Protesto contra a PEC da Blindagem leva 42,4 mil pessoas para a Av. Paulista

Segundo a ONG Monitor de Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More In Common, a estimativa vai de 37,3 mil a 47,5 mil participantes às 16h06

22 set, 2025
Avenida Paulista | Reprodução/Instagram/@brunominnemannfotos
Avenida Paulista | Reprodução/Instagram/@brunominnemannfotos

Em seu ápice, o protesto pacífico ocorrido na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (21) contra a PEC da Blindagem e o projeto que anistia as pessoas condenadas pelo 8 de janeiro teve 42,4 mil pessoas, segundo dados dos pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).

A estimativa da equipe do Monitor do Debate Político do Cebrap, feita com a parceria com a ONG More in Common, é referente ao público presente no ato às 16h06, em seu auge. Ela foi produzira com imagens aéreas e contou o público com o suporte de software. Levando em consideração a margem de erro do levantamento, estavam presentes cerca de 37,3 mil a 47,5 mil pessoas.

Para exercício de comparação, a manifestação que ocorreu em São Paulo em 7 de setembro por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a favor da anistia, reuniu 42,2 mil pessoas, segundo a mesma metodologia.

O número de manifestantes ontem poderia ter sido maior, porém duas pancadas de chuva caíram ontem na região, o que afastou a população, que se movimentou por meio das redes sociais.

Mais sobre o ato

Convocado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao PSOL e ao PT e que reúnem movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), em pelo menos 22 capitais. Teve também grande divulgação por meio do portal de notícias Mídia Ninja, de grande alcance nas redes sociais.

Estiveram presentes dos deputados federais, Guilherme Boulos, Ivan Valente, Luiza Erundina, Erika Hilton, Luciene Cavalcanti (PSOL); Orlando Silva (PCdoB); Rui Falcão, Vicentinho, Arlindo Chinaglia e Juliana Cardoso (PT); o ex-presidente do PT José Genoíno, além do atual, Edinho Silva e da presidente do PSOL, Paula Coradi.

A classe artística também teve voz e quem subiu também no carro de som, foram os cantores Leoni, Emicida, Salgadinho, Jota.Pê, Rashid e entre outros. O ato também contou com a presença do padre Júlio Lancelloti, que também discursou.

Do chão, a deputada federal Luiza Erundina (PSOL) e o cantor Nando Reis estavam entre os participantes do protesto.


(reprodução/Instagram/@midianinja)

Já pela parte final

Pouco antes das 17h, a multidão foi surpreendida pela chegada de mais de dez viaturas da GCM (Guarda Civil Metropolitana), que interromperam o protesto, passando no meio dos manifestantes, com as sirenes ligadas. Os presentes chegaram a vaiar e, no carro de som, os parlamentares pediram que o povo não cedessem a provocações.

Eles querem atrapalhar o nosso ato, mas não vamos cair em provocação“, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB) no microfone.

Os policiais militares, em sequência, pediram o encerramento do protesto, pois a Paulista precisaria ser liberada até 17h para a passagem dos transportes. Os manifestantes pediram para que a via continuasse fechada por mais meia hora para apresentações musicais.

Segundo a organização, o fim do protesto estava marcado para às 19h.

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