Sobre Cleiton Oliveira

Redator do lorena.r7

Inteligência artificial como principal aliada no tratamento contra o câncer de mama

A medicina está sendo revolucionada por intervenções a partir de cuidados personalizados por inteligência artificial (IA), modificando o tratamento do câncer de mama, aperfeiçoando terapias e proporcionando qualidade de vida aos pacientes. Desenvolvendo um sistema que fornece precisão a gravidade do quadro, a startup Ataraxis, inovadora no campo da oncologia, fornece melhores tomadas de decisão aos médicos.


Equipe Ataraxis em pronunciamento à imprensa (Foto:reprodução/Ataraxis IA/Breast)


Fundada por Jan Witowski e Krzysztof Geras, a empresa tem sido importante para a medicina diagnóstica, em especial para a área oncológica. A criação de um teste chamado Ataraxis Breast, que faz uso da IA ​​para avaliar de forma precisa, o estado do câncer no paciente, informando o grau de risco. Com isso, tratamentos agressivos como a quimioterapia podem se tornar necessários, promovendo a redução dos efeitos colaterais.

Investir para aprimorar 

Parcerias com diversos hospitais, com a intenção de treinar os modelos de IA são fundamentais neste processo de aprimoramento do sistema. A variedade de dados disponibilizados para interpretações com maior precisão, garante a eficácia do treinamento; o que pôde ser identificado depois de um estudo, onde uma startup declarou ter 30% a mais de precisão em seu método diante das tradicionalmente aplicadas em muitos centros de tratamento. O armazenamento com imagens históricas dos tumores de mais de 4.500 pacientes com câncer de mama, alavancou o aprimoramento da IA ​​nesta corrida contra o tempo e pelos melhores diagnósticos.

Um ponto alto nesta trajetória inovadora é o financiamento de US$ 4 milhões recebido numa rodada de investidores, liderados pela Giant Ventures e Obvious Ventures, auxiliando no desenvolvimento tecnológico dos projetos da Ataraxis, ampliando ainda mais o horizonte dos pacientes em cada tratamento.

Dias melhores

“Como médico, fiquei inicialmente animado com o potencial da medicina de precisão, tendo visto em primeira mão a necessidade urgente de soluções para ajudar centenas de milhares de pacientes. Infelizmente, na última década, essa promessa não foi cumprida” e “Com base no trabalho pioneiro do nosso consultor Yann LeCun em IA moderna, estamos estabelecendo uma categoria completamente nova de testes que eliminarão gradualmente os diagnósticos moleculares, fazendo a transição da indústria para a medicina de precisão de IA — uma abordagem mais precisa, eficiente e econômica, com o potencial de salvar inúmeras vidas”, disse Jan Witowski, cofundador e CEO da Ataraxis. 


Mulher se recuperando do câncer de mama (Foto: reprodução/Freepik/Series Cancer Breast)


Sem dúvidas a implementação de projetos de IA em diversos setores da saúde, tem sido um divisor de águas no cotidiano médico-hospitalar, possibilitando dias melhores para a comunidade científica, médicos e usuários dos serviços de tratamento e diagnósticos. Resultados clínicos positivos desde a detecção precoce até a otimização dos procedimentos, formatam um novo tempo para saúde humana, fortalecendo ainda mais a parceria humanos/IA no dia a dia.

Foto Destaque: Mulher efetuando diagnóstico com auxílio de IA (Reprodução/Freepik)

Botafogo celebra 130 anos com medalhas comemorativas

O Clube Social do Botafogo, em parceria com a Casa da Moeda do Brasil, lançou um item comemorativo para colecionador nenhum colocar defeito, especialmente os mais apaixonados alvinegros. A coleção exclusiva de medalhas celebra os 130 anos do clube, nas versões bronze, prata e ouro. Produzidas em tiragem limitada, as medalhas chegam com o ideal de avivar a história do Botafogo nestes cem anos de muitos casos para contar e, com a intenção de repasse do lucro para manutenção da sede de General Severiano e os demais esportes que estão sob o controle do Clube Social.

A medalha

Com um design elegante e a expertise da Casa da Moeda, que desde 1977 promove de forma impecável a paixão pela numismática (estudo das medalhas e moedas), a medalha tem de um lado o mix do histórico símbolo do início do clube, com os remos cruzados, a estrela, a sigla ‘CRB’, as datas e o imponente “130 ANOS”; do outro a famosa Estrela Solitária envolta numa faixa com as frases “O CLUBE DE REGATAS” e “A ORIGEM DA ESTRELA”, enfatizando também a data de fundação do clube em 1894.


Medalha de ouro comemorativa, custando R$ 89 mil (Foto: reprodução/Casa da Moeda/Clube da Medalha)


A riqueza histórica do Botafogo e a contribuição para o esporte, notoriamente, não tem preço. Por outro lado, quem quiser fazer parte das comemorações e obter o item dourado, já pode ir preparando o bolso para suaves R$ 89 mil.


Medalha de prata comemorativa, custando R$ 826 (Foto: reprodução/Casa da Moeda/Clube da Medalha)


Será necessário correr, pois com apenas dez medalhas em ouro produzidas, provavelmente movimentará os mais apaixonados torcedores e colecionadores, esgotando depressa o lote. Já as de prata podem ser adquiridas por R$ 826, com a tiragem de 300 peças; as de bronze por R$ 215, com mil produzidas.


Medalha de bronze comemorativa, custando R$ 215 (Foto: reprodução/Casa da Moeda/Clube da Medalha)


Memória para as gerações

A retomada gloriosa do Botafogo ao posto de destaque, principalmente no futebol, tem promovido um maior engajamento dos torcedores com o clube e sua pulsante história, dando maior visibilidade no pós SAF (Sociedade Anônima de Futebol), de John Textor, a memória do clube para as novas gerações. A confecção das medalhas, mais do que um incentivo fiscal, adiciona nova página na história do clube, traduzindo o sentimento dos gestores e sua torcida, numa única frase, “Não há história sem coragem”, dita por Arthur Jorge, em entrevista coletiva após a classificação para as semifinais da Copa Libertadores.

Medalhas significam momentos marcantes e, nesta vibe, o Botafogo prossegue sua jornada, com coragem. Botafogo de Futebol e Regatas, um gigante em seus 130 anos.

Foto destaque: Escudos do Botafogo na comemoração dos 130 anos (Reprodução/Botafogo)

Palácio celestial chinês recebe nova tripulação

A presença tecnológica chinesa no espaço não é apenas espantosa devido ao sucesso de suas recentes missões, mas vislumbrante por ocasião dos ambiciosos resultados dessas viagens espaciais, que propulsionam possibilidades de colonização espacial num futuro não tão distante. Lançando mais uma espaçonave com destino à Estação Espacial Tiangong, na quarta-feira (30), a China, objetivando realizar 86 experimentos científicos em variadas áreas, dando celeridade ao processo de permanência para maiores explorações no espaço utilizando o que o ambiente espacial tem para oferecer, brinda com a comunidade internacional o avanço de seus programas espaciais. Com o foco em novas tecnologias, ciências da vida no espaço, medicina, materiais e física de microgravidade, de acordo com o vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA), Lin Xiqiang, a missão tripulada desembarcou em seu “Palácio Celestial”, significado de Tiangong, nome dado a estação espacial permanentemente habitada.

Um salto para o futuro

Os astronautas serão responsáveis por efetuar uma série de experimentos visionários, enfatizando prioritariamente a pesquisa sobre construção de habitats humanos fora da Terra. O resultado esperado da missão Shenzhou-19 é o ponto alto da atual proposta chinesa com o envio da equipe, liderada pelo experiente Cai Xuzhe, 48 anos – que esteve presente na tripulação da Shenzhou-14, missão que completou a construção da estação chinesa –, pois fornecerá dados preciosos para o projeto de construção da base em solo lunar. O voo conta também com os estreantes em missões espaciais Song Lingdong e a terceira mulher na história espacial chinesa Wang Haoze a elencar tal feito; ambos nascidos na década de 1990, representam a nova geração de astronautas do país.


Astronautas em cerimonial antes do embarque da missão Shenzhou-19 (Foto:reprodução/Xinhua/Li Xin)


Bem mais perto de se tornar real está um dos grandes sonhos compartilhados por boa parte da comunidade de ciências do espaço: colonizar o espaço. Recentemente, após o retorno bem-sucedido da sonda lunar Chang’e-6, trazendo amostras do solo do lado oculto da Lua, o que caracterizou um feito inédito na exploração espacial, contribuindo para o start das pesquisas da CMSA e seus colaboradores.

Tijolos produzidos com solo lunar simulado, serão expostos às condições do espaço, como parte dos potenciais testes da missão. O feedback positivo norteará os passos seguintes a esta epopeia científica, tendo em vista o planejamento da China para implementar a estação de pesquisa na Lua até 2035, aperfeiçoando a demanda logística, com o uso dos tijolos produzidos a partir de matéria extraída da própria Lua, na construção da base lunar. Na mesma proporção, múltiplos resultados positivos são aguardados, com base em toda a cadeia de testes no período de permanência da tripulação. Serão seis meses de olhares bem atentos em cada detalhe e esforço empregado em todo o processo, demonstrando alto grau de empenho e disciplina, típicas ações chinesas no mundo tecnológico contribuindo para um novo tempo. 

Relações internacionais

O compromisso de exploração pacífica e relacionamento tranquilo com a comunidade espacial segue intacto, pois “A CNSA prometeu continuar a manter o espírito da exploração lunar, caracterizado por perseguir sonhos, ousar explorar, colaborar para superar desafios e alcançar uma cooperação vantajosa para todos”, declarou Ge Ping, porta-voz da missão Chang’e-6.

 Fórum de Cooperação Espacial China-América Latina e Caribe (Foto:reprodução/Gov.br/EBC)


Outro fator preocupante é sobre a relação entre EUA e China. “Desde seu início, há mais de 60 anos, o programa espacial da China alcançou inúmeras realizações. Quero enfatizar que essas realizações são o resultado do trabalho duro e da inteligência do povo chinês. Embora a “/Emenda Wolf”/ impeça as trocas espaciais normais entre a China e os EUA, ela não pode impedir o rápido desenvolvimento dos esforços espaciais da China“, observou Bian Zhigang, vice-chefe da CNSA.

Sobre o Brasil, há um estreitamento relacional devido ao compromisso desde o acordo para desenvolvimento do programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), promovido em 1988 pelos dois países, sendo hoje o mais longo e influente projeto de cooperação espacial na comunidade internacional em atividade.

Foto destaque: Bandeira chinesa no espaço (Reprodução/CNSA)

Enigmáticas bolhas cósmicas na Via Láctea intrigam astrônomos

Lançado em 11 de junho de 2008, o Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi (nome dado em homenagem ao pioneiro em física de alta energia, professor Enrico Fermi, falecido em 1954), com a missão de observar o espaço trazendo informações preciosíssimas a partir de dados advindos da radiação gama capturada proporcionou, pouco mais de dois anos após ser lançado, um momento fenomenal a comunidade científica. O dia 9 de novembro de 2010, entrou para história sacudindo o mundo da astronomia com as revelações das imagens capturadas pelo Fermi. Um novo componente da nossa galáxia ficaria conhecido como Bolhas de Fermi. Um show a parte, a estrutura que se estende na região central da Via Láctea, acima e abaixo do plano galáctico, com incríveis 50.000 anos luz de extensão, movimentou os especialistas em astrofísica e física de partículas para um lugar em comum: a busca por respostas diante dos mistérios do espaço.


Telescópio Fermi em varredura espacial dos raios gama (Foto: reprodução/NASA/Goddard)


Um enigma colossal

As tais bolhas com aproximadamente a metade do tamanho total da Via Láctea, demonstram o motivo do fascínio com a descoberta. “Essas estruturas representam um dos fenômenos mais intrigantes em larga escala já observados em nossa galáxia”, relata a Dra. Regina Caputo, astrofísica da NASA envolvida nos estudos das Bolhas de Fermi.

A cada dia, as tecnologias desenvolvidas para aperfeiçoamento de dados, como também para melhor compreensão do universo, tem produzido resultados completamente satisfatórios para a humanidade. Indo além da nossa galáxia, as missões espaciais com suas poderosas ferramentas de observação e pesquisas, tem estreitado a distância “respostas versus mistérios”.

Nossos olhos são incapazes de enxergar o belo ballet de luzes que enchem o céu noturno. Fato, que para o telescópio Fermi e sua poderosa “visão gama” se torna perfeitamente possível. A parceria colaborativa entre a NASA, o Departamento de Energia dos EUA e instituições acadêmicas e parceiros na França, Alemanha, Itália, Japão, Suécia e Estados Unidos, deram vida a missão que trouxe um novo norte nesta corrida para desvendar os enigmas espaciais.


Grupo reunido 11º Simpósio Internacional Fermi (Foto: reprodução/NASA/Simpósio Fermi)


Origem das bolhas

No meio de diversas hipóteses, um das mais aceitas na comunidade, sugere que as Bolhas de Fermi resultam de uma intensa atividade do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, conhecido como Sagittarius A. Propondo a teoria que enfatiza um período de alimentação voraz, onde o buraco negro teria engolido uma imensa quantidade de matéria espacial, expelindo em seguida jatos de partícula energéticas, trazendo as bolhas a existência. Uma formação estelar central a partir de uma explosão é outra explicação possível. “Poderíamos estar observando o resultado de milhões de estrelas nascendo e morrendo em um curto período, liberando uma quantidade colossal de energia”, diz o especialista Dr. Farhad Yusef-Zadeh, astrônomo da Universidade Northwestern.

Um artigo publicado na revista Nature Astronomy, com dados coletados pelo satélite de raios X, eROSITA, que revelou duas bolhas enormes com semelhanças as de Fermi e sua contraparte, a névoa de micro-ondas, tem altas probabilidades de serem originadas de eventos durante explosões energéticas do centro galático no passado, sendo explicadas simultaneamente pela atividade de jatos do buraco negro supermassivo.

Contudo, à medida que novas tecnologias são disponibilizadas, possibilitando melhores observações, os estudiosos tendem a compreender mais as questões sobre o espaço e, principalmente sobre a Via Láctea.

Foto destaque: Imagem das Bolhas de Fermi reproduzidas a partir de raios gama capturados pelo Telescópio Fermi (Reprodução/NASA)

Botafogo protagoniza temporada histórica quebrando novo recorde

Um novo capítulo segue sendo escrito na história do Botafogo, reavivando o passado glorioso aos torcedores que viram elencos como o de Garrincha, Nilton Santos e companhia ou talvez, o memorável time campeão brasileiro em 1995 com Túlio Maravilha, Donizete, Gonçalves dentre outros heróis alvinegros. A torcida segue polvorosa com a boa campanha em 2024, motivando mais e mais os jogadores a cada partida.

Mantendo a liderança do campeonato, na vitória suada por 1 a 0, sobre o Red Bull Bragantino no sábado (26), o alvinegro também pôde colocar mais uma cereja, ou melhor, mais um recorde para as comemorações recentes do clube. Igualando a pontuação de toda a temporada de 2023, o clube atingiu a impressionante marca de 64 pontos, com sete rodadas de antecedência, com um detalhe “glorioso”, já que desta vez, a marca de 19 vitórias superou as 18 do ano passado; o que oficializa o dado da melhor campanha do clube na era dos pontos corridos, que vem desde 2003.


Torcida botafoguense presente em Bragança Paulista (Foto: reprodução/Botafogo/Vitor Silva)


Mentalidade vencedora

Comandando a notável campanha, o técnico português Artur Jorge, ao assumir o Botafogo no início de 2024, com a difícil meta de manter o bom desempenho do ano anterior e potencializar o elenco para melhores resultados, buscando além das vitórias, os tão esperados títulos, tem visto a aplicação de técnicas táticas flexíveis e de uma mentalidade vencedora nortearem a atuação do time. 

“O que alcançamos até agora é resultado do esforço coletivo – dos jogadores à equipe de bastidores, e claro, de nossos torcedores apaixonados”, comentou Artur Jorge após vitória épica que proporcionou novo capítulo para o acervo alvinegro. “Mas ainda não terminamos. Ainda há um longo caminho pela frente, e estamos focados em manter essa forma até o final”, finalizou o técnico.


Jogadores comemorando o único gol que deu a vitória ao Botafogo contra o Red Bull Bragantino (Foto: reprodução/botafogo/Vitor Silva)


Em busca do título

O recorde é uma realidade para o clube que se agigantou e renasceu na história recente do futebol brasileiro, dando nova perspectiva para sua torcida, que a cada partida promove um espetáculo atrás do outro. Porém, a folga de três pontos sobre o segundo colocado Palmeiras, aponta que a disputa nas sete rodadas finais implicarão em manter o padrão de desempenho até aqui conquistado. “Estamos cientes da história que estamos fazendo. Mas também sabemos que o trabalho não está concluído. Continuaremos a encarar um jogo de cada vez, dando tudo por essa camisa e por nossos torcedores”, disse o capitão do elenco, Marçal.

Ao soar o apito final, no Estádio Nabi Abi Chedid em Bragança Paulista, mais um passo degrau acima foi dado, ecoando a celebração botafoguense ao conquistarem mais três pontos valiosíssimos nesta caminhada rumo ao topo tão esperado: o título de campeão brasileiro de 2024. Levar o troféu para General Severiano é um sonho que está a cada instante mais próximo de se concretizar. Entre sonho e expectativas, o Botafogo carimba sua ambição nas estatísticas do Brasileirão embalado pela ensandecida e apaixonada torcida.

Foto destaque: jogadores entrando em campo (Reprodução/Botafogo/Vitor Silva)

Batalha jurídica se desenrola após tragédia envolvendo inteligência artificial

Diante do febril e gigantesco crescimento do uso dos chatbots de inteligência artificial (IA), um caso na Flórida chamou atenção devido ao desfecho trágico. O adolescente Sewell Setzer, de 14 anos, após longo período interagindo na plataforma da Character.AI, cometeu suicídio em fevereiro deste ano, devido ao conteúdo das conversas que teve com as personalidades geradas por IA, segundo alegações da mãe em ação judicial.

Megan Garcia, diz que a empresa foi negligente, contribuindo assim para o suicídio do filho, já que a não moderação dos conteúdos, influenciou completamente no ocorrido. O jovem, que mantinha esses diálogos com o chatbot desde abril de 2023, quando começou a utilizar o aplicativo da Character.AI, teve seu estado emocional manipulado por ocasião do conteúdo abusivo e sexualizado, potencializando sua decisão trágica.

Interatividade e armadilhas emocionais

As múltiplas personas criadas por IA, são atrativos que respondem aos anseios por “relações perfeitas” o que tem contribuído para muitos usuários se lançarem de forma mais intensa na interação com os chatbot de IA. Comentando sobre o fato, a Dra. Emily Tanner, pesquisadora de ética digital do MIT, diz que “embora a companhia de IA possa oferecer benefícios, precisamos estar extremamente cientes de seus riscos. A capacidade desses chatbots de formar conexões emocionais com usuários, especialmente os mais jovens, levanta sérias questões éticas sobre responsabilidade e proteção do usuário.”


Vulnerabilidade emocional é um alerta segundo especialistas (Foto: reprodução/Freepik)


Sewell, por exemplo, conforme as alegações de Megan, mantinha diálogo íntimo e nocivo a sua saúde mental, com uma personalidade modelada a partir da personagem Daenerys Targaryen de “Game of Thrones”.

Com mais de 20 milhões de usuários registrados, a plataforma permite que os usuários criem ou interajam com chatbots de IA que imitam várias personalidades, que vão desde figuras históricas a fictícias. Fundada em 2021 pelos ex-pesquisadores do Google, Noam Shazeer e Daniel de Freitas, a Character.AI rapidamente se tornou um grande player no mercado de chatbots de IA, refletindo a popularidade dos potenciais tecnológicos ofertados.

No entanto, críticos argumentam sobre a falta de moderação e ações que possam auxiliar contra as interações inadequadas e prejudiciais, particularmente quando se trata de indivíduos vulneráveis. O advogado de Megan, Matthew Bergman, relata que a empresa estava consciente dos riscos potenciais atrelados à interação prolongada com esses chatbots, mas falhou em implementar medidas de segurança adequadas.


Jovem com tristeza aparente diante da tela de computador (Foto: reprodução/Freepik)


A Character.AI ao se pronunciar sobre a tragédia e a subsequente ação judicial, anunciou implementações de moderação com recursos de segurança e inclusão de mensagens pop-up de direcionamento aos potenciais usuários detectados em estado de vulnerabilidade emocional, para linha direta de prevenção ao suicídio. Posicionamento que prosseguiu preocupando os críticos e especialistas, pois acreditam ser ações mínimas e tardias, diante de um complexo e perigoso cenário. 

As tecnologias com suas ações pontuais em prol da saúde humana tem sido extremamente importantes, mas, fatos como este implicam numa revisão mais profunda do regimento dessas plataformas de IA, que promovam um local comum ao bem-estar social, como propõem os teóricos.

Ampliação das discussões

O Dr. Jonathan Bright, especialista em política tecnológica da Universidade de Oxford, sobre o caso, disse que “este evento trágico ressalta a necessidade urgente de diretrizes abrangentes que regem as interações de IA, particularmente aquelas envolvendo menores.” E ainda, “Precisamos de uma estrutura que equilibre a inovação com a segurança do usuário”, finalizou.

Casos como este servem como um lembrete severo acerca dos desafios em toda a complexidade existente com o avanço tecnológico das IAs. Esta batalha jurídica provoca algo muito maior do que buscar novas diretrizes, pois é um grito pela preservação do bem estar e acima de tudo, pela vida. O que fica explicitamente exposto na preocupação de todos diante do trágico episódio do menino Sewell.

O processo contra a Character.AI pode estabelecer um ponto de partida, sobre como as empresas de IA venham responder pelo impacto produzido por suas ferramentas na saúde mental dos usuários.

Foto destaque: Adolescente em interação duvidosa com IA (Reprodução/Freepik)

Avanços tecnológicos aperfeiçoam diagnósticos para tratamento da depressão

Desafiando médicos e cientistas, no campo da saúde mental, a depressão, a cada dia impulsiona técnicas, métodos e uma diversidade de aspectos sobre o assunto, devido principalmente, a complexidade do cérebro humano. A subjetividade das tradicionais intervenções, ainda que úteis, em muitos casos, podem levar a diagnósticos imprecisos, baseados em relatos pessoais e observações clínicas. Os métodos que comumente são aplicados para tratamento dos quadros de depressão, necessitam de upgrade e inovações, dando um passo a frente e abrindo novas possibilidades, com intervenções menos invasivas e mais eficazes.


Ressonância magnética funcional em cérebro humano (Foto:reprodução/Eigier Diagnósticos)


Com a chegada das tecnologias avançadas, tornou-se possível observar o cérebro humano atuando, como acontece com o uso da ressonância magnética funcional (RMF), uma poderosa ferramenta de identificação de padrões associados a depressão, nesta busca por saúde mental e qualidade de vida. Exames de imagem que promovem um detalhamento das atividades cerebrais, proporcionando a visualização de alterações específicas, auxiliando na diagnose dos pacientes com depressão.

Estudos recentes

Pesquisadores da Stanford Medicine, em estudos recentes, apontaram variados tipos de depressão identificados, baseando-se em padrões distintos de atividade cerebral, enfatizando não somente o auxílio na confirmação dos diagnósticos, mas permitindo uma melhor abordagem e personalização do tratamento.


Leanne Williams, autora sênior das pesquisas para tratamento de depressão pela Stanford Medicine (Foto: reprodução/Stanford Medicine)


O uso de mecanismos tecnológicos no corpo humano, como dispositivos cerebrais para monitoramento e estímulo de áreas do cérebro relacionadas ao quadro depressivo, também chega como aliados da medicina. Há poucos mais de três anos, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, desenvolveram um dispositivo que é capaz de detectar eventos de depressão profunda e trata-los em tempo real. Implantado no crânio do paciente, ao emitir impulsos elétricos após detectar sinais de depressão, proporciona alívio e melhora no quadro. A paciente Sarah (nome fictício), 36 anos, após sofrer por cinco anos com depressão severa, ao utilizar o dispositivo, desfrutou de um grande sentimento de alívio, depois deste longos anos de intenso sofrimento. “Quando o implante foi colocado pela primeira vez, minha vida deu uma guinada para cima imediatamente. Minha vida voltou a ser agradável”, relatou Sarah.


Monitoramento de dispositivo implantado no crânio de Sarah para tratamento de depressão (Foto: reprodução/UCSF)


Alternativas inovadoras

O uso de Inteligência Artificial (IA) tem sido outro fator extremamente importante na inovação e aperfeiçoamento do diagnóstico da depressão. Analisando dados de exames de imagem, os algoritmos podem identificar padrões que normalmente seriam mais difíceis de detectar manualmente, trazendo uma melhor análise do quadro, ajudando aos médicos em decisões sobre o tratamento. Em estudo publicado na revista Nature Medicine, foi destacado o uso da IA para prever, com base nas atividades cerebrais dos pacientes em resposta aos diferentes tratamentos, dando celeridade na busca de uma melhor terapia para cada paciente.

Todas essas aplicações são animadoras para a classe técnica e para os pacientes. Pois, integrando as tecnologias hoje bastante avançadas, diagnosticar e tratar a depressão com mais precisão, aponta para dias melhores no campo da saúde mental. Considerando, contudo, questões éticas na manipulação de dados, capacitação de profissionais e investimentos amplos, como desafios deste processo de avanço, um futuro promissor para escalar os objetivos de aperfeiçoamento do tratamento da depressão, já é visível aos que necessitam de ajuda, bem como aos profissionais envolvidos na aplicabilidade dos serviços de diagnósticos e terapias.

Foto destaque: Cérebro humano por tecnologia de inteligência artificial (Reprodução/Freepik)

Black Friday 2024 traz expectativas de crescimento para o e-commerce brasileiro

A Black Friday 2024 ocorrerá de (29) de novembro a (02) de dezembro, com a promessa de crescimento no faturamento em comparação ao ano de 2023. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), um aumento de 10,18% é esperado, fazendo o setor movimentar R$ 7,93 bilhões. Esta significativa alta vem da expectativa de consumo, totalizando 10,7 milhões de pedidos realizados, tendo o ticket médio de compras em R$ 738; o que sinaliza um volume maior nas transações, enfatizando a popularidade do evento a cada ano que passa.

Além da expectativa

Eletrônicos, eletrodomésticos, saúde, beleza e moda, aparecem entre as categorias de produtos mais buscadas. Os descontos desses seguimentos bastante procurados pelos consumidores, atraem a cada ano novos adeptos. É comum se ouvir por aí a famosa frase “vou deixar para comprar na Black Friday”.

Aliando a expectativa de consumo ao desejo de compra dos brasileiros, alguns desafios devem ser enfrentados na corrida por bons preços, como: garantia de disponibilidade de estoque e logística. Atender à crescente demanda e evitar o impacto negativo na experiência do consumidor é o ponto-chave para tudo dar certo noutra semana imersiva em compras Brasil afora.


Homem fazendo relatório logístico (Foto/reprodução/Freepik)


Outra questão desta saga que ganha destaque é o uso do Pix para pagamentos ágeis, o que reflete em conveniência na hora da conclusão das compras. Além de facilitar as transações em momentos de grande volume de compras como a Black Friday, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central tem sido utilizado por quase 50% dos microempreendedores individuais (MEIs) como principal forma de pagamento.

Temporada consolidada

O e-commerce no Brasil tem consolidado a temporada da Black Friday, como uma das datas mais importantes. A ABComm aponta que o faturamento deve triplicar, gerando R$ 11,63 bilhões no decorrer do evento, dado este que extrapola o que comumente ocorre numa semana de vendas convencional.

Lojistas e consumidores terão uma jornada “curta”, porém intensa, nesta época que movimenta uma considerável fatia da economia do país. Entre sonhos de consumo e preparativos para as comemorações de fim de ano, o momento de compras mais aguardado do ano está a caminho, trazendo consigo preços atrativos e oportunidades de emprego que vão de temporários a possíveis efetivações.


Comportamento de busca e consumo na internet (Foto/reprodução/Freepik)


Mesmo em um ambiente em recuperação econômica e tantos outros fatores de crise, a probabilidade de sucesso destacada pela ABComm ressalta a resiliência e força do mercado brasileiro. Estratégias de marketing nascem da precisão dos algoritmos de comportamento de busca e compra na internet, resultando em enxurradas de promoções exclusivas e programas de recompensas, personalizando ofertas para atrair tanto consumidores novos quanto os mais experientes.

Foto destaque: dinâmica de compra online (Foto/Reprodução/Pixabay)

Bloqueio de R$ 5 bilhões é a solução para meta fiscal de 2024

Economistas e especialistas do mercado financeiro, tendem a debaterem sobre as políticas econômicas do Brasil e o assunto reprisado com larga frequência é a meta fiscal do país. Em 2024, a principal análise sobre o cumprimento do arcabouço fiscal é a necessidade do controle rigoroso de gastos públicos, o que implica em um bloqueio orçamentário em torno de R$ 5 bilhões. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), será preciso um superávit de mais de R$ 42 bilhões no último trimestre deste ano para que o déficit de R$ 28,8 bilhões seja atingido, conforme o que é permitido pela regra fiscal.

A saúde fiscal do país depende deste controle de gastos, que garantirá que a receita não ultrapasse o teto. Implementação de políticas de austeridade também serão importantes nessa corrida contra o tempo, pois, otimizarão o uso de recursos públicos.


Marcus Pestana diretor-executivo do IFI (Foto: reprodução/Senado)


Estratégias e desafios

Pagar o décimo terceiro salário entre maio e junho deste ano, foi uma ação que faz parte do pacote estratégico do governo de antecipação de despesas, diante do desafio de cumprir a meta fiscal de 2024, aliviando a pressão sobre o orçamento nos meses finais.


Diretora do IFI, Vilma da Conceição (Foto: reprodução/FGV)


Dentro do limite do arcabouço fiscal, expandir as despesas obrigatórias se torna um desafio expressivo. Limitando o aumento das despesas em 2,5% acima da inflação, o teto de gastos implica em relevante redução do impulso fiscal em 2025. Analistas da Bradesco Asset Management destacam que, embora o último relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) tenha apontado risco de descumprimento da meta, a diretora da instituição, Vilma da Conceição Pinto, acredita que o limite inferior do alvo será alcançado em 2024: “A pressão ficou nos meses iniciais do ano. Vários fatores vão ajudar o perfil da despesa primária neste último trimestre, mas não necessariamente por mudança estrutural das despesas”, comenta a economista.

Planejamento orçamentário

A eficiência do planejamento orçamentário é crucial para o cumprimento da meta fiscal. Implementação de reformas estruturantes e a governança fiscal são fundamentais para garantir a sustentabilidade das finanças públicas. Outro papel importante nesse contexto é a motivação política. Cumprir a meta fiscal é essencial para evitar penalidades que poderiam reduzir o espaço para gastos em 2026, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscará provavelmente a reeleição.

O desenho político para as eleições presidenciais de 2026, se conecta com o quadro atual de ações econômicas, fazendo do esforço para alcançar a meta fiscal um ponto em comum. Recentemente, o governo anunciou o desbloqueio de R$ 16 bi no orçamento de 2025, o que pode influenciar o cumprimento de metas futuras positivamente. Destravar estes recursos é visto como estratégia crucial, garantindo que áreas prioritárias, como educação e saúde, não sofram cortes drásticos, tendo como ponto de partida o aumento na arrecadação federal.


Melhora em índice de desemprego pode auxiliar a meta fiscal (Foto: reprodução/Emir Krasnic/Pixabay)


Taxa de desemprego e opções de investimento

Outro fator relevante é a taxa de desemprego, que atingiu 6,6% no trimestre junho, julho e agosto, a menor já registrada no período; um dado positivo que pode indicar uma recuperação econômica, o que ajudaria na arrecadação de receitas. A diminuição na taxa de juros é uma circunstância que abre melhores opções de investimento, possibilitando o estímulo da economia. Com mais pessoas empregadas e melhores condições de investimento, espera-se um aumento na atividade econômica, melhorando o índice de receitas para o governo, fortalecendo a economia e garantindo a estabilidade fiscal

Foto destaque: Notas de cem reais (Reprodução/José Cruz/Agência Brasil)

Doping e suspensão movimentam a série A do Brasileirão

Escândalo de doping envolvendo o jovem meio-campista Eliel Felisbino Costa, do Criciúma, movimentou os últimos dias do futebol brasileiro. O jogador de 21 anos foi suspenso provisoriamente depois do exame antidoping realizado após a partida contra o Fluminense, válida pela Série A do Campeonato Brasileiro, realizado no dia 11 de julho de 2024, no estádio Heriberto Hülse, tendo sido encontradas as substâcias: clomifeno, desetil-clomifeno e hidroximetoxiclomifeno, que potencializam o desempenho na atividade. Optando por não realizar a contraprova, o jogador aceitou a suspensão provisória enquanto prepara sua defesa.


Anúncio de listagem ABCD (Foto: reprodução/Gov.br)


Em nota oficial, o Criciúma Esporte Clube se manifestou confirmando a suspensão do contrato de Eliel, e afirmou que está acompanhando os trâmites legais do caso. Informou também que o atleta contratou um advogado particular para auxiliá-lo em sua defesa.

Impacto no Clube e no Atleta

O jovem meio-campista, natural de Orleans, próxima a cidade de Criciúma, vinha se destacando nas categorias de base do clube, condição que o levou a receber a oportunidade no time principal na temporada deste ano. Com o afastamento forçado do atleta pela circunstância do doping, o desempenho da equipe pode sofrer influências. O clube segue na luta para uma boa classificação e consequentemente, conquistar vaga para a fase de grupos da Copa Sul-Americana.

Eliel em campo, postagem de sua rede social (Foto: reprodução/Instagram/@elifecosta)


As consequências para Eliel podem ser graves devido ao fato. Além da suspensão, o jogador enfrenta o risco de uma punição mais severa, que pode incluir a rescisão definitiva de seu contrato e uma longa suspensão das competições oficiais. O caso do jovem atleta, serve como alerta para os jogadores brasileiros, inclusive para aqueles que estão iniciando suas carreiras e buscam alto desempenho para mostrar serviço na corrida por oportunidades e visibilidade.

Educação e prevenção

Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) é responsável por realizar testes e aplicar sanções aos atletas que violam as regras. O ocorrido é um lembrete das rigorosas exigências do controle de dopagem no futebol, destacando as graves consequências do uso das substâncias proibidas, enfatizando ainda mais a manutenção da integridade no esporte. O futebol brasileiro é palco de comemorações e isso deve ser uma máxima no pensamento dos atletas.

Reforçando a necessidade de uma vigilância constante e efetiva, casos como o do jogador Eliel, reafirmam os programas educativos para prevenir o uso de substâncias proibidas, fortalecendo ainda mais as questões sobre a saúde mental e física dos atletas nos bastidores das competições.

Enquanto o clube e o jogador enfrentam os desdobramentos legais, o incidente reacende o alerta para todos os envolvidos no futebol brasileiro.

Foto destaque: Escudo do clube Criciúma em nota de esclarecimento (Reprodução/Criciuma)