Palmeiras se ajusta sem Lucas Evangelista e Abel Ferreira redesenha meio-campo

O Palmeiras entra em campo nesta quarta-feira (1º), no Allianz Parque, diante do Vasco, em um confronto que pode mexer diretamente na parte de cima da tabela do Brasileirão. Mas, antes mesmo da bola rolar, o técnico Abel Ferreira já precisou rever seus planos. A lesão de Lucas Evangelista, diagnosticada no músculo posterior da coxa direita, retira uma peça importante da estrutura do meio-campo alviverde e obriga o treinador a buscar novas alternativas.

Reorganização no setor central

Evangelista vinha sendo uma das figuras de equilíbrio do time, participando tanto da construção quanto da marcação. Com sua ausência, Abel precisará mexer na engrenagem. A tendência é que Aníbal Moreno assuma a função de primeiro combate, como aconteceu na partida anterior contra o Bahia. Outra possibilidade é o recuo de Andreas Pereira, permitindo a entrada de Maurício ou Raphael Veiga em uma posição mais ofensiva, reforçando a criatividade.


Andreas Pereira em jogo pelo Palmeiras (foto:reprodução/x/@sofascorebr)

No desenho mais provável, o Verdão terá Weverton no gol; Khellven (ou Giay), Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez na linha defensiva; meio formado por Aníbal Moreno, Emiliano Martínez, Andreas Pereira e Felipe Anderson; e no ataque, a dupla Flaco López e Vitor Roque, que vem crescendo de produção nas últimas rodadas.

Jogo decisivo na tabela

Com 49 pontos conquistados, o Palmeiras precisa vencer para seguir colado no líder Flamengo, que abriu cinco pontos de vantagem. A rodada também pode trazer um efeito positivo: caso o Cruzeiro tropece, o Verdão tem a chance de reassumir a vice-liderança. Para Abel Ferreira, a partida contra o Vasco representa mais do que uma simples rodada, é uma oportunidade de reafirmar o poder de reação da equipe na reta final do campeonato.

Clima de decisão

O torcedor palmeirense deve comparecer em peso ao Allianz Parque, ciente da importância do resultado. Sem Evangelista, o desafio de Abel será manter o equilíbrio defensivo sem perder a agressividade no ataque, em um duelo que promete intensidade e pode se tornar um ponto de virada na briga pelo título.

Com 12 gols na temporada, Rayan se torna símbolo da recuperação vascaína

O jovem atacante do Vasco, Rayan, vive um momento especial e já coleciona marcas expressivas para sua idade. Além de abrir o caminho na vitória contra o Cruzeiro, ele aparece como vice-artilheiro Sub-19 do mundo em 2025, com 12 gols, ficando atrás apenas de Lamine Yamal.

A consistência também impressiona. Foram 42 jogos disputados neste ano com a camisa cruzmaltina, em que somou 12 gols e uma assistência, sendo nove desses tentos já sob o comando de Fernando Diniz. Essa evolução não só confirma sua capacidade de decisão como também demonstra o quanto sua presença em campo é crucial para a recuperação do Vasco no Brasileirão.

Rayan mantém foco no Vasco

Mesmo cercado por sondagens do exterior, Rayan mostra personalidade ao priorizar o presente no Vasco. A cada jogo, o atacante reforça que seu foco está no desempenho dentro de campo, deixando as questões contratuais para os empresários.


Rayan comemorando o gol contra o Cruzeiro (Foto: reprodução/Instagram/@rayann10)

Nos bastidores, a diretoria vascaína sabe do patrimônio que tem em mãos. Com multa rescisória de 40 milhões de euros e 70% dos direitos econômicos sob controle, o clube trabalha para valorizar a joia em um momento em que o interesse internacional cresce. A estratégia é clara: dar sequência ao desenvolvimento esportivo de Rayan, enquanto mantém a segurança de uma negociação futura que, caso aconteça, traga retorno expressivo aos cofres de São Januário.

Vasco blinda Rayan até 2026

Rayan tem chamado atenção de clubes importantes da Europa e de outros mercados. Monaco, Lyon e Besiktas já procuraram o atacante, enquanto o Zenit, da Rússia, chegou a abrir conversas com o Vasco, mas os valores oferecidos ficaram muito abaixo do esperado. O próprio técnico Fernando Diniz destacou que o atacante se coloca em condição de sonhar com uma convocação, tamanha a regularidade que vem apresentando.

Antes aberto a negociação, agora o Vasco mudou o foco e renovou o contrato de Rayan em abril até o fim de 2026, incluindo valorização salarial e pagamento de luvas. Essa blindagem demonstra a confiança da diretoria no futuro do atleta e reforça a estratégia de valorizá-lo antes de qualquer possível negociação internacional.

Esse crescimento individual também reflete no coletivo. O Vasco atravessa sua melhor fase na temporada, somando sete jogos de invencibilidade, com classificação às semifinais da Copa do Brasil e alívio na tabela do Brasileirão.

Coutinho e o Vasco: reencontro ainda busca um clímax

Philippe Coutinho voltou ao Vasco cercado de expectativas. Para muitos torcedores, a imagem do garoto formado em São Januário, que brilhou na Europa e vestiu a camisa da Seleção, trazia a promessa de um retorno triunfal, quase como um capítulo final de redenção. Mas a realidade, até aqui, é menos romântica e mais desafiadora.

Entre nostalgia e realidade

O Coutinho que a torcida reencontrou não é mais o jovem explosivo que despontou em 2009. O tempo, as lesões e as idas e vindas em clubes internacionais moldaram um jogador diferente: ainda talentoso, ainda decisivo em lampejos, mas mais consciente de suas limitações físicas.

O Vasco, por sua vez, não é o mesmo clube que o revelou. Hoje, busca afirmação no cenário nacional, equilibrando tradição com a necessidade urgente de resultados.


Coutinho comemorando gol em sua volta pelo Vasco (foto: reprodução/x/@brasiledition)

Essa colisão entre passado e presente cria um paradoxo: Coutinho é, ao mesmo tempo, símbolo de esperança e lembrança de um potencial que talvez nunca tenha atingido o auge em São Januário.

O papel de liderança silenciosa

Se antes esperavam dele dribles desconcertantes e gols decisivos, hoje Coutinho pode entregar algo menos evidente, mas igualmente valioso: liderança técnica e emocional. Ele conhece a pressão de jogar sob holofotes, sabe lidar com críticas e pode ser uma bússola para jovens atletas que buscam espaço no elenco. Mais do que “decidir sozinho”, o meia pode se tornar o elo entre gerações dentro do Vasco.

O ápice que pode ser reinventado

É verdade que Coutinho ainda não alcançou seu clímax no clube. Mas talvez a narrativa não precise ser sobre “atingir o auge perdido”, e sim sobre reinventá-lo. O ápice pode estar menos na estatística e mais no impacto coletivo, no passe que inicia a jogada, no posicionamento que organiza o time, na experiência que guia os mais novos.

No fim, a trajetória de Coutinho pelo Vasco não precisa repetir a promessa da juventude. Ela pode escrever um novo capítulo: o da maturidade, do equilíbrio e da entrega possível. E, quem sabe, é justamente esse papel menos óbvio que marcará sua passagem como definitiva.

Vasco vence o Cruzeiro e se afasta do Z4 do Brasileirão 2025

Na noite deste sábado(27), o Vasco venceu o Cruzeiro por 2×0 em São Januário pela 25ª rodada do Brasileirão 2025.

A partida marcou a segunda vitória seguida do Vasco em São Januário após ficar mais de quatro meses sem vencer em seus domínios.

O jogo

A partida começou com equilíbrio entre as equipes e como era esperado o Cruzeiro chegando mais ao ataque, mas logo no primeiro ataque, o Vasco mudou a realidade do jogo. Após inversão de Pumita, Paulo Henrique cruzou na medida para Rayan de cabeça abrir o placar para o mandante.

Apesar do gol cedo, o Cruzeiro seguiu levando perigo a meta de Léo Jardim, mas sem conseguir fazer os gols e ainda cedendo contra-ataques para o cruzmaltino que chegava com perigo.

O segundo tempo foi de pressão do Cruzeiro que controlou as ações do jogo e a todo custo buscava manter a sequência sem derrotas fora de casa no Brasileirão, principalmente com chute fora da área.


Melhores momentos da partida entre Vasco x Cruzeiro (Vídeo: Reprodução/YouTube/Prime Video Sports Brasil)

Neste momento, Robert Renan apareceu com um lançamento que após lambança da defesa celeste com Matheus Henrique ficou no pé de Paulo Henrique que não perdoou e de cara para Cássio ampliou a vantagem vascaína.

Com isso, o Vasco se lançou mais ao ataque em busca do terceiro gol e deu espaços para o Cruzeiro chegar no contra-ataque e fez o jogo ficar um tiroteio, com o time chegando com muito perigo em vários momentos do jogo, mas o 2×0 se manteve no placar até o fim da partida.

Vasco se afasta do Z4

Com a vitória, o Vasco chegou a décima colocação com 30 pontos, abrindo oito pontos para o Juventude, primeiro time dentro da zona de rebaixamento.

Já o Cruzeiro, perdeu a chance de assumir a liderança provisória do Brasileirão e pode, dependendo dos resultados de Flamengo e Palmeiras, ver a vantagem dos adversários diretos aumentarem tendo jogos a menos.

Vasco finaliza sequência difícil no Brasileirão

O Vasco segue sua sequência mais difícil na temporada até aqui. Enfrentando adversários que estão no G4 do Brasileirão, o cruzmaltino vai até o Allianz Parque na quarta-feira(01) enfrentar o Palmeiras às 19h em busca de se manter invicto nesta sequência.

Já o Cruzeiro, tem o confronto direto contra o Flamengo no Maracanã nesta quinta-feira(02) às 20h30, tentando diminuir o prejuízo desta derrota para o cruzmaltino.

Flamengo mantém alerta ligado antes da semifinal da Libertadores

O Flamengo ficou apenas no empate por 1 a 1 com o Vasco, neste domingo (21), no Maracanã, em duelo válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Esse resultado mantém a equipe rubro-negra atenta para o compromisso mais importante da semana: a partida decisiva contra o Estudiantes, na próxima quinta-feira, na Argentina, valendo vaga nas semifinais da Copa Libertadores. O clássico carioca, entretanto, serviu como alerta para um ponto que tem incomodado a comissão técnica: a vulnerabilidade nas jogadas aéreas de defesa.

Gol do Vasco expõe falhas nas bolas paradas

O gol vascaíno surgiu justamente em uma bola alçada na área. Rayan aproveitou a falha de marcação, subiu mais alto que a zaga flamenguista e cabeceou para as redes, igualando o placar. Antes disso, o zagueiro Cuesta já havia assustado em outra investida pelo alto, obrigando o goleiro Rossi a uma difícil intervenção para evitar um prejuízo maior. O lance reforçou uma preocupação que vem se repetindo em outros compromissos do time de Filipe Luís.

Após a partida, o treinador destacou que o problema não é resultado de desatenção isolada, mas sim de um processo contínuo que requer ajustes. Segundo ele, como em qualquer outro aspecto do jogo, é preciso treinamento, análise e aperfeiçoamento. A comissão técnica estuda cada detalhe das bolas paradas para identificar falhas e propor soluções, lembrando que o Flamengo, apesar de sofrer alguns gols nesse tipo de jogada, também costuma marcar bastante em lances semelhantes. A meta é corrigir erros para evoluir a cada rodada.

Rossi é defendido pelo treinador após indecisão

O lance do gol cruz-maltino trouxe à tona mais um episódio de indecisão do goleiro Rossi em saídas pelo alto. Na jogada, o argentino iniciou o movimento para interceptar a bola, mas parou no meio do caminho, permitindo o cabeceio adversário. Filipe Luís, porém, isentou o arqueiro de culpa, ressaltando que a tentativa de antecipação faz parte da função e que a equipe deve continuar aprimorando a organização defensiva para minimizar riscos.



Rossi, goleiro do Flamengo, volta a ter dificuldades em bolas aéreas no clássico contra o Vasco (Foto: reprodução/Instagram/@1rossiagustin)

Com apenas três dias para ajustes, dois de treinamentos no Brasil e um já em solo argentino, o Flamengo precisa encontrar soluções rápidas antes do duelo em La Plata. Como venceu o jogo de ida por 2 a 1, o time pode empatar para avançar. Uma derrota simples levaria a decisão para os pênaltis, aumentando ainda mais a pressão por eficiência nas bolas aéreas.

Flamengo empata com Vasco e se complica no Brasileirão 2025

Na tarde deste domingo(21), o Flamengo empatou com o Vasco por 1×1 no Maracanã pela 24ª rodada do Brasileirão 2025. A partida ficou marcada por jogo preso no meio-campo e duelo tático entre Filipe Luis e Fernando Diniz, mas sem vencedor.

O jogo

A partida começou com o Flamengo sufocando o Vasco em busca do primeiro gol, com o cruzmaltino se quer passando do meio-campo, algo que tem sido comum nos clássicos entre as equipes.

Aos 11 minutos, Léo Jardim saiu mal, Cebolinha mandou a bola na trave e após jogada trabalhada, Carrascal marcou seu primeiro gol com o Manto Sagrado depois de pegar rebota do chute de Bruno Henrique.

A partida parecia favorável para o Flamengo, que passou a controlar o jogo na posse de bola e criando poucas chances, mas tendo mais a bola no pé.


Melhores momentos do Clássico dos Milhões (Vídeo: Reprodução/YouTube/@getv)

Apesar disso, o Vasco conseguiu igualar a condição em bolas paradas e Rayan, após saída ruim de Rossi, conseguiu empatar após cobrança de escanteio.

Após o gol, o Vasco passou a ter mais o controle do jogo, mas sem levar muito perigo para o gol rubro-negro.

Depois dos 20 minutos da etapa final, o Flamengo passou a ter mais o domínio do jogo, mas perdeu diversas chances de voltar a frente do placar e com isso o placar se manteve em 1×1.

Flamengo vê vantagem na liderança diminuir

Com o empate entre as equipes, o Flamengo viu a diferença para o Palmeiras cair de quatro pontos para dois pontos e ainda aguarda a definição do duelo entre Cruzeiro e Red Bull Bragantino, que pode fazer a diferença cair para um ponto.

Já o Vasco, conseguiu aumentar a diferença para o Vitória, primeiro time na zona de rebaixamento, para dois pontos, mas não consegue vencer um jogo no Rio de Janeiro pelo Brasileirão desde maio, quando venceu o Fortaleza em São Januário por 3×0.

Flamengo tem jogos decisivos

Agora, o Flamengo volta suas atenções para a Libertadores, onde tem o duelo contra o Estudiantes nesta quinta-feira(25) às 21h30 no Estádio UNO pelo jogo de volta das quartas de final da Libertadores 2025.

Pelo Brasileirão, o Mengão vai até a Neo Química Arena, onde enfrenta o Corinthians no próximo domingo(28) às 20h30.

Já o Vasco só volta a jogar pelo Brasileirão no próximo sábado(27) onde enfrenta o Cruzeiro em São Januário às 18h30.

Vasco encara clássico contra o Flamengo com dúvidas no elenco

O Vasco da Gama enfrenta desafios significativos para escalar o time no clássico contra o Flamengo, válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcado para este domingo, às 17h30, no Maracanã. A equipe carioca terá desfalques relevantes, principalmente nas linhas defensiva e de meio-campo, o que preocupa o técnico Fernando Diniz para o confronto.

Desfalques importantes abalam a equipe

O volante Jair está oficialmente fora da temporada após passar por uma cirurgia no joelho durante a semana, afastando-o de todas as partidas restantes. Além dele, o lateral-esquerdo Lucas Piton também não estará à disposição. O jogador se lesionou durante o duelo contra o Botafogo, pelas quartas de final da Copa do Brasil, e ainda não atingiu condições plenas de jogo. Diante da ausência de Piton, a tendência é que Fernando Diniz recorra novamente à improvisação, utilizando o uruguaio Puma Rodríguez na lateral esquerda, posição que ele já desempenhou em partidas recentes. Essa adaptação será fundamental para manter a consistência defensiva da equipe, que já sofreu com alterações em sua linha de trás.

Outro nome que preocupa é o volante Tchê Tchê, que segue em recuperação de uma lesão muscular sofrida no jogo contra o Corinthians, em 24 de agosto. Ele tentou retornar à equipe após a pausa da Data Fifa, atuando diante do Botafogo, mas precisou ser substituído minutos depois devido a dores musculares persistentes. Sua participação no clássico ainda é incerta, aumentando a responsabilidade dos substitutos.


Tchê Tchê está fora do duelo contra o Flamengo (Foto: Reprodução/Instagram/@tchetche)

Na rodada anterior, contra o Ceará, Matheus Carvalho foi escalado para cobrir a vaga de Tchê Tchê, mas não conseguiu corresponder às expectativas, falhando na jogada que resultou no primeiro gol adversário e sendo trocado no intervalo.

Meio-campo busca alternativas estratégicas

Para o confronto com o Flamengo, a expectativa é que Hugo Moura retorne de suspensão e assuma novamente a posição de volante, formando dupla com o jovem Cauan Barros. Além de Hugo, Paulinho surge como alternativa para o meio-campo, oferecendo características próximas às de Tchê Tchê. O jogador voltou a atuar na última rodada após mais de dois meses afastado e deixou boa impressão, podendo receber minutos estratégicos no clássico, dependendo do plano tático definido pela comissão técnica.

Com esses ajustes, o Vasco encara um desafio duplo: superar os desfalques e buscar um resultado positivo contra o rival em plena casa do adversário, mantendo acesa a briga por posições no Campeonato Brasileiro.

Vasco mira virada de página em clássico contra o Flamengo

O domingo no Maracanã promete muito mais do que três pontos na tabela do Brasileirão. Para o Vasco, o duelo com o Flamengo é carregado de simbolismo: representa a chance de encerrar quase uma década de tropeços contra o maior rival e resgatar a autoestima de um time que busca reencontrar sua grandeza.

O peso da história recente

A última vitória cruz-maltina no Brasileirão diante do Flamengo aconteceu em 2015. De lá para cá, a escrita foi dura: empates amargos, derrotas dolorosas e uma sequência que se tornou tabu. Para a torcida vascaína, cada clássico foi se somando como lembrete de um incômodo que ultrapassa os números, ferindo o orgulho e alimentando a cobrança.

Enquanto o Flamengo se consolidava como potência nacional e internacional, acumulando títulos e investimentos, o Vasco atravessava crises administrativas e esportivas. Essa diferença de trajetória deu ainda mais intensidade ao jejum.


Arte de um dos últimos jogos entre Flamengo e Vasco (Foto: reprodução/X/@Flamengo)

Momento de afirmação

Agora, em 2025, o cenário é de busca por afirmação. O Flamengo chega como líder do campeonato, embalado e com elenco estrelado. Já o Vasco encara o jogo como oportunidade de virada: está fora da zona de rebaixamento, mas ainda luta para consolidar sua recuperação.

O trabalho recente trouxe sinais de evolução, especialmente no setor ofensivo, que voltou a produzir gols e chances claras. Quebrar o tabu justamente contra o maior rival seria a prova de que o time pode sonhar mais alto.

Mais do que três pontos

Para o Flamengo, o clássico significa manter a liderança e não dar brechas para perseguição dos concorrentes. Para o Vasco, representa libertar-se de um fantasma de quase dez anos e oferecer à torcida um triunfo simbólico, capaz de fortalecer a confiança dentro e fora de campo.

No fim das contas, não é apenas uma partida. É uma batalha de narrativas: de um lado, a manutenção da hegemonia rubro-negra; do outro, a chance cruz-maltina de virar a página e escrever um novo capítulo no Clássico dos Milhões.

Vasco aproveita semana livre para ajustar a equipe antes do clássico

O empate em 2×2 diante do Ceará, no último fim de semana, deixou o Vasco em alerta, mas também abriu uma janela rara e estratégica para a equipe de Fernando Diniz. O Cruz-Maltino terá uma semana inteira de treinos antes de enfrentar o Flamengo, no próximo domingo(21), pelo Campeonato Brasileiro.

Neste período sem jogos será fundamental não apenas para corrigir falhas, mas principalmente para tentar recuperar jogadores lesionados que fazem falta ao elenco.

Jogadores lesionados

O Vasco segue preocupado com a situação de alguns de seus jogadores mais importantes antes do clássico contra o Flamengo. Um desses casos é o de Tchê Tchê. O volante, que é titular absoluto da equipe, deixou o duelo contra o Botafogo pela Copa do Brasil com dores musculares e chegou a ser dúvida para o confronto seguinte, diante do Ceará.

No entanto, os exames realizados descartaram uma nova lesão e a expectativa é de que esteja liberado para atuar no final de semana. Mesmo assim, sua condição física ainda será monitorada de perto pela comissão técnica.

Já Lucas Piton representa a maior dor de cabeça para Fernando Diniz. O lateral esquerdo sofreu uma lesão na panturrilha esquerda com edema muscular e dificilmente terá tempo para se recuperar até a partida.

A sua ausência complica não apenas no setor defensiva, mas principalmente no apoio ofensivo pelo lado esquerdo, uma de suas marcas registradas. Sem opções naturais para a posição, Diniz já testou alternativas, incluindo a improvisação de Puma Rodríguez no setor.


Lesão mais preocupante sofrida por Lucas Piton (Reprodução/Sports Press Photo/Getty Images Embed)


Outro atleta que pode retornar é Thiago Mendes. Fora das últimas três partidas, o meio-campista está em fase de transição física e trabalha para recuperar ritmo. A comissão técnica adota cautela no processo, mas mantém a expectativa de contar com o jogador, ao menos como opção no banco de reservas, no clássico.

Com cinco dias completos de treino até o clássico, Fernando Diniz terá uma oportunidade valiosa para ajustar o time e tentar suprir esses possíveis desfalques importantes, que deixam o técnico vascaíno muito preocupado. Além da recuperação física, o técnico busca retomar a consistência tática, que oscilou nas últimas rodadas.

Clássico de peso

Enfrentar o Flamengo nunca é um jogo comum. A rivalidade histórica aumenta a responsabilidade e a pressão sobre os dois lados. Para o Vasco, o clássico é ainda mais importante pelo momento na tabela, pois a equipe precisa somar pontos para se manter longe da zona de risco e ganhar confiança na reta final do Brasileirão, ainda mais em um clássico.

A vitória significaria não apenas três pontos, mas também moral elevada e confiança diante de um adversário considerado um dos mais fortes do campeonato.

Já a torcida cruz-maltina também vive a expectativa do duelo. Após se apoiar em peso em São Januário no último jogo, a pressão por desempenho diante do maior rival é enorme. A cada treino, dezenas de torcedores têm comparecido ao CT para incentivar os jogadores, cientes de que a recuperação de peças importantes pode ser determinante para o resultado no Maracanã.

Pois o clássico entre Flamengo e Vasco acontece neste domingo(21), no Maracanã, em jogo válido pela próxima rodada do Brasileirão. Com semana livre e chance de recuperar atletas fundamentais, o Cruz-Maltino tenta transformar tempo e trabalho em confiança para buscar um resultado que pode mudar os rumos da atual temporada.

Vasco busca equilíbrio com Diniz no comando

Desde que chegou ao Vasco em maio, Fernando Diniz tenta consolidar seu estilo ofensivo e de posse de bola. Porém, os números revelam uma forte dependência do ataque: todas as vitórias com o treinador aconteceram quando o time marcou pelo menos três gols.

Em seis triunfos, o Gigante da Colina anotou média de 3,5 gols por partida. Foram vitórias contra Fortaleza, Melgar, São Paulo, CSA, Santos e Sport, sempre com o setor ofensivo em alta. Já nos jogos em que não alcançou esse patamar, o resultado positivo não veio.



Artilharia no ano de 2025 (Vídeo: reprodução/Instagram/@sofascorebr_oficial)

No Brasileirão, o desempenho em São Januário preocupa. Em sete partidas como mandante, Diniz conquistou apenas uma vitória, somando três empates e três derrotas. O aproveitamento é de apenas 28,6%. Nesse recorte, foram nove gols feitos e 11 sofridos, com apenas uma partida sem ser vazado.

Dados preocupantes

O time precisa de 13,2 finalizações para balançar as redes, enquanto sofre um gol a cada 7,9 chutes recebidos. Apesar da média de 61% de posse de bola, o controle da partida nem sempre se traduz em vantagem no placar. A última vitória em casa ocorreu em maio, diante do Fortaleza.

Após a pausa para o Mundial, esperava-se crescimento no rendimento. No entanto, em 16 jogos, o Vasco somou apenas três vitórias, oito empates e cinco derrotas, o que representa 35,4% de aproveitamento. A equipe mostra maior estabilidade no estilo de jogo, mas os resultados continuam aquém do esperado.

Diferença para o topo

O contraste entre Vasco e os primeiros colocados do campeonato deixa clara a raiz do problema. A equipe carioca marcou 32 gols no Brasileirão, mesmo número do Palmeiras, terceiro colocado, e apenas cinco a menos que o Cruzeiro, vice-líder, com 37. O ataque vascaíno, portanto, tem números de equipe de ponta.



Tabela da 23ª rodada do Brasileirão (Vídeo: reprodução/Instagram/@brasileirao)

A diferença está atrás: enquanto Palmeiras e Cruzeiro sofreram 17 e 16 gols respectivamente, o Vasco já foi vazado 33 vezes. Esse desequilíbrio explica a distância na tabela. Todos os clubes do G4 têm mais de 30 gols marcados, mas fora desse grupo apenas Botafogo e Vasco alcançaram essa marca. Enquanto os alvinegros estão em 6º lugar, o cruz-maltino ocupa a 15ª posição, a apenas um ponto da zona de rebaixamento.

Fernando Diniz segue tentando equilibrar a produção ofensiva e a solidez defensiva no Vasco. Embora o time apresente sinais de evolução, o excesso de empates, a instabilidade em casa e a fragilidade da defesa impedem que o bom ataque se converta em uma campanha mais segura.