Trump novamente ameaça taxar a China caso não haja um acordo entre Washington e Pequim
Nas últimas semanas, o presidente norte-americano tem mostrado sua insatisfação perante as medidas de controle de exportação tomada pelo governo chinês

Nesta segunda-feira (20), o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar taxar a China caso o país asiático não entre em um acordo com os EUA. As tarifas, segundo o republicano, podem chegar a 155% a partir de novembro.
Representantes de EUA e China se encontrarão na Coreia do Sul nas próximas semanas visando chegarem a um acordo. Trump também pretende aceitar o convite do governo chinês e viajar ao gigante asiático, no início de 2026.
Trump se mostra insatisfeito com ações da China
Em entrevista à Fox Business Network, na última sexta-feira (17), Donald Trump confirmou que se encontrará com o líder chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, esse encontro poderá ocorrer na Coreia do Sul.
Ainda em entrevista, o republicano afirmou que as tarifas de 100% impostas à China para entrarem em vigor no próximo dia 1 de novembro não são sustentáveis, mas que a postura dos asiáticos, que sempre buscam obter vantagens nas negociações, segundo Trump, foi o fator determinante para a decisão.
Trump ainda utilizou as redes sociais para comentar sobre o tema. Em seu perfil na Truth Social, o republicano afirmou que tomou conhecimento da “carta hostil” enviada ao mundo pelos chineses, em que declaravam que acentuariam o controle sobre os produtos exportados que fabricam. No último dia 10, o presidente norte-americano também cogitou a hipótese de encerrar negócios voltados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio com os asiáticos.
Donald Trump e Xi Jinping, presidentes de EUA e China, respectivamente, no congresso de Osaka, em 2019 (Foto: reprodução/ Brendan Smialowski/ AFP/ Getty Images Embed)
Avaliação da China
Na última sexta-feira, a missão chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que os EUA têm enfraquecido a política multilateral por conta de suas decisões tomadas no governo Trump. O comunicado dos asiáticos menciona as decisões de cunho discriminatório, tarifas utilizadas como forma de retaliação, e sanções unilaterais que violam os compromissos assumidos na OMC.
A delegação da China irá avaliar, por meio de um relatório do Ministério do Comércio, o cumprimento de regra dos EUA em 11 áreas. O documento também deve servir como um apelo para que os americanos respeitem as normas da OMC.