Lula afirma que pode disputar a Presidência em 2026 se estiver bem de saúde

Nesta sexta-feira (5), o presidente Lula indicou que pretende disputar novamente a Presidência em 2026, desde que mantenha a saúde e a disposição que tem hoje. Ele afirmou que só abriria mão da candidatura se enfrentasse problemas de saúde ou se aparecesse alguém que, em sua avaliação, estivesse mais preparado para assumir a missão.

Lula também comentou que, aos 88 anos, considera estar no auge da maturidade. No atual cenário político, segue como o principal nome da esquerda cotado para entrar na corrida presidencial.

O presidente Lula declarou que a extrema direita não retornará ao comando do país. Ele também afirmou que, caso decida disputar a Presidência em 2026, será para vencer as eleições.

Lula nega atrito com Congresso

O presidente Lula negou qualquer atrito com o Congresso Nacional e reforçou a importância de manter uma relação institucional sólida entre os Poderes. Segundo ele, é normal que existam divergências, desde que sejam tratadas com diálogo e respeito mútuo.

Durante sua fala, Lula destacou o apoio que tem recebido do Legislativo e afirmou que, ao longo de dois anos e meio de governo, a maioria das propostas enviadas pelo Executivo foi aprovada pelo Congresso.

O presidente Lula adotou um discurso conciliador que se alinha à postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de defender o diálogo como ferramenta central para resolver impasses entre o governo e o Congresso. Ambos reforçam a importância da negociação como estratégia para garantir avanços institucionais e evitar conflitos políticos.


Presidente Lula e o Ministro da Fazenda Fernando Haddad (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Sanções e diplomacia em choque

Lula afirmou que o Brasil não tomará partido na tensão entre Estados Unidos e Venezuela, destacando que o país não busca conflitos internacionais. Para ele, guerras apenas causam mortes e aprofundam a pobreza, sendo essencial apostar no diálogo.

O presidente também criticou as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. Segundo Lula, a decisão de Donald Trump tem motivação política, não comercial, já que o republicano mencionou o julgamento de Jair Bolsonaro no STF como justificativa. Ele ainda afirmou que Trump “não é dono do Brasil” e que cada país deve se limitar a opinar sobre seus próprios assuntos.

Tudo ou nada: entenda o julgamento de Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal iniciou nesta terça-feira (2) o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados, acusados de liderar uma tentativa de golpe entre 2022 e 2023. Entre os envolvidos estão ex-ministros como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Os réus enfrentam acusações por cinco delitos: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio protegido por lei. A análise será conduzida pela Primeira Turma e se estenderá por cinco sessões, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Julgamento em curso, prisão incerta

Mesmo com o julgamento em andamento, Jair Bolsonaro não será detido de forma imediata. O ex-presidente segue em prisão domiciliar e, mesmo em caso de condenação pela Primeira Turma do STF, ainda poderá recorrer. Especialistas apontam que ele pode apresentar embargos de declaração que contestam trechos específicos da decisão e, se houver divergência entre os ministros, embargos infringentes, que podem levar o caso ao Plenário da Corte. O ex-presidente Jair Bolsonaro só poderá ser preso após o encerramento definitivo do processo, quando não houver mais possibilidade de recurso.


Ex-presidente é julgado por envolvimento em trama golpista (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Sergio Lima)

Bolsonaro sob pressão

Bolsonaro pode ter prisão preventiva decretada se o STF identificar riscos atuais à ordem pública ou à aplicação da lei penal. Essa medida está prevista no artigo 312 do Código de Processo Penal e depende da existência de motivos concretos e recentes que justifiquem a detenção antes do fim do processo. A definição da pena levará em conta o nível de envolvimento de cada réu e aspectos individuais, como idade, histórico criminal e conduta. Embora a condenação possa somar até 43 anos, a legislação brasileira limita o tempo máximo de prisão a 40 anos. A lei também prevê a possibilidade de progressão de regime. Com bom comportamento, estudo ou trabalho na prisão, o condenado pode cumprir parte da pena em regime semiaberto ou aberto.

Mais de mil mortos após deslizamento de terra no oeste do Sudão

Após dias de chuvas intensas, um deslizamento de terra atingiu uma vila nas Montanhas Marrah, no oeste do Sudão, no domingo (31), deixando mais de mil mortos. O desastre é considerado uma das maiores tragédias naturais da região.

A informação foi divulgada na segunda-feira (1º) pelo Movimento/Exército de Libertação do Sudão, liderado por Abdelwahid Mohamed Nour, que relatou que apenas uma pessoa sobreviveu à tragédia.

A avalanche destruiu por completo a aldeia e atingiu uma área reconhecida pela produção de frutas cítricas, ampliando os impactos econômicos e sociais na região. Diante da tragédia, o grupo solicitou apoio da ONU e de outras entidades internacionais para ajudar na recuperação dos corpos.

O Sudão vive há três anos um conflito armado entre o Exército nacional e as Forças de Apoio Rápido (FAR), milícia paramilitar, o que agravou ainda mais a crise humanitária no país, especialmente na região de Darfur, onde a fome se intensificou.


Sudão vive sofrimento em “muitos sentidos”

 

Sudão vive sofrimento em “muitos sentidos” (Foto: Reprodução/Getty images/AFP)

Desastre natural agrava crise em Darfur

Boa parte de Darfur, incluindo as Montanhas Marrah, está praticamente isolada para a ONU e organizações humanitárias, em razão das intensas restrições e dos embates entre as forças armadas do Sudão e a RSF.

O Movimento/Exército de Libertação do Sudão, com base nas Montanhas Marrah, atua em Darfur e Kordofan, mas permanece fora dos combates da guerra civil.

As Montanhas Marrah, cordilheira vulcânica de difícil acesso, se estendem por 160 km ao sudoeste de El-Fasher e abrigam famílias deslocadas pela violência na região.

Fome avança onde a ajuda não chega

A fome se agrava em Darfur, onde o acesso de organizações humanitárias é severamente limitado por confrontos armados e restrições impostas pelas forças em disputa.

O conflito civil que começou em abril de 2023, motivado pela rivalidade entre o general Abdel Fatah al Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, comandante das Forças de Apoio Rápido (FAR), agravou a situação no Sudão, mergulhando o país em uma crise marcada por níveis alarmantes de fome.

Embora o Exército tenha retomado o controle do centro do país, as FAR permanecem dominando grande parte de Darfur e áreas do sul de Kordofan, dificultando a chegada de alimentos e assistência à população vulnerável.

 

Morre Luis Fernando Verissimo, ícone da literatura brasileira

Neste sábado (30), o Brasil perdeu um dos grandes nomes da literatura nacional. Luis Fernando Verissimo faleceu aos 88 anos em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após enfrentar uma piora significativa em seu quadro clínico nas últimas semanas.

Verissimo enfrentava problemas de saúde nos últimos anos, como Parkinson e complicações cardíacas. Em 2016, passou por um procedimento para implantar um marcapasso. Após sofrer um AVC em 2021, lidava com limitações motoras.

Internado desde 11 de agosto na UTI do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o escritor faleceu em decorrência de complicações causadas por uma pneumonia, conforme informou a instituição. O escritor deixa a esposa, Lúcia Helena Massa, com quem compartilhou décadas de vida, além de três filhos e dois netos que agora preservam seu legado.

A homenagem ao escritor será realizada ao meio-dia, no Salão Nobre Julio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. O espaço estará aberto ao público para que fãs e admiradores possam se despedir do autor e celebrar sua trajetória.


Luis Fernando Verissimo, autor de mais de 80 livros (Foto: reprodução/Tânia Meinerz/Opovo)

Do saxofone à literatura

Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre em 26 de setembro de 1936 e estava prestes a completar 89 anos. Ao longo da vida, construiu uma carreira multifacetada como escritor, tradutor, jornalista e músico, apaixonado por jazz, tocava saxofone e chegou a integrar grupos musicais.

Ainda na infância, em 1941, mudou-se com a família para os Estados Unidos, onde estudou em cidades como San Francisco, Los Angeles e Washington. Essa vivência internacional ampliou seu olhar sobre o mundo e influenciou sua escrita leve e bem-humorada.

De volta ao Brasil em 1956, Verissimo começou a trabalhar na Editora Globo, em Porto Alegre, dando início à sua carreira profissional. Nos anos 1960, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde mergulhou no universo da comunicação e começou a construir o legado que o tornaria um dos autores mais lidos e admirados do país.

O futebol na vida e na obra de Verissimo

Além das palavras afiadas e do som do saxofone, Luis Fernando Verissimo também vibrava com a bola rolando. O futebol era uma de suas grandes paixões e o Internacional, seu time do coração, ocupava lugar cativo em sua vida e obra.

O amor de Luis Fernando Verissimo pelo Internacional era tão profundo que acabou virando livro. Em “Internacional, Autobiografia de uma Paixão”, o escritor compartilhou sua trajetória como torcedor com leveza e sensibilidade, misturando memórias afetivas e bom humor para retratar a conexão intensa com o clube gaúcho.

Mais do que torcedor, Verissimo era um cronista da alma futebolística. Com seu olhar único, transformava partidas em poesia e rivalidades em reflexões bem-humoradas. O Inter não era apenas um time, era parte da sua identidade.

Wanessa se pronuncia sobre Dado Dolabella e nega romance com Allan

Wanessa Camargo se pronunciou oficialmente sobre os recentes rumores que ganharam força nas redes sociais. A cantora abordou publicamente os assuntos que vinham movimentando os bastidores e despertando a curiosidade dos fãs. Em sua declaração, Wanessa trouxe esclarecimentos diretos e não poupou detalhes sobre os episódios que envolvem seu nome.

Entre os assuntos que estavam dando o que falar, dois ganharam destaque: a suposta confusão envolvendo seu ex-namorado Dado Dolabella e os boatos de um possível envolvimento com o ator Allan Souza Lima, seu parceiro no quadro Dança dos Famosos.

Wanessa, que sempre manteve discrição sobre sua vida pessoal, resolveu abrir o coração e esclarecer tudo de uma vez. Com sinceridade, ela negou qualquer agressão por parte de Dado e explicou que os dois estavam tentando uma reconciliação longe dos holofotes.


Postagem do Instagram de Wanessa Camargo (Foto: reprodução/Instagram/@wanessa)

Reconciliação discreta

Wanessa Camargo usou suas redes sociais para falar abertamente sobre a relação com Dado Dolabella. A cantora confirmou que os dois estavam, de fato, tentando se reconectar nos últimos meses.

Segundo ela, o relacionamento foi mantido de forma reservada, longe dos holofotes. Apenas pessoas próximas sabiam da tentativa de reconciliação, já que o casal ainda lidava com muitas incertezas sobre o futuro juntos.

Wanessa explicou que a decisão de manter tudo em sigilo foi justamente para evitar pressões externas. “Estávamos tentando fazer funcionar”, disse, reforçando que o processo foi vivido com cautela e respeito mútuo.

Fim dos rumores

Wanessa Camargo fez questão de esclarecer os boatos sobre sua relação com Allan Souza Lima. Segundo a cantora, a proximidade entre eles não passou de apoio emocional em um momento delicado.

A artista reforçou que não houve envolvimento amoroso com o ator, que também é seu parceiro no Dança dos Famosos. A ajuda veio de amigos preocupados com seu bem-estar e a situação foi mal interpretada por quem acompanhava de fora.

Para encerrar o assunto, Wanessa afirmou que está pronta para virar a página. “Esse ciclo está encerrado”, declarou, destacando que seu foco agora é o trabalho, os novos projetos e a retomada da carreira com força total.

Sasha barra marido em programa de confinamento

Nesta quarta-feira (27), João Lucas abriu uma caixinha de perguntas nos stories do Instagram para interagir com os seguidores. Entre as mensagens recebidas, uma chamou a atenção: uma fã quis saber se ele toparia participar de um reality show. A reação foi leve e divertida e, sem hesitar, Sasha tomou a frente e deu a resposta direta: “Não!”, e descartou de vez a possibilidade do marido entrar em um reality. A resposta espontânea, dada com bom humor, mostrou que o casal compartilha decisões importantes e que a exposição intensa de um programa desse tipo não faz parte dos planos deles.


Postagem do Instagram de João Lucas (Foto: Reprodução/Instagram/@joao.lucas)

A troca descontraída entre João Lucas e Sasha nos stories evidencia o clima leve e divertido que o casal costuma manter em suas redes sociais.

A cumplicidade entre os dois, marcada por brincadeiras e respostas sinceras, tem conquistado cada vez mais seguidores, que acompanham de perto não só os projetos profissionais, mas também os momentos do dia a dia. Essa transparência tem sido um dos pilares da imagem pública do casal.

Profunda discussão com Priscilla

Durante sua presença no programa De Frente com Blogueirinha, da DiaTV, exibido na última segunda-feira (25), João Lucas comentou sobre a antiga proximidade entre ele, Sasha Meneghel e a cantora Priscilla. O cantor aproveitou a ocasião para esclarecer por que o trio deixou de ser visto junto nos últimos tempos, revelando os motivos por trás do afastamento.

João Lucas explicou que o afastamento de Priscilla Alcântara aconteceu de forma natural, sem mágoas. Segundo ele, houve uma discussão profunda, mas ambos conversaram e seguiram caminhos diferentes.

Mesmo diante do ocorrido, João Lucas afirmou que não guardou mágoas nem ressentimentos. No entanto, ao ser perguntado sobre uma possível decepção, não descartou o sentimento.

Mudanças no visual

Durante sua entrevista no programa De Frente com Blogueirinha, João Lucas falou abertamente sobre os procedimentos estéticos que já fez ao longo dos anos. Sem esconder nada, o cantor contou que está tranquilo com os comentários sobre sua aparência.

João Lucas contou que já fez rinoplastia, botox na testa, harmonização facial e sessões de laser. Também revelou que emagreceu com o uso de uma caneta emagrecedora antes de o método virar tendência entre famosos.

Hoje, mantém o resultado com acompanhamento médico e treinos. Durante a conversa, o cantor fez questão de afirmar que não tolera comentários negativos direcionados à esposa, Sasha Meneghel.

IPCA-15 tem primeira queda mensal desde 2023

O IPCA-15 registrou em agosto sua primeira deflação mensal desde julho de 2023, com queda de 0,14%. No acumulado do ano, o índice soma alta de 3,26%, enquanto em 12 meses, a variação é de 4,95% — abaixo dos 5,30% registrados no período anterior. Em comparação, em agosto de 2024, o indicador havia subido 0,19%.

O resultado surpreendeu o mercado financeiro, ficando acima das medidas das projeções coletadas pelo Projeções Broadcast, que apontavam uma retração de 0,21%. As estimativas variavam entre uma queda de 0,28% e uma alta de 0,29%.

Queda nos preços atinge setores de maior peso

De acordo com o IBGE, além da retração de 0,17% observada no grupo Comunicação, os três grupos com maior peso no IPCA-15 também registraram diminuição nos preços entre julho e agosto:

  • Habitação recuou 1,13%
  • Alimentação e Bebidas caiu 0,53%
  • Transportes teve baixa de 0,47%

No grupo Habitação, a principal contribuição para a queda de preços veio da energia elétrica residencial, que registrou recuo de 4,93% em agosto.

O movimento foi impulsionado pela aplicação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de luz do mês. Apesar disso, o IBGE destacou que segue vigente a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.


Redução na tarifa elétrica contribuiu para deflação (Foto: Reprodução/Estadão/Tiago Queiroz)

Projeção indica deflação e menor pressão inflacionária

A Warren Investimentos projeta uma deflação de 0,22% no IPCA-15 de agosto, o que deve reduzir a inflação acumulada em 12 meses para 4,87%.

De acordo com especialistas, a retração nos preços deve ser impulsionada por alimentos — especialmente carnes —, pela redução nas tarifas de passagens aéreas e pelas promoções no setor de vestuário, comuns durante o período de renovação das coleções.

A expectativa de deflação, projetada por diversas consultorias, reforça a leitura de que os preços estão cedendo em setores estratégicos como alimentos, energia e transportes.

Esse cenário pode abrir espaço para ajustes na taxa de juros nos próximos meses, especialmente diante da aproximação das eleições legislativas, que tendem a intensificar o debate sobre crescimento, consumo e estabilidade econômica.

Escândalo farmacêutico envolve irmã do presidente da Argentina Javier Milei

A Justiça argentina iniciou uma investigação sobre um possível esquema de corrupção que envolve Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei. A apuração teve início após a divulgação de áudios que sugerem sua participação em um suposto esquema de suborno relacionado à distribuição de medicamentos voltados para pessoas com deficiência.

Karina, que ocupa o cargo de secretária-geral da Presidência e exerce forte influência na administração do irmão, passou a ser o centro de uma denúncia que coloca em xeque a cúpula do governo argentino.

O escândalo vem à tona em um momento de tensão política para Javier Milei, que enfrenta desgaste no Congresso. Nesta semana, deputados se mobilizaram para reverter um veto presidencial que impedia a ampliação de verbas destinadas ao atendimento de pessoas com deficiência, ampliando a pressão sobre o governo.

Denúncia abala núcleo do governo Milei

Segundo Diego Spagnuolo, ex-chefe da Andis, Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem teriam montado um esquema de propinas com laboratórios, em troca de contratos para fornecimento de medicamentos à rede pública. Ele foi afastado do cargo um dia após o caso vir à tona.

No dia seguinte, sexta-feira (22), autoridades argentinas realizaram buscas em diversos endereços ligados ao ex-chefe da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência (Andis), incluindo sua residência, onde foram apreendidos celulares e uma máquina de contagem de dinheiro.

Gravações divulgadas pela imprensa argentina mostram uma voz atribuída a Diego Spagnuolo, discutindo supostos casos de suborno dentro da instituição.

Nos áudios, Spagnuolo afirma que sua agência está sendo alvo de fraudes e menciona Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei e secretária-geral da Presidência, como beneficiária de pagamentos ilícitos. Ele também relata ter alertado o presidente sobre o esquema, sem que medidas tenham sido tomadas.


Post do Instagram de Javier Milei (Foto: Reprodução/Instagram/@javiermilei)

Propina em contratos públicos sob investigação

Diego Spagnuolo, denunciou a existência de um esquema de corrupção envolvendo cobrança de propinas de até 8% sobre o faturamento de laboratórios farmacêuticos, em troca de contratos com o governo argentino. Segundo ele, o esquema poderia movimentar até US$ 800 mil por mês.

Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, seria a principal beneficiária, recebendo entre 3% e 4% dos valores e Eduardo “Lule” Menem, figura influente no governo, é citado como o articulador do esquema de corrupção, atuando com o respaldo de empresários vinculados à distribuidora farmacêutica Suizo Argentina.

Com a aproximação das eleições legislativas em outubro, o governo de Javier Milei lida com um ambiente político conturbado. A apuração que envolve sua irmã, Karina Milei, tem potencial para enfraquecer a retórica presidencial contra a elite política tradicional. Até o momento, não houve manifestação oficial por parte da Presidência sobre o caso.

Trump eleva tensão com Maduro e ameaça ação militar na Venezuela

Em uma das maiores demonstrações militares recentes na América Latina, os Estados Unidos deslocaram para o sul do Caribe uma força composta por navios de guerra, aeronaves, um submarino e cerca de 4 mil soldados, posicionando-se estrategicamente nas proximidades da Venezuela.

A operação, oficialmente voltada ao combate aos cartéis de drogas, ocorre em meio a tensões diplomáticas e levanta especulações sobre possíveis recados ao governo de Nicolás Maduro, segundo informações das agências Reuters e Associated Press.

A movimentação ocorre dias após Washington anunciar que passará a tratar cartéis de drogas como organizações terroristas, o que amplia o escopo legal para ações militares fora do território norte-americano.

Embora o governo dos EUA afirme que a operação tem foco no narcotráfico, analistas apontam que a presença militar tão próxima à Venezuela também envia um recado direto ao presidente venezuelano, em meio a tensões diplomáticas e sanções econômicas.

Presença militar dos EUA gera tensão no Caribe

Movimentação oficial mira cartéis de drogas, mas analistas veem recado direto a Maduro, embora o governo dos Estados Unidos afirme que a operação militar no sul do Caribe tenha como alvo os cartéis de drogas que atuam na rota entre a América do Sul e o território norte-americano.

Para o cientista político Carlos Gustavo Poggio, o arsenal mobilizado representa mais do que uma ação contra o crime organizado, é um sinal claro de que Donald Trump estaria disposto a considerar uma intervenção militar na Venezuela.

A medida amplia o isolamento diplomático de Maduro e reforça a narrativa de combate ao narcotráfico como justificativa para ações militares no Caribe.

Maduro se torna foco estratégico da política externa dos EUA

A ofensiva ganhou tom político após declarações da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que classificou Maduro como “fugitivo”, “chefe de cartel narcoterrorista” e “presidente ilegítimo”. Ela afirmou que os EUA estão dispostos a usar “toda a força” contra o regime venezuelano.

A acusação de “fugitivo” se refere à recompensa de US$ 50 milhões oferecida pelo governo americano em agosto por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.

O Departamento de Justiça dos EUA o acusa de envolvimento em narcoterrorismo, tráfico internacional de drogas e uso de armas em apoio a crimes ligados ao tráfico.

Segundo Washington, o presidente venezuelano lideraria o chamado Cartel de los Soles, recentemente classificado como organização terrorista internacional.

Cartel de los Soles

Donald Trump intensificou as acusações contra Nicolás Maduro, apontando-o como líder do Cartel de los Soles, organização supostamente comandada por militares venezuelanos e envolvida no tráfico internacional de drogas.

Segundo veículos latino-americanos, o grupo atua como elo logístico entre produtores sul-americanos e cartéis como o mexicano Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua, que abastecem o mercado norte-americano.

A ofensiva política ganhou apoio regional: Equador, Paraguai e Guiana seguiram a decisão de Washington e passaram a classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista.

Segundo o cientista político Carlos Gustavo Poggio, essa movimentação reflete uma combinação de interesses estratégicos. Ele aponta que os países envolvidos mantêm uma postura crítica em relação ao governo venezuelano e ao chavismo, e veem na aproximação com Trump uma oportunidade de projetar seus próprios objetivos políticos e regionais.


Postagem do Instagram de Nicolás Maduro (Foto: reprodução/Instagram/@nicolasmaduro)

Maduro convoca milhões em resposta ao avanço dos EUA

Em reação ao aumento da presença militar norte-americana no Caribe, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o país.

De acordo com autoridades venezuelanas, a iniciativa pretende fortalecer a proteção do território nacional frente ao que o governo considera uma ameaça explícita à sua soberania.

Conforme análise de Poggio, os meios militares deslocados pelos Estados Unidos para a região têm elevado poder de ataque e foram desenvolvidos para executar missões ofensivas, incluindo ações táticas em território estrangeiro e operações de intervenção com alto grau de precisão.

Militares em ação

O cientista político Carlos Gustavo Poggio observa que Donald Trump tem adotado uma abordagem fortemente militarizada no enfrentamento ao crime, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos. Ele recorda momentos em que o Trump acionou a Guarda Nacional em centros urbanos como Los Angeles e Washington, para controlar manifestações e intensificar as medidas de segurança.

Essa postura militarizada também se reflete na decisão do governo norte-americano de enquadrar os cartéis de drogas como grupos terroristas. Com essa classificação, Washington amplia sua margem legal para empregar forças armadas diretamente contra essas organizações, inclusive fora do território dos Estados Unidos.

Naomi Campbell fala sobre vício: “Não é brincadeira”

Nesta quarta-feira (20), Naomi Campbell usou sua voz para reforçar um recado sério: acompanhar quem enfrenta a dependência química é essencial. A supermodelo, que já falou abertamente sobre seu passado com álcool e drogas, destacou que vício não é algo a ser subestimado — “não é brincadeira”, afirmou, em tom de alerta e empatia.

Naomi Campbell revelou que o abuso de drogas em sua juventude esteve ligado a traumas profundos, como o abandono na infância e a morte trágica de seu amigo próximo, o estilista Gianni Versace, assassinado em 1997.

O estilista, que foi um dos primeiros a acreditar em seu talento e apoiá-la no início da carreira, era uma figura muito próxima da modelo. Em meio ao luto e às dores emocionais da infância, Campbell admitiu ter recorrido às drogas como forma de escapar da realidade.

Com base em sua própria trajetória de superação, Naomi Campbell fez um apelo comovente ao público: é fundamental apoiar amigos que lutam contra a dependência química e parar de normalizar comportamentos ligados ao vício. “Estamos perdendo uma geração para as overdoses”, alertou a supermodelo, que hoje transforma sua experiência em empatia e conscientização.


Stories de Naomi Campbell (Foto: Reprodução/Instagram/@naomi)

Naomi Campbell em momento decisivo de sua trajetória

Em 1999, após desmaiar durante uma sessão de fotos, Naomi Campbell decidiu buscar tratamento para a dependência química. Ela descreveu o processo como “assustador”, mas essencial. “Optei por ir para a reabilitação. Foi uma das melhores e únicas coisas que poderia ter feito por mim mesma naquele momento”, afirmou.

A decisão de Campbell marcou não apenas sua trajetória pessoal, mas também abriu espaço para discussões sobre saúde mental e vício no universo da moda. Ao compartilhar sua experiência, ela contribuiu para quebrar o silêncio em torno da dependência química, especialmente em ambientes de alta pressão e visibilidade.

Seu relato segue como um lembrete poderoso sobre a importância de reconhecer vulnerabilidades e buscar ajuda profissional.


Postagem do Instagram de Naomi Campbell (Foto: Reprodução/Instagram/@naomi)

Naomi aborda luto em série da Apple TV+

Na série documental The Supermodels, da Apple TV+, Naomi Campbell compartilha reflexões sobre como o luto impactou sua vida pessoal. A modelo britânica revelou que nem sempre sente a dor imediatamente após uma perda, e que costuma “quebrar” emocionalmente apenas mais tarde. “Mantive a tristeza dentro de mim, apenas lidei com ela”, afirmou, destacando a complexidade de viver o luto em silêncio.

O documentário traça um panorama das carreiras de ícones da moda dos anos 1980 e 1990, revelando os bastidores da indústria que redefiniu padrões estéticos e culturais. Com depoimentos inéditos e arquivos históricos, a produção oferece uma perspectiva íntima e reveladora sobre os desafios enfrentados.