Donald Trump pretende se reunir com Putin e Zelensky na próxima semana

Donald Trump está planejando um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin o presidente ucraniano, Vlodymyr Zelensky nos próximos dias, afirma o “The New York Times”. Esta seria a primeira reunião entre os governantes desde o início do conflito entre os dois países, mas conversa entre os três líderes não confirma a oficialização de acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, em embate há mais de dois anos.

Encontro entre Putin e Witkoff

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com o enviado especial americano, Steve Witkoff, nesta quarta-feira (6), em Moscou, Rússia. A conversa entre Putin e Witkoff teve a duração de três horas. A assessoria de Putin disse que a reunião foi “útil e contrutiva” e o enviado especial de Putin, Kirill Dmitriev, afirmou que a troca entre os países vai continuar.

Segundo Trump, o encontro foi produtivo, que “grandes avanços foram alcançados”, que a guerra precisa acabar e que trabalhará para isso nos próximos dias. Donald Trump também entrou em contato com o líder uraniano e o atualizou quanto a conversa com Putin. De acordo com Trump, Zelensky teria dito que “pressão sobre a Rússia está funcionando.


Encontro entre Putin, à esquerda, e Witkoff, à direita, nesta quarta (6) (Foto: reprodução/Gavriil Grigorov/Getty Images Embed)

Na última semana, submarinos nucleares foram enviados à Rússia a mando do presidente americano como resultado de ameaças nucleares do ex-líder russo, Dmitri Medvedev. Além disso, Donald Trump deu um ultimato a Rússia, ao determinar que a Rússia acabe com o conflito contra Ucrânia até a próxima sexta-feira (8), e caso o governo russo não cedesse, o chefe americano aplicaria uma taxação de 100% sobre produtos da Rússia e de seus aliados comerciais.

Armamento contra Rússia

Os combates entre Rússia e Ucrânia não chegaram ao fim. Segundo o governo ucraniano, dois indivíduos morreram e mais de cinco ficaram feridos após ataque em Zaporizhzhia na madrugada desta quarta-feira (6). Frente aos ataques russos cada vez mais severos, Suécia, Noruega e Dinamarca desejam comprar armas dos Eua para ajudar na defesa ucraniana.


Militares ucranianos em região perto da fronteira com a Rússia (Foto: reprodução/Roman Pilipey/Getty Images Embed)

O ministro da Defesa da Suécia afirmou que a Ucrânia não luta para proteger só o seu território, mas também os outros países. Oslo, Copenhague e Estocolmo contribuirão com mais de US$ 400 milhões em auxílio militar à Ucrânia, como armas, munições e ajuda na área de defesa aérea.

Rússia ataca área residencial na Ucrânia

A Rússia realizou novos ataques à cidade de Kiev, capital ucraniana, nesta segunda-feira (21). Segundo uma publicação feita pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas na explosão envolvendo drones e mísseis. Além da capital, outras áreas foram atingidas, como Kharkiv e Ivano-Frankivsk.

Saiba mais sobre os ataques

Prédios residenciais e outras estruturas civis, inclusive um jardim de infância e uma estação de metrô, ficaram incendiados e sofreram explosões. Na estação, pessoas ficaram em pânico após um drone atingir o local, provocando destruição.

420 drones e pelo menos 20 mísseis foram usados para o ataque, que começou à noite e continuou até a manhã. Bombeiros e serviços de resgate realizaram operações de emergência.

O presidente afirmou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o país precisa de mais sistemas de defesa aérea, com cobertura em todo o território nacional e “também nossos ataques de longo alcance contra a Rússia“. Na semana passada, ele também deu este mesmo discurso. 


Estação de metrô após ataque russo em Kiev (Foto: reprodução/ OLEKSII FILIPPOV/ Getty Images Embed)

Na semana anterior

A Rússia realizou outras ofensivas ao longo da semana. No domingo (13), o sistema de defesa aérea levou uma investida russa e na quarta-feira (16), drones e mísseis atingiram áreas isoladas da Ucrânia, deixando duas pessoas mortas.

A estrutura elétrica das cidades têm sido um alvo constante, assim como o fornecimento de água, na mesma quarta-feira, 400 drones atingiram quatro regiões da Ucrânia e rompeu o acesso à energia de civis.

Em Kharkiv, cidade também atacada nesta segunda-feira (21), um ataque de drones que durou 20 minutos, deixou três pessoas feridas e provocou 17 explosões no total.


Pronunciamento de Volodymyr Zelenskyy após ataques (Vídeo: Reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Ataques da Ucrânia

Nesta segunda-feira (21), Kiev lançou drones contra a Rússia, o que provocou cancelamento de voos no país. Em Sheremetyevo, maior aeroporto russo, cerca de 1700 voos foram cancelados e passageiros tiveram de enfrentar filas, além de dormir em bancos e no chão.

Em outros aeroportos, pessoas tiveram de aguardar a liberação de tráfego aéreo. Segundo o Ministério da Defesa, 117 drones foram abatidos.

Rússia vê envio de armas como sinal para Ucrânia deixar negociações de paz

O governo russo afirmou nesta última quinta-feira (18) que o contínuo envio de armamentos ocidentais à Ucrânia representa um “sinal direto” para que Kiev abandone qualquer tentativa de negociação com Moscou. A declaração ocorre em meio à aprovação de novos pacotes de ajuda militar dos Estados Unidos e da União Europeia ao governo de Volodymyr Zelensky.

Kremlin diz que pressão afasta diplomacia

Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, os recentes anúncios de envio de armamento pesado à Ucrânia não apenas aumentam a tensão no campo de batalha, como demonstram que o Ocidente “não está interessado em uma solução pacífica” para o conflito. “Trata-se de um sinal claro de que a Ucrânia deve continuar no caminho militar, ignorando qualquer perspectiva de diálogo”, declarou o porta-voz.


Porta Voz de Kremilin, Dmitry Peskov (Foto: Reprodução/ALEXANDER ZEMLIANICHENKO/Getty Images Embed)

O posicionamento russo veio na esteira da liberação de um novo pacote de US$ 2,3 bilhões em ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia, anunciado nesta semana. A ajuda inclui munições de artilharia, sistemas de defesa aérea e armamentos de médio e longo alcance. A União Europeia também confirmou a liberação de recursos do Fundo Europeu de Paz para reabastecer estoques militares enviados a Kiev.

Moscou tem reiterado que, sob tais condições, não vê “clima político favorável” para reiniciar negociações diretas com Kiev. O último encontro formal entre representantes russos e ucranianos ocorreu em Istambul, em 2022, e foi encerrado sem acordo.

Ameaça de sanções gera resposta dura

Além da questão militar, o Kremlin respondeu com firmeza à nova ameaça de sanções dos Estados Unidos. Segundo Peskov, qualquer tentativa de “chantagem econômica” não surtirá efeito sobre a postura russa no conflito. “Sanções adicionais não vão mudar nosso curso. Estamos preparados para enfrentar essas pressões com nossa própria soberania e resiliência econômica”, disse.

Washington indicou que novas sanções poderão ser implementadas caso a Rússia intensifique os ataques contra civis ou bloqueie rotas de exportação de grãos pelo Mar Negro. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou os Estados Unidos de promover uma “guerra indireta” por meio de medidas econômicas e apoio bélico à Ucrânia.

Apesar do endurecimento do discurso, analistas ouvidos pela BBC e pela Al Jazeera afirmam que ambos os lados mantêm canais diplomáticos discretos ativos, principalmente através de países intermediários como a Turquia e a China, embora os avanços sejam mínimos.

Rússia envia drones e mísseis contra a Ucrânia

A Rússia continuou as ofensivas contra a Ucrânia nesta quarta-feira (16), afirmam autoridades. Drones e mísseis atingiram áreas isoladas do país e deixaram duas pessoas mortas.

Em Kharkiv, cidade ucraniana, três civis ficaram feridos após um ataque de drones que durou 20 minutos e provocou ao menos 17 explosões, segundo o governador de Oblast de Kharkiv, Oleh Syniehubov.

Durante essa semana, a Rússia tem feito diversas agressões à Ucrânia. No domingo (13), o sistema de defesa aérea foi atingido.

Energia elétrica

Autoridades ucranianas afirmam que as investidas russas têm atingido os sistemas de fornecimento de água e energia. Na noite desta quarta-feira (horário local), cerca de 400 drones atingiram as regiões de Vinnytsia, Dnipro, Kharkiv e Odesada, e a infraestrutura energética em Kryvyi Rih, deixando pessoas sem acesso à energia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em seu perfil no X (antigo Twitter) que o fornecimento de energia será retomado durante o dia e que “Infelizmente, 15 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança“. Ele afirmou que as forças de defesa do país abateram 200 drones e disse sobre a necessidade de fortalecer sistematicamente as defesas “mais sistemas de defesa aérea, mais interceptadores e mais determinação — para que a Rússia sinta nossa resposta.”

Para ele, a Rússia não está mudando sua estratégia.


Veja a publicação do presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Estados Unidos

Na segunda-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que enviará armas para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como forma de apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Ainda no mesmo dia, Trump ameaçou tarifar a exportação de seus produtos para a Rússia, se o conflito não obter um cessar-fogo em até 50 dias. Tarifas secundárias também serão formas de intensificar a pressão sobre o país, por meio de sanções aos países que possuem relações comerciais com a Rússia.

O confronto dura três anos, quando, em 2022, forças militares russas invadiram território ucraniano. Milhares de soldados já foram mortos, de ambos os países, além de civis.

Trump impõe prazo de 50 dias para Rússia fechar trégua na Ucrânia ou enfrentará tarifa de 100%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou nesta segunda-feira (14) um ultimato à Rússia: o país deve fechar um acordo de paz na Ucrânia em até 50 dias ou será alvo de tarifas de 100%, aplicadas de forma direta às exportações russas e de maneira secundária a países que continuarem a comercializar com Moscou.

Ao lado do secretário‑geral da OTAN, Mark Rutte, na Casa Branca, Trump também anunciou o envio de sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, equipamentos que serão comprados pelos aliados europeus e repassados ao governo de Volodymyr Zelenskiy.


Mark Rutte e Donald Trump (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)

Autoridades russas reagiram imediatamente ao ultimato. O vice‑ministro Serguéi Riabkov classificou a estratégia dos EUA como “inaceitável” e afirmou que Moscou não vai negociar sob coerção, mantendo sua operação militar caso Kiev não ofereça estímulos concretos. Já o ex-presidente Dmitri Medvedev ridicularizou o anúncio, chamando-o de “ultimato teatral”, e enfatizou que a Rússia não se importa com ameaças de terceiros.

Detalhes da ameaça tarifária

As tarifas secundárias de 100%, além de incidirem diretamente sobre os produtos russos, essas sanções também atingirão quem mantiver comércio com a Rússia, incluindo compradores de petróleo, fertilizantes e tecnologia. Embora o comércio bilateral entre EUA e Rússia seja restrito, o risco recai sobre parceiros comerciais de Moscou, como China, Índia, Turquia e até o Brasil.

Trump anunciou a entrega de mísseis antiaéreos Patriot à Ucrânia, com financiamento dos aliados europeus da OTAN, após acordos firmados na visita oficial de Rutte. A medida, junto a sanções econômicas rigorosas e apoio militar defensivo, tem como objetivo forçar Moscou a firmar um cessar‑fogo antes do prazo estipulado.

Reação Russa

A postura de Trump sinaliza uma guinada mais contundente em relação à Rússia, indo, em contrapartida, do discurso anterior de aproximação com Putin. Nas últimas semanas, Trump pressionou por resultados concretos, dizendo que depois de repetidas conversas telefônicas, seguidas de novos ataques russos, ficou claro que “fala não significa nada”. Já do lado russo, o Kremlin afirmou que analisará a ameaça com “seriedade”, mas não revelou resposta oficial, enquanto Riabkov deixou claro que não vai ceder sob pressão

Zelensky agradece a Trump pelo envio de armas à Ucrânia

Nesta segunda-feira (14), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao presidente dos EUA, Donald Trump, pelo envio de armas ao país do leste europeu. Além do reforço de munição, o chefe de Estado norte-americano ainda deu um prazo de 50 dias para que a Rússia anuncie um cessar-fogo, findando assim o conflito entre russos e ucranianos após mais de três anos de batalha.

Zelensky agradece

Em vídeo, o presidente da Ucrânia aparece para expressar sua gratidão ao chefe de Estado norte-americano pela prontidão em atender as necessidades do seu aliado, pois, essa, segundo ele, é uma atitude cujo objetivo é proteger o povo ucraniano. Zelensky ainda disse que as conversas com Keith Kellogg, representante de Trump na Ucrânia tem sido produtivas.

O discurso ocorreu após o anúncio do envio de armas dos EUA para a Ucrânia, seguido de um pedido de cessar-fogo aos russos no conflito que perdura desde o dia 24 de fevereiro de 2023, data em que houve uma invasão ao território ucraniano em larga escala.

Caso a Rússia não aceite a proposta para findar o conflito, Trump ameaçou impor tarifas contra o país europeu e a compradores de seu petróleo. O político norte-americano também anunciou o envio de armas à Otan, aliança militar do ocidente, com o intuito de apoiar ainda mais a Ucrânia.


Zelensky faz discurso para agradecer a Trump pelo apoio à Ucrânia (Vídeo: reprodução/YouTube/metropoles)

Trump mudou o discurso

Após seguidos elogios ao presidente russo, Vladimir Putin, Donald Trump mudou o seu discurso em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Em 2022, por exemplo, quando as tropas russas se preparavam para invadir o território inimigo, o norte-americano chamou o chefe de Kremlin de “gênio”.

Outro episódio semelhante ocorreu quando Trump julgou como “terrível” as intervenções russas em subúrbios ucranianos, mas chegou a afirmar que se dava muito bem com Putin.

Entretanto, nas últimas semanas, o republicano tem mostrado a sua insatisfação com o líder russo pela ausência de um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia, indo ao encontro do que Trump pregava em sua campanha presidencial. À época, o então candidato à presidência norte-americana afirmava que poderia solucionar o conflito em 24 horas.

Trump então tem se mostrado insatisfeito pela falta de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, chegando a afirmar que não estava contente com a postura de Putin. “Fala bonito, mas bombardeia todo mundo à noite”, afirma o líder dos EUA sobre o presidente russo.

Após conversa com Trump, Putin lança maior ataque aéreo à Ucrânia desde 2022

Em um dos episódios mais intensos desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, a Rússia realizou o maior ataque aéreo da guerra nesta semana, apenas algumas horas depois de uma conversa, sem resultados concretos, com o presidente americano Donald Trump. O ataque foi feito na madrugada desta sexta-feira (04). Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, foram lançados 539 drones e 11 mísseis contra alvos civis e militares, deixando pelo menos 23 pessoas feridas e danos significativos em infraestrutura urbana. Parte dos artefatos foi interceptada pela defesa aérea ucraniana.


 23 mortos no último conflito entre Rússia e Ucrânia. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@kyivindependent_official)

Escalada após conversa diplomática frustrada

De acordo com fontes do governo ucraniano e reportagens da BBC e Reuters, a ofensiva aconteceu menos de 24 horas após uma ligação entre Putin e Trump. Fontes do Kremlin afirmaram que a conversa abordou “a necessidade de negociações de paz”, mas terminou sem qualquer sinal de avanço diplomático. O governo dos Estados Unidos declarou que Trump pressionou por um cessar-fogo imediato, mas que Putin se manteve irredutível quanto às exigências territoriais russas.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky qualificou o ataque como “deliberadamente massivo e cínico”, afirmando que “mais uma vez, a Rússia demonstra que não tem intenção de pôr fim à guerra e ao terror”. Ele destacou que os primeiros alertas de ataque aéreo começaram quase simultaneamente ao término da ligação entre Trump e Putin, exigindo maior apoio internacional à Ucrânia.

Ainda nesta sexta-feira, Trump e Zelensky devem se comunicar por telefone para discutir o ataque russo, segundo autoridades ucranianas. O incidente piora o impasse diplomático e aumenta a pressão internacional sobre Moscou, enquanto o risco de escalada global cresce.

Reação internacional

A reação global foi imediata. Ex-secretária de Estado dos EUA e provável candidata nas eleições, Nikki Haley criticou duramente a ofensiva e declarou que “os Estados Unidos não hesitarão em fortalecer a defesa da Ucrânia contra agressões desumanas” .

Por sua vez, a União Europeia anunciou aceleração nos envios de sistemas antiaéreos para apoiar a Ucrânia, como parte de um esforço coordenado com a Otan, que convocou uma reunião extraordinária para avaliar a escalada .

Especialistas ouvidos pela CNN Internacional apontam que esse aumento na intensidade dos ataques pode enfraquecer as iniciativas diplomáticas em andamento e elevar o risco de uma escalada mais ampla do conflito .

A guerra na Ucrânia já ultrapassou 850 dias e, segundo o The Guardian, estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham morrido ou ficado feridas no confronto. Apesar de tentativas diplomáticas, a violência tem se intensificado nos últimos meses, sinalizando um impasse perigoso para a estabilidade global.

 

Ataque da Rússia em hospital da Ucrânia deixa nove feridos

Nesta última terça-feira (1), ocorreu um ataque, durante a madrugada, da Rússia contra um hospital localizado na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, onde nove pessoas acabaram ficando feridas. As informações foram confirmadas pelas autoridades locais.

Feridos

Foi comunicado que, entre os feridos, cinco eram pacientes, um médico e três enfermeiros. Eles foram atingidos durante um ataque de artilharia, que causou danos graves ao prédio do hospital, conforme informações do governador regional, Oleksandr Prokudin.


Oleksandr Prokudin (Foto: reprodução/Global Images Ukraine/Getty Images Embed)

Nesta quarta-feira (2), foram divulgadas imagens tiradas após o ataque onde mostra o hospital bombardeado. As fotografias foram compartilhadas pela administração militar de Kherson.

As tropas da Rússia estão controlando a borda oposta do rio Dnipro, em Kherson, é considerada a maior cidade da Ucrânia que está no alcance das forças armadas russas e também de drones de combate, e por isso lhe foi concedido o título de cidade mais perigosa da Ucrânia devido à sua localização.

Ataques intensificados

Recentemente, Moscou, a capital da Rússia, aumentou os ataques aéreos direcionados a cidades da Ucrânia, disparando centenas de drones e mísseis ao mesmo tempo, em várias noites, ocasionando diversos danos generalizados e causando um aumento de cidadãos feridos.

Na última terça-feira, a Rússia divulgou que assumiu o controle total da região de Luhansk, localizada no leste da Ucrânia. O local foi anexado pelo presidente Vladimir Putin em 2022, em conjunto com Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia. É a primeira área ucraniana a ficar totalmente sob controle russo desde 2014, quando Moscou dominou a Crimeia.


Presidente  da Ucrânia Volodymyr Zelensky (Foto: reprodução/Frederick Florin/Getty Images Embed)

Os dois países estão vivendo em conflito desde fevereiro de 2022, quando a Rússia iniciou uma invasão em grande escala contra a Ucrânia. Não há previsão para o fim da guerra, que segue tendo diversas mortes e civis feridos de ambos os países. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitou que os países direcionassem mais sanções contra Moscou, visando pressionar por um cessar-fogo.

Rússia nega atrasar negociações de paz enquanto intensifica ofensiva na Ucrânia

O governo russo rejeitou nesta terça-feira (01) as declarações do enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, que acusou Moscou de atrasar intencionalmente as negociações para encerrar a guerra, enquanto intensifica ataques contra civis. O Kremlin reiterou que está disposto a dialogar, mas apontou que as exigências ocidentais são “inaceitáveis” e perpetuam a instabilidade.

Rússia responde às críticas de Washington

Durante visita a Kiev na segunda-feira (30), Keith Kellogg afirmou que a Rússia “não pode continuar a ganhar tempo enquanto bombardeia alvos civis“. A declaração provocou uma reação imediata do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, que classificou a fala como “manipuladora e desprovida de fundamento”.


Keith Kellogg em visita a Kiev (Foto: Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)

Em comunicado oficial, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que “a Rússia nunca se recusou a negociar. Pelo contrário, são os Estados Unidos e seus aliados que insistem em condições irrealistas e recusam qualquer proposta viável de cessar-fogo”. Peskov acusou Washington de estimular a escalada do conflito ao fornecer armamento pesado à Ucrânia.

A embaixada russa em Washington também se manifestou, dizendo que “os EUA continuam a alimentar o conflito com sanções e armas, ao mesmo tempo que acusam a Rússia de falta de compromisso com a paz“.

Ofensiva russa e impasse diplomático

Enquanto as declarações ganham repercussão internacional, o conflito segue violento no leste da Ucrânia. Relatórios da ONU indicam que, somente na última semana de junho, ao menos 112 civis morreram em bombardeios nas regiões de Donetsk e Kharkiv. A missão de monitoramento da ONU na Ucrânia expressou “grave preocupação” com o uso indiscriminado de munições em áreas densamente povoadas.

Segundo analistas do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), a Rússia parece apostar em ganhos territoriais mínimos enquanto mantém um discurso público de abertura ao diálogo. “É uma estratégia dupla: continuar a guerra no campo de batalha, mas simular disposição diplomática”, afirma Nataliya Bugayova, pesquisadora do ISW.

Em paralelo, líderes da União Europeia preparam nova rodada de sanções contra o setor energético russo, enquanto pressões diplomáticas sobre Moscou se intensificam nas Nações Unidas. Ainda assim, não há previsão concreta de retomada de negociações multilaterais.

Seul afirma que Coreia do Norte pode enviar novas tropas a Rússia em julho

Parlamentares da Coreia do Sul afirmaram nesta quinta-feira (26), que novas tropas norte-coreanas podem ser enviadas à Rússia em julho ou agosto deste ano. As declarações se fundamentam em análises do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) de Seul, capital sul-coreana, que consideraram envios anteriores de tropas pela Coreia do Norte e uma recente visita do secretário do Conselho de Segurança da Rússia ao país, Sergei Shoigu. 

A ida a Pyongyang, capital norte-coreana, aconteceu no dia 17 de junho. Segundo o secretário russo, o encontro teve relação com a parceria estratégica assinada pelos dois países, em que um dos pontos trata sobre um pacto de defesa mútua. 

Declarações de Seul 

De acordo com as autoridades sul-coreanas, o possível reforço servirá de apoio para uma nova investida que Moscou está planejando contra a Ucrânia. O NIS afirmou também que Pyongyang ainda mantém o fornecimento de armas para a Rússia, como mísseis balísticos – acusações das quais os países negaram anteriormente. 

O parlamentar da Coreia do Sul, Lee Seong-kweun, prevê que em troca da munição fornecida, Moscou enviará assessoria técnica sobre sistemas de orientação de mísseis e lançamentos de satélites para Pyongyang.


Presidente russso, Vladimir Putin, e presidente norte-coreano Kim Jong Un em foto (Foto: reprodução/Vladimir Smirnov/Getty Images Embed)


Pacto de defesa mútua 

Em relação ao envio de novas tropas para ataques, a Coreia do Norte e a Rússia ainda não se manifestaram publicamente. Em anúncio à imprensa, porém, Moscou divulgou que Pyongyang irá destinar militares e desarmadores de minas para auxiliar na reconstrução de Kursk, região de fronteira com a Ucrânia. 

O local tinha sido ocupado por forças ucranianas em agosto de 2024 e foi retomado no início deste ano, com o apoio do exército norte-coreano. A participação da Coreia do Norte  nesse confronto foi confirmada pela agência de notícias estatal do país, a KCNA. 

A cooperação entre os dois países se baseia em um tratado assinado pelo presidente russo Vladimir Putin e pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, em novembro de 2024. Uma das cláusulas desta parceria estabeleceu um pacto de defesa mútua, que define assistência militar caso um dos países entre em guerra.