Governo deseja tornar “Pé-de-Meia” permanente

O governo Lula deseja incluir no texto da PL (Projeto de Lei) do Metanol, que torna crime hediondo a adulteração e falsificação de bebidas, um dispositivo para incluir o programa de Pé-de-Meia no orçamento anual da Educação e torná-lo permanente. Com a manobra, o programa seria transformado em uma bolsa, eliminando assim, seu teto de R$ 20 bilhões em ano eleitoral.

Um ”jabuti” necessário

Cotado como um dos destaques da atual administração, o Programa Pé-de-Meia (instituído pela Lei nº 14.818/2024) seria na prática, incluído como uma das medidas fiscais infiltradas (chamadas popularmente de ”jabuti) no projeto de Lei 2307/2007, conhecido como ”PL do Metanol”, o relator é o deputado Kiko Celeguim (PT-SP).

No princípio, a medida se encontrava prevista na MP (medida provisória) 1303, que possuía alternativas ao comento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a MP, no entanto, foi excluída de pauta no plenário da Câmara dos Deputados e então perdeu a validade no dia 8 de outubro, representando uma derrota para o governo e produzindo impacto fiscal de R$ 30 bilhões em 2026.

Com o ajuste da execução orçamentária do Pé-de-Meia, o governo regulariza uma de suas principais pendências com o TCU (Tribunal de Contas da União). A alteração atende a uma exigência realizada pelo tribunal, que, em janeiro, chegou a bloquear recursos destinados ao programa por via de uma medida cautelar. O programa é operado parcialmente fora do Orçamento da União.

A expectativa é de que o texto seja votado ainda nesta semana. durante a semana de esforço concentrado de votações da Câmara.


Para mais informações sobre o programa, consulte o site do Governo Federal (Foto: reprodução/X/@PTnaCamara)

A importância do Pé-de-Meia

O Pé-De-Meia é um programa que se propõe a ser um incentivo financeiro visado para estudantes do ensino médio da rede pública, jovens esses inscritos com suas famílias no Cadastro Único de programas sociais, com o objetivo de reduzir a evasão escolar e garantir a permanência dos alunos na escola. O programa atende grupos familiares com renda de até meio salário mínimo (ou R$ 760) por pessoa.

Mensalmente, cada aluno recebe R$ 200, e cumprindo a frequência, receberia um extra de R$ 1.000 em uma poupança equivalente por cada ano cursado. O programa ainda dá um valor adicional de de R$ 200 pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Trump exige que governo dos EUA o indenize em US$ 2,4 bilhões por investigação

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump entrou com uma demanda para que o governo federal lhe pague cerca de US$ 2,4 bilhões em indenização (equivalente a cerca de R$ 12 bilhões) sob o argumento de ter sido alvo de investigação “injusta e motivada politicamente”. A ação representa um novo capítulo da longa batalha judicial e política em que Trump se vê envolvido, ampliando o confronto entre ele e órgãos de Estado.

Motivos da reivindicação

Trump afirma que a investigação em seu desfavor ultrapassou os limites legais e violou seus direitos, contribuindo para prejuízos financeiros e danos à sua imagem pública. Ele sustenta que os processos foram impulsionados por motivações partidárias e não apenas por critérios jurídicos. A exigência de indenização se baseia em cálculos que incluem perdas diretas, lucro cessante e danos morais, segundo advogados que trabalham com o caso.


Donald Trump ( Reprodução / Pool / Getty Images Embed)

Repercussão político-judicial

A ação provocou reação entre autoridades e observadores jurídicos nos EUA. Críticos argumentam que o pedido de Trump visa pressionar e deslegitimar as investigações em curso, enquanto apoiadores do ex-presidente interpretam a medida como estratégia para reforçar sua narrativa de vítima de perseguição. O debate reflete a polarização política profunda que marca o país, especialmente em torno da figura de Trump e seu legado.

Próximos passos do litígio

O processo deverá passar por uma análise preliminar sobre a admissibilidade e os possíveis fundamentos legais de uma causa de ação civil contra o governo. Caso seja aceito, o julgamento pode se estender por meses ou até anos, devido à complexidade institucional do caso e ao alto valor reclamado. A medida abre precedentes significativos quanto à responsabilização do Estado em investigações envolvendo figuras públicas e levanta questionamentos sobre os limites entre o interesse público e a proteção de direitos individuais. Especialistas em direito constitucional e processo americano acompanham de perto a situação, destacando que a decisão poderá influenciar futuras disputas jurídicas semelhantes e definir novos parâmetros para a relação entre poder político e justiça nos Estados Unidos.

Boulos promete aproximar governo da população e dos movimentos sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (20) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A pasta é responsável por articular o governo com os movimentos sociais e com a sociedade civil. A nomeação foi oficializada após uma reunião no Palácio do Planalto, que contou com a presença de Márcio Macedo, ministro substituído por Boulos.

“Minha missão será levar o governo para a rua”, diz Boulos

Após o anúncio, Boulos agradeceu a Lula por meio das redes sociais e afirmou que pretende aproximar o governo da população.

“Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, declarou.

O novo ministro também ressaltou sua trajetória nos movimentos sociais e prometeu “honrar a confiança com muito trabalho”.

De acordo com fontes do Planalto, Boulos deve permanecer no cargo até o fim do mandato de Lula e não disputará as eleições de 2026. A escolha representa um gesto político relevante do presidente em direção à esquerda, fortalecendo a presença do PSOL e de lideranças ligadas aos movimentos populares no núcleo do governo. A Secretaria-Geral é um dos cinco ministérios sediados no próprio Palácio do Planalto, o que garante contato direto com o presidente.


Presidente Lula durante a transição entre Márcio Macedo e Guilherme Boulos (Foto: Reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Trajetória marcada por militância e liderança

Aos 42 anos, Guilherme Boulos é um dos principais nomes da esquerda brasileira. Professor e psicanalista, formou-se em Filosofia e se destacou como liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Foi candidato à Presidência da República em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024. Em 2022, elegeu-se deputado federal com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado do estado de São Paulo.

Já Márcio Macedo, ex-deputado e um dos vice-presidentes do PT, comandava a Secretaria-Geral desde janeiro de 2023. Em sua gestão, coordenou o G20 Social e manteve diálogo com movimentos populares, embora tenha enfrentado críticas por dificuldades de mobilização em eventos recentes.

A transição entre as equipes de Macedo e Boulos já está em andamento e deve ser concluída nos próximos dias.

Matéria por Ana Julia Agra (In Magazine)

Presidente do Equador sofre tentativa de atentado

Nesta terça (7) o presidente do Equador, Daniel Noboa, foi alvo de um atentado ao ter seu carro cercado por uma multidão ao chegar na província de Cañar, região central do Equador onde ele teria um evento.

Segundo Inès María Manzano, ministra de energia do governo de Noboa, foi uma tentativa de assassinato. o veículo ficou com marcas de tiros, janelas foram quebradas por conta das pedras que também foram jogadas. O governo informou que uma denúncia formal já foi feita e que pelo menos 5 pessoas foram presas e todos vão ser indiciados por terrorismo e tentativa de homicidio

A confederação de nacionalidades indígenas do Equador (Conaie) que é a maior organização dos povos originários, afirmou que o exército agiu brutalmente contra pessoas, incluindo mulheres idosas, que estavam pela região por onde o carro de Noboa passava e que 5 pessoas foram presas injustamente.


Comitiva presidencial do Equador sendo atacada (Vídeo: Reprodução/ Instagram/ @presidenciaec)

Entenda o motivo das manifestações

  O protesto se instaurou contra o aumento do preço do diesel, que passou de US$1,80 para US$2,80 por galão, causado pelo fim do subsídio do governo equatoriano. A Conaie foi a responsável por organizar as manifestações com bloqueios de vias em várias províncias do país. Segundo dados oficiais, com 1 morto e 150 feridos (entre civis, militares e polícia) e por volta de 100 pessoas presas. 

   No último sábado (5) Noboa decretou estado de emergência por 60 dias em 10 províncias e citou que é uma grave comoção interna. O decreto menciona as paralisações e atos de violência que alteram a ordem pública e ainda fala sobre uma radicalização dos protestos. O governo também classifica as manifestações como “atos terroristas” e ameaça os responsáveis com até 30 anos de prisão. E acusou, sem provas apresentadas, que mafiosos estariam infiltrados e nomeou a quadrilha venezuelana Tren de Aragua. 

  No domingo (6) a Conaie acusou o governo de responder com repressão às demandas do povo e que o estado está militarizando os territórios indígenas. Eles afirmam que o aumento de 56% no preço do diesel atinge diretamente os camponeses, além de reivindicarem a redução do IVA de 15% para 12% e mais recursos para saúde e educação pública. 

O líder da Conaie, Marlon Vargas afirmou que se fosse necessário, os manifestantes tomariam Quito. Noboa logo respondeu que ninguém pode vir e tomar a capital dos equatorianos à força e que se “os que atuam como delinquentes, serão tratados como tal”.

Quem é Daniel Noboa

Se tornou o presidente mais jovem da história do Equador quando tomou posse em 2023 aos 35 anos e foi reeleito esse ano com 56% dos votos. Contrariando seu pai, Álvaro Noboa, que concorreu à presidência do país por 5 vezes, sem sucesso em nenhuma delas. 

Daniel nasceu nos EUA e veio de uma família dona de um império empresarial, estudou nas melhores universidades estrangeiras e foi presidente da Comissão de desenvolvimento econômico no seu mandato como deputado. Casado com a influenciadora Lavínia Valbonesa e pai de 3 filhos, sendo um com sua ex-esposa Gabriela Goldbaum. 

Na época das eleições definiu sua candidatura como centro-esquerda mas ganhou com o apoio de grande parte da direita e adotou um governo, que na prática, é centro-direita. Também é conhecido por evitar se expor em palanques e entrevistas. 

Tem sido muito critticado pelas organizações de direitos humanos por usar o abuso da força nas manifestações e tem duas acusações fortes contra ele por machismo e violência de gênero. Uma de sua ex-mulher, Gabriela Goldbaum que o acusa de usar a filha de ambos para lhe causar dor, a impedindo de se comunicar com a menina de 5 anos. E a outra por sua vice na chapa vencedora de 2023, Verónica Abad, que o acusa de tentar afasta-lá do cargo.

Assessoria de Hungria contesta ministro após resultado negativo de metanol

O Cantor, rapper e compositor Hungria foi internado na última quinta-feira (02), após uma suspeita de ingestão de bebida adulterada. Por nota, a assessoria de imprensa do cantor disse que a internação foi uma precaução por orientação médica após o cantor sentir um mal-estar.

Durante a semana subiu para 225 o número de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil. Os casos começaram em São Paulo e se espalham por vários estados do Brasil.

Ministério da Saúde descarta intoxicação

No último domingo (05), o cantor tranquilizou seus fãs por meio de uma publicação no Instagram em que ele mostrou registros ao lado dos filhos, dizendo que ele estava tendo uma boa evolução clínica e já estava recebendo alta naquele mesmo dia.

O irmão de Hungria, Leandro Hungria, se pronunciou a respeito dos sintomas que o irmão apresentava ao ser socorrido: náuseas intensas, visão embaçada, palidez acentuada e fortes dores no estômago. Assim que chegou ao hospital, ele recebeu os primeiros cuidados e foi encaminhado para a UTI.

O cantor Hungria teve alta no domingo, (05) e foi liberado para casa, mas o resultado clínico dos exames realizado nele ainda não foi concluído. Sua assessoria se pronunciou sobre o caso no portal Leo Dias, após o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmar em uma entrevista ao portal Metrópoles que os exames realizados em Hungria não detectaram a presença de metanol nem de derivados da substância em seu organismo.


Cantor Hungria agradece fãs e equipe médica em despedida do hospital - (Foto: Reprodução | Instagram: hungria_oficial)

Assessoria do cantor nega ter acesso a exames clínicos

A assessoria do cantor negou que os exames de Hungia tenham ficado prontos e contestou a declaração do ministro Alexandre Padilha em uma entrevista ao portal Metrópoles. Uma nota foi divulgada pela equipe do cantor e disse: “Nós não estamos confirmando isso, uma vez que não recebemos ainda os resultados dos exames, então não conseguimos saber ainda ter um diagnóstico definido”, declarou a assessoria.

Durante os três dias em que permaneceu internado na UTI do hospital DF Star, em Brasília, Hungria recebeu o antídoto utilizado para combater a intoxicação por metanol, o etanol por intravenosa, e passou por sessões de hemodiálise.

Governo retoma debate sobre jornada 6×1 com proposta de modelo flexível

Após intensa pressão popular contra a PEC da Blindagem, o governo volta suas atenções para outro tema que vem sendo debatido há meses: a adoção da jornada de trabalho 6×1.

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) afirmou que a tramitação da proposta pode começar no início de dezembro. Segundo ele, já há conversas em andamento com todos os setores envolvidos, e a expectativa é de que, até a segunda quinzena de novembro, um parecer esteja pronto para ser apresentado.

Depoimento de Luiz Gastão

“A iniciativa privada sustenta cerca de 65% a 70% dos empregos formais no Brasil. Pequenas empresas carregam uma grande parcela da força de trabalho, com altos custos de mão de obra e encargos salariais. Enquanto isso, o Judiciário, por exemplo, opera com uma estrutura enxuta. Quem paga essa conta? É preciso enfrentar os privilégios”, declarou o deputado.


Ministra Gleisi Hoffmann e deputada Erika Hilton falam sobre o fim da escala 6x1 (Vídeo: reprodução/Instagram/@hilton_erika)

O texto que defende a redução da jornada para quatro dias de trabalho e três de descanso já conta com o apoio de 171 parlamentares. Ainda assim, deve passar por ajustes, já que o relator estuda incluir a opção de um modelo flexível de jornada, considerando o pagamento proporcional às horas trabalhadas, proposta defendida pela oposição.

Apesar da movimentação política e do tom de urgência dado por parte do Congresso, o tema ainda corre o risco de se arrastar até 2026, especialmente diante das divergências entre empresários e sindicatos.

Opinião do povo paulistano

Uma pesquisa do Instituto Locomotiva, divulgada em 19 de setembro, revelou que 60% dos trabalhadores da cidade de São Paulo preferem ter uma hora livre a mais por dia a receber 10% de aumento salarial. O dado reflete uma mudança importante de mentalidade: mais do que o ganho financeiro, o trabalhador busca hoje uma vida com mais qualidade, tempo e equilíbrio entre carreira e bem-estar.

União Brasil dá 24 horas para filiados deixarem cargos no governo

O partido União Brasil decidiu nesta quinta-feira (18) que todos os filiados ocupando cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixem as funções em até 24 horas. A medida atinge diretamente o ministro do Turismo, Celso Sabino, e ocorre no mesmo momento em que o presidente do partido, Antônio Rueda, é citado em reportagens sobre suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O prazo imposto pela sigla se encerra nesta sexta-feira (19).

Saída imediata do governo

A resolução do União Brasil obriga a entrega de cargos em ministérios, autarquias, fundações e empresas públicas. Quem não obedecer poderá responder a processo disciplinar por infidelidade partidária e até ser expulso da legenda. O estatuto do partido autoriza qualquer filiado a denunciar casos de descumprimento.

Celso Sabino, único ministro da sigla no governo, passa a ser o principal alvo da pressão. Sua permanência no cargo depende de um acordo político que ainda não foi anunciado. A decisão também antecipa o desembarque do União Brasil do governo, já que a sigla formalizou com o Progressistas a criação da federação União Progressista, com foco nas eleições de 2026.


Presidente do Brasil (Foto: reprodução/Getty Images Embed/NurPhoto)

Rueda nega acusações

Além da disputa com o governo, o partido enfrenta repercussões das denúncias contra Antônio Rueda. Reportagens apontaram que o dirigente teria mantido contato com pessoas investigadas por ligação com o PCC. Ele nega qualquer envolvimento e afirma que as acusações têm caráter político, destinadas a desgastar sua imagem e enfraquecer a legenda.

Em nota, o União Brasil declarou apoio a Rueda e classificou as acusações como falsas. Paralelamente, a legenda tenta fortalecer sua posição para as próximas eleições presidenciais. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é o principal nome para disputar a Presidência, mas parte dos dirigentes da nova federação defende a aproximação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No centro dessa movimentação está Celso Sabino, cuja saída ou permanência no governo pode definir os rumos da relação entre o União Brasil e o Palácio do Planalto.

Nepal tem primeira-ministra mulher após renúncia de K.P. Sharma Oli

Após a renúncia do primeiro-ministro K.P. Sharma Oli, o Nepal passa a ser governado por Sushila Karki, que se torna a primeira mulher a assumir a chefia do país. Shusila tomou posse do cargo nesta sexta-feira (12).

A saída de Oli ocorreu em meio a uma onda de protestos anticorrupção, organizados principalmente pela geração Z. Jovens tomaram as ruas contra a proibição das redes sociais, medida que o governo justificava como forma de conter notícias falsas e discursos de ódio. Na prática, a restrição ocorreu após ganhar força nas plataformas digitais o movimento #NepoKids, criado para expor a vida luxuosa dos filhos de políticos, enquanto a maioria da população enfrenta dificuldades. A hashtag se transformou em símbolo contra o nepotismo, prática que favorece parentes de autoridades em cargos públicos.

Quem é Sushila Karki

Karki já era uma figura de destaque no país por presidir a Suprema Corte do Nepal. Sua nomeação para primeira-ministra contou com apoio popular, em especial dos manifestantes que exigiam a saída de Oli. Sua imagem de honestidade, integridade e atuação firme contra a corrupção fortaleceu sua aceitação. A escolha, no entanto, também envolveu articulação política com Ram Chandra Paudel e o chefe do Exército, Ashok Raj Sigdel.


Sushila Karki, de 73 anos, foi designada para ser a próxima primeira-ministra do Nepal (Foto: reprodução/Instagram/@portal7)

Expectativas para o novo governo

O Nepal enfrenta instabilidade política e econômica desde o fim da monarquia, em 2008. A crise agravou o desemprego e levou milhares de nepaleses a buscar oportunidades em países vizinhos ou até mais distantes.

Diante desse cenário, a população deposita grandes expectativas na gestão de Karki. Espera-se que ela fortaleça o combate à corrupção, garanta estabilidade institucional e ofereça governança mais transparente. Entre suas prioridades estão medidas de segurança pública e o fortalecimento das forças policiais.

O primeiro desafio da nova primeira-ministra, porém, será investigar e responsabilizar os envolvidos nos atos de vandalismo registrados durante os protestos recentes. A condução desse processo será vista como um teste inicial de sua disposição em manter a ordem e fazer valer a lei.

Gás do Povo: governo lança programa para beneficiar 15,5 milhões de famílias

Nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte, foi lançado o Programa do Governo “Gás do Povo”. O programa deve beneficiar cerca de 15,5 milhões de famílias, com início previsto para 30 de outubro, substituindo o Auxílio Gás e podendo triplicar o número de beneficiários.

Para ser beneficiário, é necessário estar cadastrado no Cadastro e ter renda mensal igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa.

Programa Gás do Povo

O Programa Gás do Povo integra as ações do governo para reduzir os impactos da inflação sobre as famílias de baixa renda, oferecendo um alívio direto no orçamento doméstico. Além disso, busca ampliar o acesso ao gás de cozinha de forma mais organizada e segura, fortalecendo a rede de revendas credenciadas e garantindo transparência na distribuição dos benefícios.


Governo Lula lança programa Gás do Povo (Foto: reprodução/X/@govbr)

Como vai funcionar

Os beneficiários poderão trocar um voucher por um botijão em 59 mil revendas credenciadas, identificadas pela placa “Aqui tem Gás do Povo”, com acesso feito por meio do cartão do Bolsa Família. O programa terá custo estimado de R$ 5 bilhões em 2026, e, segundo o ministro Alexandre Silveira, representará uma economia de mais de 10% do salário mínimo no orçamento das famílias beneficiadas.

A região Nordeste concentra o maior número de famílias que se enquadram no perfil do programa, com 7,1 milhões. Em seguida vêm o Sudeste, com 4,4 milhões; o Norte, com 2,1 milhões; o Sul, com 1,1 milhão; e o Centro-Oeste, com 889 mil famílias beneficiárias.

O programa também têm acompanhamento contínuo dos beneficiários, garantindo que os recursos cheguem de forma justa e eficiente. As expectativas são que a iniciativa contribua para a melhoria da qualidade de vida das famílias mais vulneráveis, reduzindo despesas básicas e promovendo maior dignidade no acesso a um item essencial como o gás de cozinha

O governo destaca ainda que o Gás do Povo não se limita apenas ao benefício financeiro, mas também representa uma política de inclusão social. Ao assegurar o acesso regular ao gás de cozinha, o programa contribui para melhorar a alimentação, a saúde e o bem-estar das famílias, reduzindo desigualdades e garantindo condições mais dignas para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.

Escândalo farmacêutico envolve irmã do presidente da Argentina Javier Milei

A Justiça argentina iniciou uma investigação sobre um possível esquema de corrupção que envolve Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei. A apuração teve início após a divulgação de áudios que sugerem sua participação em um suposto esquema de suborno relacionado à distribuição de medicamentos voltados para pessoas com deficiência.

Karina, que ocupa o cargo de secretária-geral da Presidência e exerce forte influência na administração do irmão, passou a ser o centro de uma denúncia que coloca em xeque a cúpula do governo argentino.

O escândalo vem à tona em um momento de tensão política para Javier Milei, que enfrenta desgaste no Congresso. Nesta semana, deputados se mobilizaram para reverter um veto presidencial que impedia a ampliação de verbas destinadas ao atendimento de pessoas com deficiência, ampliando a pressão sobre o governo.

Denúncia abala núcleo do governo Milei

Segundo Diego Spagnuolo, ex-chefe da Andis, Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem teriam montado um esquema de propinas com laboratórios, em troca de contratos para fornecimento de medicamentos à rede pública. Ele foi afastado do cargo um dia após o caso vir à tona.

No dia seguinte, sexta-feira (22), autoridades argentinas realizaram buscas em diversos endereços ligados ao ex-chefe da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência (Andis), incluindo sua residência, onde foram apreendidos celulares e uma máquina de contagem de dinheiro.

Gravações divulgadas pela imprensa argentina mostram uma voz atribuída a Diego Spagnuolo, discutindo supostos casos de suborno dentro da instituição.

Nos áudios, Spagnuolo afirma que sua agência está sendo alvo de fraudes e menciona Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei e secretária-geral da Presidência, como beneficiária de pagamentos ilícitos. Ele também relata ter alertado o presidente sobre o esquema, sem que medidas tenham sido tomadas.


Post do Instagram de Javier Milei (Foto: Reprodução/Instagram/@javiermilei)

Propina em contratos públicos sob investigação

Diego Spagnuolo, denunciou a existência de um esquema de corrupção envolvendo cobrança de propinas de até 8% sobre o faturamento de laboratórios farmacêuticos, em troca de contratos com o governo argentino. Segundo ele, o esquema poderia movimentar até US$ 800 mil por mês.

Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, seria a principal beneficiária, recebendo entre 3% e 4% dos valores e Eduardo “Lule” Menem, figura influente no governo, é citado como o articulador do esquema de corrupção, atuando com o respaldo de empresários vinculados à distribuidora farmacêutica Suizo Argentina.

Com a aproximação das eleições legislativas em outubro, o governo de Javier Milei lida com um ambiente político conturbado. A apuração que envolve sua irmã, Karina Milei, tem potencial para enfraquecer a retórica presidencial contra a elite política tradicional. Até o momento, não houve manifestação oficial por parte da Presidência sobre o caso.