Sabrina Sato conta como concilia rotina atarefada e TDAH

Em entrevista recente ao “O Globo”, Sabrina Sato falou sobre a rotina profissional corrida de apresentadora e como convive como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) no dia a dia.

A artista recebeu o diagnóstico ainda criança de um transtorno que afeta cerca dois milhões de brasileiros, segundo a ABDA.

Rotina corrida e TDAH

Sabrina Sato estreou recentemente “Sua Maravilhosa” no GNT. No programa, ela sai às ruas disfarçada para se aproximar de mulheres comuns e realizar sonhos adormecidos, abordando temas muito importantes para o universo feminino, como autoestima e empoderamento.

Em paralelo as gravações do programa, a artista tem se preparado para o carnaval 2026, onde desfilará nas escolas de samba: Vila Isabel, no Rio e Gaviões da Fiel, em São Paulo.

Apesar da rotina corrida, Sabrina contou em entrevista ao O Globo sobre os desafios de lidar com o TDAH. “Tenho pessoas que me ajudam, que ficam me lembrando de dez em dez minutos do que tenho que fazer. Porque além da rotina intensa, eu tenho TDAH. Mas nem tudo sai como planejado, e eu também não sou essa pessoa tão regrada.” – revelou a atriz, que conta com a ajuda de uma equipe para conseguir dar conta de tudo.


Sabrina Sato em viagem familiar pela Suíça (Foto: Reprodução/Instagram/@sabrinasato)

O diagnóstico de Sabrina veio à público em 2022, durante sua participação no programa “Conversa com Bial”. Quando questionada pelo apresentador, Sabrina contou que foi diagnosticada ainda na infância por um psiquiatra que trabalhava na mesma clínica que seus pais, psicólogos. A atriz revelou que sempre adotou medidas e exercícios para que a vida fosse a mais equilibrada possível.

O Transtorno de Déficit de Atenção, mais conhecido pela sigla TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta de 5% a 8% da população mundial e cerca de dois milhões de brasileiros, segundo a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção). Entre os sintomas estão: desatenção, inquietude e impulsividade.

Apoio da família

A apresentadora contou ainda, que o marido, Nicolas Prattes, é super parceiro e tem papel fundamental em sua rotina. “O Nicolas me ajuda até nisso, porque ele dorme no mesmo horário da Zoe, às 21h, 22h. Eu acordo 05h30 para começar o dia com ela.”, disse Sabrina.

A atriz também mantém uma relação saudável com Duda Nagle, pai de Zoe. Esse fato é considerado por Sabrina Sato como algo essencial para uma vida tranquila.

Novos tratamentos para distúrbios cerebrais podem ser eficazes para 150 milhões de pacientes

Uma empresa de desenvolvimento de medicamentos, a Axsome Therapeutics, está com cinco produtos em fase de desenvolvimento com grande potencial para ajudar pessoas com depressão, TDAH ou Alzheimer, condições que atingem cerca de 150 milhões de estadunidenses. No mercado, a Axsome tem três remédios disponíveis e calcula-se US$ 16,5 bilhões (cerca de R$ 87,94 bilhões) em vendas no pico de seu portfólio atual na área de saúde.

Harriot Tabuteau, fundador da empresa em 2012, decidiu concentrar as produções para tratamentos de distúrbios cerebrais, tratamentos estes que são notoriamente difíceis, seja pelo desenvolvimento em si ou até na eficácia entre os pacientes, que reagem de múltiplas formas diferentes a medicamentos diversos.

Sobre a empresa

O nome da Axsome vem de duas partes de uma célula nervosa, o “axônio” e o “soma”. Apelidada carinhosamente de “o armário de vassouras” em seus primórdios, a empresa não passava de uma pequena sala sem janelas e três mesas no Rockefeller Center, em Nova York onde Harriot decidiu usar sua formação médica misturada ao investimento em startups de biotecnologia.

Embora ainda não seja lucrativa, com um prejuízo líquido registrado em US$ 247 milhões (em conversão, 1,31 bilhão de reais), a Axsome além de ser negociada na Nasdaq (índice de mercado de ações) com o valor de mercado de US$ 6,1 bilhões (ou R$ 32,51 bilhões) a companhia pode chegar nas 25 maiores farmacêuticas do mundo em receita se os lucros correrem conformem o planejado junto a aprovação dos medicamentos pela versão estadunidense da Anvisa, a Food and Drug Administration (FDA) entre este ano até 2028.

Vale ressaltar que apenas uma média de 25% de medicamentos consegue bons resultados nos testes da Fase III avançando no processo da FDA.


Logotipo da Asxome Therapeutics (Foto: reprodução/Asxome Therapeutics)

Estratégias

A Axsome começou construindo um portfólio e não apenas centralizando em um medicamento como a maioria das biotechs, já que Harriot acreditava que reduziria o risco de um fracasso isolado. Recusando a terceirização de testes clínicos, a produção foi feita em uma forma mais barata, em uma média de 30% a 50% menos do que o valor comum, assim, quando um ensaio de um medicamento acabava, a equipe de pesquisadores passava imediatamente para o próximo.

Com o lançamento do Auvelity, o primeiro grande medicamento da empresa, a Axsome recebeu aprovação da FDA em agosto de 2022. Feito para tratamentos para transtorno depressivo, o Auvelity fez as ações dispararem 65% em apenas uma semana, tornando a empresa avaliada em US$ 3 bilhões, o que daria cerca de R$ 15,99 bilhões de reais.

No mesmo ano da aprovação, a Axsome adquiriu um medicamento chamado Sunosi, feito para tratamentos de sonolência excessiva diurna em pessoas com narcolepsia ou apneia do sono. A companhia recuperou o valor da compra e mais um pouco, que chegava nos US$ 53 milhões (ou R$ 282,5 milhões).


Medicamento Auvelity, para transtornos depressivos (Foto: reprodução/Everyday Health)

O Fundador

Tabuteau nasceu no Haiti e mudou-se para o Upper East Side, em Manhattan aos nove anos de idade com seus pais adotivos. Em sua terra natal ao lado da mãe biológica e da irmã, Harriot enfrentava dificuldades físicas, nutricionais e emocionais de todo tipo.

Ele formou-se em biologia molecular e bioquímica em Wesleyan e depois chegou à Escola de Medicina de Yale para tornar-se neurocirurgião. Porém, desistiu do cargo e optou pelo banco de investimentos em saúde do Goldman Sachs.

Duas décadas no mercado financeiro, Tabuteau começou a desenvolver suas próprias teorias enquanto observava empresas de biotecnologia fracassando ou alcançando sucesso pelas posições na Wall Street. Harriot acredita que mesmo sendo uma empresa pequena em tamanho, a ambição pode levar a Axsome para patamares enormes, além de ajudar pacientes com seus medicamentos.