Zelensky pede mísseis a Trump, mas americano fala em ‘fazer acordos’

O presidente Donald Trump recebeu Volodymyr Zelensky na Casa Branca nesta sexta-feira (17). Após 2h30 de reunião, o presidente norte americano viajou para a Flórida, não chegou a falar com a imprensa, mas deixou uma mensagem em suas redes sociais:

“O encontro com o presidente Volodymyr Zelensky foi muito interessante e cordial, mas disse a ele, como sugeri ao presidente Putin, que é hora de parar com a matança e fazer um acordo.” disse o americano.

Zelensky disse que o encontro foi muito bom e amigável e que trataram de assuntos diversos, incluindo o tema sobre as defesas aéreas da Ucrânia, mas sem prolongar sobre assuntos de mísseis:

“Confiamos nos Estados Unidos, e acreditamos que o presidente quer acabar com esta guerra” disse o ucraniano.


Trump e Zelensky tiveram uma conversa produtiva na Casa Branca (Foto:reprodução/Mandel Ngan/Getty Images Embed)

Trump reitera uso e prioriza o governo

Durante as conversas, o presidente Zelensky vem solicitando ao presdiente Trump para que venda os mísseis Tomahawk para a Ucrânia. O armamento é um míssil teleguiado de longo alcance, onde daria acesso para o governo ucraniano fazer ataques com altíssimo grau de precisão. Entretanto, Donald Apesar dos pedidos do presidente ucraniano, Donald Trump recusou o pedido.

“Nós precisamos dos Tomahawks, nós gostariamos muito mais se eles não precisassem dos mísseis” disse Trump ao ser questionado sobre a situação.

Zelensky argumenta que o uso dos mísseis Tomahawks faria com que Vladmir Putin levasse mais a sério os apelos de Trump sobre o acordo para o fim da guerra na Ucrânia, e segundo um membro da delegação de Zelensky que conversou com a AFP sob anonimato, o presidente da Ucrânia mostrou alguns possíveis alvos a serem atacados com os mísseis.

Ao passar do ano, a relação entre ambos os presidentes oscilou bastante, com inclusive uma discussão entre os presidentes e com o vice de Trump, James David Vance, subindo o tom com o presidente ucraniano.

Porém, desde as ultimas semanas, o presidente norte-americano mudou sua postura em relação a guerra, citando até a recuperação dos territórios ucranianos tomados pela Rússia.

Telefonema para Putin

Na última quinta-feira (16), Trump entrou em contato com Vladmir Putin por telefone, e anunciou em sua rede social, que marcaram um encontro em Budapeste, na Hungria, na semana que vem, mas sem um local definido, onde assessores de ambos irão tentar encontrar o melhor caminho para uma paz entre os países

“Acabei de conversar com o presidente russo, Vladmir Putin, e foi muito produtiva. O presidente me elogiou pela conquista de paz no Oriente Médio, algo que segundo ele, era algo que era sonhado há séculos (…) Também conversamos sobre o comércio entre Rússia e Estados Unidos após o fim da guerra com a Ucrânia, acredito que a conversa de hoje foi teve muito progresso” disse o presidente.

Um porta-voz da Casa Branca informou que a conversa durou mais de 2 horas, e que o presidente americano ainda acredita em um encontro entre Zelensky e Putin para selar uma paz.

As promessas de paz na guerra da Ucrânia e no Oriente Médio foram fundamentais para o discurso de Trump em 2024, em detrimento às críticas que Joe Biden, útimo presidente antes de Trumo, sofreu pela forma como lidou com ambos os conflitos. No entanto, tal qual Joe Biden, Trump teve seus esforços negados por parte do presidente russo, que recusou formas de selar a paz entre os países.

Putin se mostra otimista com o plano de paz de Trump para Gaza

Na quinta-feira (02), em um resort em Sochi, no Mar Negro, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a Rússia está “preparada para apoiar” ao plano de encerrar a guerra entre Israel e Hamas, proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Conhecido como “plano de 20 pontos”, é a proposta dos Estados Unidos para em fim, dar fim a guerra que dura praticamente dois anos. Os pontos vão além de cessar-fogo e da negociação da liberação de reféns, mas também da entrega do território de Gaza, conquistado por Israel, à uma segurança internacional.

Como funciona o plano de 20 pontos

O plano é de Gaza ter um governo internacional temporário, tendo o presidente americano como o principal nome, além de contar com outros chefes de Estado, que devem ser anunciados, como Tony Balir, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, chamando de “Conselho da Paz”. Posteriormente, o controle de Gaza seria entregue à Palestina.

A proposta conta também com dois possíveis caminhos: O recuo de Israel, para áreas que já foram acordadas, se o Hamas libertar os reféns dentro de 72 horas e se for recusado pelo grupo palestino, as forças israelenses continuarão com o ataque em Gaza e posteriormente, entregar o território para a autoridade de transição.


Plano de Donald Trump para fim da guerra em Gaza (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Sobre a Guerra entre Israel x Hamas

A guerra teve início em outubro de 2023, quando o Hamas atacou civis israelenses, fazendo vários de reféns. Até então, Israel vem realizando diversos ataques à Gaza, afirmando parar somente quando os restantes dos aprisionados forem liberados.

Desde então, foram realizadas algumas propostas de cessar-fogo, sendo a última com a grande esperança e por um fim na guerra, visto que foi a primeira vez em que Israel concordou em deixar gradualmente o território de Gaza. O grupo palestino afirmou que deve dar uma resposta em breve, sobre a proposta de Trump em cessar-fogo, mas disse que não vai agir como se estivessem com uma “faca no pescoço”.

Evento em Pequim conta com exibição de poder militar de Xi Jinping

Durante esta quarta-feira (3) ocorreu um evento militar, realizado na cidade Proibida, em Pequim. O momento foi elaborado detalhadamente para passar um recado exato, a China deseja se tornar o país central de uma nova organização internacional, gerando apoio e descontentamento de alguns países.

Desfile político em Pequim

Em junção com parceiros ditadores e porta-voz de inúmeros governos estrangeiros, o desfile transformou se em uma ação política produzida por Xi Jinping, o ato foi visto como um acréscimo na tentativa em aproximar os países que não são a favor da política “América em primeiro lugar” do atual governo de Donald Trump.


Xi Jinping lider da China(Foto:reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

O desfile contou com um grande poder militar durante a sua exibição, com Blindados modernos, tanques atuais, drones com sistema de inteligência artificial, caças e mísseis hipersônicos sendo exibidos para o líder do país. Adequando se como uma declaração de sua autoridade militar que segue sendo composta pelo seu poder econômico e diplomático, um alicerce já atingindo por Pequim.

“Hoje, a humanidade se encontra mais uma vez com alternativas cruciais: paz ou guerra? Conversa ou conflito? Colaboração benéfica para todos ou rivalidade de soma zero? ”, declarou Xi. “O povo chinês está permanentemente do lado correto da história e do lado da civilização e do desenvolvimento humano. ” Mesmo que durante o discurso não fosse indicado que seria direcionado a Washington, o momento foi visto como de extremo contraste com os atuais discursos isolacionistas de Trump, ficando em evidência após a ocasião.

Presenças de nomes importantes

O desfile contou com a presença de nomes relevantes na política mundial, sendo eles o presidente russo Vladimir Putin e Kim Jong-un, líder político da Coreia do Norte, acompanhando o desfile de perto com Xi, sendo presenças de honra. Kim não frequenta Pequim desde 2019, e essa aparição pública em apoio a outro país foi de extrema importância, sendo a primeira vez que se envolveu em encontros políticos desde 2011, quando assumiu o governo.


Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong Un(Foto:reprodução/SERGEY BOBYLEV/Getty Images Embed)

O evento ressaltou que países e governos que encaram sanções do ocidente avaliam Pequim como um apoio. Mesmo que os seus princípios não sejam parecidos, não são um dos principais motivos para as alianças e sim reter a hegemonia americana, Trump demonstrou descontentamento nas redes sociais, declarando que Putin, Xi, e Kim estão realizando um complô contra os Estados Unidos.

Lula recebe ligação de Putin após reunião com Trump no Alasca

Nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma ligação do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A ligação, que durou aproximadamente meia hora, teve como foco a recente visita de Vladimir Putin aos Estados Unidos, o líder russo apresentou detalhes da reunião com Donald Trump, realizada na última sexta-feira (15), no Alasca, onde o principal tema tratado foi uma possível saída diplomática para o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Detalhes da conversa entre Putin e Lula

Segundo informou o Palácio do Planalto, Vladimir Putin descreveu o encontro com Donald Trump como “positivo”. Durante a ligação com Lula, o presidente russo também ressaltou a importância do Brasil nas articulações diplomáticas pela paz, enfatizando os esforços conduzidos ao lado da China nas tratativas do Grupo de Amigos da Paz, uma iniciativa que busca viabilizar um cessar-fogo e encerrar o conflito.

“Putin compartilhou informações sobre sua reunião com o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, no Alasca, em 15 de agosto, que avaliou como positiva”, informa o Palácio do Planalto, em nota.

“O presidente Lula agradeceu o telefonema e reafirmou o apoio do Brasil a todos os esforços que conduzam a uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia”, acrescentou o Planalto.

O governo russo também destacou que ambos os líderes demonstraram disposição em fortalecer a parceria e ampliar a cooperação entre Brasil e Rússia. “Foi confirmado o interesse mútuo no desenvolvimento do diálogo russo-brasileiro, bem como na estreita e a cooperação no âmbito do Brics”, informa o comunicado.


Encontro dos presidentes dos EUA e da Rússia (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Reunião histórica

A reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin em Anchorage, no Alasca, teve duração aproximada de três horas. Segundo o presidente dos Estados Unidos, as negociações avançaram significativamente, embora ainda não haja acordo sobre todos os temas discutidos. Hoje, Trump se encontrará com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

No intervalo de pouco mais de uma semana, Lula e Putin conversaram por telefone pela segunda vez, o primeiro contato ocorreu em 9 de agosto. Além de discutir a guerra na Ucrânia, os líderes abordaram as tarifas comerciais impostas pelo governo Trump no cenário mundial.

Esposa de Trump envia carta para Putin sobre sequestro de crianças

No encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin em Anchorage, Alasca, para discutir o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, Melania Trump, esposa do presidente e primeira-dama dos Estados Unidos, aproveitou essa conversa em particular para enviar uma carta para o presidente da Rússia para discutir à respeito dos sequestros de crianças durante a guerra que está ocorrendo desde 2022. Melania não pôde estar presente na reunião, por isso foi dado em mãos pelo próprio marido. Trump e Putin se reuniram para discutir tal assunto nesta sexta-feira (15).


Trump e Putin se encontrando nesta sexta-feira (15) (Foto:  reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Mensagem na carta e agradecimento

A carta, no momento, não teve seu conteúdo revelado, mas a mensagem expôs a preocupação com os impactos duradouros do conflito sobre os menores, especialmente aqueles que foram retirados de suas casas. A linguagem escolhida, ao mesmo tempo sensível e evocativa, ressoou não só no lado humanitário, mas também político, ao colocar essas crianças no centro da urgência por um desfecho pacífico. Ao saber disso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, enviou agradecimentos a primeira-dama em uma ligação com o Trump que ocorreu no sábado (16), lembrando que o mesmo não foi convidado para a reunião de ambos.


Donald e Melania Trump juntos em discurso (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Acusação de Putin

Após a notícia de Putin deportar crianças ilegalmente de áreas ocupadas da Ucrânia para a Rússia, o presidente foi acusado pelo Tribunal Penal Internacional, e os juízes haviam enviado um mandado de prisão contra ele em março de 2023 por crimes de guerra, no caso, os sequestros de crianças nas áreas ocupadas pelo país rival. A Rússia afirmou ter levado os menores para o seu território, porém, segundo eles, são apresentados como uma campanha humanitária para proteger orfãos abandonados durante o conflito longíguo.

Um enorme apelo

A carta de Melania Trump virou um símbolo de que, mesmo em cenários políticos tensos, gestos humanitários ainda podem atravessar barreiras. Ao focar nas crianças, o documento reforçou que, além dos interesses geopolíticos, há vidas em jogo e que proteger a infância transcende disputas e ideologias. Vale lembrar que após a reunião, Trump afirmou que não houve um avanço no acordo pelo fim da guerra.

Putin pede regiões de Donetsk e Lugansk a Trump como troca para cessar guerra

De acordo com a agência de notícias britânica Reuters e o jornal “The New York Times”, durante o encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump, que aconteceu no Alaska na última sexta-feira (15), o presidente russo disse estar disposto a terminar a guerra com a Ucrânia se puder ficar com territórios das cidades de Donetsk e Lugansk. A oferta feita ao Presidente dos Estados Unidos e foi a primeira ação concreta da reunião entre os dois líderes. O encontro terminou sem que houvesse propostas oficiais ou um acordo de cessar-fogo.

A oferta

Segundo reportagens, a Rússia estaria inclinada a abrir mão de regiões na Ucrânia, atualmente ocupadas por suas tropas, se o governo de Kiev estiver de acordo em ceder os distritos de Donetsk e Lugansk para o país. As duas cidades fazem parte da região de Donbass, localizada a leste da Ucrânia e fazendo fronteira com o sudoeste russo. É nesta região onde fica o mais importante movimento separatista pró-Rússia.


Reunião entre Putin e Trump (Vídeo: reprodução/youtube/@bandjornalismo)

Vladimir Putin já exigia a região de Donbass anteriormente à guerra, alegando que a área é originalmente do território russo. Diante disso, três dias antes de iniciar a guerra com a Ucrânia, em 2022, Putin assinou um decreto onde reconhece Donbass como territórios independentes.

De acordo com o presidente russo, o diálogo com Trump foi “sincero e substancial”. Ele também afirmou que respeita a postura dos Estados Unidos e que pretende encerrar o conflito de forma pacífica.

O que disse Trump

Neste sábado (16), o presidente dos Estados Unidos falou que o encontro com Putin foi “ótimo e bem-sucedido”, porém um acordo de cessar-fogo, que era o foco de Trump antes do encontro, não foi atingido. Trump afirmou que agora o foco está em um acordo de paz.

Donald Trump falou nesta manhã em sua rede social Truth Social, que esteve em ligação na noite anterior com Zelensky e vários líderes europeus, entre eles, o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e segundo ele, todos estão de acordo que para a guerra entre Rússia e Ucrânia terminar é preciso que haja um acordo de paz e não apenas um cessar-fogo.

Na mesma publicação na rede social, Trump confirmou que haverá uma reunião com Zelensky na próxima segunda-feira (18), na Casa Branca, para falar sobre as próximas medidas na tentativa de cessar a guerra entre os dois países, já que a reunião com Putin terminou sem um denominador comum.

Trump e Putin se encontram para conversa sobre fim da guerra na Ucrânia

Nesta sexta-feira (15), os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin se reuniram no Alasca, Estados Unidos, para uma conversa sobre possível cessar-fogo no conflito com a Ucrânia, iniciado há três anos. Antes da reunião, os líderes se encontraram após desembarcarem de suas aeronaves, se cumprimentaram de forma amigável e posaram para fotos, registrando o encontro dos governantes que não se conversavam pessoalmente desde 2018.


Encontro entre Putin, à esquerda, e Trump, à direita (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Possibilidade de negociações

Antes do encontro, o relacionamento entre Trump e Putin estava estremecido, após uma série de declarações fortes e ameaças entre os países. Porém, os dois líderes se mostraram esperançosos quanto os desdobramentos da reunião. Em declarações sobre a conversa com o líder russo, Donald Trump declarou que a discussão “será como uma partida de xadrez”, com os líderes tentando chegar a um acordo que acate as condições russas para um cessar-fogo na guerra com a Ucrânia, e disse que acredita que Putin aceitará um acordo.

Para Vladimir Putin, a ação norte-americana na tentativa de mediar o conflito é uma ajuda positiva e a conversa presencial com o presidente dos EUA pode facilitar as negociações para o fim do embate com a Ucrânia, caso as exigências russas, como o controle no uso de armas pesadas, sejam acatadas.


Reunião entre Vladimir Putin, Donald Trump e autoridades do governo americano (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Tropas russas na Ucrânia

Um dos temas entendido como essencial para a negociação de um possível cessar-fogo é o debate sobre a presença russa em localidades ucranianas. Na última segunda-feira (11), Donald Trump já havia dito que Rússia e Ucrânia precisariam ceder para haver um acordo de paz entre os países.

Atualmente, mais de 15% do território da Ucrânia é ocupado por tropas russas, que reivindicam o controle sobre as regiões da Zaporizhzhia, Donbas e Crimeia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defende a permanência destes locais sobre domínio da Ucrânia, e afirma que a Rússia deve respeitar a divisão territorial realizada após o fim da União Soviética.

Trump e Putin se encontram para um cessar-fogo entre Rússia x Ucrânia

Pela primeira vez desde 2022, os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, irão se reunir pessoalmente a sós em uma base militar, em Anchorage, no Alasca. O motivo do encontro é para discutir o fim da guerra entre a Rússia x Ucrânia, um fato curioso, é que não haverá a presença de Zelensky, presidente da Ucrânia, nessa conversa. Para Putin, a reunião teria um potencial de, segundo ele, selar a paz mundial. A primeira vez em que se encontraram em particular, foi em 2018, tratando sobre a interferência russa nas eleições dos EUA. A conversa ocorre nesta sexta-feira (15) às 16h.


Trump e Putin em um encontro aberto em 2018 (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Partida de Xadrez

Trump comparou o encontro a uma partida de xadrez, um primeiro movimento calculado, com possibilidade de disputa de poder velado. Ele descreveu a reunião como fase inicial de um processo que pode incluir uma rodada futura mais abrangente, com a presença do presidente ucraniano. “Será como uma partida de xadrez”, disse o atual presidente americano. Nos últimos meses, ele e Putin haviam feito críticas e ameaças entre eles, porém ambos avisaram que este seria um encontro cara a cara amigável.


Trump e Putin conversando (Foto: reprodução/JORGE SILVA/Getty Images Embed)

Ucrânia Ausente

A ausência de Zelensky, cujo país está diretamente afetado pela guerra, gerou forte reação de aliados europeus e líderes ucranianos, que acusam Trump de excluir o principal interessado da mesa de negociações. Muitos observadores alertam para o risco desse diálogo bilateral reduzir a pressão sobre Putin sem avançar em direção à paz. Vale lembrar que foi a ideia, por parte do presidente da Rússia, de realizar essa reunião com o Trump, de acordo com a porta-voz da Casa Branca.

Movimento seguinte

Embora não tenha sido anunciada nenhuma decisão concreta no momento, o encontro pode ter um tom de uma abertura diplomática. Se houver avanço, um segundo encontro com a presença de Zelensky e líderes europeus poderá estabelecer um caminho real de paz, ou consolidar ainda mais o impasse atual.

Líderes europeus pressionam por inclusão da Ucrânia na cúpula entre Rússia e EUA

No último domingo (10), líderes europeus pressionaram pela inclusão da Ucrânia na reunião entre EUA e Rússia, que ocorre na próxima sexta-feira (15), no Alasca, visando encontrar uma maneira de findar o conflito entre russos e ucranianos, que perdura desde fevereiro de 2022.

Segundo os líderes do velho continente, o futuro da Ucrânia não poderá ser decidido sem o representante do país no encontro desta semana. O embaixador americano na OTAN, Matthew Whitaker, também se diz favorável ao ingresso da nação liderada por Volodymyr Zelensky.

Ucrânia sem convite

Na última sexta-feira (8), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na Truth Social que se encontraria com o líder russo, Vladimir Putin no próximo dia 15, no Alasca, não dando mais detalhes a respeito da reunião. Entretanto, fontes ligadas ao governo afirmaram que Putin teria oferecido um plano para findar o conflito entre Rússia e Ucrânia, em troca de concessões de territórios de Kiev, capital ucraniana.

De início, não houve nenhuma movimentação para que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estivesse presente no encontro, o que gerou controversas entre os líderes da União Europeia, que fizeram pressão pela inclusão do país na reunião que poderá definir o seu futuro. A não participação ucraniana no evento gerou certo temor de que um possível acordo prejudicial ao país pudesse ocorrer.

Em resposta, o diplomata americano, Matthew Whitaker, afirmou que é possível que Zelensky possa participar da cúpula, uma vez que não pode haver um acordo entre Rússia e Ucrânia sem que uma das partes não esteja envolvida na conversa.


Último encontro entre Putin e Trump aconteceu em 2019, em Osaka, no Japão (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/AFP/Getty Images Embed)

Os parabéns a Trump

No último domingo, líderes europeus, como os presidentes Emmanuel Macron e Alexander Stubb, de França e Finlândia, respectivamente, e os primeiros-ministros Friedrich Merz, da Alemanha, Giorgia Meloni, da Itália, Donald Tusk, da Polônia, Keir Starmer, do Reino Unido, além de Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia, emitiram uma nota solicitando que os interesses principais do continente e da Ucrânia sejam preservados nas tratativas diplomáticas com os russos.

Na declaração, os líderes agradecem o trabalho de Donald Trump “para impedir a matança na Ucrânia”, em referência à busca do republicano por tentar chegar a um acordo de paz entre os dois países que estão em guerra desde 2022. Além disso, afirmam que tem ciência de que estão preparados para conceder apoio militar e financeiro à Ucrânia.

Termina prazo de Trump para fim da guerra na Ucrânia

O prazo dado por Donald Trump para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia chegou ao fim nesta sexta-feira (8), sem avanços nas negociações. O presidente dos Estados Unidos havia ameaçado impor sanções econômicas mais severas e tarifas de até 100% sobre produtos russos caso não fosse alcançado um acordo de paz até a data, mas ainda não está claro como pretende agir diante do impasse.

Impasse diplomático

Embora tenha anunciado no início da semana a intenção de impor novas sanções à Rússia e aos países que continuem comprando sua energia, o presidente adotou um tom mais cauteloso ao avançar nas tratativas para um possível encontro com Vladimir Putin, afirmando que a manutenção do prazo e a aplicação das medidas dependeriam do líder russo.

A tentativa de equilibrar pressão econômica e abertura para negociações diretas evidenciou a incerteza sobre os rumos da guerra na Ucrânia. Embora cada vez mais frustrado com Putin, a quem acusa de agir com duplicidade, Trump busca um acordo de paz e demonstra disposição para ouvi-lo pessoalmente. Até o momento, autoridades americanas afirmam que não há definição sobre formato, data ou local para a possível reunião.

Trump autorizou sua equipe a avançar nos preparativos para uma possível cúpula entre os líderes, que pode ocorrer já na próxima semana, segundo informações da Casa Branca e do Kremlin. A proposta do encontro surgiu durante a reunião entre Putin e Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, na última quarta-feira (6), embora existam divergências sobre quem sugeriu a ideia.


Análise sobre Putin e Trump na crise da Ucrânia (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Trump manifestou o desejo de se encontrar com Putin e chegou a propor um encontro trilateral com Zelensky, mas no dia seguinte deixou claro que não condicionaria a realização da cúpula ao encontro prévio entre os dois líderes.

Sanções secundárias

O presidente norte-americano tem evitado impor novas sanções à Rússia para não afastar Putin das negociações, mas recentemente ameaçou punir tanto Moscou quanto os países que compram sua energia. Na quarta-feira (6), ele anunciou uma tarifa extra de 25% sobre a Índia, segunda maior importadora de energia russa.

Negociações comerciais delicadas continuam com a China, maior importadora de energia russa. Apesar dos avanços, Trump não descartou a possibilidade de aplicar sanções secundárias ao país, mesmo com o risco de afetar o comércio.

Nesta sexta-feira (8), o líder chinês Xi Jinping conversou por telefone com Putin e disse que está feliz em ver a Rússia e os Estados Unidos mantendo diálogo, melhorando suas relações e progredindo na busca de uma solução para a crise na Ucrânia. A ligação foi realizada a pedido do presidente russo.