Ucrânia teve mais de mil mortos por bombas de fragmentação durante a guerra
Dados são retirados a partir do início da guerra, em 2022, pelo Observatório de Minas Terrestres e Munições de Fragmentação. Baixas e feridos chegam a 1200 vítimas

Desde o começo da invasão, em fevereiro de 2022, armas chamadas “bombas de fragmentação” atingem áreas civis na Ucrânia. Essas armas dispersam mini explosivos por grandes áreas, muitas vezes não explodindo no impacto inicial, mas permanecendo como munições perigosas. Até o momento, mais de 1.200 pessoas, entre mortos e feridos, foram afetadas por esse tipo de armamento.
ONG ressalta
Foi ressaltado pela ONG, o extenso uso das bombas militares da Rússia desde o primeiro dia. Foi destacado também que a Ucrânia é o país com a maior quantidade de vítimas por bombas de fragmentação registradas a cada ano desde o começo da guerra, um exemplo de 2024, onde o país obteve quase 200 vítimas em todo o mundo. A maioria foi em 2022.
Ameaça prolongada para civis
O risco vai além do momento dos ataques: ao permanecerem no solo, parte dessas submunições não detonadas funciona como minas terrestres. Moradores de regiões rurais ou áreas recentemente recapturadas enfrentam ferimentos sérios muito tempo depois dos combates. Crianças, agricultores e famílias deslocadas estão entre os mais vulneráveis.
Uma das explosões na Ucrânia (Foto: reprodução/Libkos/Getty Images Embed)
Proliferação mesmo entre as partes em conflito
Tanto forças russas quanto ucranianas têm sido acusadas de empregar esse tipo de armamento. A facilidade de uso e o alcance das munições permitem que sejam lançadas do ar ou disparadas de artilharia. Porém, o custo humano é elevado, especialmente em comunidades sem infraestrutura para descontaminação, sem ambulância rápida ou retaguarda médica adequada.
Escassez de proteção internacional clara
Apesar de tratados internacionais proibirem ou restringirem o uso de armas de fragmentação, a Ucrânia e a Rússia não aderiram plenamente a algumas dessas convenções, o que complica a responsabilização. A dificuldade em documentar todos os casos — devido a acessos limitados, combates em curso e infraestrutura destruída — significa que os números oficiais são provavelmente inferiores ao real.