidade de sentir calor, talvez até chamasse isso de prazer. Mas vamos evitar levar isso tão adiante. Eternamente grata, Wandinha Addams.” 


 

Jenna Ortega no lançamento de “Wednesday”(Foto: reprodução/Jerod Harris/Getty Images Embed) 


Até a Lady Gaga está no elenco 

Segundo a revista “Entertainment Weekly”, a mother monster foi escalada para essa família sombria da segunda temporada da série. Todos os detalhes da personagem da Gaga até o momento são extremamente sigilosos. Mas de fato, a cantora tem uma história conectiva muito forte com a personagem, já que Wandinha dançou o remix da música “Bloody Mary” como uma montagem nas redes sociais, que na cena original era outra música. Alguns apostam que o personagem da Gaga é uma participação nesse sentido, fazendo uma alusão a alguma música ou dança. Já que a Gaga tem toda uma carreira construída no conceito “dark” como foi seu último single: Disease.  

Sem ainda data confirmada para a estreia, a segunda temporada de Wandinha traz um elenco com novos rostos como Steve Buscemi, Christopher Lloyd, Thandiwe Newton, Joanna Lumley, Haley Joel Osment, Heather Matarazzo e Billie Piper.  

Segundo a revista “Variety”, a primeira temporada atingiu recordes, sendo a série mais vista nas plataformas de língua inglesa de 2023, ultrapassando a marca de 1,2 bilhões de horas assistidas nos primeiros 28 dias. 

Foto destaque: Elenco de Wandinha reunido para segunda temporada (Reprodução/ Helen Sloan/ Netflix) 

Tim Burton revela que voltaria a trabalhar com Johnny Depp mesmo após polêmicas

No festival internacional de Marrakech no Marrocos, no último sábado dia 30, Tim Burton foi questionado pelo IndieWire sobre outras continuações de outros filmes além de “Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” (2024), e se voltaria a trabalhar com Johnny Depp depois de seu cancelamento. O diretor descartou continuações e deixou no ar a possibilidade de voltar a parceria de personagens icônicos da cultura pop. 

As possibilidades de Tim Burton  

O cineasta ressalta que poderia voltar a trabalhar com Depp mesmo após sua polêmica de acusações de violência doméstica, lembrando que Depp foi substituído às pressas do vilão, Gellert Grindelwald, da franquia “Animais Fantásticos” para evitar o fiasco do filme que acabou fracassando por si só, por furos no roteiro e talvez as polêmicas da própria autora do universo de Harry Potter, J.K Rowling. Burton também descartou qualquer continuação dos seus clássicos como “Edward Mãos de Tesoura” (1990) e Estranho Mundo de Jack (1993). Em declaração, o diretor fala: “É exatamente o filme para o qual não planejo uma continuação”, Burton continua dizendo sobre as continuações de sua obra: “Não quero fazer uma continuação para esse porque ele me parece como uma história fechada. Não quero fazer uma continuação para ‘O Estranho Mundo de Jack’ porque me parece uma história fechada. Algumas coisas são melhores sozinhas”.  


 

Tim Burton e Johnny Depp (Foto: reprodução/Getty Images Embed/ Jeff Vespa) 


Ainda questionado se voltaria a trabalhar com Depp, Tim Burton foi muito direto no assunto: “Com certeza vai acontecer. Nunca pensei, ‘ah, vou usar esse ou aquele ator’. Geralmente, depende do projeto no qual estou trabalhando. Filmes dizem respeito a isso. É sobre colaborações e trocas de ideias com pessoas próximas a você”. 

Entende as polêmicas de Depp 

 Mesmo com algumas indicações ao Oscar, Depp foi afastado da indústria cinematográfica por seis anos após enfrentar problemas na Justiça contra sua ex-esposa Amber Heard que o acusou de agressão. Em 2018, o The Washington Post escreveu uma matéria dizendo que Heard é uma sobrevivente de abuso doméstico. No ano de 2020, o jornal ganhou um processo sobre o ator após colocar o título de “espancador de esposas” para Depp. E em 2022, a Justiça considerou os dois lados da história responsáveis e atriz revelou que eles tiveram que entrar em “acordo”.   

As parcerias de Depp com o diretor Tim Burton sempre foram um sucesso de bilheterias e de contribuição para a cultura pop com figurinos marcantes e personagens excêntricos como os longas “Edward Mãos de Tesoura”, “Ed Wood”, “Sweeney Todd” (que lhe rendeu uma indicação ao Oscar), A Fantástica Fábrica de Chocolate, Alice no País das Maravilhas e outras obras. 

Foto destaque: Tim Burton e Johnny Depp (Reprodução/Jun Sato/WireImage)

STF ainda debate responsabilidade de usuários dentro das redes sociais

O STF ainda debate responsabilidades de usuários dentro da internet que começou ontem quarta-feira (27), e continua hoje, quinta-feira (28), julgando processos de empresas como a Meta, o Google e o X de Musk se são responsáveis ou não pelos conteúdos de fake news, difamação e calúnia publicados nas redes socais. O debate é se as empresas devem ser diretamente punidas e responsabilizadas por conteúdos ilegais. Os ministros leram relatórios e ouviram representantes dos segmentos, porém a votação ficou para hoje.  

O debate 

Ministros do STF discutem os impactos e se os aplicativos devem ser condenados a pagarem indenização por danos, já que os mesmos deveriam fiscalizar e monitorar seus usuários. Algumas redes ainda são relutantes em retirar do ar discursos de ódio, ofensas e fake news postadas por usuários terceiros. Os ministros ainda avaliam se é constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da internet (Lei 12.965/2014), que estabelece direitos e deveres dentro do ambiente virtual. Porém, partindo do pressuposto da liberdade de expressão, as plataformas começam a ser penalizadas pelos conteúdos ilegais feitos pelos seus usuários, se depois da ordem judicial, o conteúdo não for removido. 

A defesa  

Os advogados das principais redes sociais defenderam a validade do marco. José Rollemberg Leite, representante da Meta, afirmou a validade do artigo 19 que permite a retirada imediata de conteúdo sem ordem judicial prévia. Ele também foi a favor da autorregulamentação para que fossem retirados conteúdos de pedofilia, discurso de ódio e violência. Eduardo Bastos Furtado Mendonça, que representava o Google; reconheceu a problemática dos discursos de ódio e da falta de informação, mas defende que não são problemas criados pela tecnologia.  


 

O ministro Flavio Dino com a Constituição (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sergio Lima)


Os ministros também mostraram preocupação com a recusa das redes de retirarem perfis falsos. Alexandre de Moraes deu sua experiência como exemplo, dizendo não ter Instagram e Facebook, porém existe cerca de 20 perfis se passando por ele.  

Marco Civil da Internet entrou em vigor em 2024 para estabelecer garantias, princípios, direitos e deveres no ambiente virtual para usuários e empresas. Num dos seus artigos, a proposta diz que empresas digitais só podem ser penalizadas por conteúdos após ordens judiciais, se caso exista a recusa de retirar o conteúdo ofensivo ou de caráter difamatório.  

Foto destaque: Sessão do SFT (Reprodução/ Andressa Anholete/SCO/STF). 

Governo anuncia isenção de IR para até 5 mil reais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já estudava ajustes fiscais e cortes de gastos para proteger a economia com sua equipe. E uma dessas medidas foi anunciada ontem, quarta-feira (27/11), que é estender os impostos de renda só para aqueles com renda superior a 5 mil reais, que foi uma promessa da campanha do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda hoje, Haddad e outros ministros detalharam o plano em coletiva de imprensa, defendendo ser “a maior reforma de renda da nossa história” e dizendo ser a reforma tributária com o “pressuposto da neutralidade”. 

Os que defendem, em comparação aos que são contra 

A reforma é controversa para aqueles que alegam não ser o momento de anunciar renúncias fiscais. E aqueles que defendem a isonomia que a tributação pode trazer às pessoas físicas. Vale ressaltar que, com a nova medida, o piso passa a ser de 5 mil reais e a faixa de alíquota de 27, 5%. Assim, o valor da tabela progressista vigente mudará já que o novo teto mínimo alcança o valor máximo da alíquota atual de R$ 4 mil e 664 reais e 68 centavos. 


Embed from Getty Images 

Haddad e Lula (Foto: reprodução/Getty Images Embed/EVARISTO SA)  


O advogado tributarista, Leonardo Branco, avalia para o CNN Brasil que a medida se torna importante, pois o IR deveria incidir somente sobre o que pode exceder o mínimo existencial. O mínimo para a pessoa viver é garantir os seus direitos fundamentais, como saúde e educação.  

Já para o professor do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, Rodrigo Schwartz, chama atenção para que o momento do anúncio torna a implementação um desafio. Ressalta que a perda da receita pode agravar o déficit público, em momento em que o governo busca estabilidade nos cofres públicos. 

Dólar a 6 reais após o anúncio do pacote fiscal 

A moeda estadunidense opera em forte alta hoje, subindo a 1,34% para R$ 5,9925 e chegando à máxima de R$ 6, 0005 depois do anúncio de Haddad detalhando o pacote fiscal e isenção dos impostos. Para o economista do Santander, Ítalo Franca, em entrevista à revista Exame, diz que as medidas são importantes, porém geram incertezas no cenário fiscal e econômico até que o potencial do pacote se concretize. “A medida pode aumentar o impulso fiscal em uma economia já aquecida. Apesar de o valor de R$ 70 bilhões ser relevante, há dúvidas quanto às estimativas do que foi discutido hoje”, declarou o economista. 

A estimativa do governo 

O governo espera que a proposta seja debatida no Congresso ano que vem. O ministro da Fazenda acredita que 2025 é o ano ideal para essa discussão, já que a agenda é tranquila e sem eleições. A nova proposta deve beneficiar 36 milhões de contribuintes, cerca de 78% dos que declaram IR. Segundo Haddad, o pacote irá gerar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, movimentando a economia. Com o pacote, o corte de gastos anunciado vai gerar um impacto de R$ 327 bilhões de reais nos próximos 6 anos, contando com a partir de 2025.  

Foto destaque: O ministro da Fazenda Fernando Haddad em pronunciamento oficial ontem, dia 27/11 (Reprodução/YouTube/Canal Gov)

Vida em Marte: cristais de água indicam possibilidade de seres vivos no planeta

A revista científica Science Advances publicou no último dia 22/11, na sexta-feira passada, um estudo afirmando a existência de cristais dentro de um meteorito marciano, indicando que existia água quente no planeta há cerca de 4 bilhões de anos. A rocha chamada popularmente Beleza Negra, com o nome científico de NWA7034, contém a presença de matérias geoquímicos de fluidos ricos de água, reacendo a esperança de que o planeta já foi habitável em algum momento de sua história. 

Novos rumos ao estudo

O cientista coautor do estudo, Aaron Covosie, afirma que a descoberta esclareceu novos rumos para entendermos como funcionam antigos sistemas hidrotermais ligados ao magmatismo marciano. Além desses componentes, a equipe de estudiosos encontrou padrões de ferro, meteorito, alumínio, ítrio e sódio presentes. A pesquisa ainda expressa que os impactos sofridos de meteoritos na Crosta de Marte, existia água presente no período chamado de Pré-Neóquio cerca de 4,1 bilhões de anos atrás. O meteorito foi achado no Marrocos no deserto do Saara em 2011, ajudando a compreender a história de Marte. O nome do meteorito vem de “NWA” que é uma sigla para “Northwest Africa” que traduzindo seria noroeste africano onde fica localizado o deserto que ele foi encontrado.  


 

Ilustração do planeta Marte (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Cokada) 


Para cientistas, fluidos hidrotérmicos indicam possibilidades de existir vida. O meteorito Zircão mostra elementos que traz indícios que existia ali ambiente aquosos oxidantes. Tudo isso acende a esperança para sistemas energéticos presentes ao forte magnetismo ligados a crosta marciana sendo propício para a habitação. 

O futuro do estudo

Aprofundando os estudos, os cientistas destacam que a formação encontrada no Zircão ocorreu cerca de 4,45 bilhões de anos atrás, coincidindo com o dínamo global que guardava a superfície do planeta de radiações.  

A descoberta impacta missões futuras para buscar sinais de vida fora da terra. Outras áreas além da Crosta magnética recém-descoberta é a província Terra Cimmeria-Sirenum que também se torna atrativa para a vertente desses estudos e explorações. 

Foto destaque: NASA em Marte na década de 1970 (Reprodução/Revista Galileu/Pixabay) 

Carrefour tenta boicotar carne brasileira e recua após polêmica com a França

O grupo francês de varejo Carrefour decidiu anunciar que não iria vender carnes produzidas no Mercosul, provocando uma enorme crise no setor agropecuário brasileiro que imediatamente reagiu com um boicote nas redes brasileiras da marca nesta terça-feira dia 26/11, o que fez a embaixada Francesa em Brasília emitir um comunicado que o CEO do grupo varejista francês iria pedir desculpas públicas. 

Um pedido de desculpas

A embaixada francesa em Brasília anunciou ao Brasil que uma carta já está pronta e deve ser anunciada a qualquer momento, e que os termos dessa carta foram negociados com o governo brasileiro.  

Em outra semana, o CEO do grupo francês, Alexandre Bompard, declarou que a marca não iria mais vender carnes brasileiras e nem do Mercosul na França, alegando que as carnes não atendem as exigências e normas sanitárias do bloco europeu.   

A reação do governo

As declarações do presidente do grupo caíram de maneira negativa, fazendo com que frigoríficos brasileiros se recusassem a abastecer a linha de varejo em território nacional. Assim, a associação de produtos de carne declarou que se a carne brasileira não serve para a França, não poderia atender a empresa francesa em nenhum mercado. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que as críticas à carne brasileira feitas pelo presidente da marca francesa eram inaceitáveis, uma barreira protecionista e não de cunho sanitário. 


Lula recebendo a presidente da comissão europeia, Ursula von der Leyen (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina)


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez duras críticas ao posicionamento da empresa francesa durante sua participação em um evento da Confederação Nacional do Comércio ontem na última segunda, dia 25/11. Lira enfatizou a seguinte declaração: “Nos incomoda muito o protecionismo europeu, principalmente o da França com o Brasil”. O presidente da Câmara prometeu uma resposta imediata por parte do congresso para contribuir com a reciprocidade econômica. Lira continuou tecendo críticas, finalizando sua declaração com “Não é possível que o CEO de um grupo importante como o Carrefour não se retrate de uma declaração de praticamente não contratar as proteínas animais advindas e oriundas da América do Sul”

Segundo especialistas em análise política, o argumento usado pelo presidente do grupo varejista é apenas cortina de fumaça para o protecionismo, como descreve a coluna de William Waack na CNN Brasil.   

O número de carnes vendidas do Brasil para a França ainda é pequeno, porém é um gesto político para os produtores locais ficarem bem com o governo francês antes dos acordos com o Mercosul crescerem. O Brasil é uma ameaça por ser uma potência na produção de alimentos. Para agravar a situação, a eleição de Trump pode tornar a competitividade de alimentos mais difícil. 

Foto destaque: frigorífico de carne (Reprodução/Grupo Bandeirantes e UOL/José Fernando Ogura/AEN)