Justiça inglesa condena BHP em ação ligada ao desastre da barragem de Mariana

A Justiça da Inglaterra condenou a mineradora BHP, acionista da Samarco, por responsabilidade no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais.

A decisão, divulgada nesta semana em Londres, resulta de um processo movido por milhares de atingidos que buscam reparação pelos danos ambientais, sociais e econômicos causados pela tragédia de 2015, considerada o maior desastre ambiental do Brasil.

A condenação da mineradora BHP

A mineradora anglo-australiana BHP foi considerada responsável pela Justiça do Reino Unido e deverá compensar financeiramente os atingidos pelo colapso da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015. A empresa divide com a Vale o controle da Samarco, responsável pela estrutura que se rompeu.

A decisão foi tornada pública pelo Tribunal Superior de Londres, embora o montante da reparação ainda não tenha sido definido. O cálculo das indenizações será tratado em uma etapa posterior do processo, que também definirá quem terá direito aos pagamentos.

Após o veredito, a BHP declarou que pretende contestar o resultado. A ação movida no Reino Unido reúne aproximadamente 620 mil pessoas, além de cerca de 2 mil empresas e 31 administrações municipais, configurando o maior processo ambiental já analisado pelo Judiciário britânico.


Desastre em Mariana (Foto: reprodução/ Instagram/ @portalcidadedemariana)


Em fases anteriores, o total reivindicado chegou a ser estimado em 36 bilhões de libras (cerca de R$ 250 bilhões), cifra que, se confirmada, representaria o maior valor indenizatório já visto em um tribunal inglês e um dos maiores do cenário global.

De acordo com o escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos, o valor anteriormente estimado deverá passar por uma revisão. O montante será recalculado levando em consideração a quantidade atual de municípios que permanecem na ação já que 15 deles decidiram sair do processo e também as determinações feitas pela magistrada responsável pelo caso.

Em julho de 2024, Vale e BHP comunicaram ter firmado um acordo para dividir de forma igualitária eventuais pagamentos decorrentes de ações judiciais em andamento na Europa. Além do processo no Reino Unido, há também uma disputa aberta na Holanda envolvendo a Vale e a subsidiária holandesa da Samarco.

No Brasil, até o momento, não houve condenações relacionadas ao rompimento da barragem. A Justiça Federal absolveu Samarco, Vale, BHP e ex-dirigentes, mas o Ministério Público Federal recorreu, e o caso segue em análise no Tribunal Regional Federal da 6ª Região, com sede em Belo Horizonte.

Paralelamente, no final de 2024, foi firmado um acordo no valor de R$ 170 bilhões entre Vale, BHP e Samarco e autoridades federais e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, destinado a reparar os danos provocados pela ruptura da barragem de Fundão.

O rompimento resultou em 19 mortes e liberou mais de 40 milhões de metros cúbicos de resíduos no ambiente. A empresa BHP foi contatada para se manifestar sobre a decisão judicial e ainda não forneceu resposta.

Embates na Justiça

Os representantes das vítimas conseguiram levar a BHP aos tribunais britânicos porque a companhia mantinha uma filial no Reino Unido na época do desastre e também possuía ações listadas na bolsa de Londres. A BHP e a Vale alegavam que o processo era desnecessário, afirmando que tratava de questões já abordadas pela extinta Fundação Renova e por ações em andamento no Brasil.

A Justiça inglesa inicialmente havia barrado a ação, mas uma decisão de apelação em 2023 reabriu o caso ao concluir que os mecanismos disponíveis no Brasil não eram suficientes para descartar o processo no Reino Unido. A reviravolta judicial levou a BHP a tentar incluir a Vale na disputa, enquanto a mineradora brasileira contestou por não estar sob jurisdição britânica. Depois de meses de impasse, ambas chegaram a um acordo para dividir custos em caso de derrota.

A lentidão do julgamento no Reino Unido ampliou tanto o número de afetados quanto o valor potencial das indenizações. Em 2020, cerca de 200 mil pessoas participavam da ação; hoje, esse total supera 600 mil.

Vereadores de Belo Horizonte decidem citar Moraes como “persona non grata”

Vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte, aprovaram ontem, segunda-feira (08/09), uma moção que cita o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, como umapersona non grata”. Decisão vem em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e da aproximação das Eleições de 2026.

Moraes x bolsonarismo

Em meio a um julgamento histórico contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (acusado de Golpe de Estado e outros crimes), uma atitude do vereador mineiro Pablo Almeida (PL-MG) gerou repercussão nas redes sociais no começo desta semana. Ele propôs uma moção que torna o Ministro do STF uma “persona non grata”. O termo, traduzido do latim, significa pessoa “indesejada”, “não bem-vinda” ou “não agradável”.

Parlamentares da oposição, do PT e do PSOL, foram contra a decisão da Câmara, e disseram que essa ação poderia ser usada para uma situação ou algo mais grave e não por “capricho político”, ou como “instrumento de perseguição política”.

A justificativa usada pelos aliados do vereador do PL foi que Alexandre de Moraes se manifestou de forma obscena em uma partida de futebol, no dia 30 de julho de 2025, em um vídeo que viralizou na Arena Neoquimica, em São Paulo. Outra pauta usada foi a aplicação da lei Magnitsky em Moraes, usada pelo presidente dos Estados Unidos Trump a estrangeiros corruptos e que ferem os Direitos Humanos.


Pablo Almeida, autor da proposta (Vídeo: reprodução/Instagram/@pabloalmeidabh)

Alexandre de Moraes x golpe de Estado

Moraes será o vice do STF a partir do dia 29 de setembro de 2025 e quem assume a presidência do tribunal será o Ministro Flavio Dino. Mas antes disso, nos dias  9, 10, 11 e 12, Moraes e mais quatro ministros da primeira turma do STF, (Flavio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux) julgam oito réus acusados de dar um golpe de Estado no Brasil. São eles:

  • Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente;
  • Alexandre Ramagem, deputado federal;
  • Almir Garnier, comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI  de Bolsonaro;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil de Bolsonaro.

A decisão final do julgamento sai na sexta-feira (12/09).

Justin Bieber desperta rumores sobre visita ao Brasil

O cantor canadense Justin Bieber, 31, compartilhou nas redes sociais uma série de fotos em um cenário cercado por árvores, com bancos de madeira e clima bucólico. Como trilha sonora, escolheu “Águas de Março”, clássico de Elis Regina e Tom Jobim, o que despertou a curiosidade e gerou especulações entre seus fãs.

Justin Bieber em Minas Gerais

Segundo alguns fãs, as imagens podem ter sido registradas na casa de familiares de Hailey Bieber, esposa de Justin. A modelo e empresária é filha de Kennya Deodato, natural de Minas Gerais, e inclusive tem o nome do estado tatuado no tornozelo.

Nos comentários, internautas levantaram a hipótese de que o casal estaria no estado. Um seguidor afirmou que a residência mostrada nas fotos lembra uma fazenda mineira, citando características como paredes de cimento, banco de madeira e telhado típico.


Justin Bieber em publicação nas redes sociais com esposa e amigos (Foto: reprodução/Instagram/@lilbieber)

Justin Bieber mantém uma relação próxima com a cultura brasileira, influência que vem de sua esposa, Hailey Bieber. Filha da designer Kennya Deodato e neta do pianista Eumir Deodato, a modelo norte-americana já expressou diversas vezes seu apreço pelo país. Entre as homenagens, traz tatuado o nome do estado natal da mãe, Minas Gerais, além de outras palavras em português espalhadas pelo corpo.

Raízes brasileiras de Hailey Bieber

Não é a primeira vez que Hailey Bieber aparece envolvida em pautas do Brasil. Ela não esconde suas origens brasileiras, usa roupas estampadas com a bandeira do Brasil e inclusive, já postou fotos comendo pão de queijo, comida típica de Minas Gerais. 

 “Não tem sensação melhor do que saber que o Justin Bieber conhece e frequenta Minas Gerais”, brincou uma seguidora nos comentários do photodump do cantor. “A parede de concreto é rebocada, o piso batido, o banco parecendo de casinha do interior, a música, o telhado marrom… ESTÁ NO BRASIL SIM”, escreveu outro internauta. 

A última vinda oficial do cantor canadense ao Brasil, foi em 2017, para se apresentar no festival “Rock in Rio”. Mesmo sem ter lançado um novo álbum na época, Justin Bieber apostou em uma apresentação de 1h30, com clássicos, e encerrou a apresentação envolto na bandeira do Brasil.