Castro defende ação policial e diz que “vítimas foram os policiais”

Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. A ação, que terminou com 130 mortos, sendo 128 civis e quatro policiais, foi classificada por ele como uma resposta necessária ao avanço do crime organizado. “As verdadeiras vítimas foram os policiais”, declarou o governador.

Castro afirmou que determinou apoio integral às famílias dos agentes mortos, a quem chamou de “guerreiros que tombaram em defesa do povo fluminense”. Segundo ele, o Estado continuará firme na estratégia de enfrentamento às facções, mesmo diante das críticas e do alto número de mortos. “Não recuaremos diante de criminosos fortemente armados. Nossa missão é garantir que o cidadão de bem volte a ter paz”, afirmou.

A fala do governador gerou forte repercussão entre entidades de direitos humanos e representantes da Defensoria Pública, que classificaram a operação como a mais letal da história do Rio de Janeiro. Organizações civis pedem investigação independente para apurar as circunstâncias das mortes e o uso da força por parte das polícias.

Operação mais letal da história fluminense

A chamada Operação Contenção reuniu cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e teve como objetivo desarticular o Comando Vermelho (CV) em duas das maiores comunidades do Rio. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ação foi fruto de mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). O alvo principal era capturar líderes e operadores financeiros da facção, incluindo foragidos de outros estados.


 Cláudio Castro sobre a megaoperação no Rio (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)

O governo informou que o saldo final foi de 64 mortos reconhecidos oficialmente, além de 81 presos e mais de 90 fuzis apreendidos. O número de mortos, porém, é contestado por moradores e pela Defensoria Pública, que aponta ao menos 130 vítimas. O cenário pós-operação foi marcado por uma fila de corpos estendidos na Praça da Penha, imagem que gerou indignação nas redes sociais e acendeu um debate nacional sobre a política de segurança no estado.

Castro, no entanto, classificou os resultados como “expressivos” e “necessários”. Segundo ele, a operação evitou que a facção ampliasse seu domínio territorial e reforçou o controle do Estado sobre áreas dominadas pelo tráfico. “O crime se organiza, o Estado precisa agir com mais força ainda. Não podemos ser omissos diante da violência”, declarou.

Reações e apelos por responsabilização

Entidades de direitos humanos e lideranças comunitárias criticaram duramente a operação, alegando uso desproporcional da força e ausência de protocolos que garantam a segurança dos moradores. O ativista Raull Santiago, que acompanhou os desdobramentos na Penha, afirmou que “nada marca tanto quanto o choro das famílias”. Ele destacou que dezenas de corpos foram retirados por moradores antes mesmo da chegada das autoridades.

A Defensoria Pública do Rio pediu ao Ministério Público abertura de inquérito para apurar o número real de mortos e possíveis execuções extrajudiciais. Já a Anistia Internacional cobrou transparência e responsabilização pelas mortes, lembrando que o Brasil é signatário de tratados internacionais de direitos humanos que limitam o uso letal da força policial.

Enquanto o debate se intensifica, o governo mantém o discurso de que o combate ao tráfico continuará firme. Castro afirmou que “nenhum criminoso terá espaço para se esconder no Rio” e que novas operações estão sendo planejadas. A fala reforça o tom de enfrentamento que tem marcado sua gestão, ao custo de uma escalada de letalidade policial que reacende uma antiga discussão sobre até que ponto a guerra ao crime justifica o número crescente de vidas perdidas nas favelas do estado.

Em meio a tiroteio no Rio, João Gomes vive momento de tensão: “Que loucura, velho!”

O cantor pernambucano João Gomes, de 23 anos, compartilhou nas redes sociais um relato de apreensão vivido na noite de terça-feira (28) no Rio de Janeiro, quando a capital fluminense vivenciava uma das maiores operações policiais da história do estado.

O relato

Ao longo do dia, as polícias civil e militar do Rio de Janeiro deflagraram uma ação de grande escala nas regiões da Complexo do Alemão e da Complexo da Penha, zona norte da cidade, com objetivo de cumprir mandados contra organizações criminosas e ocupações territoriais. O saldo divulgado da operação mencionava 64 mortos, incluindo agentes policiais, o que tornou o episódio um dos mais letais já registrados em solo fluminense.


João Gomes em seu perfil oficial no Instagram (Foto; reprodução/Instagram/@joaogomescantor)

João explicou que estava no Rio para cumprir agenda de gravação e havia realizado, no domingo (26), um show gratuito na Arcos da Lapa, no centro da cidade, com público estimado em cerca de 50 mil pessoas. Durante o episódio narrado, ele deixava uma locação acompanhado de seu assessor, chamado Cláudio, quando foi surpreendido pela movimentação inesperada.

“Eu vim com meu assessor Cláudio e, doido, bizarro. Eu saí no carro. A gente não entendeu por que a turma estava pedindo para voltar pro lugar da locação. Mas dizem que esses caras começaram a atirar do nada, velho. Meu Deus do céu”, relatou o cantor.

“E a gente, quando pegou as avenidas aqui, as rodovias, estava tudo Deserto. Comentou o cantor que continuou “Que negócio do caramba, velho. Aí os meninos esperaram um pouco lá, porque a gente foi de van”, complementou.

Nas imagens publicadas nos Stories, é possível ver ruas praticamente vazias, sem especificação exata da localidade por onde ele trafegava no momento.

O relato de João Gomes reforça uma impressão de gravidade que se sobrepõe à simples cobertura da operação: a sensação de vulnerabilidade, de ruas vazias em plena cidade, de tiros disparados “do nada” e de equipes que se deviam reorganizar. A combinação entre as ações policiais, o deslocamento de pessoas e veículos, o medo e a interrupção de rotina conferem ao episódio uma dimensão que ultrapassa o palco artístico e se conecta ao cotidiano urbano e à segurança pública.

Para o cantor, estar no meio dessa conjuntura — após um show de grande público — evidenciou que artistas, equipes técnicas e produções também podem se ver submetidos ao cenário de conflito urbano. Ele não chegou a relatar ferimentos ou danos à sua equipe, mas admitiu o susto e a necessidade de aguardar para seguir viagem com segurança.

Em seu relato, João Gomes não apenas conta que “começaram a atirar do nada”, mas também destaca que os acessos, as avenidas e as rodovias apresentavam um grau incomum de isolamento — algo que, segundo sua expressão, era “deserto, deserto”. O episódio se soma ao relatório oficial de mortos e prisões, e ajuda a construir uma imagem — embora parcial — de como o momento foi percebido por quem estava fora da operação e se viu “no meio” dela.

Cantor permanece na cidade

O cantor permanece no Rio de Janeiro, embora não tenha informado se antecipará sua saída da cidade em virtude do ocorrido. Ressalto que este relato não substitui a cobertura completa da política de segurança, da investigação da operação e dos direitos humanos envolvidos, mas contribui para entender como o fenômeno atinge várias camadas da sociedade — inclusive o mundo da música.

Lore Improta cancela ida a ensaio em escola de samba devido a operação policial

A dançarina Lore Improta, uma das musas da Unidos do Viradouro no próximo carnaval, precisou cancelar sua ida ao ensaio na quadra da agremiação nesta terça-feira (28). O motivo foram as últimas operações policiais que estão acontecendo na cidade do Rio desde o início da manhã.

Lore Improta precisou retornar à Bahia

Lore Improta pretendia marcar presença no ensaio da Viradouro, em Niterói, e a participação seria a primeira desde que revelou a segunda gestação, mas, por questões de segurança, a escola de samba optou por cancelar a atividade aberta ao público. A dançarina é mãe de Liz, de 4 anos, fruto de seu casamento com o cantor Léo Santana.

A influenciadora e empresária foi fotografada por paparazzis ao chegar ao aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul do Rio, mas nem chegou a sair do terminal. De uma das salas VIP, contou aos seguidores que retornaria a Salvador, na Bahia, sua cidade natal.

“Sumimos porque estávamos resolvendo algumas coisas pessoais… Mas conseguimos! Assim que aterrissamos no Rio, começamos a receber muitas mensagens sobre a situação na cidade. Infelizmente, o Rio passa por momentos bastante complicados, com confrontos envolvendo a polícia, e todos nos aconselharam a não permanecer aqui nesse período”, explicou a musa.

A agremiação também se pronunciou a respeito do ensaio dos integrantes. “Devido às ocorrências de violência registradas em diferentes regiões do estado nesta terça-feira, 28, o ensaio de quadra está SUSPENSO. Esperamos que os próximos dias sejam tranquilos e que possamos nos reunir novamente na terça-feira seguinte, 4 de novembro. Cuidem-se”, acrescentou.


Lore Improta falando sobre os preparativos para o Carnaval de 2026 (Foto: reprodução/Instagram/@loreimprota)

Caos na cidade do Rio de Janeiro

Desde cedo, o Rio de Janeiro enfrenta um cenário crítico de segurança. Uma nova fase da Operação Contenção, promovida pelo Governo do Estado para conter a expansão do Comando Vermelho na cidade, teve como alvo os complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte.

Até o começo da noite, a ação policial ainda estava em andamento, e dados oficiais apontavam pelo menos 64 mortes, incluindo quatro agentes de segurança, além de 81 prisões. Trata-se da operação mais mortal já registrada no estado, conforme informações das autoridades estaduais.

Em retaliação às perdas, o Comando Vermelho teria realizado bloqueios em importantes vias do município, como a Linha Amarela, Linha Vermelha, a estrada Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier. O sistema de BRT parou em algumas áreas, e diversas linhas de ônibus precisaram ser desviadas.

No meio da tarde, empresas e órgãos públicos liberaram funcionários por precaução, temendo que a situação se agravasse à noite. Escolas e universidades, tanto públicas quanto privadas, suspenderam aulas e atividades.

A decisão de retornar para a Bahia foi tomada pela equipe da dançarina. “Em razão dos recentes episódios no Rio de Janeiro, Lore Improta não participará mais do ensaio da Unidos do Viradouro, na quadra da agremiação em Niterói. A decisão foi tomada junto à sua equipe, priorizando a proteção da artista e de todos os presentes. Assim que houver nova programação, comunicaremos para reagendar entrevista e demais compromissos”, informou a escola sobre a presença da musa.

“Precisamos remarcar a viagem de toda a equipe para retornarmos a Salvador, e deu tudo certo! Por isso fiquei fora das redes. Todo mundo está bem, e espero que quem está no Rio também esteja seguro. O ensaio da Viradouro foi suspenso hoje na quadra”, completou, informando sobre a mudança de planos.

Escolas suspenderam as aulas e o comércio fechou as portas, enquanto helicópteros e blindados circulavam pelas ruas. A ação, cujo objetivo era prender várias pessoas, transformou a rotina da cidade em um cenário de medo e tensão.

Megaoperação: tráfico ordena fechamento de ruas no RJ após mais de 60 mortos

Uma megaoperação, que teve início logo pela manhã desta terça-feira (28), com mais de 2.500 policiais, entre civis e militares, foi montada para reprimir a expansão territorial do grupo Comando Vermelho.

A ação foi na Zona Norte do Rio, no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, e resultou na morte de 64 pessoas, sendo 60 suspeitos e 4 policiais. A operação se tornou a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.

Facção responde com interdições e fechamento de vias

Os locais estratégicos atacados pelos policiais eram apontados pela investigação como quartéis generais da facção criminosa. Em resposta à ação policial, criminosos deram início ao fechamento de vias importantes de toda a cidade e utilizaram mais de 50 ônibus e caminhões como barricadas, travando o trânsito e gerando pânico em toda a população carioca.

Quatro policiais foram mortos durante a operação (sendo dois do Bope), 81 pessoas suspeitas foram presas até o momento, entre eles, chefes do Comando Vermelho.


Megaoperação no Rio expõe guerra urbana no Complexo da Penha

O Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, amanheceu nesta terça-feira (28) sob intensos tiroteios e explosões que transformaram as ruas em um verdadeiro campo de batalha. Um vídeo gravado por moradores mostra quase 200 disparos em apenas um minuto, em meio a colunas de fumaça e gritos de desespero. A ação faz parte de uma megaoperação das forças de segurança do estado contra o tráfico de drogas.

As imagens, compartilhadas nas redes sociais, revelam barricadas em chamas e confrontos que se estenderam por várias comunidades da região. Segundo a Polícia Civil, criminosos reagiram à presença dos agentes com armamento pesado e chegaram a utilizar drones para lançar explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Apesar da intensidade, não há confirmação de feridos por esses ataques aéreos.

O clima de medo e tensão tomou conta dos moradores, que se viram encurralados em meio aos confrontos. Escolas e comércios não abriram, e o transporte público precisou ser interrompido em diversos trechos da Zona Norte. A população relata que as rajadas de tiros começaram ainda de madrugada e se intensificaram ao longo da manhã, dificultando até mesmo o trabalho de ambulâncias e equipes de resgate.

Balanço parcial aponta mais de 20 mortos e dezenas de presos

De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, ao menos 20 pessoas morreram, sendo 18 suspeitos e dois policiais. Nove agentes ficaram feridos, e três civis foram atingidos por balas perdidas, entre eles, um homem em situação de rua e uma mulher que estava em uma academia. Todos foram socorridos em hospitais da região.


Confira o vídeo das operações no Rio de Janeiro (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)

A operação resultou ainda na prisão de 81 pessoas, além da apreensão de 31 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Drones das polícias Militar e Civil captaram o momento em que criminosos fugiam em fila por uma área de mata na Vila Cruzeiro, vestindo roupas camufladas e carregando fuzis. A cena, semelhante a uma estratégia militar, reforçou o caráter de confronto direto entre facções armadas e as forças estatais.

Batizada de Operação Contenção, a ação integra um programa permanente do governo fluminense para conter o avanço do Comando Vermelho (CV) por territórios do estado. Com mais de 2.500 agentes mobilizados e 100 mandados de prisão a cumprir, a iniciativa já é considerada uma das mais letais da história recente do Rio de Janeiro, ficando atrás apenas das operações do Jacarezinho e da Vila Cruzeiro.

Governo estadual cobra apoio federal no combate ao crime

Em entrevista ao Bom Dia Rio, o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que o estado não tem condições de enfrentar sozinho o crime organizado que domina áreas extensas e de difícil acesso. Segundo ele, o território do Alemão e da Penha representa cerca de 9 milhões de metros quadrados de desordem urbana, onde a atuação policial é limitada pela geografia e pela presença armada de facções.

Santos reforçou que a presença da União é essencial para o combate efetivo à criminalidade. “Estamos lidando com um poder paralelo que controla comunidades inteiras. Sem o apoio do governo federal e de políticas públicas integradas, não há como recuperar essas áreas apenas com força policial”, declarou.

Ainda de acordo com o secretário, cerca de 280 mil pessoas vivem nas regiões afetadas pela megaoperação, convivendo diariamente com tiroteios, toques de recolher e insegurança. Ele destacou que o objetivo do estado é restabelecer o controle territorial e reduzir o poder de fogo das facções, mas alertou que as ações policiais, isoladamente, não resolvem o problema estrutural da violência urbana no Rio.

Operação conjunta no Alemão e Penha resulta em 76 vítimas entre mortos e presos

Confrontos armados entre forças de segurança e suspeitos ligados ao Comando Vermelho deixaram ao menos 18 mortos nesta terça-feira (28), durante uma megaoperação realizada em comunidades do Rio de Janeiro. A ação, que mobiliza cerca de 2.500 agentes, tem como objetivo capturar cerca de 100 integrantes da facção criminosa. Até o momento, 56 pessoas foram presas. Há relatos de policiais mortos, mas o número exato ainda não foi divulgado pelas autoridades estaduais.

Operação Contenção avança no Rio

Nesta fase da operação, os agentes se dirigiram aos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, esses locais têm sido utilizados como abrigo por lideranças do Comando Vermelho, tanto do estado quanto de outras regiões do país.

A ação faz parte de uma estratégia contínua do governo para conter o avanço da facção em áreas dominadas pelo tráfico.


Complexos do Alemão e da Penha sob cerco policial (Vídeo: reprodução/R7)

Logo nas primeiras horas da operação, a presença das forças policiais provocou intensos tiroteios nas comunidades. Para impedir o avanço das viaturas, criminosos montaram barricadas em diversas vias, mas os agentes conseguiram remover os bloqueios em áreas estratégicas e seguir com a ação.

Resumo da operação

Até o momento, 18 suspeitos morreram em confronto com as forças de segurança — entre eles, dois eram oriundos da Bahia e um do Espírito Santo. Nove agentes foram baleados durante a operação, e ao menos dois não resistiram aos ferimentos.

Três civis também foram atingidos: um homem em situação de rua, ferido nas costas por uma bala perdida; uma mulher que estava em uma academia, já liberada após atendimento; e um homem que se encontrava em um ferro-velho.

Além das mortes e feridos, 56 pessoas foram presas, sendo cinco delas hospitalizadas sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. As equipes policiais também apreenderam 25 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas durante a ação. O balanço ainda é parcial e pode ser atualizado pelas autoridades nas próximas horas.

Gato Preto tem Porsche apreendida em operação policial

Nesta sexta-feira (5), o influenciador Samuel Sant’anna, mais conhecido como Gato Preto, acabou sendo alvo da Polícia Civil no estado de São Paulo, com direito a mandados de busca e apreensão, no qual foi o seu Porsche e celulares. Não houve detalhes para a motivação das buscas dos policiais, mas tudo está voltado ao acidente que ocorreu na Faria Lima, no dia 20 de agosto, onde o famoso causou um acidente com seu veículo luxuoso.

Motivo da ação judicial e defesa se pronuncia

O procedimento busca aprofundar os esclarecimentos sobre o acidente em que Gato Preto teria avançado um sinal vermelho e colidido com outro veículo e um poste. O Porsche abordada na ação agora não estava registrado em nome dele, o que gerou suspeitas sobre a origem do veículo e sua ligação com o caso. A equipe jurídica do influenciador comunicou que Samuel colaborou integralmente com as autoridades e não ofereceu resistência durante as buscas. A defesa afirmou, ainda, que alguns bens apreendidos não se encaixam nos critérios definidos pela Justiça e já foram solicitadas medidas para que esses bens sejam imediatamente devolvidos.


Gato Preto com a sua Porsche, antes do acidente (Foto: reprodução/Instagram/@gatopretoneurose)

Sobre o acidente

No início da manhã do dia 20 de agosto, Gato Preto e a influenciadora Bia Miranda se envolveram em um acidente em São Paulo. O influenciador teria avançado um sinal vermelho com outro Porsche de luxo, atingindo um Hyundai HB20 e um poste. O condutor do HB20 e seu filho ficaram feridos. O jovem sofreu uma fratura na mandíbula e precisou ser hospitalizado.

Antes disso, ambos estavam em uma balada em São Paulo, sendo mostrado nas redes sociais eles bebendo. Após o ocorrido, o influenciador fez publicações breves em suas redes, para apagar logo depois, dizendo que “só queria sua casa” e o outro era um pequeno ferimento de uma das mãos.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após Gato Preto publicar que havia “perdido R$ 1,5 milhão”. Também surgiram registros de infrações anteriores, comportamento agressivo, recusa de teste do bafômetro e uma confusa cena em que ele foi encontrado nu em seu apartamento diante de policiais. Todas essas circunstâncias reforçam o contexto por trás da operação realizada hoje.

Justiça do Rio nega HC a Oruam e mantém prisão preventiva do rapper

A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou, nesta semana, o pedido de liberdade do rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam. A decisão, proferida pela desembargadora Marcia Perrini Bodart, confirmou a manutenção da prisão preventiva do artista, que responde por tentativa de homicídio qualificado contra dois agentes da Polícia Civil: o delegado Moyses Gomes e o investigador Alexandre Ferraz.

Justiça considerou comportamento agressivo do acusado

Em sua fundamentação, a magistrada destacou que as provas colhidas durante as investigações demonstram claramente a conduta violenta e desafiadora do músico. Os registros incluem tanto os confrontos presenciais com as autoridades policiais quanto as diversas manifestações agressivas publicadas pelo artista em suas redes sociais. A decisão judicial considerou essencial manter a medida cautelar prisional para preservação da ordem pública e da segurança coletiva, uma vez que o comportamento do réu durante todo o processo indicava clara tendência à reincidência.


Registro oficial do rapper Oruam na Penitenciária Serrano Neves (Reprodução/Instagram/@casobrasil)

O caso remonta a uma operação policial realizada em julho deste ano, quando Oruam teria resistido violentamente ao cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência. Segundo os autos do processo, o artista não apenas desacatou os policiais como também teria feito ameaças graves contra os agentes. A situação foi amplamente documentada tanto pelos próprios policiais quanto por materiais que circularam nas redes sociais.

Defesa poderá recorrer da decisão

A equipe de defesa do rapper, alegou em seus argumentos que a prisão preventiva configurava medida excessiva e desproporcional. Os defensores solicitaram a substituição da custódia por medidas alternativas como uso de tornozeleira eletrônica ou recolhimento domiciliar noturno. No entanto, a magistrada considerou que tais medidas não seriam suficientes para garantir a ordem pública nem a continuidade do processo.

Atualmente, Oruam permanece custodiado na Penitenciária Serrano Neves, localizada no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. O artista, que se entregou espontaneamente às autoridades logo após a decretação de sua prisão, está em cela comum do presídio. O caso segue em tramitação na Justiça fluminense, com prazo de dez dias para manifestação do Ministério Público sobre os próximos passos processuais.