Medicina lidera o rank da FUVEST 2026

A Fuvest divulgou a escolha de cursos para o vestibular 2026, confirmando mais uma vez a força da área da saúde. O curso de Medicina segue como o mais concorrido da Universidade de São Paulo (USP), alcançando 55,75% das inscrições na primeira opção e 32,33% na segunda, com uma concorrência recorde de 90,7 candidatos por vaga.

Já o curso de Psicologia aparece em segundo lugar entre os cursos mais procurados, com 10,32% dos inscritos em primeira opção e 17,53% em segunda, mostrando o crescente interesse dos estudantes pelas áreas que envolvem o cuidado e o comportamento humano. Essa grande procura cresceu a partir da pandemia, trazendo um entendimento sobre a vida humana e seu comportamento e consequentemente um olhar mais acentuado para a humanidade.

Tendências entre os candidatos da FUVEST 2026

A lista de cursos mais buscados mostra que os estudantes continuam priorizando formações ligadas à saúde e às ciências humanas. Além de Medicina e Psicologia, também há destaque para áreas voltadas ao bem-estar e à compreensão do ser humano. Essa preferência reforça a valorização de profissões que oferecem contato direto com pessoas e a possibilidade de atuação social significativa.

Por outro lado, a menor procura por cursos de áreas técnicas e exatas mostra que o perfil do vestibulando atual tem se voltado para o desenvolvimento pessoal e interpessoal, buscando carreiras em que o diálogo, o cuidado e a empatia sejam centrais.


Vagas mais procuradas pelos estudantes (Foto: reprodução/Instagram/@fuvest.oficial)

O que revelam os números da FUVEST 2026

Os dados da Fuvest reforçam uma tendência que vem se repetindo nos últimos anos pós-pandemia: os estudantes estão mais atentos à realização pessoal e ao propósito profissional. A escolha por Medicina e Psicologia reflete não apenas o prestígio das carreiras, mas também o desejo de contribuir com a saúde física e mental da sociedade. Em um cenário de mudanças sociais e emocionais, o interesse crescente por essas áreas mostra que o futuro profissional dos jovens está cada vez mais ligado à empatia e ao compromisso com o outro.

Nobel de Medicina 2025: quem são e o que descobriram os vencedores

Nesta segunda-feira (6), a organização do Prêmio Nobel anunciou os vencedores da categoria Fisiologia ou Medicina de 2025: Mary Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi. O trio de cientistas foi reconhecido por suas descobertas sobre a tolerância imunológica periférica — um avanço que abriu caminho para novos tratamentos contra o câncer e doenças autoimunes.

A escolha dos vencedores do Nobel de Medicina é feita pela Assembleia Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia. Além da medalha de ouro entregue pelo rei sueco, os laureados recebem um prêmio de 11 milhões de coroas suecas, equivalente a cerca de US$ 1,2 milhão.

Vencedores do Nobel 2025

A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre cada um dos cientistas que protagonizam essa conquista histórica.

  • Mary E. Brunkow, nascida em 1961, é doutora pela Universidade de Princeton e atua como Gerente Sênior de Programas no Instituto de Biologia de Sistemas, em Seattle. Com uma carreira marcada por inovação.
  • Shimon Sakaguchi nasceu em 1951, na cidade de Nagahama, Japão. Formado em Medicina pela Universidade de Kyoto, onde também concluiu seu doutorado e construiu uma carreira brilhante na área da imunologia, hoje ele é Professor Emérito na Universidade de Osaka, reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre o sistema imunológico.
  • Fred Ramsdell, nascido em Elmhurst, Illinois, em 1960, é doutor pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e atua como consultor científico na Sonoma Biotherapeutics, em San Francisco.

Imagem ilustrativa dos vencedores do prêmio Nobel de 2025 (Foto: reprodução/CNN/Niklas Elmehed)

Em 1995, Shimon Sakaguchi desafiou a ciência ao mostrar que a tolerância imunológica não depende só do timo. Ele revelou uma segunda defesa: as células T reguladoras, que agem como “guardas” do sistema imunológico, evitando ataques às próprias células.

A descoberta que fez história

A pesquisa premiada com o Nobel de Medicina 2025 revelou um mecanismo essencial para proteger o corpo de si mesmo: a tolerância imunológica periférica. Publicado na revista Nature, o estudo mostra como o sistema imunológico evita reações perigosas contra células saudáveis, graças à ação das células T reguladoras, verdadeiras “guardiãs” que mantêm o equilíbrio entre defesa e autodestruição.

Segundo Marie Wahren-Herlenius, professora de reumatologia do Instituto Karolinska, o Nobel de Medicina 2025 destaca como o corpo consegue equilibrar a defesa contra micróbios sem desencadear doenças autoimunes — um verdadeiro controle de precisão do sistema imunológico.

Câmara acelera projeto polêmico que exige exame obrigatório para médicos

Em decisão desta quarta-feira (16), a Câmara dos Deputados aprovou a tramitação em regime de urgência para o projeto que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina. A medida permite que a proposta seja votada diretamente no plenário, sem necessidade de análise prévia pelas comissões temáticas da Casa.

Novo requisito para exercício da medicina

O projeto estabelece que:

  • O exame será obrigatório para obtenção do registro profissional nos CRMs;
  • Médicos só poderão clinicar após aprovação na avaliação;
  • A prova avaliará conhecimentos teóricos e habilidades práticas;
  • O modelo segue padrão similar ao exame da OAB para advogados.

Uma instituição federal de ensino superior, a ser indicada pelo Ministério da Educação, ficará responsável pela elaboração e aplicação do exame. O conteúdo seguirá as diretrizes curriculares nacionais do curso de medicina, abrangendo todas as áreas essenciais da formação médica.



Polêmica divide opiniões no Congresso

Os defensores da proposta argumentam que:

  • O exame garantirá padrão mínimo de qualidade profissional;
  • Reduzirá disparidades na formação entre instituições;
  • Protegerá a população de profissionais mal preparados;
  • Segue modelo bem-sucedido em outras profissões.

Por outro lado, os opositores alegam que:

  • Cria barreira adicional para exercício profissional;
  • Pode prejudicar estudantes de universidades públicas;
  • Não resolve problemas estruturais da formação médica;
  • Aumenta custos para os recém-formados.

Próximos passos da tramitação

Com o regime de urgência aprovado:

  • O projeto pode ser votado a qualquer momento;
  • Necessita de aprovação em plenário na Câmara;
  • Depois segue para análise do Senado Federal;
  • Por fim, depende de sanção presidencial.

Especialistas em educação médica destacam que, se aprovado, o exame poderá:

  • Uniformizar o padrão de formação no país;
  • Identificar deficiências curriculares;
  • Estimular melhorias no ensino médico;
  • Oferecer dados para políticas públicas na área.

A discussão promete se intensificar nos próximos dias, com entidades médicas, educacionais e estudantis se posicionando sobre o tema. Enquanto isso, o Governo Federal sinaliza apoio à medida, considerando-a fundamental para a qualificação dos serviços de saúde no país.