Sobre Gisele Guedes

Redatora do lorena.r7

Irã afirma ter ‘sérias dúvidas’ sobre comprometimento de Israel com cessar-fogo

Após quase duas semanas de intensos confrontos, o Irã mantém uma postura cautelosa diante do cessar-fogo firmado com Israel. No último domingo (29), o general Seyyed Abdolrahim Mousavi, comandante das Forças Armadas iranianas, declarou que o país permanece cético quanto à durabilidade do acordo. Em conversa telefônica com o príncipe Khalid bin Salman, ministro da Defesa da Arábia Saudita, o general declarou que o Irã continuará vigilante e pronto para responder a qualquer possível ataque.

“Não fomos nós que iniciamos essa guerra, mas respondemos ao agressor com toda a nossa força”, declarou o general, segundo a agência semioficial iraniana Tasnim. Ele também frisou que, considerando a desconfiança em relação ao compromisso de Israel com o cessar-fogo, o Irã se manterá preparado para qualquer nova agressão.

Bombardeios israelenses marcaram início da guerra, com apoio posterior dos EUA

O conflito entre os dois países foi deflagrado em 13 de junho, quando bombardeios israelenses atingiram alvos estratégicos no Irã, resultando na morte de altos comandantes militares e de cientistas ligados ao programa nuclear iraniano. Israel alegou que os ataques tinham como objetivo barrar o avanço do Irã na produção de armamentos nucleares. O governo de Teerã, entretanto, rejeita essas acusações e afirma que seu programa nuclear é voltado exclusivamente para usos pacíficos, como a produção de energia.


Israel lança ataques contra o Irã (Foto: Reprodução/Majid Saeedi/Getty Images Embed)

No decorrer dos 12 dias de conflito, os Estados Unidos também se envolveram na ofensiva, realizando bombardeios contra três instalações nucleares em território iraniano, em 21 de junho. O governo do Irã, por sua vez, responsabilizou formalmente Israel e os EUA pelo início da guerra.

Em carta endereçada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, exigiu que os dois países sejam reconhecidos como os responsáveis pela escalada e respondam por danos causados, incluindo compensações financeiras.

Preocupações nucleares e números da guerra

A controvérsia em torno do programa nuclear do Irã permanece como um dos principais fatores que alimentam o conflito. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o Irã está enriquecendo urânio a 60%, bem acima do limite de 3,67% fixado no acordo nuclear de 2015, abandonado pelos Estados Unidos em 2018. Para fins militares, o enriquecimento necessário seria de 90%.

Enquanto isso, Israel mantém silêncio sobre seu arsenal, mas estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri) indicam que o país possui cerca de 90 ogivas nucleares.

Além disso, segundo o Ministério da Saúde do Irã, 627 pessoas morreram e cerca de 4.900 ficaram feridas nos bombardeios israelenses. Já em Israel, as autoridades locais contabilizam 28 mortes em decorrência dos ataques retaliatórios do Irã.

Governador indonésio admite falha em resgates após desaparecimento de Juliana Marins

O governador da província de Sonda Ocidental, na Indonésia, Lalu Muhamad Iqbal, reconheceu publicamente as deficiências na estrutura de resgate da região onde a turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu durante uma trilha no vulcão Rinjani. 

Em um vídeo divulgado no Instagram em forma de carta aberta, o governador expressou suas condolências aos “irmãos e irmãs do Brasil” e manifestou solidariedade à família de Juliana.

Juliana estava em uma viagem de mochilão pela Ásia desde fevereiro e fazia uma trilha no Monte Rinjani, um dos pontos turísticos mais procurados da Indonésia, quando sofreu uma queda de um penhasco no dia 21 de junho. O resgate durou quatro dias e enfrentou grandes desafios devido às condições climáticas adversas e à precariedade da operação local.

Condicionantes climáticas e limitações técnicas

Segundo o governador, chuvas intensas e névoa densa prejudicaram os trabalhos de busca, dificultando até mesmo o uso de drones térmicos, essenciais para a localização precisa em terrenos de difícil acesso. Ele também explicou que o solo arenoso representou um risco adicional para as operações com helicópteros, já que a entrada de areia nos motores tornava o voo inseguro.


Pronunciamento de Lalu Muhamad Iqbal (Vídeo:reprodução/Instagram/@iqbal_lalu_muhamad)

Outro ponto crítico apontado por Iqbal foi a ausência de profissionais certificados em resgate vertical e a escassez de equipamentos apropriados para emergências em áreas montanhosas. A maioria dos envolvidos na operação de resgate era formada por voluntários, que, segundo o governador, colocaram a própria segurança em risco para tentar salvar a turista.

Promessa com mudanças estruturais

O pronunciamento, feito em inglês e direcionado especialmente ao público brasileiro, também incluiu promessas de mudanças. Iqbal afirmou que pretende realizar uma revisão completa da segurança na região do Rinjani, reconhecendo que o local deixou de ser apenas um destino de trilhas para se tornar uma atração turística internacional. Ele também ressaltou a importância de reforçar as medidas de segurança nas trilhas, reconhecendo que melhorias estruturais são urgentes.

Enquanto isso, a repatriação do corpo de Juliana está sendo organizada com apoio da Prefeitura de Niterói, cidade onde vivia a publicitária. A administração municipal se ofereceu para custear o traslado após a família optar por esse caminho, mesmo com o governo federal tendo articulado alternativas.

A expectativa é que o caso de Juliana leve as autoridades locais a reforçarem a prevenção e os protocolos de emergência em áreas de risco.

Palais Galliera celebra Rick Owens com exposição imersiva e estética “brutal chic”

O Palais Galliera, museu de moda de Paris, abre, no próximo sábado (28), a primeira grande retrospectiva dedicada ao estilista Rick Owens. Intitulada “Temple of Love”, a mostra permanece em cartaz até 4 de janeiro de 2026 e reúne mais de duas décadas de criação de um dos nomes mais emblemáticos do design contemporâneo. Com curadoria de Alexandre Samson, a exposição apresenta mais de 100 silhuetas, peças raras, vídeos, documentos pessoais e instalações inéditas, que ultrapassam os limites tradicionais da moda.

Reconhecido por sua estética brutalista, sombria e escultural, que muitos chamam de “brutal chic”, Rick Owens construiu ao longo dos anos uma obra marcada por contrastes intensos, marcados entre o luxo e o subversivo. 

Desde seus primeiros passos em Los Angeles nos anos 1990 até a mudança para Paris em 2003, sua linguagem visual foi se refinando sem perder o tom provocador. Essa energia é transportada para a mostra, que não se limita às salas do museu, uma vez que o estilista também assinou a direção criativa da montagem e vestiu as estátuas da fachada do Palais Galliera com tecidos bordados de lantejoulas, em um gesto performático que expande a experiência ao espaço urbano.


Exposição de Rick Owens,"Temple of Love" (Vídeo: reprodução/YouTube/Palais Galliera)

Revolução estética em exposição

“Temple of Love” promete se apresentar como uma imersão no universo radical e iconoclasta de Owens. As peças expostas desafiam convenções de gênero, beleza e elegância, assumindo proporções arquitetônicas e formas que evocam tanto a ficção científica quanto a história da alta costura. A escolha por materiais pesados, a paleta escura e o design escultural revelam um criador que entende a moda como discurso, e, muitas vezes, como manifesto.

Moda como resistência e arte total

A exposição também destaca o compromisso do estilista com a performance e a crítica social. Em seus desfiles, Owens transforma frequentemente a passarela em palco de protesto: contra o patriarcado, a normatividade estética e os padrões rígidos do mercado. Suas criações celebram a força física das mulheres com uma beleza visceral, apostando em um glamour cru, quase selvagem.


Carreira de Rick Owens é tema de retrospectiva no Palais Galliera (Foto: reprodução/Instagram/@palaisgallieramuseedelamode/@rickowensonline)

Rick Owens é apenas o terceiro estilista vivo a ser homenageado com uma retrospectiva no Palais Galliera, após Azzedine Alaïa e Martin Margiela, e o feito não é casual. Com “Temple of Love”, o museu promete reconhecer sua relevância política e cultural. 

Além disso, a mostra convida o público a repensar o que é moda, arte e identidade, fazendo de cada peça um convite à reflexão e à transformação.

Beyoncé resgata visual de 2011 durante desfile da Louis Vuitton

Na última terça-feira (24), a cantora Beyoncé marcou presença no desfile da coleção masculina primavera-verão 2026 da Louis Vuitton, assinado por Pharrell Williams em Paris. A artista aproveitou o momento para fazer uma homenagem especial ao seu quarto álbum de estúdio, “4”, que completou 14 anos no mesmo dia. O gesto foi sutil, mas repleto de significado: ela recriou um look icônico da era do disco, lançado em 24 de junho de 2011.

Com um casaco de pele vermelho, macacão jeans sob medida, cinto com fivela marcante, colar exuberante e um chapéu de inspiração western, Beyoncé uniu símbolos visuais de dois momentos emblemáticos de sua trajetória. A estética country que caracteriza a fase Cowboy Carter ganhou uma camada nostálgica ao revisitar referências do passado, especialmente um ensaio de 2011, feito durante a promoção do álbum “4”, em que a artista apareceu com um casaco vintage assinado por Roberto Cavalli.


Look de Beyoncé para o desfile da Louis Vuitton (Foto: reprodução/Instagram/@beyonce)

Sucesso da era “4”

Lançado em um momento de transição na vida profissional de Beyoncé, o álbum “4” marcou o início de uma fase mais livre e pessoal da artista. Após encerrar a parceria com o pai na gestão de sua carreira e deixar para trás os tempos de Destiny’s Child, ela passou a explorar com mais autonomia sua identidade artística e musical. Musicalmente, é fortemente influenciado pelo R&B tradicional, com toques de pop contemporâneo e soul.


Look de Beyoncé em 2011, durante a era "4" (Foto: reprodução/Pinterest/@Muglen)

Nas letras, Beyoncé investiu em temas como amor, empoderamento feminino e reflexões pessoais. A escolha de repertório e produção revelou uma artista mais madura e determinada a se consolidar como força criativa no cenário global.

Impacto global e influência na moda

Além do grande sucesso na indústria musical, o álbum de estúdio “4” também consolidou sua capacidade da artista de ditar tendências dentro e fora dos palcos. O desempenho comercial do álbum foi marcante: ele debutou diretamente no topo da Billboard 200 e alcançou a primeira posição em diversos países, incluindo Brasil, França, Reino Unido, Irlanda, Coreia do Sul e Espanha. Faixas como “Run the World (Girls)”, “Best Thing I Never Had”, “Love on Top” e “Countdown” se tornaram clássicos de sua carreira e ajudaram a construir a imagem de uma artista bem-sucedida.

Mais de uma década depois, Beyoncé continua a usar a moda como extensão de sua expressão artística. Sua aparição no desfile da Louis Vuitton resgatou referências do passado com uma performance estética carregada de significado.

Resgatando elementos visuais da era “4” com a sofisticação e a identidade de sua fase atual, Beyoncé consolida seu papel como referência cultural e figura central nas interseções entre música, moda e representatividade. É notável que cada escolha de seu figurino é pensada com estratégia, capaz de criar novas tendências globais.

Beyoncé quebra recorde no Stade de France com a “Cowboy Carter Tour”

A cantora norte-americana Beyoncé consolidou mais um marco em sua carreira com a “Cowboy Carter Tour“. Após uma série de apresentações nos Estados Unidos e no Reino Unido, a artista levou o espetáculo para Paris, onde fez história no Stade de France com três noites lotadas nos dias 19, 21 e 22 de junho. A passagem rendeu uma bilheteria total de US$ 39,7 milhões, o que representa a maior arrecadação já registrada no estádio para uma única turnê. A média por noite também impressiona: US$ 13,2 milhões.

Segundo a produtora Live Nation, os números confirmam que a turnê de Beyoncé é a mais lucrativa da história do Stade de France, superando recordes anteriores e consolidando o status da artista como um dos maiores nomes da música global. Ao todo, cerca de 215 mil ingressos foram vendidos para as três apresentações, novo recorde de público feminino no estádio, que tem capacidade para mais de 80 mil pessoas por noite.


Beyoncé para a Cowboy Carter em Paris (Foto: reprodução/Instagram/@beyonce)

Recordes e participações especiais na turnê

A etapa europeia da “Cowboy Carter Tour” foi mais enxuta em comparação à “Renaissance World Tour”, que percorreu oito países em 2023. Desta vez, Beyoncé se apresentou apenas na Inglaterra e na França. Mas, mesmo assim, o impacto foi significativo. Em Paris, além da performance impecável, a cantora presenteou os fãs com participações especiais.

No último domingo (22), ela subiu ao palco ao lado do marido, Jay-Z, com quem cantou sucessos como “Crazy in Love”, “Drunk in Love” e “Partition”. Foi a primeira vez em anos que o casal performou junto.


Beyoncé e Jay-Z para a "Cowboy Carter Tour" (Foto: reprodução/Instagram/@beyonce)

Além disso, um dos momentos mais marcantes da noite foi a performance ao vivo de “II Most Wanted”, parceria entre Beyoncé e Miley Cyrus. As duas dividiram o palco pela primeira vez para interpretar a faixa, levando o público ao delírio.

Próximos passos e expectativa na América Latina

Após o encerramento da etapa europeia, Beyoncé fará uma breve pausa antes de retomar a turnê na América do Norte. O próximo destino será o Mercedes-Benz Stadium, em Atlanta, entre os dias 10 e 14 de julho. Ao todo, a “Cowboy Carter Tour” tem 32 shows programados, todos em grandes estádios.

Ainda não há confirmação de datas na América Latina, mas os fãs brasileiros seguem esperançosos. Com a alta demanda e o sucesso mundial da turnê, a expectativa é que novas apresentações possam ser anunciadas em breve. Caso Beyoncé opte por repetir o modelo da turnê anterior, há chances de que o Brasil e outros países da América Latina entrem no roteiro.

Ryan Coogler anuncia que já começou a trabalhar em “Pantera Negra 3”

Enquanto a Marvel Studios ainda mantém silêncio sobre uma confirmação oficial da sequência de “Wakanda Para Sempre”, o diretor Ryan Coogler revelou que “Pantera Negra 3″ já está em fase de desenvolvimento. A afirmação veio durante a première da série “Coração de Ferro”, onde o cineasta foi questionado pelo portal Deadline sobre o estágio atual do projeto. “Estamos trabalhando”, declarou de forma direta, sem entrar em maiores detalhes.

A revelação reforça os rumores de que a sequência já é considerada uma certeza dentro do universo cinematográfico da Marvel, mesmo sem título oficial ou data de estreia confirmada.

Além disso, circulam rumores nos bastidores de que o filme pode chegar aos cinemas após “Vingadores: Doomsday”, produção que deve marcar o desfecho da chamada Saga do Multiverso. Embora ainda não haja confirmação oficial, a possibilidade vem sendo discutida entre fãs do universo Marvel.

Rumores sobre novo T’Challa e papel de Denzel Washington

Após a morte de Chadwick Boseman em 2020, vítima de um câncer no cólon, a franquia “Pantera Negra” passou a enfrentar o delicado desafio de continuar sem seu intérprete principal. O longa “Wakanda Para Sempre”, lançado em 2022, passou por grandes mudanças em seu enredo original para refletir essa perda, inserindo a morte do rei T’Challa na narrativa. A trama também marcou a transformação de Shuri, vivida por Letitia Wright, na nova Pantera Negra, trajetória que dialoga com as histórias em quadrinhos.


Poster de "Wakanda Forever" (Foto: reprodução/Instagram/@blackpanther e @marvelstudios)

Com o futuro da franquia ainda em aberto, um dos rumores que mais geram curiosidade é a possibilidade de um novo ator assumir o papel de T’Challa. O nome de Damson Idris tem sido apresentado como potencial substituto, embora a Marvel não tenha se pronunciado. Outro ponto que alimenta as expectativas do público é a confirmação de Denzel Washington no elenco. Há indícios de que o ator estaria em negociações com a Disney, e sua participação deve ser em um papel inédito e ainda mantido em segredo.

Possível data de estreia e planos da Marvel

A imprensa internacional especula que a data reservada pela Marvel para 15 de dezembro de 2025 pode marcar a estreia de “Pantera Negra 3”. Embora esse espaço no calendário também seja cotado para possíveis lançamentos como a continuação de “Quarteto Fantástico” ou o tão aguardado reboot de “Blade”, fontes indicam que a produção da nova aventura em Wakanda estaria em estágio mais avançado do que os demais projetos.

Mesmo sem maiores detalhes sobre a trama ou o retorno de personagens, a movimentação em torno do filme indica que “Pantera Negra 3” já está a caminho e promete ser mais um capítulo marcante na representação do legado de Wakanda no cinema.

Após bombardeios dos EUA, líder do Irã promete “punição ao inimigo sionista”

Em sua primeira manifestação pública após os ataques dos Estados Unidos, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que o “inimigo sionista” deve ser responsabilizado pelos bombardeios às instalações nucleares iranianas. A declaração foi feita em meio ao agravamento das tensões no Oriente Médio, após uma ofensiva dos Estados Unidos contra três complexos nucleares iranianos.

Na rede social X, Khamenei classificou os ataques como um “grande erro e crime” e afirmou que as punições já estavam em curso. A declaração foi publicada pouco após as Forças de Defesa de Israel informarem que sirenes de ataque aéreo soavam na região central do país, indicando um possível lançamento de mísseis por parte do Irã.


Pronunciamento de Ali Khamenei (Vídeo:reprodução/Youtube/Terra Brasil)

EUA bombardeiam instalações nucleares

Durante a noite do último sábado (22), os Estados Unidos lançaram bombardeios contra três instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a operação, alegando que se tratava de uma ação “defensiva”, visando barrar o avanço do programa nuclear iraniano.

Durante seu pronunciamento, Trump declarou que a ofensiva busca proteger os Estados Unidos e seus parceiros estratégicos, e advertiu que, sem uma interrupção nos confrontos, novas ações militares poderão ser realizadas.


Pronunciamento de Donald Trump (Vídeo:reprodução/Youtube/Metrópoles)

Segundo Trump, o Irã “precisa escolher entre paz ou tragédia”, e reforçou que a ofensiva representa uma resposta à escalada de ataques registrados nos últimos dias. Os alvos escolhidos são centrais estratégicas no programa nuclear iraniano.

Reações internacionais e reunião de emergência da ONU

As respostas ao ataque americano vieram de diferentes frentes. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, classificou a operação como “ilegal e perigosa”. Em coletiva realizada em Istambul, ele afirmou que os Estados Unidos violaram a Carta da ONU e prometeu consequências diplomáticas. 

Durante uma coletiva em Istambul, o chanceler também anunciou a convocação de uma reunião de emergência com representantes de países aliados para avaliar os impactos da operação militar e discutir possíveis medidas diplomáticas.

Rússia e China também se posicionaram de forma crítica. O governo russo classificou a ofensiva como uma “ação irresponsável” e ressaltou que representa uma violação à soberania do Irã. A China, por sua vez, relembrou a invasão do Iraque em 2003 e alertou para o risco de o Oriente Médio mergulhar em um novo ciclo de instabilidade.

Em contraste, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, saiu em defesa da ação norte-americana do presidente Donald Trump.

Israel intensifica ataques contra Irã e atinge central nuclear de Fordow e alvos militares em Teerã

As Forças Armadas de Israel realizaram novos ataques aéreos contra o Irã nesta segunda-feira (23), agravando ainda mais a tensão no Oriente Médio. Entre os alvos confirmados por autoridades iranianas e israelenses, estão a central nuclear de Fordow, localizada na província de Qom, o quartel-general da Guarda Revolucionária e diversas estruturas associadas à repressão estatal no centro de Teerã.

Segundo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, a operação teve como objetivo atingir a infraestrutura do regime iraniano e instituições consideradas símbolos da repressão política no país. Ele afirmou que a ofensiva ocorreu por orientação direta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e teve “intensidade sem precedentes”

Entre os locais atingidos estariam a sede da milícia Basij, a prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos, além de quartéis ligados à segurança interna e à ideologia da Guarda Revolucionária.

Central nuclear sob ataque

Um dos principais alvos do bombardeio foi a central nuclear de Fordow, construída no interior de uma montanha para resistir a ataques aéreos. O complexo já havia sido atacado no último fim de semana por bombardeiros americanos, em ação que provocou fortes reações do governo iraniano, incluindo ameaças diretas aos Estados Unidos.


Imagens dos recentes ataques israelenses contra o Irã (Vídeo:reprodução/Youtube/Record News)

Em nota divulgada após reunião de emergência, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que os danos provocados pelas explosões devem ter sido “muito significativos”, especialmente nas áreas subterrâneas da instalação. Grossi destacou que as centrífugas utilizadas no enriquecimento de urânio são extremamente sensíveis a vibrações, o que amplia a possibilidade de prejuízos ao programa nuclear iraniano.

Mortes e ataques a hospitais

O Irã reagiu ao bombardeio lançando um míssil contra o território israelense, interceptado pelas defesas aéreas. No entanto, o governo iraniano acusa Israel de uma escalada militar que já teria deixado, até o momento, mais de 430 mortos no país desde o início dos ataques em 13 de junho.


Imagens dos ataques de Irã a Israel (Vídeo:reprodução/Youtube/UOUL)

Segundo o Ministério da Saúde do Irã, entre os mortos estão mulheres, crianças e profissionais da área da saúde. A pasta também informou que três hospitais foram atingidos, resultando na morte de dois médicos e no ferimento de dezenas de civis. Sete ambulâncias teriam sido danificadas e ao menos 14 profissionais de emergência médica ficaram feridos.

Em contrapartida, autoridades israelenses relataram a morte de 24 civis em território israelense em decorrência dos mísseis lançados pelo Irã.

Moda junina ganha releituras criativas e se distancia do visual clichê

A temporada de festas juninas está oficialmente aberta, e, com ela, chegam as dúvidas sobre como se vestir para celebrar com autenticidade e estilo. Embora o jeans, a camisa xadrez e as botas sejam apostas clássicas e funcionais, há um movimento crescente entre fashionistas que buscam ir além do figurino tradicional, com propostas que unem referências da estética rural com elementos da moda atual.

Entre bandeirinhas, quadrilhas e comidas típicas, o look também pode ser protagonista. A ideia é abandonar o excesso de clichês, como os babados exagerados, pintinhas no rosto e tranças infantis, e adotar uma abordagem mais moderna, usando peças versáteis, tecidos sofisticados e sobreposições criativas. O resultado são produções que funcionam tanto para curtir uma festa junina quanto para outros momentos do inverno.

Estilo rural com pegada contemporânea

A estética western continua em alta em 2025, impulsionada pelo retorno da tendência country core. Franjas, couro, camurça e alfaiataria são alguns dos recursos que ajudam a construir esse visual rural chique. Coletes, camisas estruturadas e vestidos combinados com blusas de tule aparecem como opções interessantes para sair do comum.


Look junino inspirado no estilo country core (Foto: reprodução/Pinterest/@luizarabelo8)

Além disso, a vida no campo pode ser representada de maneira mais sutil. Um lenço estampado no pescoço, botas com personalidade ou uma jaqueta de tricô estruturada já são suficientes para criar o clima junino com sofisticação. 


Inspiração de look junino com lenço estampado no pescoço (Foto: reprodução/Pinterest/ceciliacmesquita)

Para os dias mais frios, tecidos como tweed, lã batida e chevron oferecem textura e conforto, fugindo do xadrez óbvio.

Acessórios e brilho na medida certa

Peças com brilho e acessórios marcantes também têm espaço garantido no look junino moderno. Mas, a chave está no equilíbrio: um top acetinado, franjas com strass ou detalhes metalizados em jaquetas atualizam o visual sem pesar.  Multi cintos com fivelas grandes, correntes e até personalizações com laços ou aplicações brilhosas em jeans são ótimos aliados para dar um toque exclusivo ao look.


Inspiração de look junino com peças marcantes (Foto: reprodução/Pinterest/@analusoliveira1)

Para quem quer ousar ainda mais, o segredo está na mistura: incorporar tendências como o corporate core ou o streetwear ao universo junino pode gerar composições inusitadas e estilosas. 


Look junino com tendências modernas (Foto: reprodução/Pinterest/@cowgirls_world/@mariapaulamaia_)

Saias xadrez combinadas com trench coats, camisas assimétricas com calças cargo ou o uso criativo de modelagens amplas com estampas clássicas são apenas algumas ideias para quem deseja impressionar nas festas.

Para quem deseja explorar a criatividade, essa pode ser uma oportunidade de experimentar novas proporções, texturas e referências culturais. A influência de estéticas como o streetwear ou o corporate core contribui para looks mais ousados e contemporâneos, sem perder a identidade da celebração. Ao investir em composições mais autorais, o visual de festa junina pode ganhar mais frescor, atualidade e, sobretudo, estilo.

Anel de noivado “cigano” de Dua Lipa redefine tendências

O anel de noivado usado pela cantora Dua Lipa se tornou um dos assuntos mais comentados no mundo da moda e da cultura pop nas últimas semanas. Conhecida por seu estilo ousado e autêntico, a artista confirmou o noivado com o ator britânico Callum Turner à edição de junho da Vogue britânica, após meses de rumores alimentados por flagras de paparazzi e fotos nas redes sociais. 

Mas não foi apenas a novidade do relacionamento que chamou a atenção do público: o anel, descrito como “cigano”, destoa completamente dos modelos clássicos e promete influenciar os próximos lançamentos da alta joalheria.

Um anel ousado, moderno e cheio de significado

A peça chama atenção por seu design robusto e singular, classificado como um exemplo da tendência dos chunky engagement rings, ou seja, anéis de noivado com aparência mais volumosa e presença marcante. Feito em ouro amarelo 18 quilates e com um diamante central de aproximadamente 2 quilates, o valor estimado do anel varia conforme a qualidade do diamante, podendo alcançar valores entre £ 47.000 e £ 270.000. A estrutura do anel incorpora uma cravação segura, no estilo semi-bezel ou tensionado, conferindo um toque contemporâneo ao conjunto, enquanto a base aberta confere leveza e feminilidade à joia.


Dua Lipa exibe seu anel de noivado (Foto: reprodução/Instagram/@dualipa)

Segundo Dua Lipa, Turner contou com a ajuda de sua irmã e de amigos próximos para projetar a joia. “Estou obcecada por este anel. Ele é tão eu”, afirmou a cantora na entrevista à Vogue. A escolha da peça parece refletir não apenas o gosto pessoal da artista, mas também um desejo crescente de personalização e originalidade quando o assunto é simbolizar uma união.

O fim da era minimalista nos anéis de noivado

O anel de Dua Lipa quebra a tradição dos solitários delicados e das bandas finas com diamantes discretos. Para Brigitte Gi, herdeira da joalheria parisiense Dary’s, o anel da cantora marca um novo momento no setor: “É uma escolha única; geralmente, os pedidos gravitam em direção a designs mais clássicos”.

Com a confirmação oficial do noivado feita pela própria artista, Dua Lipa e Callum Turner assumem de vez o posto de novo casal queridinho da cultura pop, e ainda ditam tendência com um anel que inspira autenticidade e ruptura com o convencional.