Chega a 42 o número de municípios gaúchos atingidos por temporais

Já chega a 42 o número de municípios afetados pelos temporais no Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil Estadual. Desde sexta-feira (22), as chuvas fortes têm provocado enchentes, destelhamentos, quedas de árvores, deslizamentos e a interdição de estradas em diferentes regiões do estado.

Ao menos 640 pessoas precisaram deixar suas casas em diferentes regiões do estado. Destas, 39 encontram-se em abrigos públicos, enquanto a maioria está desalojada, buscando apoio com familiares e amigos. Mais de 2 mil imóveis já foram afetados diretamente pelas inundações e ventanias.

São Lourenço do Sul tem maior número de desalojados

A situação mais crítica é registrada em São Lourenço do Sul, onde o transbordamento do Arroio São Lourenço inundou bairros inteiros. O município contabiliza 500 desalojados e 23 desabrigados. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e recebeu, neste domingo, itens de ajuda humanitária enviados pelo governo estadual. Segundo a Defesa Civil, a água já começou a retornar ao leito do arroio, mas o monitoramento na região permanece constante.


Chuvas intensas no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Instagram/@defesacivilrs)

Outras cidades também registraram impactos significativos. Em Barra do Ribeiro, 60 pessoas precisaram sair de suas casas após o alagamento de áreas residenciais. Em Cristal, 20 moradores foram obrigados a deixar as residências por conta da cheia de rios locais. Em Encruzilhada do Sul, o transbordamento de um córrego alagou diversas ruas, e as rajadas de vento destelharam residências e comércios.

Estradas interditadas e energia comprometida

As tempestades também afetaram a mobilidade em diferentes pontos do estado. O tráfego na BR-101, em São José do Norte, foi interrompido no quilômetro 350, em Capão do Meio, por causa do alagamento da pista. Em Vila Nova do Sul, o transbordamento do Arroio Vossoroca levou o DNIT a fechar uma ponte na BR-290. Além disso, moradores de diversas cidades relatam falta de energia elétrica após quedas de árvores sobre a rede.


Imagens aéreas da enchente em são Lourenço do Sul (Foto: reprodução/Instagram/@metsulmeteorologia)

Apesar dos danos, a previsão para os próximos dias é de melhora no tempo. De acordo com a MetSul Meteorologia, a partir deste domingo o Sul do Rio Grande do Sul deve registrar um período de estabilidade, com predomínio de sol por vários dias e sem previsão de chuvas intensas.

O cenário traz alívio para as famílias que ainda enfrentam os efeitos das enchentes, embora o processo de reconstrução deva se estender pelas próximas semanas.

Criança que caiu em cânion no RS é encontrada morta por bombeiros

A criança que caiu do Cânion Fortaleza, no Rio Grande do Sul, foi encontrada e identificada pelo Corpo de Bombeiros na noite da última quinta-feira (10). Bianca Zanella, de 11 anos, não resistiu à queda e foi localizada sem vida.

O resgate foi dificultado pelas condições climáticas e por ter ocorrido durante a noite, sendo necessário o uso de cordas. Inicialmente, a criança foi localizada com o auxílio de um drone, sendo identificada a cerca de 70 metros do ponto onde caiu. Equipes do Corpo de Bombeiros de Pelotas e Gramado, além da Brigada Militar e do Batalhão de Busca e Salvamento de Porto Alegre, participaram da operação de resgate.

O resgate foi finalizado por volta das 23h, quando os bombeiros constataram a morte da criança.

Criança cai em cânion no RS

Em vídeo divulgado em seu Instagram, o governador Eduardo Leite (PSD-RS) prestou condolências à família da vítima e fez um breve agradecimento aos agentes envolvidos no resgate. “Lamentavelmente, a menina Bianca, de 11 anos, que caiu no cânion Fortaleza, foi encontrada sem vida. Meu abraço e meu carinho à família. E minha gratidão aos nossos profissionais da segurança pública, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da Brigada Militar, que se entregaram com muito compromisso nessa missão de resgate“, escreveu na legenda do vídeo.


Eduardo Leite presta condolências à família da vítima (Vídeo: reprodução/Instagram/@eduardoleite)

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança tinha transtorno do espectro autista e estava com os pais no alto do mirante quando correu sozinha. O pai tentou alcançá-la, mas, antes que conseguisse, ela caiu. A família, de Curitiba, estava passeando na Serra Gaúcha.

O Instituto Geral de Perícias e a Polícia Civil agora trabalham no local averiguando as circunstâncias do acidente.

Cânion Fortaleza

Com paisagens naturais de tirar o fôlego e sendo um dos principais destinos da região, o Cânion Fortaleza fica em Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul. Antes do resgate, a concessionária do parque conversou com a equipe da RBS TV e disse estar “concentrando todos os esforços de sua equipe no apoio às autoridades que atuam nas buscas”. O parque ficará fechado nessa sexta-feira (11) em respeito aos familiares.

As principais informações sobre o acidente indicam que o parque não contava com cerca ou grade de proteção na área onde a criança caiu. O caso, que comove o país, acontece menos de um mês após o acidente fatal de Juliana Marins, brasileira que caiu durante uma trilha em um vulcão na Indonésia.

Chuvas intensas no RS elevam alerta para novas enchentes e deslizamentos

O Rio Grande do Sul entrou em estado de atenção máxima neste domingo (29) em razão da previsão de chuvas volumosas, associadas a um sistema ciclônico extratropical que já vinha se formando desde sábado (28). As precipitações devem ultrapassar 100 mm em algumas regiões, e podem alcançar o dobro disso, em apenas 24 horas.

Na metade norte do estado, incluindo regiões como Serra Gaúcha, Vale do Taquari, Vale do Rio Pardo e a Região Metropolitana de Porto Alegre, os acumulados previstos, entre 150 mm e 200 mm, superam a média total do mês de junho. O solo, já saturado pelas chuvas anteriores, amplia consideravelmente o risco de alagamentos, transbordamentos e deslizamentos, especialmente em encostas sujeitas a instabilidade.

Rios em alerta e evacuações preventivas

A Defesa Civil estadual emitiu avisos para diversas bacias, como Jacuí, Taquari, Sinos, Caí, Gravataí e o lago Guaíba, que já apresentam níveis críticos. Municípios como Eldorado do Sul aparecem na lista das áreas mais vulneráveis: quase 6,000 pessoas já foram deslocadas, e há orientação para não retornarem até a normalização das condições.


Chuva aumenta risco de novas enchentes no Rio Grande do Sul (Video:Reprodução/Youtube/G1)

O governo montou gabinetes de crise em cidades estratégicas, Santa Cruz do Sul, Caxias do Sul e Lajeado, e mobilizou mais de 400 bombeiros, 150 policiais militares, cinco aeronaves e dezenas de viaturas para apoiar ações preventivas e resgates. Eduardo Leite, governador do estado, pediu que moradores de áreas de risco evacuem temporariamente, visando evitar perdas irreparáveis.

Risco de chuva relâmpago e condições severas

Especialistas alertam para a formação de chuva intensa em curtíssimo período, o que pode causar inundações rápidas e cheias repentinas em áreas planas e urbanas. A Climatempo e o INMET destacaram que acumulados entre 100 mm e 200 mm podem ocorrer no intervalo de apenas 12 horas, sobretudo durante a madrugada e manhã de domingo.


Chuvas intensas deixam 4 mortos no Rio Grande do Sul (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Além disso, ventos com rajadas superiores a 70 km/h estão previstos, e podem alcançar até 100 km/h em áreas costeiras e serranas, elevando o risco de quedas de árvores e danos à infraestrutura urbana.

Como agir diante do alerta

O recomendado pelos órgãos de defesa é que moradores de áreas baixas e encostas busquem abrigos fornecidos pelos municípios e fiquem próximos aos familiares ou em locais seguros. Afirmam que os sistemas de drenagem estão saturados e não comportarão a chuva prevista, e que até o muro do Cais Mauá pode ficar sobrecarregado por conta do alto nível do Guaíba.

A nota oficial da Defesa Civil enfatiza a necessidade de evitar deslocamentos desnecessários, desligar equipamentos elétricos durante tempestades e seguir orientações emergenciais divulgadas pelos canais oficiais.

Frente fria e ciclone chegam ao Sul do Brasil

Frente fria chega à região Sul e traz ventos fortes para Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Paraná nesta sexta-feira (20). Os estados já vêm enfrentando temperatura baixas e chuvas, o que será intensificado por fenômenos climáticos, como um ciclone extratropical.

Ciclones extratropicais, são normais no Brasil, principalmente na região Sul do país. O fenômeno está relacionado à frente fria e funciona como um “aspirador” que suga o ar quente e úmido presente na superfície e o leva para cima, o que resulta na formação de nuvens de chuva.

Chuvas no Rio Grande do Sul

Dentre os estados do Sul, o Rio Grande do Sul tem registrado um alto número de enchentes, deslizamentos, obstrução de estradas, e outros desdobramentos das chuvas. Segundo a Defesa Civil, mais de 90 cidades informaram sobre os danos sofridos e mais de 5 mil pessoas precisaram sair de suas casas.


Casas afetadas pela chuva no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/X/@metsul)

O INMET, Instituto Nacional de Meteorologia, emitiu um alerta para a região informando sobre possíveis riscos, como corte de energia, descargas elétricas, alagamentos e queda de árvores. Em entrevista ao G1, o meteorologista do Climatempo, César Soares, afirma que estas condições devem permanecer até sábado (21).

“Além da chuva, que pode chegar a 100 milímetros em alguns pontos do Rio Grande do Sul, como a metade sul do estado, e as áreas de serra em divisa com Santa Catarina — que podem ter volumes até superiores ao 100 mm — também há rajadas de vento em praticamente todo o estado que podem chegar na ordem dos 70 km/h.”, diz o meteorologista.

Baixas temperaturas

A queda de temperatura, consequência de uma massa de ar fria, irá atingir o Sul durante o fim de semana. Os sulistas deverão enfrentar temperaturas com mínimas entre 8ºC a 17ºC, e máximas de 15ºC a 24ºC.


Cidadãos com frio na Avenida Paulista (Foto: Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


A frente fria também passará pela região Sudeste, mas não terá grande impacto em São Paulo que terá uma leve queda de temperatura e chuvas pontuais. A máxima para sábado e domingo é de 26ºC, 25ºC, respectivamente, e a mínima é de 16ºC para os dois dias.

Chuvas no RS deixam mais de 6 mil desabrigados

Nesta sexta-feira (20), o Rio Grande do Sul continua registrando chuvas intensas em grande parte do estado. Desde o início da semana, 98 municípios vêm sofrendo com alagamentos, danos a construções públicas e quedas de árvores, além de deslizamentos de terra. 

Ao todo, cerca de 6 mil pessoas foram retiradas de suas casas. Dessas, 2.005 permanecem em abrigos, enquanto 4.011 estão desalojadas. Até esta sexta-feira (20), a Defesa Civil do estado já registrou 276 casos de pessoas resgatadas. 

A região segue em estado de alerta, e órgãos como o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil seguem operando em regime de emergência.


Chuvas no Rio Grande do Sul deixam desabrigados em várias regiões do estado (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Mortes confirmadas 

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul ocasionaram, até o momento, três mortes. A mais recente foi confirmada na manhã desta sexta-feira (20), pela Defesa Civil do estado. Segundo o órgão, o falecimento foi de um homem de 72 anos, que teve o seu carro atingido pela queda de uma árvore, na última quinta-feira (19). O episódio ocorreu entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul.

Na quarta-feira (18), foi confirmada a morte de Mario César Trielweiler Gonçalves, de 21 anos. O óbito ocorreu após a cabeceira da ponte onde o veículo do jovem passava, entre as cidades de Caxias do Sul e Nova Petrópolis, desabar. 

Nesta semana, a Defesa Civil também registrou, na terça-feira (17), a morte de Geneci da Rosa, de 54 anos, que teve seu carro arrastado pela chuva. O acidente ocorreu na cidade de Candelária. O marido de Geneci, de 65 anos, segue desaparecido. O Corpo de Bombeiros do estado segue realizando as buscas.  

Previsão para os próximos dias 

De acordo com o Climatempo, a chuva no Rio Grande do Sul deve diminuir apenas no sábado (21). A previsão é de que, nesta sexta-feira (20), o tempo permaneça instável, com a possibilidade de pancadas de chuvas, principalmente na capital Porto Alegre. 

No sábado (21), a chuva perde força. Já no domingo (22), a instabilidade retorna, porém, apenas na região Norte do estado. A Defesa Civil destaca a necessidade de alerta por parte da população local.

Rios voltam a transbordar e alagam cidades do RS após novas chuvas

Após dias de instabilidade climática, o Rio Grande do Sul voltou a ser atingido por fortes chuvas nesta quarta-feira (19), provocando o transbordamento do Rio Taquari em Lajeado e de outros rios da região. As inundações afetam diretamente moradores que ainda se recuperavam das enchentes de abril e maio de 2024. 

Rio Taquari sobe rapidamente e causa novas inundações 

Em Lajeado, o nível do Rio Taquari atingiu 22,45 m, ultrapassando em mais de 3 m a cota de inundação (19 m). Ruas do centro e bairros inteiros foram rapidamente tomados pela água. Imagens divulgadas pela Defesa Civil mostram o avanço repentino da enchente, e vídeos registrados por moradores circulam nas redes mostrando casas invadidas e carros submersos. 

Além de Lajeado, cidades como São Sebastião do Caí, Estrela e Encantado também enfrentaram cheias com bloqueios de vias, desabrigados e alerta máximo da Defesa Civil. 


 Rio Taquari e bairros em Lajeado imundados (Vídeo: reprodução/Instagram/@rdindependente)

Animais são deixados para trás e voluntários atuam no resgate

Com a urgência para deixar áreas inundadas, muitos moradores abandonaram suas casas sem conseguir levar os animais de estimação. Em Lajeado, mais de 56 animais foram acolhidos em abrigos junto a tutores, equipes de resgate relatam que diversos pets seguem isolados e dependem de botes ou barcos para serem salvos.

Estamos tentando resgatar todos os bichos que conseguimos encontrar com vida. A situação é caótica”, relatou uma voluntária de ONG local. 

Duas mortes confirmadas e risco climático crescente

Duas mortes foram registradas até o momento: uma mulher de 54 anos em Candelária e um jovem de 21 anos em Caxias do Sul, ambos arrastados pela força da correnteza. As autoridades reforçam os alertas de risco e pedem que moradores das áreas de risco sigam as orientações da Defesa Civil. 

Segundo a Agência Nacional de Águas, eventos extremos como este podem se tornar até cinco vezes mais frequentes nas bacias do Sul do país nos próximos anos. 

Chuvas intensas afetam o Rio Grande do Sul e causam prejuízos à população

Desde a última segunda-feira (16), o Rio Grande do Sul enfrenta temporais que já provocaram duas mortes, o desaparecimento de uma pessoa e a remoção de mais de 2,2 mil moradores de suas casas, conforme atualização divulgada pela Defesa Civil nesta quarta-feira (18).

Ao menos 58 municípios gaúchos enfrentam transtornos causados pelas chuvas, como alagamentos, deslizamentos de terra e danos em casa, rodovias e pontes. Segundo a Defesa Civil, milhares de moradores estão fora de casa, entre desalojados e desabrigados. Nesta quarta-feira (18), os rios Taquari e Caí ultrapassaram o nível de inundação, elevando o risco nas regiões dos Vales e Metropolitana.

Chuva supera a média do mês e causa emergência em diversas cidades

Em apenas 48 horas, Porto Alegre registrou cerca de 125 mm de chuva, volume superior à média esperada para todo o mês de junho, que é de 115 mm, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Em municípios do interior, a situação é ainda mais grave. Em Cachoeira do Sul, São Borja e Jaguari, o acumulado ultrapassou 300 mm nos últimos dois dias. Somente em Jaguari, mais de 1,2 mil pessoas precisaram deixar suas casas. O Rio Jaguari, que atravessa a cidade, atingiu a marca de 13 metros, mais que o dobro do nível habitual, de 6 metros. Diante do cenário, o município decretou situação de emergência nesta quarta-feira (18).

Outro exemplo extremo foi registrado em Quevedos, na Região Central do estado, onde a precipitação em 48 horas chegou a 371,8 mm, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA).


Governo do Rio Grande do Sul divulga registros que mostram os efeitos das fortes chuvas no estado, com imagens de áreas alagadas e regiões afetadas. Foto e Vídeo: (Reprodução/Instagram/@governo_rs)

Duas mortes confirmadas e buscas por desaparecido

As chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul já provocaram duas mortes confirmadas e deixaram uma pessoa desaparecida até a tarde desta quarta-feira (18), conforme informações da Defesa Civil.

Em Candelária, no Centro do estado, uma mulher de 54 anos, identificada como Geneci da Rosa, faleceu após o carro em que estava ser arrastado pela correnteza. O veículo foi levado pela força da água durante a enxurrada e o corpo da vítima foi encontrado pelos bombeiros na terça-feira (17). Ela estava acompanhada do marido, um homem de 65 anos, que também desapareceu no mesmo episódio. As equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, com apoio de bombeiros voluntários, retomaram as buscas nesta quarta-feira, mas até o momento ele não foi localizado.

Outro caso fatal ocorreu na Serra Gaúcha, entre os municípios de Caxias do Sul e Nova Petrópolis. Um jovem de 21 anos, identificado como Mario César Trielweiler Gonçalves, morreu após a cabeceira de uma ponte ceder. O carro onde ele estava caiu no rio e foi arrastado pela força da água. As circunstâncias do acidente reforçam o alerta das autoridades para os riscos nas estradas atingidas pelas chuvas, com estruturas comprometidas e alto volume de água.