Donald Trump pretende se reunir com Putin e Zelensky na próxima semana

Donald Trump está planejando um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin o presidente ucraniano, Vlodymyr Zelensky nos próximos dias, afirma o “The New York Times”. Esta seria a primeira reunião entre os governantes desde o início do conflito entre os dois países, mas conversa entre os três líderes não confirma a oficialização de acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, em embate há mais de dois anos.

Encontro entre Putin e Witkoff

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com o enviado especial americano, Steve Witkoff, nesta quarta-feira (6), em Moscou, Rússia. A conversa entre Putin e Witkoff teve a duração de três horas. A assessoria de Putin disse que a reunião foi “útil e contrutiva” e o enviado especial de Putin, Kirill Dmitriev, afirmou que a troca entre os países vai continuar.

Segundo Trump, o encontro foi produtivo, que “grandes avanços foram alcançados”, que a guerra precisa acabar e que trabalhará para isso nos próximos dias. Donald Trump também entrou em contato com o líder uraniano e o atualizou quanto a conversa com Putin. De acordo com Trump, Zelensky teria dito que “pressão sobre a Rússia está funcionando.


Encontro entre Putin, à esquerda, e Witkoff, à direita, nesta quarta (6) (Foto: reprodução/Gavriil Grigorov/Getty Images Embed)

Na última semana, submarinos nucleares foram enviados à Rússia a mando do presidente americano como resultado de ameaças nucleares do ex-líder russo, Dmitri Medvedev. Além disso, Donald Trump deu um ultimato a Rússia, ao determinar que a Rússia acabe com o conflito contra Ucrânia até a próxima sexta-feira (8), e caso o governo russo não cedesse, o chefe americano aplicaria uma taxação de 100% sobre produtos da Rússia e de seus aliados comerciais.

Armamento contra Rússia

Os combates entre Rússia e Ucrânia não chegaram ao fim. Segundo o governo ucraniano, dois indivíduos morreram e mais de cinco ficaram feridos após ataque em Zaporizhzhia na madrugada desta quarta-feira (6). Frente aos ataques russos cada vez mais severos, Suécia, Noruega e Dinamarca desejam comprar armas dos Eua para ajudar na defesa ucraniana.


Militares ucranianos em região perto da fronteira com a Rússia (Foto: reprodução/Roman Pilipey/Getty Images Embed)

O ministro da Defesa da Suécia afirmou que a Ucrânia não luta para proteger só o seu território, mas também os outros países. Oslo, Copenhague e Estocolmo contribuirão com mais de US$ 400 milhões em auxílio militar à Ucrânia, como armas, munições e ajuda na área de defesa aérea.

Rússia rompe acordo militar após EUA instalar mísseis na Europa

Nesta segunda-feira (4), a Rússia afirmou que poderá voltar a possuir instalações de mísseis de curto e médio alcance após acusar os Estados Unidos de instalar armamento semelhante na Europa e na região Ásia-Pacífico e está rompendo formalmente o acordo temporário que impedia esta ação.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, as condições que vinham sendo tomadas por vontade própria para manter o acordo deixaram de existir após esta movimentação dos Estados Unidos.

O acordo

Em 2019, os Estados Unidos se retiraram do INF (Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário), assinado em 1987, sob a acusação de que a Rússia havia violado o tratado após criar o míssel 9M729 que poderia alcançar até 1.500 km. Moscou negou, mas também se retirou do acordo seguindo a decisão de Washington.

Esta moratória proibia a utilização de mísseis que alcançassem entre 500 e 5.500 km de distância e acabou se tornando um marco na política do desarmamento entre Moscou e Washington.

Pouco tempo depois, a Rússia propôs este acordo temporário voluntário onde o país se comprometia a não fazer a instalação desse tipo de arma contanto que os EUA fizessem o mesmo.


Rússia acusa Estados Unidos (Vídeo: reprodução/YouTube/ O Povo)

A quebra do acordo

De acordo com Dimitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, o resultado das mudança de posição do país sobre o acordo é dos países que fazem parte da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Para ele, a Organização possui uma postura “antirrussa”.

A declaração russa foi feita apenas uma semana após o presidente Donald Trump ordenar o reposicionamento de submarinos nucleares, aumentando ainda mais a tensão entre os dois países.

O Ministério das Relações Exteriores russo comentou sobre a decisão em um comunicado oficial citado pela Al Jazeera. Na ocasião foi esclarecido que a situação está se encaminhando para haver a implantação, na Europa e na Ásia-Pacífico, de mísseis terrestres de médio e curto alcance fabricados nos EUA e desta maneira as condições para a moratória manter, estão cessadas.

Medvedev disse que os oponentes da Rússia terão de lidar com a nova realidade e que novas medidas virão.

Com está decisão, a Rússia ficará livre para implantar os mísseis de longo e curto prazo antes vetados, em regiões mais apropriadas, o que poderá aumentar a tensão entre o país e a Otan.

Tsunami alcança EUA e Japão após forte terremoto na Rússia

Nesta terça-feira (29), um tsunami atingiu a costa leste da Rússia após um terremoto atingir a região.  Japão, Estados unidos, México, Chile e Equador são alguns dos países do Pacífico que entraram em alerta. O terremoto atingiu a magnitude 8.8. 

Um terremoto de grande magnitude atingiu a Península de Kamtchatka, no extremo leste da Rússia, com epicentro localizado a aproximadamente 125 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor foi registrado a cerca de 19 km de profundidade, característica que pode contribuir para a formação de tsunamis.  

De acordo com autoridades russas, ondas de até quatro metros alcançaram a costa da região, levando o governo a classificar o fenômeno como um tsunami perigoso e intenso. Há registros de danos em diferentes pontos do território russo, incluindo feridos leves em locais como aeroportos, conforme divulgou a agência estatal Tass. 


 

Vídeo mostra avanço da água e destruição após terremoto de magnitude 8,8 (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)

O impacto do evento ultrapassou as fronteiras russas. Os Estados Unidos emitiram alertas para a possibilidade de ondas perigosas em diversas áreas, abrangendo partes do Japão, Havaí e praticamente toda a faixa litorânea do continente americano, com destaque para países como México, Chile e Equador. No Japão, a emissora pública local confirmou a chegada do tsunami ao norte do país, mas as ondas não ultrapassaram um metro de altura. Já o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico confirmou que o Havaí também foi atingido pelas ondas na madrugada. 

O terremoto 

Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade com 165 mil habitantes localizada no extremo leste russo, na Baía de Avacha, fica a cerca de 125 km da região central do terremoto.

A profundidade do tremor foi de 19,3 km, que, apesar de considerada rasa, pode favorecer a formação de ondas. 

De acordo com o Ministério do Interior da Rússia, logo após o terremoto, ondas de até cinco metros atingiram a cidade de Severo-Kurilsk, resultando em alagamentos nos portos e na destruição de várias embarcações. O alerta de tsunami para a área, no entanto, já foi suspenso. 

 No distrito de Yelizovo, as autoridades registraram ondas que chegaram a quatro metros de altura. Em pronunciamento nesta quarta-feira, o Kremlin informou que não houve vítimas fatais em decorrência dos tsunamis. A presidência destacou ainda que os sistemas de alerta funcionaram de forma eficiente durante a emergência. 

Localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, a Península de Kamtchatka, assim como outras áreas do Extremo Oriente russo, está inserida em uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica. 

Entenda como um terremoto forma um tsunami 

Ao acontecer a movimentação e choque das placas tectônicas da Terra, a energia é acumulada e liberada, gerando assim um terremoto. 

Com essa movimentação, o fundo do mar se desloca, e bilhões de litros de água acima dele se movem, gerando um tsunami que se propaga a partir do epicentro e ganha força ao se transformar em uma grande onda. 

O tremor ocorreu no Pacífico, e é o mais forte desde 2011. Regiões banhadas pelo oceano Pacífico como o Havaí e Japão foram afetados pela onda. 

Um tsunami é definido pelo movimento além do epicentro, que é formado pelo terremoto.  



O que caracteriza um tsunami não é necessariamente a altura das ondas, mas sua extensão e capacidade de se deslocar por grandes distâncias a partir do ponto onde o terremoto ocorre. Mesmo com pouco mais de um metro de altura, como neste caso, as ondas eram longas e se espalharam por milhares de quilômetros, alcançando diversos países.  

Embora neste episódio específico ainda não se tenha todos os detalhes, sabe-se que, no fundo do oceano, um tsunami pode atingir velocidades semelhantes às de um avião a jato, ultrapassando 800 km/h, e apresentar um comprimento de onda de centenas de quilômetros, ou seja, a distância entre uma crista e outra da onda. 

Terremoto na Rússia faz vulcão entrar em erupção

O vulcão Klyuchevskaya Sopka entrou em erupção após terremoto que ocorreu na Rússia. O caso aconteceu no território de Kamchatka, extremo leste da Rússia, nessa quarta-feira (30). Imagens do vulcão foram flagradas no momento exato da erupção, mas o episódio não espantou os turistas.

Imagens do vulcão são flagradas mas não intimida turista

A filial de Kamchatka do Serviço Geofísico Unificado da Academia Russa de Ciências compartilhou imagens do momento exato em que o vulcão entrou em erupção.

Turistas que estavam viajando pela região não foram intimidados, nem cancelaram seus passeios; pelo contrário, permaneceram no local para assistir de perto ao fenômeno natural, informou a agência de notícias estatal da Rússia (RIA).


Imagem do vulcão Klyuchevskaya Sopka em erupção nesta quarta-feira (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)

Um dos vulcões mais alto do mundo não é confiável

Embora receba diversos visitantes todo ano, Klyuchevskaya Sopka é um dos vulcões mais altos do mundo, medindo cerca de 4.750 metros de altura. Mas, segundo a RIA, as condições do vulcão não são confiáveis.

Frequentemente sujeito a situações imprevisíveis, o local enfrenta ventos fortes, além de temperaturas extremamente baixas e grande cobertura de neve em altas altitudes. Em setembro de 2022, oito pessoas vieram a óbito após uma expedição de escalada ao vulcão.

Terremoto na Rússia

Um dos maiores terremotos do extremo oriente da Rússia atingiu a região de Kamchatka na manhã desta quarta-feira (30), com magnitude de 8,8 na escala Richter. Esse é considerado o mais forte do mundo desde o ano de 2011, quando ocorreu no Japão um abalo de magnitude 9,0, e ocupa a sexta posição entre os mais intensos já registrados.

O terremoto desencadeou um tsunami com ondas de até quatro metros.  O centro de Alerta do Pacífico emitiu um alerta para o Havaí, que pode receber impactos do fenômeno. Outros países como EUA e Japão também estão em alerta. Moradores das regiões costeiras da Rússia foram retirados do local.

Governo Trump forma força-tarefa para investigar Obama após divulgação de documentos

Nesta quinta-feira (24), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar alegações não-comprovadas do presidente Donald Trump contra Barack Obama e seus assessores. Segundo a instituição, o ex-presidente e sua equipe teriam aberto uma investigação sobre a ligação da campanha de Trump com a Rússia nas eleições de 2016 para destruir o republicano. 

A medida, feita em um curto comunicado no site do departamento, integra uma campanha de retaliação a Obama iniciada há algumas semanas por Trump. Para analistas políticos, ela simboliza também uma tentativa da Casa Branca de redirecionar a atenção da mídia sobre o caso Epstein e a ligação do presidente com o empresário, preso por tráfico sexual de menores em 2019. 

Divulgação de documentos fundamentaram medida 

O anúncio do departamento de justiça ocorreu após a divulgação de novos documentos pela diretora de Inteligência nacional, Tulsi Gabbard. Em ataques ao ex-presidente Obama, ela afirmou que os novos documentos comprovam erros após uma investigação feita em 2016, que apontou interferência russa a favor de Donald Trump nas eleições daquele ano. 

Após o resultado que deu vitória a Trump em 2016, Obama ordenou uma investigação que, segundo Gabbard, estava sujeita a “diretrizes incomuns” do ex-presidente. Para ela, essa análise de inteligência se baseou em fontes desconhecidas e pouco claras e foi uma “conspiração golpista e traiçoeira” de anos contra Trump.


Tulsi Gabbard em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23) (Foto: reprodução/ Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

Democratas consideram divulgação “irresponsável” 

Tanto os documentos divulgados nesta quarta-feira (23) quanto na semana passada, apontam que autoridades do governo Obama apressaram as agências de inteligência na investigação, pois queriam concluir uma revisão da investigação antes do término do mandato. No entanto, não há provas que indiquem comportamento criminoso ou uma contradição após interferência nas eleições. 

Para jornalistas, o senador Mark Warner, principal democrata na Comissão de Inteligência do Senado, afirmou que a publicação dos documentos coloca em risco o trabalho do serviço de inteligência americano. “A divulgação desesperada e irresponsável do relatório partidário da Inteligência da Câmara coloca em risco algumas das fontes e métodos mais sensíveis que nossa comunidade de inteligência usa para espionar a Rússia e manter os americanos seguros” disse Warner. 

O recente documento divulgado por Gabbard é um relatório do Comitê de Inteligência da Câmara de 2017, neste período, a casa era chefiada por republicanos. No parecer, os parlamentares contestaram a conclusão de dezembro de 2016 de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, interferiu nas eleições a favor de Trump, em busca de prejudicar Hillary Clinton, candidata democrata daquelas eleições. 

Apenas congressistas republicanos participaram do relatório de 2017 e das suas revisões feitas em 2020.

Avião cai no leste da Rússia e deixa dezenas de mortos

Um desastre aéreo foi registrado nesta quinta-feira (24) na região de Amur, localizada no leste da Rússia, após um avião de transporte civil despencar com mais de 40 pessoas a bordo. Conforme órgãos oficiais do país, não há sobreviventes.

Grupos de salvamento vinculados ao Ministério de Situações de Emergência localizaram os restos do avião e confirmaram que todos os ocupantes perderam a vida. As agências estatais Tass e RIA Novosti divulgaram a informação com base em um comunicado do Comitê de Investigação da Federação Russa.

A aeronave envolvida no acidente era um modelo Antonov-24, com dois motores, fabricado ainda durante a era soviética. Ela era operada pela companhia aérea Angara Airlines e realizava o trajeto entre as cidades de Blagoveshchensk e Tynda. Segundo o governador local, Vassily Orlov, o avião sumiu dos radares em pleno voo.

Fragmentos encontrados em região de mata fechada

Horas depois do desaparecimento, partes do avião foram localizadas em chamas em uma encosta coberta por vegetação densa, a cerca de 15 quilômetros do destino final. Vídeos captados por autoridades da aviação civil mostram os destroços carbonizados, confirmando a gravidade do acidente.

Há divergências nas informações sobre o total de pessoas que estavam a bordo. O governador Orlov informou que eram 49, incluindo cinco menores de idade e seis membros da tripulação, com 48 mortes confirmadas. Já diferentes setores dos serviços de resgate estimaram entre 40 e 50 passageiros. A mídia regional, por sua vez, citou 50 indivíduos como número total.


Área isolada na região de Amur onde os destroços da aeronave foram encontrados (Reprodução/Instagram/@kalyug_hun)


Possível falha humana sob neblina está entre hipóteses

As autoridades ainda não divulgaram as razões exatas que levaram à queda. Segundo a agência Tass, uma das linhas de investigação considera erro dos pilotos devido à visibilidade prejudicada como causa potencial.

Durante as operações de localização, um helicóptero Mi-8 da Rossaviatsiya, o órgão nacional de aviação, visualizou a fuselagem em chamas. As equipes de emergência continuam avançando até o local remoto, informou Yuliya Petina, representante dos serviços de resgate, por meio de publicação nas redes sociais.

Foi instaurado um inquérito para apurar os fatores do acidente. De acordo com o Kremlin, o presidente Vladimir Putin já foi notificado e acompanha os desdobramentos da ocorrência.

Rússia descarta avanços rápidos em negociações de paz com Ucrânia

O governo da Rússia sinalizou nesta terça-feira (22) que não vê chance de avanços significativos em uma possível retomada de negociações de paz com a Ucrânia. Em declaração a jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a sociedade não deve “esperar milagres” das tratativas, sugerindo que Moscou não acredita em uma solução de curto prazo para o conflito.

Não há razão para esperar qualquer avanço na categoria de milagres, é quase impossível na situação atual”, expressou Dmitry Peskov.

A fala ocorre após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter reiterado que não pretende dialogar diretamente com a Rússia enquanto o país mantiver tropas em territórios ocupados. Do lado russo, Peskov acusou Kiev de não demonstrar interesse em conversas produtivas, além de criticar o Ocidente por, segundo ele, alimentar falsas expectativas de acordos.

Condições impostas complicam avanço

Segundo o Kremlin, a postura de Zelensky de recusar qualquer negociação direta com Moscou enquanto a Rússia não se retirar completamente de áreas anexadas torna inviável qualquer progresso imediato. Peskov ressaltou que a posição russa segue sendo a de manter “operações militares especiais” até que seus objetivos sejam alcançados.

A exigência de garantias de segurança e neutralidade da Ucrânia também permanece como ponto central para a Rússia, que considera qualquer cessar-fogo condicionado como inaceitável neste momento.


Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky (Foto: reprodução/Justin Tallis/Getty Images Embed)

Analistas internacionais avaliam que a fala de Peskov indica uma estratégia de manter pressão militar enquanto demonstra uma abertura superficial ao diálogo. Na prática, os dois lados se acusam mutuamente de inviabilizar qualquer encontro diplomático sério. Enquanto isso, aliados ocidentais reforçam o envio de armamentos e apoio financeiro a Kiev, alimentando tensões com Moscou.

Cúpula de paz sem presença russa

Recentemente, a Suíça sediou uma conferência internacional para debater possíveis caminhos de paz, mas a Rússia não foi convidada. O Kremlin, inclusive, classificou o evento como “improdutivo” e sem valor prático, alegando que qualquer solução sem participação russa é “vazia”. Peskov reforçou que Moscou só participará de diálogos que reconheçam suas demandas territoriais e de segurança.

Do lado ucraniano, Zelensky mantém o discurso de que qualquer acordo só será possível com a retirada completa das forças russas, inclusive da Crimeia, anexada em 2014. Diante das condições impostas por ambos os lados, líderes europeus temem que o conflito continue sem perspectiva de encerramento no curto prazo. Enquanto isso, a população civil segue enfrentando ataques, deslocamentos forçados e incertezas sobre o futuro da região.

Rússia ataca área residencial na Ucrânia

A Rússia realizou novos ataques à cidade de Kiev, capital ucraniana, nesta segunda-feira (21). Segundo uma publicação feita pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas na explosão envolvendo drones e mísseis. Além da capital, outras áreas foram atingidas, como Kharkiv e Ivano-Frankivsk.

Saiba mais sobre os ataques

Prédios residenciais e outras estruturas civis, inclusive um jardim de infância e uma estação de metrô, ficaram incendiados e sofreram explosões. Na estação, pessoas ficaram em pânico após um drone atingir o local, provocando destruição.

420 drones e pelo menos 20 mísseis foram usados para o ataque, que começou à noite e continuou até a manhã. Bombeiros e serviços de resgate realizaram operações de emergência.

O presidente afirmou em seu perfil no X (antigo Twitter) que o país precisa de mais sistemas de defesa aérea, com cobertura em todo o território nacional e “também nossos ataques de longo alcance contra a Rússia“. Na semana passada, ele também deu este mesmo discurso. 


Estação de metrô após ataque russo em Kiev (Foto: reprodução/ OLEKSII FILIPPOV/ Getty Images Embed)

Na semana anterior

A Rússia realizou outras ofensivas ao longo da semana. No domingo (13), o sistema de defesa aérea levou uma investida russa e na quarta-feira (16), drones e mísseis atingiram áreas isoladas da Ucrânia, deixando duas pessoas mortas.

A estrutura elétrica das cidades têm sido um alvo constante, assim como o fornecimento de água, na mesma quarta-feira, 400 drones atingiram quatro regiões da Ucrânia e rompeu o acesso à energia de civis.

Em Kharkiv, cidade também atacada nesta segunda-feira (21), um ataque de drones que durou 20 minutos, deixou três pessoas feridas e provocou 17 explosões no total.


Pronunciamento de Volodymyr Zelenskyy após ataques (Vídeo: Reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Ataques da Ucrânia

Nesta segunda-feira (21), Kiev lançou drones contra a Rússia, o que provocou cancelamento de voos no país. Em Sheremetyevo, maior aeroporto russo, cerca de 1700 voos foram cancelados e passageiros tiveram de enfrentar filas, além de dormir em bancos e no chão.

Em outros aeroportos, pessoas tiveram de aguardar a liberação de tráfego aéreo. Segundo o Ministério da Defesa, 117 drones foram abatidos.

Rússia envia drones e mísseis contra a Ucrânia

A Rússia continuou as ofensivas contra a Ucrânia nesta quarta-feira (16), afirmam autoridades. Drones e mísseis atingiram áreas isoladas do país e deixaram duas pessoas mortas.

Em Kharkiv, cidade ucraniana, três civis ficaram feridos após um ataque de drones que durou 20 minutos e provocou ao menos 17 explosões, segundo o governador de Oblast de Kharkiv, Oleh Syniehubov.

Durante essa semana, a Rússia tem feito diversas agressões à Ucrânia. No domingo (13), o sistema de defesa aérea foi atingido.

Energia elétrica

Autoridades ucranianas afirmam que as investidas russas têm atingido os sistemas de fornecimento de água e energia. Na noite desta quarta-feira (horário local), cerca de 400 drones atingiram as regiões de Vinnytsia, Dnipro, Kharkiv e Odesada, e a infraestrutura energética em Kryvyi Rih, deixando pessoas sem acesso à energia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em seu perfil no X (antigo Twitter) que o fornecimento de energia será retomado durante o dia e que “Infelizmente, 15 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança“. Ele afirmou que as forças de defesa do país abateram 200 drones e disse sobre a necessidade de fortalecer sistematicamente as defesas “mais sistemas de defesa aérea, mais interceptadores e mais determinação — para que a Rússia sinta nossa resposta.”

Para ele, a Rússia não está mudando sua estratégia.


Veja a publicação do presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Estados Unidos

Na segunda-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que enviará armas para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como forma de apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

Ainda no mesmo dia, Trump ameaçou tarifar a exportação de seus produtos para a Rússia, se o conflito não obter um cessar-fogo em até 50 dias. Tarifas secundárias também serão formas de intensificar a pressão sobre o país, por meio de sanções aos países que possuem relações comerciais com a Rússia.

O confronto dura três anos, quando, em 2022, forças militares russas invadiram território ucraniano. Milhares de soldados já foram mortos, de ambos os países, além de civis.

Trump impõe prazo de 50 dias para Rússia fechar trégua na Ucrânia ou enfrentará tarifa de 100%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou nesta segunda-feira (14) um ultimato à Rússia: o país deve fechar um acordo de paz na Ucrânia em até 50 dias ou será alvo de tarifas de 100%, aplicadas de forma direta às exportações russas e de maneira secundária a países que continuarem a comercializar com Moscou.

Ao lado do secretário‑geral da OTAN, Mark Rutte, na Casa Branca, Trump também anunciou o envio de sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia, equipamentos que serão comprados pelos aliados europeus e repassados ao governo de Volodymyr Zelenskiy.


Mark Rutte e Donald Trump (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)

Autoridades russas reagiram imediatamente ao ultimato. O vice‑ministro Serguéi Riabkov classificou a estratégia dos EUA como “inaceitável” e afirmou que Moscou não vai negociar sob coerção, mantendo sua operação militar caso Kiev não ofereça estímulos concretos. Já o ex-presidente Dmitri Medvedev ridicularizou o anúncio, chamando-o de “ultimato teatral”, e enfatizou que a Rússia não se importa com ameaças de terceiros.

Detalhes da ameaça tarifária

As tarifas secundárias de 100%, além de incidirem diretamente sobre os produtos russos, essas sanções também atingirão quem mantiver comércio com a Rússia, incluindo compradores de petróleo, fertilizantes e tecnologia. Embora o comércio bilateral entre EUA e Rússia seja restrito, o risco recai sobre parceiros comerciais de Moscou, como China, Índia, Turquia e até o Brasil.

Trump anunciou a entrega de mísseis antiaéreos Patriot à Ucrânia, com financiamento dos aliados europeus da OTAN, após acordos firmados na visita oficial de Rutte. A medida, junto a sanções econômicas rigorosas e apoio militar defensivo, tem como objetivo forçar Moscou a firmar um cessar‑fogo antes do prazo estipulado.

Reação Russa

A postura de Trump sinaliza uma guinada mais contundente em relação à Rússia, indo, em contrapartida, do discurso anterior de aproximação com Putin. Nas últimas semanas, Trump pressionou por resultados concretos, dizendo que depois de repetidas conversas telefônicas, seguidas de novos ataques russos, ficou claro que “fala não significa nada”. Já do lado russo, o Kremlin afirmou que analisará a ameaça com “seriedade”, mas não revelou resposta oficial, enquanto Riabkov deixou claro que não vai ceder sob pressão