Prédio em Gaza é atingido após ataque de Israel

Mais um ataque foi realizado por Israel, após atingir a Torre Al Mushtaha, na última sexta-feira (5), quando completou 700 dias de guerra contra o Hamas e a Torre Al Sousi, no sábado (6). O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu diz estar “aprofundando” a operação em Gaza.

A Força de Defesa de Israel confirmou os ataques, alegando que os prédios atingidos eram usados pelo Hamas, mas que os ataques foram avisados com antecedência, para minimizar danos aos civis palestinos. Fato negado pelo lado palestino, que afirma que os prédios atingidos eram para abrigar civis. A Defesa Civil local confirmou a morte de uma pessoa.

O momento do ataque

Em vídeo, é possível ver o momento em que o prédio Al-Roya foi bombardeado por Israel, causando grande destruição no local. Nas imagens, foram vistos civis buscando se proteger do ataque.


Prédio de gaza atacado por Israel (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou através da rede social Truth Social sobre os ataques, informando que seria o “último aviso” para o Hamas aceitar os termos e libertar reféns israelenses. O governo norte-americano cumpre um papel de intermediador, negociando o fim da guerra entre Israel e Hamas.

 A ONU se demonstrou preocupada com a fome enfrentada pelos civis de Gaza, pedindo para Israel permitir a ajuda. Com a guerra, os palestinos além de sofrer com o ambiente hostil, também sofrem com a falta de alimento, onde muitos estão passando por fome. Israel afirma não ter  “responsabilidade de distribuir” e alega que a responsabilidade seria de organizações internacionais, “que foram criadas para isso”.

 O início da guerra entre Israel x Hamas

A guerra começou no dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um grande ataque, dando o nome de “Operação Tempestade”, atacando civis e também fazendo vários reféns. Israel respondeu o ataque logo após, onde o principal alvo eram as instalações do grupo Hamas, mas atingido diversos civis palestinos.

Já foram feitas reuniões para cessar-fogo entre eles, más Israel afirma que só encerra os ataques após a entrega de todos os reféns. Ainda, segundo autoridades locais, existem cerca de 50 civis reféns em Gaza.

EUA suspendem vistos para moradores de Gaza

Em entrevista concedida no último domingo (17), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que o Departamento de Estado do país cancelou os vistos de visitante para moradores de Gaza.

O motivo da decisão se deve ao fato de que os EUA tiveram ciência que algumas organizações responsáveis por disponibilizar os vistos para imigrantes palestinos teriam ligações estreitas com o grupo terrorista Hamas.

Ameaça ao país

Em uma publicação realizada na rede social “X” no último sábado (16), o Departamento de Estado dos EUA havia anunciado que suspendeu todos os vistos de visitante para pessoas de Gaza no momento em que revisa o processo que concede a entrada no país de modo temporário. No dia seguinte, Rubio disse, em entrevista a uma emissora local, que vários gabinetes do Congresso americano apresentaram evidências sobre o risco que os EUA corriam ao receber visitantes palestinos.

Laura Loomer, aliada de Trump, solicitou os créditos pela suspensão dos vistos após alegar que as famílias de Gaza que adentram o território americano ameaça a segurança do país. Loomer teceu críticas ao Heal Palestine, organização norte-americana que se dedica a prover ajuda a palestinos, com o transporte de crianças com ferimentos, desnutrição, e traumas psicológicos para serem atendidas nos EUA. De acordo com dados do grupo, 148 pessoas, incluindo 63 crianças, já foram submetidas a cuidados da organização.


Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA (Foto: reprodução/Aaron Schwartz/CNP/Bloomberg/Getty Images Embed)

Críticas ao governo

O Heal Palestine criticou a decisão anunciada pelo Departamento de Estado norte-americano no último fim de semana. Em nota, o grupo afirma que a iniciativa da mesma é tratar de pessoas feridas em Gaza e não um programa de reassentamento de refugiados.

Em contrapartida, Rubio disse que, embora um número pequeno de vistos são concedidos a crianças, as mesmas entram nos EUA acompanhadas por adultos, afirmando ainda que o programa será pausado para avaliar de que maneira os vistos estão sendo aprovados. Os EUA, até 2025, emitiram quase 4 mil vistos para pessoas, de Gaza e demais regiões da Palestina.

Morrem seis jornalistas em Gaza após ataque de Israel

Ocorreu neste domingo (10), um ataque recente em Gaza que deixou seis jornalistas mortos, de acordo com relatos de uma instituição médica local e uma emissora de notícias que acompanhava o conflito. Quatros desses integrantes eram da Al Jazeera. Fontes hospitalares informaram que membros da imprensa foram vítimas diretas do ataque, que teria ocorrido enquanto estavam em missão jornalística no campo. A emissora envolvida confirmou que seus profissionais foram afetados, destacando o risco crescente a que a cobertura jornalística tem sido submetida em áreas de alta tensão.


Um dos bombardeios de Israel em Gaza (Foto: reprodução/Menahem Kahana/AFP)

Motivo do ataque

O ataque aconteceu devido ao Exército israelense acusar o repórter Anas Al-Sharif de liderar uma cédula do Hamas em ataques com foguetes. Então foi feito o ataque contra ele, ocasionando nos falecimentos dos repórteres do canal Al Jazeera em Gaza. Segundo Israel, eles possuíam provas concretas, no qual eram documentos que mostravam os laços do jornalista com o grupo. Al-Sharif já havia sido acusado mês passado de ser um integrante do Hamas, mas desmentiu sobre o assunto e tinha afirmado ser um jornalista sem afiliação política.

Detalhes do incidente

Durante uma cobertura jornalística em frente ao Hospital Al-Shifa, uma tenda montada para a imprensa foi atingida por um ataque aéreo israelense na noite de domingo. No impacto, seis profissionais de comunicação perderam a vida entre eles, o repórter Anas Al-Sharif e outros ficaram feridos. Vários jornalistas trabalhavam juntos no local, registrando os eventos que se desenrolavam no território.


Israel continua atacando Gaza (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

Resposta da emissora

A Al Jazeera, por meio de comunicado, classificou o ocorrido como um “assassinato seletivo”, acusando que o golpe buscava silenciar suas transmissões e impedir que vozes críticas do conflito fossem ouvidas. O episódio elevou o alerta sobre a segurança de profissionais da imprensa em zonas de conflito.

Brasil deixa Aliança Internacional do Holocausto devido ao genocídio na Faixa de Gaza

O governo do presidente Lula oficializou a retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), da qual participava como membro observador desde 2021. A decisão, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel e confirmada por fontes diplomáticas brasileiras, ocorre poucos dias após o anúncio da adesão formal do país à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando o governo de Tel Aviv de genocídio na Faixa de Gaza.

O Itamaraty argumentou que a permanência na IHRA exigia obrigações financeiras e participativas que não estariam alinhadas à atual política externa brasileira. Em reação, o Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou a saída como “profunda falha moral”, afirmando que o Brasil abandonou o consenso internacional no combate ao antissemitismo em um momento em que o Estado judeu enfrenta ameaças à sua própria existência.

Histórico da adesão e justificativas do governo

O Brasil ingressou na IHRA como observador em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro, sem debate público. Desde então, deveria participar de reuniões plenárias e pagar contribuições anuais à aliança, o que gerava encargos financeiros e compromissos diplomáticos. O Itamaraty justificou que a permanência se mostrava incompatível com o alinhamento à defesa dos direitos humanos, especialmente após a decisão de apoiar a ação sul-africana na CIJ.


Corte Internacional de Justiça (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

A adesão ao processo judicial contra Israel foi baseada na constatação da Corte de medidas cautelares relativas à plausibilidade de genocídio na Faixa de Gaza e da necessidade de não omissão diante de violação de direitos dos palestinos.

Reações de entidades

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) comemorou a saída da IHRA, qualificando-a como “rompimento necessário” com o uso político da memória histórica e reivindicando o corte total das relações diplomáticas com Israel.

No espectro político interno, parlamentares do Partido Novo apresentaram requerimentos à Câmara dos Deputados pedindo esclarecimentos ao Itamaraty e moções de repúdio à decisão do governo, alegando que a atitude foge da tradição diplomática brasileira de buscar soluções pacíficas.

Trump e Netanyahu discutem cessar-fogo em Gaza e plano para reassentar civis palestinos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciaram nesta segunda-feira (7) que seus governos estão articulando com nações parceiras uma possível realocação de civis palestinos da Faixa de Gaza. O encontro aconteceu na Casa Branca e também incluiu discussões sobre um novo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A iniciativa, segundo Netanyahu, busca aliviar a pressão sobre Gaza e abrir caminho para uma solução política duradoura. Ele também anunciou ter recomendado o presidente dos EUA para receber o Prêmio Nobel da Paz.

EUA e Israel buscam reassentar civis de Gaza

Segundo Netanyahu, o reassentamento de parte da população de Gaza está sendo tratado como uma medida de “caráter humanitário” que também facilitaria as operações de segurança contra o Hamas e discutido em coordenação com os Estados Unidos, que lideram contatos diplomáticos com possíveis países de acolhimento. O premiê afirmou que os dois governos estão “trabalhando de perto” e que já estão “próximos de identificar vários países” dispostos a receber civis palestinos.

Estamos trabalhando em conjunto com os Estados Unidos para identificar nações que possam acolher civis de Gaza, longe da zona de guerra e da influência do Hamas”, declarou Netanyahu. “Não se trata de expulsão, mas de oferecer segurança e dignidade a essas famílias.


Donald Trump e Primeiro Ministro de Israel (Foto: Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Grupos de direitos humanos, no entanto, criticaram a proposta, apontando riscos de violação do direito internacional. A Human Rights Watch classificou a iniciativa como uma tentativa de “limpeza demográfica sob pretexto humanitário”, enquanto a Anistia Internacional pediu à comunidade internacional que rejeite qualquer plano de deslocamento forçado.

Trump defende plano e é indicado ao Nobel da Paz

Durante a coletiva após a reunião, Trump reiterou seu apoio a Israel e defendeu o plano como parte de uma solução “forte e sustentável” para a crise. Ele afirmou que um novo cessar-fogo está em estágio avançado de negociação e que os EUA não permitirão que o Hamas continue representando uma ameaça.

Netanyahu, por sua vez, anunciou que indicou formalmente Trump ao Prêmio Nobel da Paz, destacando sua atuação nos Acordos de Abraão e seu “compromisso inabalável com a estabilidade no Oriente Médio”.

Poucos líderes fizeram tanto pela paz regional quanto Donald Trump”, afirmou o premiê israelense. “É hora do mundo reconhecer isso.

Observadores internacionais avaliam que os próximos passos da iniciativa — tanto em relação ao cessar-fogo quanto ao reassentamento de civis — serão cruciais para medir o impacto das decisões da Casa Branca sobre a estabilidade regional e a resposta humanitária.

Hamas aceita trégua de 60 dias no conflito com Israel

Nesta sexta-feira (4), o grupo Hamas anunciou que aceitou uma proposta de trégua na guerra na Faixa de Gaza, apresentada pelos Estados Unidos. Segundo um representante do Hamas em contato com a agência “Reuters”, o grupo deu resposta positiva ao acordo de 60 dias por intermédio dos mediadores do Egito e do Catar. Esta será a terceira tentativa de cessar-fogo, porém o grupo terrorista se mostrou disposto a dar um fim no conflito que acontece desde 2023.

Declarações de Donald Trump

Donald Trump falou sobre a proposta de cessar-fogo na última terça-feira (1). Segundo o presidente americano, Israel teria aceitado o acordo e as condições para o encerramento do conflito, mas o Governo israelense ainda não se pronunciou sobre a trégua. Trump ainda afirmou que os dois meses de duração da trégua seriam voltados para busca de formas para acabar com os ataques em Gaza definitivamente.


Presidente americano Donald Trump (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)

O presidente dos Estados Unidos receberá o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington, EUA, na próxima segunda-feira (7). Trump declarou que pressionará Netanyahu para agir e por fim no conflito. “Esperamos que aconteça. E esperamos que aconteça em algum momento da próxima semana” “Queremos tirar os reféns de lá.”, disse Donald Trump sobre o acordo de cessar-fogo.

Conflito na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza dura dois anos e teve início com a invasão terrorista do Hamas ao território israelense, que resultou em mais de mil mortos e no sequestro de mais de 200 pessoas. Desde então, diversas tentativas de cessar-fogo foram realizadas, mas nenhuma conseguiu pôr fim aos confrontos.


Militares israelenses na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)

Segundo informações do Hamas, a ação israelense matou mais de 40 mil palestinos e os ataques frequentes e de grande dimensão deixou a população que vive na região deslocada e desnutrida.

A relação entre os palestinos e israelenses é conturbada desde o início do Século XX, mas um dos principais motivos para o conflito é a disputa de Israel e Palestina pelo território e pelo reconhecimento de Jerusalém, local sagrado para cristãos, judeus e muçulmanos, como capital de ambas as nações.

Israel e Hamas seguem em conflito, apesar do apelo de Trump por paz

Enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, se diz favorável a um acordo de cessar-fogo entre o grupo terrorista palestino Hamas e Israel, o governo israelense ordena que cidadãos naturais de seus adversários no conflito evacuem a região ao norte de Gaza antes de uma escalada militar.

A guerra continua

Até a manhã do último domingo (29), ao menos 86 pessoas vieram a óbito em decorrência dos ataques de Israel no dia anterior, segundo o Ministério da Saúde, administrado pelo Hamas. Tida como uma região segura, o ataque na região de al-Mawasi vitimou três crianças, entre outros feridos.

Os moradores dos bairros da Cidade de Gaza e Jabalia, ao norte, foram orientados a se deslocarem para a área de al-Mawasi, ao sul, ao mesmo tempo que militares israelenses expandem suas operações para o oeste.


 Prédio residencial após um ataque aéreo israelense no distrito de al-Sabra, na Cidade de Gaza, na Palestina (Foto: reprodução/Ahmad Salem/Bloomberg/Getty Images Embed)

Trump quer um basta

No último sábado (28), um dia antes do ataque de tropas israelenses em Gaza, na Palestina, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse, através da rede social Truth Social, que Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, estava em negociações para um acordo imediato com o Hamas por um cessar-fogo.

Em contrapartida, no dia seguinte, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, confirmou a ofensiva israelense ao norte de Gaza, para, segundo ele, eliminar terroristas e sua infraestrutura no local.

Moradores da região e médicos que atuam no local afirmaram que os bombardeios se intensificaram na madrugada do último sábado para domingo, destruindo diversas habitações em Gaza. Profissionais da área da saúde também confirmaram que um ataque aéreo israelense a uma tenda foi fatal para cinco pessoas em al-Mawasi, ao norte, ao sul da região, enquanto ao norte, o sargento da Força de Defesa de Israel, Yisrael Natan Rosenfeld, também não resistiu ao ataque.

A respeito do incidente, as Forças de Defesa de Israel não deram mais detalhes acerca do tema, mas afirmaram que estão tomando as precauções necessárias para que os civis não sejam atingidos.