Zelensky pede mísseis a Trump, mas americano fala em ‘fazer acordos’

O presidente Donald Trump recebeu Volodymyr Zelensky na Casa Branca nesta sexta-feira (17). Após 2h30 de reunião, o presidente norte americano viajou para a Flórida, não chegou a falar com a imprensa, mas deixou uma mensagem em suas redes sociais:

“O encontro com o presidente Volodymyr Zelensky foi muito interessante e cordial, mas disse a ele, como sugeri ao presidente Putin, que é hora de parar com a matança e fazer um acordo.” disse o americano.

Zelensky disse que o encontro foi muito bom e amigável e que trataram de assuntos diversos, incluindo o tema sobre as defesas aéreas da Ucrânia, mas sem prolongar sobre assuntos de mísseis:

“Confiamos nos Estados Unidos, e acreditamos que o presidente quer acabar com esta guerra” disse o ucraniano.


Trump e Zelensky tiveram uma conversa produtiva na Casa Branca (Foto:reprodução/Mandel Ngan/Getty Images Embed)

Trump reitera uso e prioriza o governo

Durante as conversas, o presidente Zelensky vem solicitando ao presdiente Trump para que venda os mísseis Tomahawk para a Ucrânia. O armamento é um míssil teleguiado de longo alcance, onde daria acesso para o governo ucraniano fazer ataques com altíssimo grau de precisão. Entretanto, Donald Apesar dos pedidos do presidente ucraniano, Donald Trump recusou o pedido.

“Nós precisamos dos Tomahawks, nós gostariamos muito mais se eles não precisassem dos mísseis” disse Trump ao ser questionado sobre a situação.

Zelensky argumenta que o uso dos mísseis Tomahawks faria com que Vladmir Putin levasse mais a sério os apelos de Trump sobre o acordo para o fim da guerra na Ucrânia, e segundo um membro da delegação de Zelensky que conversou com a AFP sob anonimato, o presidente da Ucrânia mostrou alguns possíveis alvos a serem atacados com os mísseis.

Ao passar do ano, a relação entre ambos os presidentes oscilou bastante, com inclusive uma discussão entre os presidentes e com o vice de Trump, James David Vance, subindo o tom com o presidente ucraniano.

Porém, desde as ultimas semanas, o presidente norte-americano mudou sua postura em relação a guerra, citando até a recuperação dos territórios ucranianos tomados pela Rússia.

Telefonema para Putin

Na última quinta-feira (16), Trump entrou em contato com Vladmir Putin por telefone, e anunciou em sua rede social, que marcaram um encontro em Budapeste, na Hungria, na semana que vem, mas sem um local definido, onde assessores de ambos irão tentar encontrar o melhor caminho para uma paz entre os países

“Acabei de conversar com o presidente russo, Vladmir Putin, e foi muito produtiva. O presidente me elogiou pela conquista de paz no Oriente Médio, algo que segundo ele, era algo que era sonhado há séculos (…) Também conversamos sobre o comércio entre Rússia e Estados Unidos após o fim da guerra com a Ucrânia, acredito que a conversa de hoje foi teve muito progresso” disse o presidente.

Um porta-voz da Casa Branca informou que a conversa durou mais de 2 horas, e que o presidente americano ainda acredita em um encontro entre Zelensky e Putin para selar uma paz.

As promessas de paz na guerra da Ucrânia e no Oriente Médio foram fundamentais para o discurso de Trump em 2024, em detrimento às críticas que Joe Biden, útimo presidente antes de Trumo, sofreu pela forma como lidou com ambos os conflitos. No entanto, tal qual Joe Biden, Trump teve seus esforços negados por parte do presidente russo, que recusou formas de selar a paz entre os países.

Vinte e cinco pessoas morrem por adulteração de vodca na Rússia

Neste mês, pelo menos 25 pessoas vieram a óbito na Rússia por consumirem vodkas adulteradas na região de São Petersburgo. Entre as 25 mortes, oito possuem a causa confirmada por intoxicação por metanol. Resultados de exames periciais também indicaram altos níveis da substância nos corpos das vítimas, afirmou um médico à AFP. Uma pessoa se encontra internada em estado grave em um hospital, informou a agência de notícias estatal russa Ria. Até o momento, 14 pessoas foram presas.

Mais sobre o caso

Informações preliminares indicam que os envenenamentos ocorreram através de bebidas produzidas por comerciantes não autorizados. A promotoria regional confirmou nesta sexta-feira (26) que várias pessoas acabaram sendo envenenadas com bebidas falsificadas no distrito de Slantsy, já no sabádo (27), níveis de metanol foram confirmados em mais de seis corpos.

Os primeiros detidos pelo caso foram uma mulher de 60 anos identificada como Olga Stepanova e um homem de 78 anos chamado Nikolai Boytsov. Olga, que é professora de jardim de infância, seria a responsável pelo fornecimento de álcool ao aposentado, que por sua vez, fabricou e engarrafou o líquido em uma instalação improvisada, segundo informações da rede de televisão russa REN TV. Boytsov mais tarde, teria vendido a bebida por menos de um euro, no entanto, antes da venda, ele envenenou sua esposa de 75 anos.

Ambos foram detidos pelas autoridades de Leningrado sob a acusação de produção e venda de produtos nocivos contendo álcool, em que se resulta na morte de várias pessoas.

Outros 12 suspeitos de envolvimento na distribuição das bebidas alcoólicas adulteradas também foram detidos. Durantes as buscas, a polícia apreendeu mais de 1.300 litros de bebidas alcoólicas falsificadas. Foram abertos três processos criminais para investigar o caso. O gabinete do promotor público da região de São Petersburgo divulgou a realização de buscas em locais de possível armazenamento e distribuição das bebidas.

A fama de bebidas alcoólicas falsificadas na Rússia

O crescimento de bebidas alcoólicas contrabandeadas estão ganhando popularidade na Rússia,  à medida que os preços do álcool disparam devido à guerra. Entre a faixa etária que mais consome esse tipo de bebida, destacam-se os aposentados.

A porta-voz do Ministério do Interior, major-geneal Irina Volk, confirmou que forças de segurança detiveram um morador da cidade de Gostilitsy por supostamente ”vender um líquido com álcool”.

As autoridades não descartam que hajam mais vítimas fatais do que as já confirmadas e continuam a realizar o controle sobre as pessoas que faleceram repentinamente.

Canais de Telegram, como o ”Topor”, são utilizados para repassar informações e detalhes dos terríveis efeitos que a vodka adulterada provocou em uma das vitimas, foi destacado o falecimento de um homem achamado Yuri Spiridonov, de 54 anos, que após consumo, se moveu desesperadamente de joelhos até sua esposa e afirmou que estava morrendo, horas depois, Spiridonov infelizmente chegou a óbito. Por meio do mesmo canal de informação, está se asegurando de que nesta mesma noite, outras treze pessoas morreram nas mesmas condições que o homem.


Reportagem do ''Fantástico'' sobre os casos brasileiros de intoxicação (Vídeo: reprodução/Youtube/g1)

Turistas também são vítimas

No mês passado, mais de uma dúzia de pessoas morreram de envenenamento por metanol após a compra de álcool falsificado, sem as vítimas terem consciência do fato, em um popular resort russo. Supostamente, esses turistas compraram a bebida na cidade de Soshi. Após beber, uma das vítimas ficou cega e veio a falecer de insuficiência renal depois de consumir Chacha falso, um conhaque forte e claro. Dois outros turistas também morreram de envenenamento ao chegarem em casa.

Duas pessoas, identificadas como Olesya e Eteri, de 31 e 71 anos, respectivamente, compareceram mais tarde a um tribunal de Sochi por suspeita de distribuição de álcool falsificado. A partir desta situação, o Ministério de Assuntos Internos da Rússia emitiu um alerta urgente aos cidadãos para não consumirem ”produtos alcoólicos de origem desconhecida”.

De São Petersburgo para São Paulo

No último mês ao menos nove casos foram registrados em São Paulo, todos justamente por adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. Segundo autoridades, ao menos três mortes suspeitas estão sob investigação, duas em São Bernardo dos Campos e uma na capital paulista.

A Prefeitura de São Paulo emitiu um alerta sobre a possível presença de metanol em bebidas adulteradas. “A intoxicação por Metanol é grave e os sintomas iniciais podem passar despercebidos“, diz o texto. “O tratamento precoce evita a acidose grave e a insuficiência renal.”

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e da Segurança Pública informou que o aumento de ocorrências recebidas foi classificada pelas autoridades como ”fora do padrão”.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma recomendação, no último sábado (27), aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no Estado, reforçando também a necessidade de que as empresas façam compras seguras, que confiram os produtos e fortifiquem a a rastreabilidade dos produtos.

Também deixou registrado que preços muito baixos, lacres tortos, erros grosseiros de impressão, odor semelhante a solvente e relatos de consumidores com sintomas como visão turna, dor de cabeça intensa, náusea ou rebaixamento da consciência “devem ser tratados como suspeita de adulteração“.

Por meio de uma nota, a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) disse que acompanhou diversas operações combatendo ao comércio de produtos ilícitos, e que apenas em 2025, houveram mais de 160 mil produtos falsificados apreendidos.

Entenda o metanol

Não destinado ao consumo ao consumo humano, por ser altamente tóxico, o Metanol é um produto químico industrial que se encontra em fluidos anticongelantes e de limpadores de para-brisa. Bastando somente pequenas doses para ser prejudicial, algumas doses de bebida alcoólica clandestina que o contenham podem ser letais.

O que eleva o perigo é o fato de que a substância possui o sabor e a aparência do álcool, tendo também seus primeiros efeitos semelhantes, causando embriaguez e a sensação de enjoo. Sendo assim, inicialmente as pessoas podem não perceber que há algo de errado. O dano ocorre horas depois, quando o corpo tenta eliminá-lo do organismo, metabolizando-o no fígado.

EUA podem atender pedido e enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia

No último domingo (28), o vice-presidente norte-americano, JD Vance, afirmou que os EUA estão considerando aceitar o pedido da Ucrânia, e enviar mísseis Tomahawk de longo alcance para combater os invasores russos em território ucraniano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitou que os EUA comercializassem mísseis a países europeus, que, por sua vez, os cederiam aos ucranianos.

A visão da Casa Branca sobre o conflito

Em entrevista ao programa norte-americano, “Fox News Sunday”, o vice-presidente do país, JD Vance afirmou que o presidente, Donald Trump, tomaria a decisão a respeito do pedido feito por Zelensky, em ter acesso aos mísseis que serviriam para expelir uma possível futura invasão russa na Ucrânia, e que os EUA continuam analisando uma série de pedidos dos europeus.

Vance disse também que as invasões realizadas pela Rússia em solo ucraniano produziu poucos avanços. Para o vice-presidente dos EUA, os russos precisam aceitar que muitas pessoas estão morrendo por conta de suas políticas, e não há nada vantajoso para mostrar em tais condutas.

No passado, Trump já havia negado uma solicitação semelhante a essa feita pela Ucrânia; entretanto, a aversão de Vladimir Putin, presidente da Rússia, para chegar a um acordo de paz, deixou o republicano frustrado com tal situação.


Zelensky, Donald Trump, e JD Vance reunidos no Salão Oval da Casa Branca, nos EUA (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)

Grande alcance

Os mísseis Tomahawk são armas de grande alcance que podem ser lançados de submarinos contra alvos que estejam na terra ou no mar.

Esses mísseis usam uma combinação de GPS, Inertial Navegation System (INS), Terrain Contour Matching (TERCOM), e Digital Scene-Matching Area Correlation (DSMAC). Desenvolvido pela primeira vez nos anos 70 pela General Dynamics, o Tomahawk esteve à disposição das Forças Armadas norte-americanas em 1983, e foram utilizados pela primeira vez em 1991, na Guerra do Golfo, e posteriormente em ataques contra o Iraque, Síria, Líbia e Sérvia. Em junho deste ano, 30 mísseis foram utilizados pelos EUA em um ataque às infraestruturas de Natanz e Isfahan, do Irã.

O Tomahawk possui um raio de alcance que varia entre 1600 à 2500 quilômetros, fazendo, por exemplo, com que Moscou, capital russa, fosse alvo das forças militares da Ucrânia.

China prepara exército para possível invasão de Taiwan até 2027 com apoio russo, aponta instituto

O Royal United Services Institute afirmou que Xi Jinping ordenou ao Exército chinês estar preparado para uma possível ação militar contra Taiwan até 2027 com a ajuda de Rússia. Segundo o instituto, o planejamento indica uma estratégia de longo prazo para exercer pressão sobre a ilha. A análise destaca o fortalecimento das forças chinesas e o aumento da prontidão operacional especialistas alertam para riscos crescentes de conflito na região.

Rússia estaria ajudando China nesta possível invasão

Sob a liderança de Vladimir Putin, Rússia e China, comandada por Xi Jinping, estariam trabalhando de forma sigilosa para reforçar a capacidade militar chinesa com foco em um possível ataque a Taiwan. A informação surgiu a partir da análise de documentos vazados pelo grupo de hackers Black Moon, avaliados pelo think tank londrino Royal United Services Institute (RUSI).

As descobertas foram divulgadas pela Associated Press e pelo Washington Post nesta sexta-feira (26). O material indica uma colaboração estratégica entre os dois países para fortalecer o poderio militar de Pequim.

Sob a liderança de Vladimir Putin, a Rússia estaria colaborando secretamente com a China, liderada por Xi Jinping, para fortalecer as capacidades militares de Pequim em caso de um possível ataque a Taiwan. A informação vem de análises de documentos vazados pelo grupo de hackers Black Moon, examinados pelo think tank londrino Royal United Services Institute (RUSI), conforme reportado pela Associated Press e pelo Washington Post nesta sexta-feira (26).


Encontro do presidentes da Rússia e da China (Foto: reprodução/ Instagram/ @russian_kremlin)

Segundo os arquivos cerca de 800 páginas entre contratos e atas de reuniões Moscou se comprometeu a fornecer equipamentos avançados e treinamento para um batalhão militar chinês. Entre os itens estão 37 veículos anfíbios leves BMD-4M, 11 canhões antitanque autopropulsados Sprut-SDM1, 11 blindados BTR-MDM e sistemas especiais de paraquedismo para lançamentos de cargas pesadas em grandes altitudes. O valor total dos contratos, de acordo com o Washington Post, ultrapassaria US$ 580 milhões.

Os documentos ainda mostram que a Rússia treinaria soldados chineses tanto em seu próprio território quanto em solo chinês.

O pacote russo destinado à China incluiria também paraquedas de alta altitude capazes de lançar até 190 kg a partir de 8.000 metros, possibilitando a infiltração discreta de tropas de operações especiais a até 80 km do local de pouso. Segundo Oleksandr Danylyuk um dos pesquisadores que analisou os documentos para o RUSI esse tipo de equipamento poderia ser empregado numa “fase zero” de uma invasão, permitindo o envio furtivo de soldados e material antes do início de uma ofensiva em maior escala contra Taiwan.

De acordo com veículos de imprensa dos EUA, embora a China já possua capacidade industrial e tecnológica superior à da Rússia, o país ainda busca suprir lacunas estratégicas em suas forças aerotransportadas. “A tradição chinesa em operações de desembarque aéreo é bastante recente”, comentou Danylyuk, ressaltando que o apoio russo poderia adiantar o desenvolvimento do programa em até 15 anos.

O Washington Post aponta ainda que os documentos indicam que Pequim solicitou adaptações nos veículos adquiridos para compatibilizá-los com munição e sistemas de comunicação chineses, além de pressionar Moscou a reduzir os prazos de entrega. Segundo especialistas citados pelo jornal, essa parceria evidencia um nível de integração operacional sem precedentes entre os dois regimes.

Conforme contratos e trocas de mensagens citados pelo Royal United Services Institute, em 2023 a Rússia acertou o envio à China de um pacote completo de armamento e equipamento para formar um batalhão aerotransportado.

O acordo prevê também o fornecimento de dispositivos especiais voltados à infiltração aérea de unidades de operações especiais, além de um programa integral de treinamento para operadores e equipes de manutenção.

Paralelamente, a Rússia está transferindo know‑how e tecnologia que permitirão à China reproduzir e modernizar localmente armamentos e equipamentos semelhantes, ampliando sua capacidade produtiva.

Trump recebe os líderes europeus na Casa Branca

Em uma declaração democrática e estratégica, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que seria uma “grande honra” encontrar os líderes europeus na Casa Branca, em encontro multilateral crítico promovido em meio à escalada da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Um encontro incomum em meio à crise

A reunião, descrita por analistas como um “encontro de crise em tempo de guerra”, reuniu uma série de autoridades europeias, entre elas o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Ursula von der Leyen, o chanceler alemão Friedrich Merz, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e o presidente do Conselho Europeu Mark Rutte.

Antes desse encontro Trump havia mantido uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy. O evento foi marcado por tensões diplomáticas, especialmente após Trump indicar apoio a acordos de paz potencialmente polêmicos envolvendo perdas de parte do território da Ucrânia.

Linhas de segurança e convites ao diálogo

Apesar das divergências, o encontro em Washington gerou avanços perceptíveis, com os líderes europeus defendendo firmemente as garantias de segurança para a Ucrânia similares às do artigo 5 da OTAN, fortalecendo a ideia da Europa disposta a armar Kiev e manter a pressão sobre Moscou.


Acordo entre os lideres para apoiar a Ucrânia (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)

Além disso, o primeiro-ministro Keir Starmer anunciou dois resultados importantes da reunião, como a abertura de negociações entre Zelensky e Putin e o alinhamento dos Estados Unidos para garantir a segurança da Ucrânia.

Cenário político após a reunião

A atmosfera política pós-encontro foi marcada por diversos tons. Starmer descreveu o diálogo como “bom e construtivo”, ainda que as perspectivas de um cessar-fogo imediato pareçam distantes . Já Zelensky, mais contundente, denunciou os recentes ataques russos contra civis como “cínicos e demonstrativos”, buscando enfatizar a urgência de ação coletiva frente à agressão em curso.

Por outro lado, movimentos diplomáticos pouco comuns chamaram atenção. Como Trump que chegou a não receber pessoalmente os líderes europeus, optando por delegar esse papel à ex-estrela da Fox News Monica Crowley, hoje chefe de protocolo.

Como tudo, o encontro na Casa Branca transcende o protocolo, tornando-se um palco de negociações, pressões e projeções de interesse americano na segurança europeia. Na frase de Trump, “ser uma grande honra”, há tanto um gesto de cortesia quanto uma tentativa de reafirmar parcerias estratégicas e remodelar o papel dos EUA nas crises globais.

Cidade de Kharkiv, na Ucrânia, sofre ataque da Rússia e deixam cinco mortos e 18 feridos

Ataque de drones russos aconteceram na cidade de Kharkiv, cidade ao leste da Ucrânia, na última sexta-feira (15), causando ao menos cinco mortes, logo após o encontro do presidente da Rússia, Vladimir Putin e o Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

O bombardeio russo aconteceu um dia antes da reunião entre Trump e Zelensky. Dentre as vítimas está uma criança de três anos.

O ataque russo à Ucrânia

Na noite de domingo (17), a Rússia lançou um drone balístico contra uma área residencial de Kharkiv, deixando 5 mortos e 18 feridos, segundo informações de autoridades locais, divulgadas nesta segunda-feira (18).


Vídeo compartilhado por Volodymyr Zelensky (Vídeo: reprodução/Instagram/@zalenskyy_official)

“Mais um ataque balístico russo à nossa cidade. É exatamente por isso que Putin não quer um cessar-fogo…”, denunciou o chefe da administração presidencial, Andrii Yermak, no X.

Kharkiv é a segunda maior cidade da Ucrânia, localizada ao leste, perto da fronteira com a Rússia. O local já havia sofrido um ataque russo de uma hora, em abril deste ano.q

O encontro de Putin e Trump

Na sexta-feira (15), os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia tiveram uma reunião na base militar de Anchorage, no Alasca, para discutir o fim da guerra entre Rússia x Ucrânia. O encontro que não contou com a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu Vladimir Putin, no Alasca. (Foto: reprodução/X/@FoxNews)


Encontro do presidente ucraniano com Trump

Nesta Segunda-feira, o Zelensky, presidente da Ucrânia, se reúne com o Trump, por volta de 14h (horário de brasília), em Whashington, dois dias após o encontro com o presidente russo, Vladimir Putin.

Além do Zelensky, foi confirmado a presença do presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o chanceler alemão Friedrich Merz, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o presidente finlandês, Alexander Stubb.

Esposa de Trump envia carta para Putin sobre sequestro de crianças

No encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin em Anchorage, Alasca, para discutir o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, Melania Trump, esposa do presidente e primeira-dama dos Estados Unidos, aproveitou essa conversa em particular para enviar uma carta para o presidente da Rússia para discutir à respeito dos sequestros de crianças durante a guerra que está ocorrendo desde 2022. Melania não pôde estar presente na reunião, por isso foi dado em mãos pelo próprio marido. Trump e Putin se reuniram para discutir tal assunto nesta sexta-feira (15).


Trump e Putin se encontrando nesta sexta-feira (15) (Foto:  reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Mensagem na carta e agradecimento

A carta, no momento, não teve seu conteúdo revelado, mas a mensagem expôs a preocupação com os impactos duradouros do conflito sobre os menores, especialmente aqueles que foram retirados de suas casas. A linguagem escolhida, ao mesmo tempo sensível e evocativa, ressoou não só no lado humanitário, mas também político, ao colocar essas crianças no centro da urgência por um desfecho pacífico. Ao saber disso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, enviou agradecimentos a primeira-dama em uma ligação com o Trump que ocorreu no sábado (16), lembrando que o mesmo não foi convidado para a reunião de ambos.


Donald e Melania Trump juntos em discurso (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Acusação de Putin

Após a notícia de Putin deportar crianças ilegalmente de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia, o presidente foi acusado pelo Tribunal Penal Internacional, e os juízes haviam enviado um mandado de prisão contra ele em março de 2023 por crimes de guerra, no caso, os sequestros de crianças nas áreas ocupadas pelo país rival. A Rússia afirmou ter levado os menores para o seu território, porém, segundo eles, são apresentados como uma campanha humanitária para proteger orfãos abandonados durante o conflito longíguo.

Um enorme apelo

A carta de Melania Trump virou um símbolo de que, mesmo em cenários políticos tensos, gestos humanitários ainda podem atravessar barreiras. Ao focar nas crianças, o documento reforçou que, além dos interesses geopolíticos, há vidas em jogo e que proteger a infância transcende disputas e ideologias. Vale lembrar que após a reunião, Trump afirmou que não houve um avanço no acordo pelo fim da guerra.

Trump e Putin se encontram para conversa sobre fim da guerra na Ucrânia

Nesta sexta-feira (15), os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin se reuniram no Alasca, Estados Unidos, para uma conversa sobre possível cessar-fogo no conflito com a Ucrânia, iniciado há três anos. Antes da reunião, os líderes se encontraram após desembarcarem de suas aeronaves, se cumprimentaram de forma amigável e posaram para fotos, registrando o encontro dos governantes que não se conversavam pessoalmente desde 2018.


Encontro entre Putin, à esquerda, e Trump, à direita (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Possibilidade de negociações

Antes do encontro, o relacionamento entre Trump e Putin estava estremecido, após uma série de declarações fortes e ameaças entre os países. Porém, os dois líderes se mostraram esperançosos quanto os desdobramentos da reunião. Em declarações sobre a conversa com o líder russo, Donald Trump declarou que a discussão “será como uma partida de xadrez”, com os líderes tentando chegar a um acordo que acate as condições russas para um cessar-fogo na guerra com a Ucrânia, e disse que acredita que Putin aceitará um acordo.

Para Vladimir Putin, a ação norte-americana na tentativa de mediar o conflito é uma ajuda positiva e a conversa presencial com o presidente dos EUA pode facilitar as negociações para o fim do embate com a Ucrânia, caso as exigências russas, como o controle no uso de armas pesadas, sejam acatadas.


Reunião entre Vladimir Putin, Donald Trump e autoridades do governo americano (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Tropas russas na Ucrânia

Um dos temas entendido como essencial para a negociação de um possível cessar-fogo é o debate sobre a presença russa em localidades ucranianas. Na última segunda-feira (11), Donald Trump já havia dito que Rússia e Ucrânia precisariam ceder para haver um acordo de paz entre os países.

Atualmente, mais de 15% do território da Ucrânia é ocupado por tropas russas, que reivindicam o controle sobre as regiões da Zaporizhzhia, Donbas e Crimeia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defende a permanência destes locais sobre domínio da Ucrânia, e afirma que a Rússia deve respeitar a divisão territorial realizada após o fim da União Soviética.

Trump e Putin se encontram para um cessar-fogo entre Rússia x Ucrânia

Pela primeira vez desde 2022, os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, irão se reunir pessoalmente a sós em uma base militar, em Anchorage, no Alasca. O motivo do encontro é para discutir o fim da guerra entre a Rússia x Ucrânia, um fato curioso, é que não haverá a presença de Zelensky, presidente da Ucrânia, nessa conversa. Para Putin, a reunião teria um potencial de, segundo ele, selar a paz mundial. A primeira vez em que se encontraram em particular, foi em 2018, tratando sobre a interferência russa nas eleições dos EUA. A conversa ocorre nesta sexta-feira (15) às 16h.


Trump e Putin em um encontro aberto em 2018 (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Partida de Xadrez

Trump comparou o encontro a uma partida de xadrez, um primeiro movimento calculado, com possibilidade de disputa de poder velado. Ele descreveu a reunião como fase inicial de um processo que pode incluir uma rodada futura mais abrangente, com a presença do presidente ucraniano. “Será como uma partida de xadrez”, disse o atual presidente americano. Nos últimos meses, ele e Putin haviam feito críticas e ameaças entre eles, porém ambos avisaram que este seria um encontro cara a cara amigável.


Trump e Putin conversando (Foto: reprodução/JORGE SILVA/Getty Images Embed)

Ucrânia Ausente

A ausência de Zelensky, cujo país está diretamente afetado pela guerra, gerou forte reação de aliados europeus e líderes ucranianos, que acusam Trump de excluir o principal interessado da mesa de negociações. Muitos observadores alertam para o risco desse diálogo bilateral reduzir a pressão sobre Putin sem avançar em direção à paz. Vale lembrar que foi a ideia, por parte do presidente da Rússia, de realizar essa reunião com o Trump, de acordo com a porta-voz da Casa Branca.

Movimento seguinte

Embora não tenha sido anunciada nenhuma decisão concreta no momento, o encontro pode ter um tom de uma abertura diplomática. Se houver avanço, um segundo encontro com a presença de Zelensky e líderes europeus poderá estabelecer um caminho real de paz, ou consolidar ainda mais o impasse atual.

Termina prazo de Trump para fim da guerra na Ucrânia

O prazo dado por Donald Trump para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia chegou ao fim nesta sexta-feira (8), sem avanços nas negociações. O presidente dos Estados Unidos havia ameaçado impor sanções econômicas mais severas e tarifas de até 100% sobre produtos russos caso não fosse alcançado um acordo de paz até a data, mas ainda não está claro como pretende agir diante do impasse.

Impasse diplomático

Embora tenha anunciado no início da semana a intenção de impor novas sanções à Rússia e aos países que continuem comprando sua energia, o presidente adotou um tom mais cauteloso ao avançar nas tratativas para um possível encontro com Vladimir Putin, afirmando que a manutenção do prazo e a aplicação das medidas dependeriam do líder russo.

A tentativa de equilibrar pressão econômica e abertura para negociações diretas evidenciou a incerteza sobre os rumos da guerra na Ucrânia. Embora cada vez mais frustrado com Putin, a quem acusa de agir com duplicidade, Trump busca um acordo de paz e demonstra disposição para ouvi-lo pessoalmente. Até o momento, autoridades americanas afirmam que não há definição sobre formato, data ou local para a possível reunião.

Trump autorizou sua equipe a avançar nos preparativos para uma possível cúpula entre os líderes, que pode ocorrer já na próxima semana, segundo informações da Casa Branca e do Kremlin. A proposta do encontro surgiu durante a reunião entre Putin e Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, na última quarta-feira (6), embora existam divergências sobre quem sugeriu a ideia.


Análise sobre Putin e Trump na crise da Ucrânia (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Trump manifestou o desejo de se encontrar com Putin e chegou a propor um encontro trilateral com Zelensky, mas no dia seguinte deixou claro que não condicionaria a realização da cúpula ao encontro prévio entre os dois líderes.

Sanções secundárias

O presidente norte-americano tem evitado impor novas sanções à Rússia para não afastar Putin das negociações, mas recentemente ameaçou punir tanto Moscou quanto os países que compram sua energia. Na quarta-feira (6), ele anunciou uma tarifa extra de 25% sobre a Índia, segunda maior importadora de energia russa.

Negociações comerciais delicadas continuam com a China, maior importadora de energia russa. Apesar dos avanços, Trump não descartou a possibilidade de aplicar sanções secundárias ao país, mesmo com o risco de afetar o comércio.

Nesta sexta-feira (8), o líder chinês Xi Jinping conversou por telefone com Putin e disse que está feliz em ver a Rússia e os Estados Unidos mantendo diálogo, melhorando suas relações e progredindo na busca de uma solução para a crise na Ucrânia. A ligação foi realizada a pedido do presidente russo.