Ministros do STF avaliam que prisão de Bolsonaro pode ocorrer até final do ano

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam, discretamente, que a prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ocorrer até o final deste ano.

A expectativa é que, com o avanço dos trâmites judiciais e a baixa probabilidade de reverter o resultado de condenação do processo, o caso esteja encerrado antes do início de 2026, ano eleitoral.

Defesa recorre de condenação de prisão

Jair Messias Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, atualmente ele cumpre prisão domiciliar, mas por outro motivo: descumprir medidas cautelares impostas em uma investigação sobre a tentativa de coagir o STF, em atuação nos EUA com seu filho, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, para impor tarifas comerciais ao Brasil e evitar punições, interferindo no julgamento da trama golpista.

A Defesa de Bolsonaro solicitou, nesta segunda-feira (27), que o STF reconheça que o ex-presidente desistiu do golpe de Estado, em uma “tese de desistência voluntária“.

Os advogados recorreram da decisão de 27 anos e três meses de prisão e solicitaram a redução da pena, alegando ser uma decisão injusta imposta pelos ministros, ao final, solicitam que esses parâmetros e a condenação sejam revistos.



Entenda sobre a condenação de Bolsonaro

A publicação do acórdão da sentença, feita na última semana, deu início à contagem dos prazos para a apresentação de recursos da defesa do ex-presidente.  Nesta segunda-feira, a defesa alegou que Bolsonaro desistiu do golpe de Estado e solicitou revisão do processo, alegando que sua prisão seria injusta.

Integrantes da Corte avaliam que os recursos da defesa apresentados até agora não devem alterar o resultado do julgamento e a execução da pena é uma “questão de tempo”.

O prazo para análise final do processo entre os magistrados é prevista para o fim de novembro e o início de dezembro. A intenção é evitar que o caso se arraste para o próximo ano, ano eleitoral e evitar também o período de recesso da Corte.

Apesar da possibilidade da defesa de apresentar novos recursos, os ministros consideram não haver sustentação jurídica para reverter a condenação. O relator do caso, Alexandre de Moraes, sinaliza que não aceitará medidas protelatórias e pode determinar o início do cumprimento da pena assim que os prazos forem esgotados.

Ainda não se sabe onde Bolsonaro cumprirá a pena, A Superintendência da Polícia Federal em Brasília e o Centro Penitenciário da Papuda são algumas opções. A defesa do ex-presidente deve insistir em um pedido de prisão domiciliar, alegando questões de saúde e segurança.

Justiça dos EUA define libertação de Sean Diddy para maio de 2028

Nesta segunda-feira (27), o Departamento Federal de Prisões dos Estados Unidos anunciou que o rapper Sean Diddy Combs poderá ser libertado da prisão em 8 de maio de 2028, caso mantenha bom comportamento. O artista cumpre uma pena de 50 meses de reclusão após ser condenado, em julho de 2024, por transporte para fins de prostituição.

Preso desde setembro de 2024, o músico já cumpriu pouco mais de um ano da sentença e permanece em uma penitenciária federal de segurança média. O cálculo da data de liberação leva em conta a legislação americana, que permite redução de pena por boa conduta e participação em programas de trabalho ou educação oferecidos dentro das prisões.

De acordo com autoridades do sistema prisional, Diddy não apresentou infrações disciplinares e tem mantido comportamento cooperativo. Essa postura pode garantir a liberação antecipada e evitar sanções adicionais, caso ele mantenha o mesmo histórico até o fim da pena.

Defesa aguarda decisão sobre recurso

Fontes ouvidas pelo site Deadline afirmam que a data de soltura depende de uma série de revisões internas e pode mudar caso o tribunal acate o recurso apresentado pela defesa. Os advogados do rapper afirmam que o julgamento teve irregularidades e que a condenação foi baseada em interpretações exageradas das provas apresentadas.


Sean Diddy espera por recurso (foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)

A promotoria, por outro lado, sustenta que as investigações comprovaram o envolvimento do artista em logística e transporte de mulheres para eventos com fins de prostituição. Ainda segundo o Ministério Público, a pena de 50 meses é uma medida proporcional e adequada.

Rapper foi condenado por duas acusações

Durante o julgamento de 2024 ,Diddy foi considerado culpado em duas das cinco acusações apresentadas. Ele foi condenado por transporte para fins de prostituição, mas absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão.

A pena máxima poderia chegar a 20 anos de prisão, mas o tribunal optou por uma sentença menor. O governo americano havia recomendado 135 meses de prisão, enquanto a defesa pedia 14 meses. O juiz fixou o prazo em 50 meses, equilibrando os pedidos.

Carreira e impacto da prisão

Figura central do hip-hop dos anos 1990, ele foi responsável por lançar grandes nomes da música americana, como The Notorious B.I.G. e Faith Evans. Além de produtor e empresário, ele acumulou fortuna com marcas de roupas e bebidas.

Com a prisão, diversos contratos publicitários foram encerrados, e sua gravadora perdeu parcerias importantes. O caso reacendeu discussões sobre a relação entre fama, poder e impunidade no cenário artístico norte-americano. A previsão de saída em 2028 deve marcar o início de uma nova fase na trajetória do rapper, que tenta reconstruir sua imagem pública após as acusações.

Em reunião, Trump pergunta sobre prisão e elogia Lula

Neste domingo (26), os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva estiveram em uma reunião para discutir temas como a questão das tarifas, o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Lei Magnitsky, comércio bilateral e comentaram também sobre a crise na Venezuela e a guerra da Ucrânia.

Durante o encontro, o presidente americano perguntou sobre o tempo em que Lula ficou preso até ter o processo anulado e elogiou a volta por cima, vencendo as eleições de 2022.

Trump comentou sobre Lula

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, disse que o presidente americano elogiou “o perfil da carreira política do presidente Lula”, por ter se recuperado após ser “perseguido no Brasil” e “provado sua inocência para voltar a se apresentar e conquistar seu terceiro mandato à Presidência”. Trump também comentou sobre os processos que respondeu, após a reeleição em 2024, afirmando perseguição política contra ele.

O presidente americano mostrou estar bem informado sobre a história e o perfil político de Lula, onde já havia dito na Assembleia Geral da ONU, em setembro, que havia gostado do presidente brasileiro.

Nesta segunda-feira (27), o líder americano classificou a reunião com Lula como “muito boa”, afirmando que um acordo comercial entre EUA e Brasil deve ser fechado futuramente. Aproveitou para elogiar Lula, ao chamar de “muito vigoroso” e parabenizou pelo seu aniversário de 80 anos.


A reunião entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, na Malásia (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Os presidentes também falaram sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu disse para ele que o julgamento (de Bolsonaro) foi muito sério e com provas muito contundentes”, afirmou Lula, que disse também que Trmp sabe que o ex-presidente Bolsonaro “faz parte do passado da política brasileira”.

Outros pontos da reunião

Lula também comentou sobre a questão da tensão entre EUA e Venezuela e se colocou à disposição para ajudar em futuras negociações, sendo um mediador na relação entre os dois países, pela sua experiência como potência na América do Sul.

Segundo o ministro Mauro Vieira, Trump teria agradecido e concordado com a proposta de Lula, em servir como um intermediador no diálogo ente os EUA e Venezuela.

Além da interlocução com a Venezuela, os dois presidentes devem iniciar negócios comerciais e a suspensão de tarifas e também é esperado uma futura visita de Trump ao Brasil e de Lula aos EUA.

Bolsonaro pode ir para a prisão ainda em 2025

Após a publicação do acórdão da condenação com pena 27 anos e três meses em regime inicial fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por cinco crimes na trama golpista que culminou nos atos golpistas do oito de janeiro de 2023.

Com isso, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal abriu o prazo de cinco dias corridos para que a defesa dos réus recorra através de embargos de declaração, que é a única possibilidade de recurso neste caso.

Recursos devem ser julgados ainda em outubro

Com o prazo para os embargos de declaração chegando ao fim na segunda-feira(27), a expectativa dentro da Corte é que o julgamento comece no dia seguinte(28) podendo inclusive ser em plenário virtual.


Acórdão inicia prazo para defesa de Bolsonaro trazer seus embargos declaratóios (Vídeo: Reprodução/YouTube/Uol News)

Interlocutores próximos ao ministro Alexandre de Moraes confirmaram a informação e afirmam que existem duas possibilidades para que o julgamento seja inserido na pauta da Primeira Turma na próxima semana. A primeira seria a inserção do julgamento no calendário como geralmente é feito, que tem a pauta aberta sete dias antes da sessão ou o próprio ministro pode pedir a marcação de uma sessão extra, como foi feito no julgamento dos réus em setembro, que tem um prazo de 24 ou 48 horas para colocar o julgamento em pauta.

Ainda segundo interlocutores, o trânsito em julgado deve ser feito até o final de novembro, finalizando o processo com o Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, pedindo a imediata execução das penas.

Defesa deve pedir prisão domiciliar

Além da Primeira Turma, a defesa dos réus também se movimenta nos bastidores para fazer seus embargos de declaração, afinal tem o prazo de cinco dias corridos para apresentá-lo a Corte.

Apesar de ter praticamente a certeza da rejeição dos embargos, a defesa de Bolsonaro deve pedir a manutenção da prisão domiciliar, evitando uma ida a prisão. A alegação da defesa deve passar por problemas de saúde que o ex-presidente tem enfrentado desde 2018 após sofrer uma facada em Minas Gerais durante um evento de sua campanha eleitoral.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto por conta do inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, nos Estados Unidos, que segundo o mesmo teria trabalhado para que o país executasse um tarifaço de 50% contra os brasileiros.

A defesa até pediu a revogação da medida em setembro, alegando que a Procuradoria Geral da República não o indiciou neste inquérito, mas foi negado alegando indícios de que a prisão domiciliar deveria ser mantida.

Além da prisão domiciliar, Bolsonaro pode ir para uma unidade militar, como aconteceu com seu vice nas eleições de 2022 e também condenado neste inquérito Braga Netto, uma sala na sede da Polícia Federal ou uma cela especial na Papuda para cumprir a pena pelos crimes cometidos na trama golpista.

Aliados esperam Bolsonaro em presídio

Quem também se movimenta nos bastidores após a publicação do acórdão da condenação de Bolsonaro são aliados do ex-presidente.

Segundo fontes ligadas a alguns deles, a expectativa é que Bolsonaro cumpra a pena em uma cela especial na Papuda, mesmo com a defesa alegando problemas de saúde, e que isso já comece em novembro, quando o trânsito em julgado deve ser confirmado.

Com isso, os aliados já começam a pensar nas estratégias para as eleições de 2026 e em quem deve ser o concorrente “bolsonarista” na votação que ocorre em outubro do próximo ano, mas com vários nomes se levantando como candidatos deste lado da política partidária do Brasil, é muito difícil que tenha um nome único vindo do bolsonarismo.

Além da condenação que retira sua possibilidade de candidatura até 2062 como sanção pela condenação na trama golpista, Bolsonaro está inelegível para eleições presidenciais até 2030 por abuso de poder econômico e político na campanha das eleições de 2022.

Para especialistas, a condenação de Bolsonaro somada a não ter um nome unanime entre seus aliados somado aos fracassos da PEC da Anistia e na não revisão da inelegibilidade do ex-presidente podem ser pontos a fragilizar o bolsonarismo como um todo.

Além disso, as votações na PEC da Blindagem e contrária a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham abaixo de 5 mil reais por mês e outras votações têm feito a opinião pública olhar negativo para a base do ex-presidente.

 

Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy chega à prisão em Paris

Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França, se entregou na madrugada desta terça-feira (21), para a polícia francesa, após ser condenado a cinco anos de prisão, acusado de arrecadar dinheiro para fundos de campanhas ditatoriais na Líbia.

Sarkozy chegou ao presídio de segurança máxima pela manhã e estava acompanhado de sua esposa, a modelo e cantora Carla Bruni.

Advogado do ex-presidente já entrou com um pedido de liberdade.

Acusações contra Nicolas Sarkozy

O ex-presidente Nicolas Sarkozy foi condenado a cinco anos pela Justiça francesa em setembro deste ano.

Ele é acusado de conspirar em um esquema de corrupção que desviava dinheiro público para a Líbia eleger o ditador Muammar Gaddafi.

Sarkozy foi presidente conversador na França entre 2007 e 2012, e tornou-se o primeiro ex-líder do país a ser preso desde Marechal Philippe Pétain, que foi punido após a segunda guerra mundial por colaborar com nazistas.


Ex-presidente da França Nicolas Sarkozy chega à prisão em Paris | (Vídeo: Reprodução/YouTube/ G1)

Em entrevista ao jornal francês “La Tribune Dimanche”, ele deu a seguinte declaração: “Não tenho medo da prisão. Vou manter minha cabeça erguida, inclusive nos portões da prisão”, disse Sarkozy.

Nicolas Sarkozy se manifesta sobre sua prisão

O ex-presidente a caminho do presídio fez um pronunciamento em sua rede social X, ele disse:“Quero lhes dizer, com a força inabalável que é a minha, que não é um ex-presidente da República que está sendo preso esta manhã, é um inocente“. Continuarei a denunciar este escândalo judiciário, esta via-crúcis que sofro há mais de dez anos. Eis, portanto, um caso de financiamento ilegal sem o menor financiamento. Uma investigação judicial de longo prazo iniciada com base em um documento cuja falsidade agora está comprovada“.

O chefe do sistema prisional,  Sebastien Cauwel, afirmou que manterá Sarkozy em uma cela individual e em isolamento.  “Ele poderá acessar o pátio de exercícios sozinho, duas vezes ao dia, terá acesso a uma sala de atividades sozinho e ficará sozinho em sua cela”, disse Cauwel em uma entrevista à rádio RTL. Além disso o ex-presidente terá acesso a TV, telefone fixo e Chuveiro privado na sela privativa.

Juiz destaca poder de Diddy para manter abusos e aplica pena de quatro anos

Sean “Diddy” Combs enfrentará mais de quatro anos atrás das grades após ser condenado a 50 meses de prisão por duas acusações relacionadas ao transporte para fins de prostituição. O veredito marca um dos capítulos mais graves da trajetória do produtor musical, que já vinha sendo alvo de investigações e polêmicas recentes envolvendo sua vida pessoal e profissional.

Além da pena de prisão, o juiz Arun Subramanian aplicou uma multa de US$ 500 mil, valor máximo permitido pela lei nesse caso. A quantia representa não apenas uma sanção financeira, mas também um símbolo da postura rigorosa do tribunal diante das acusações.

Juiz avalia conduta de Diddy

Ao anunciar a sentença, o juiz Arun Subramanian destacou a gravidade das ações cometidas por Sean “Diddy”, classificando-as como ofensas que deixaram marcas permanentes em duas mulheres. Segundo o magistrado, os crimes não foram episódios isolados, mas sim um padrão de conduta que se estendeu por mais de uma década, sustentado pelo poder e pelos recursos do artista.

Para Subramanian, essa realidade evidencia não apenas a dimensão do abuso, mas também como a influência e o prestígio de Combs permitiram que tais práticas. A fala do juiz reforçou a necessidade de responsabilização exemplar, destacando que o tribunal não tem plena confiança de que, em liberdade, o réu não voltaria a reincidir.


O rapper Sean "Diddy" condenado (Foto: reprodução/Instagram/@lorenamagazine)

O processo de definição da pena foi marcado por divergências entre acusação, defesa e o departamento de liberdade condicional. Enquanto os promotores federais defendiam uma condenação superior a 11 anos de prisão, como forma de estabelecer um precedente mais rigoroso, os advogados de Combs pediam apenas 14 meses, incluindo o tempo já cumprido, o que poderia resultar em sua libertação imediata.

Já o relatório do departamento de liberdade condicional recomendava um período entre 70 e 87 meses. Diante desse impasse, Subramanian optou por uma decisão fixando a pena em 50 meses e acrescentando uma multa.

Justiça nega fiança e mantém Diddy detido desde 2024

Preso desde setembro de 2024, Diddy teve todos os seus pedidos de liberdade sob fiança negados pela Justiça americana, permanecendo detido até a audiência final. O caso, acompanhado de perto pela imprensa, expôs tanto a gravidade das acusações quanto a resistência da Justiça em flexibilizar as condições diante do histórico apresentado.

No momento de falar ao tribunal, o rapper tentou demonstrar arrependimento, dizendo que “as pessoas podem mudar” e que ele próprio teria mudado. Segundo Diddy, experiências difíceis o abalaram de tal forma que transformaram sua trajetória “para melhor”. Ainda assim, o juiz destacou que somente o cumprimento da pena mostrará se essa mudança é genuína, reforçando o caráter de responsabilização da sentença.

Promotores pedem que pena de P.Diddy chegue a mais de 11 anos de prisão

O magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs, 55 anos, será sentenciado nesta sexta-feira em Manhattan. ​Em 2 de julho, após um julgamento de dois meses, um júri considerou Combs culpado por duas acusações de transporte de prostitutos masculinos entre estados. Segundo os promotores, o objetivo era fazê-los participar de encontros sexuais com suas namoradas, muitas vezes regados a drogas, enquanto Diddy assistia e gravava.

​Embora o júri o tenha absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e extorsão (que poderiam resultar em prisão perpétua), Combs ainda pode pegar uma pena máxima de até 20 anos. Ele se declarou inocente e deve recorrer.

​Promotores vs defesa

​O pedido dos promotores de mais de 11 anos é o ponto de partida para a condenação. No entanto, a defesa de Diddy luta por um desfecho muito mais rápido.

​Os advogados de Combs solicitaram na semana passada uma pena de apenas 14 meses de prisão. O argumento central é que o juiz Arun Subramanian não deveria considerar no cálculo da pena as provas de abusos contra as ex-namoradas, já que o júri o absolveu das acusações de coagi-las sexualmente.

​Se o juiz aceitar a sugestão da defesa, Combs poderia ser libertado até o final do ano. Isso porque ele teria o benefício do tempo já cumprido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, desde que foi preso em setembro de 2024.


Sean 'Diddy' Combs (Foto: reprodução/Shareif Ziyadat/Getty Images Embed)

Pontos de tensão no julgamento

​Durante o julgamento de Diddy, a questão da coerção por parte dele foi central. Promotores apresentaram depoimentos de ex-namoradas que alegaram que Combs as agrediu fisicamente e as ameaçou financeiramente caso recusassem participar dos “Freak Offs” (os encontros sexuais).

​Mas a defesa conseguiu convencer o júri a separar a alegada “violência doméstica” das acusações de tráfico sexual e extorsão. Essa estratégia resultou na absolvição de Diddy das acusações mais graves, mas a condenação por transporte de prostitutos se manteve.

​A decisão de sexta-feira definirá se o fundador da Bad Boy Records, que popularizou o hip-hop, passará mais de uma década na prisão ou será libertado em meses.

 

Bolsonaro pede ao STF fim da prisão domiciliar e medidas restritivas

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou nesta terça-feira (23), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para revogar a prisão domiciliar e demais medidas cautelares impostas contra ele. Os advogados argumentam que não há mais justificativa para manter as restrições, já que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não incluiu Bolsonaro na denúncia apresentada nesta semana por coação em processo judicial. A acusação recaiu apenas sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e o blogueiro Paulo Figueiredo.

Segundo a defesa, como Bolsonaro não é alvo dessa denúncia, perde o sentido manter medidas como tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, restrição de contato com autoridades estrangeiras e impedimento de aproximação de embaixadas e consulados. Para os advogados, essas cautelares limitam injustamente a liberdade de expressão e de locomoção do ex-presidente.

Prisão decretada após descumprimentos

As restrições contra Bolsonaro começaram em julho, quando o STF identificou indícios de que ele estaria interferindo nas ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos e tentando obstruir o andamento de processos ligados à tentativa de golpe de Estado. Mesmo proibido de usar redes sociais e de manter contato político, o ex-presidente apareceu em vídeos, falou com apoiadores e participou, por telefone, de manifestações.

Diante das violações e do risco de fuga, o ministro Alexandre de Moraes determinou, em 4 de agosto, a prisão domiciliar de Bolsonaro. Desde então, o ex-presidente cumpre a medida em sua residência, sob monitoramento eletrônico.


Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)

Defesa busca aliviar cenário jurídico

Apesar de já ter sido condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por envolvimento na trama golpista, Bolsonaro ainda não pode ser preso por essa sentença, pois restam recursos pendentes. A prisão domiciliar, portanto, não está ligada diretamente à condenação, mas ao inquérito que apura pressões ilegais contra o Supremo.

A defesa sustenta que, como a denúncia atual não o inclui, o ex-presidente deveria ser liberado das cautelares. O pedido aguarda decisão do STF.

Defesa de Bolsonaro apresenta atestado médico ao STF

Nesta terça-feira (16), a defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a documentação médica que atesta o comparecimento do mesmo ao hospital no último domingo (14).

Bolsonaro recebeu autorização de Moraes para se ausentar da prisão domiciliar e se deslocar até o hospital onde realizou exames.

Está foi a primeira vez que o ex-presidente deixou sua residência após a condenação. No local, ele se limitou a apenas interagir com sorrisos discretos, sem nenhuma interação verbal.

Exigência do atestado

A comprovação do comparecimento de Bolsonaro ao hospital é uma exigência de Alexandre de Moraes à defesa do ex-presidente.

Jair Bolsonaro deu entrada no local às 8h da manhã e foi liberado por volta das 14h. No entanto, na segunda-feira (15), Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal apresentasse justificativa dentro de 24 horas sobre o porquê do retorno do ex-presidente não ter sido feito imediatamente após a alta médica.

Às 13h55, após alta, Bolsonaro e sua equipe médica permaneceram na porta do hospital enquanto jornalistas perguntavam sobre seu quadro de saúde. O ex-presidente ficou aproximadamente seis minutos acompanhando a entrevista dos médicos em frente às câmeras.

Durante todo trajeto entre sua residência e o hospital, Bolsonaro foi escoltado pelo total de 12 veículos da Polícia Penal entre motos e carros. Esta também foi uma determinação de Alexandre de Moraes.


Bolsonaro deixa hospital após exames (Vídeo: reprodução/youtube/@metropoles)

Relatório médico

Ao chegar no hospital acompanhado por seu filhos Carlos e Jair Renan, Jair Bolsonaro foi recebido por cerca de 50 apoiadores, além de jornalistas e viaturas da polícia militar que atuavam no reforço da segurança local.

De acordo com o boletim médico apresentado, Bolsonaro tem um quadro de anemia provocado por deficiência de ferro e, conforme exames de imagem, há um residual de uma pneumonia recente que foi adquirida por broncoaspiração.

Houve também a remoção cirúrgica de lesões na pele, onde algumas passarão por biópsia e o resultado será apresentado por sua equipe médica responsável nos próximos dias.

No mais, o atestado informa que Bolsonaro deverá seguir com seu tratamento para hipertensão arterial, refluxo gástrico e seguir as medidas preventivas de broncoaspiração.

Defesa de Bolsonaro reage com indignação após condenação do STF a 27 anos de prisão

A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro (PL) provocou reação imediata de sua defesa, que manifestou “profunda indignação” com a sentença de 27 anos e 3 meses de prisão. Enquanto os advogados contestam a condução do processo e defendem que não houve tempo suficiente para analisar as provas, o caso reacende debates sobre limites da atuação judicial em processos envolvendo ex-presidentes e sobre a interpretação do que configura atentado contra o Estado Democrático de Direito.

Condenação e acusações

O ex-presidente foi condenado por diversos crimes graves, incluindo golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena atribuída a Bolsonaro é a mais alta entre os oito réus do processo, que investigou sua suposta participação na trama que culminou nos atos de 8 de janeiro.

Defesa manifesta discordância

Em nota oficial, os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno afirmaram que receberam a decisão “com respeito”, mas destacaram que discordam veementemente do resultado. Segundo eles, Bolsonaro “jamais participou de qualquer plano e muito menos dos atos ocorridos em 8 de janeiro”, reforçando a posição de que a condenação não condiz com os fatos.


Ex presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Alan Santos/PR)

Controvérsias processuais

A defesa também questionou o julgamento conduzido pela Primeira Turma do STF, alegando que o ex-presidente deveria ter sido avaliado em primeira instância ou pelo plenário do tribunal. Além disso, ressaltaram que a análise das provas foi prejudicada pela falta de tempo hábil, o que teria comprometido a atuação da defesa de forma definitiva.

Próximos passos da defesa

Após a publicação do acórdão, os advogados afirmaram que irão apresentar todos os recursos cabíveis, inclusive em instâncias internacionais. Enquanto isso, o caso mantém grande repercussão política e jurídica, com atenção voltada para os desdobramentos que podem influenciar o futuro de Bolsonaro e de outros réus no processo.