Janja confirma apoio brasileiro à população da Faixa de Gaza

Durante discurso no Fórum Mundial de Alimentação, realizado pela FAO em Roma na última sexta-feira (17), a primeira-dama Janja Lula da Silva anunciou que o governo brasileiro enviará ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A iniciativa, descrita por Janja como “um ato urgente de solidariedade e humanidade”, inclui o envio de alimentos e medicamentos essenciais para milhares de famílias afetadas pela crise na região.

Lula determina envio de ajuda

A primeira-dama Janja Lula da Silva reforçou o compromisso do Brasil com a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, durante o Fórum Mundial da Alimentação, iniciativa lançada pelo presidente Lula durante a presidência brasileira do G20.

No mesmo evento, Janja anunciou que o presidente autorizou o envio de alimentos, remédios e itens básicos à população da Faixa de Gaza. Lula também esteve na capital italiana, onde abriu oficialmente o fórum e participou da reunião do Conselho de Campeões da Aliança.


Publicação no Instagram de Janja (Foto: reprodução/Instagram/@janjalula)

Ela alertou para os efeitos graves da desnutrição, que tem causado a morte de milhares, sobretudo crianças. Ela criticou a lentidão das ações internacionais e defendeu medidas concretas — materiais e políticas — para apoiar os palestinos na reconstrução de suas vidas e garantir o cumprimento do cessar-fogo.

Brasil marca presença em fóruns globais

Após sua participação em Roma, Janja Lula da Silva segue para Paris, onde representará o Brasil no seminário internacional “Diálogos Transatlânticos”, entre 19 e 21 de outubro, na Universidade de Sorbonne. O evento abordará temas como transição energética, educação ambiental e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Com agendas em Roma e Paris, Janja reforça o papel do Brasil em debates globais sobre segurança alimentar, sustentabilidade e justiça social. Sua atuação em fóruns internacionais tem buscado ampliar o alcance das iniciativas brasileiras e fortalecer o diálogo entre países na construção de soluções conjuntas para os desafios humanitários e ambientais do século 21.

Israel bloqueia ajuda humanitária em Gaza após Hamas não cumprir acordo

O governo de Israel avisou a Organização das Nações Unidas (ONU), que decidiu suspender uma parte da ajuda humanitária na faixa de Gaza. A decisão ocorreu após o grupo terrorista Hamas não devolver os corpos de todos os 28 reféns mortos após o ataque de 7 de outubro de 2023.

Hamas devolveu nesta segunda-feira (13), quatro corpos de reféns, e na terça-feira (14), foram devolvidos mais quatro corpos de reféns envolvidos na guerra. O grupo se comprometeu a libertar todos os 48 reféns que estavam em Gaza, incluindo os corpos de 28 vítimas.

Ajuda humanitária é ‘bloqueada’ por Israel

Segundo informações divulgadas pela agência de notícias internacionais Reuters nesta terça-feira (14), o governo israelense permitirá apenas a entrada de 300 caminhões de ajuda humanitária, metade do que foi previamente acordado no acordo de paz proposto por Trump.

Israel também não autorizou a entrada de nenhum combustível ou gás no território de Gaza, exceto para necessidades específicas relacionadas à infraestrutura humanitária. Hamas justificou que não entregou o restante dos corpos porque não encontrou os restos mortais dos outros reféns mortos em combate.

A Turquia se comprometeu a ajudar Israel e os Estados Unidos em uma força tarefa para localizar os restos mortais que ainda faltam.



Cruz Vermelha e ONU pedem abertura de passagem

A ONU e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediram a abertura de todas as passagens para a fronteira da Faixa de Gaza para o envio de mais ajuda humanitária. O porta-voz da Cruz Vermelha, Christian Cardon destacou em uma coletiva de imprensa que ações precisam ser tomadas em caráter de urgência para salvar vidas.

O porta-voz do Escritório da ONU, Jens Laerke, destacou que a organização possui 190 mil toneladas de ajuda humanitária pronta para ser entregue, mas que precisa do aval das autoridades israelenses para chegar ao local e fazer a distribuição necessária.

Autoridades israelenses confirmaram que o país vai manter fechada a passagem de Rafah. A região é a principal porta de entrada de ajuda humanitária no sul do território palestino. A Reuters informou que essa passagem vai permanecer fechada até quarta-feira (15). As autoridades israelenses não informaram por quanto tempo essa medida vai durar.

Biden celebra cessar-fogo em Gaza e reforça esperança de paz duradoura

O presidente Joe Biden demonstrou, nesta segunda-feira (13), satisfação e alívio com a suspensão dos confrontos na Faixa de Gaza e a libertação dos últimos 20 reféns vivos mantidos pelo Hamas. Em comunicado oficial, o democrata afirmou estar “profundamente grato e aliviado” por testemunhar o reencontro das vítimas com suas famílias e a oportunidade de reconstrução para os civis palestinos afetados pelo conflito.

Biden ressaltou que o cessar-fogo simboliza não apenas o término de um conflito, mas também um avanço significativo rumo à estabilidade na região. O presidente lembrou que os meses de negociações envolveram esforços intensos da diplomacia americana e aliados internacionais para garantir a libertação de civis e a interrupção da violência.

O líder norte-americano também ressaltou o sofrimento humano vivido por ambos os lados, reconhecendo as perdas “imensuráveis” enfrentadas pela população de Gaza e a dor das famílias israelenses que aguardavam a volta dos reféns. “Hoje é um dia de esperança, mas também de reflexão sobre o preço da guerra”, declarou.

Elogio a Trump marca momento raro de unidade política

De maneira pouco comum na política dos EUA, Joe Biden enfatizou elogios ao ex-presidente  Donald Trump pelo papel desempenhado na mediação do acordo. “Elogio o presidente Trump e sua equipe por seu trabalho para levar o novo acordo de cessar-fogo até a linha de chegada”, afirmou Biden, reconhecendo a importância da colaboração entre administrações rivais.

A fala causou surpresa entre os analistas de Washington, que estão habituados a acompanhar os dois líderes em posições opostas no cenário público. Especialistas apontam que a postura de Biden reflete uma tentativa de demonstrar que a política externa dos Estados Unidos pode transcender divisões partidárias quando se trata de segurança global e estabilidade internacional.


Donald Trump assina acordo cessar-fogo na Faixa de Gaza (Vídeo: Reprodução/Instagram/@cnnpolitica)

Trump, por sua vez, também adotou um tom conciliador ao afirmar que “a reconstrução começa agora” e que o foco deve estar na paz duradoura. Segundo fontes diplomáticas, a cooperação entre as equipes dos dois ex-presidentes foi fundamental para destravar as últimas etapas do processo de negociação com mediadores do Egito e do Catar.

Perspectivas para o futuro do Oriente Médio

Com o cessar-fogo firmado, líderes mundiais começam a discutir os próximos passos para garantir que a trégua se mantenha e que os esforços de reconstrução avancem sem novos impasses. Biden declarou que o Oriente Médio “está em um caminho para a paz que espero que perdure” e destacou o papel dos Estados Unidos no apoio à recuperação de Gaza.

A comunidade internacional, incluindo a ONU e a União Europeia, já anunciou planos de assistência humanitária e programas de reconstrução. Especialistas alertam, porém, que o sucesso da trégua dependerá do cumprimento dos compromissos assumidos por todas as partes envolvidas e da manutenção do diálogo diplomático.

Apesar do otimismo cauteloso, o desafio de transformar o cessar-fogo em uma paz duradoura ainda é imenso. Biden concluiu seu discurso destacando que a estabilidade somente poderá ser alcançada por meio de “ações equilibradas de paz, dignidade e segurança” para israelenses e palestinos — um compromisso que ecoa como promessa e desafio para a comunidade internacional.

Líderes mundiais assinam cessar-fogo em Gaza após influência de Donald Trump

Líderes de diversos países do mundo se reuniram nesta segunda-feira (13), em Sharm El-Sheik, no Egito, para assinarem o acordo de cessar-fogo do conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Sugerido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o encontro não contou com representantes das duas partes envolvidas na guerra.

Cúpula da paz em Gaza

O encontro ocorrido nesta segunda-feira, no Egito, teve como objetivo, colher assinaturas de líderes de diversos países ao redor do mundo pelo cessar-fogo da guerra entre Israel e Hamas. Além de Donald Trump, o documento foi assinado pelos presidentes Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, e Abdul al-Sisi, do Egito, além do emir Tamim bin Hamad Al Thani, do Catar, que atuaram mediando as tratativas.

Representantes de outras nações estiveram presentes, como o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; a Primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o premier do Reino Unido, Keir Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron.

Apesar do interesse direto na cúpula, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não participou do encontro. Embora tenha confirmado sua presença anteriormente, o líder de Israel alegou que a data da cúpula era próxima de um feriado judaico.

Antes da cúpula, tanto Netanyahu, quanto Trump discursaram no parlamento israelense. O norte-americano chegou a afirmar que “a era de terror” no Oriente Médio havia chegado ao fim, e que esta segunda-feira é um dia histórico. O líder de Israel, por sua vez, se disse comprometido com a paz.

Trump afirmou que a primeira fase do acordo está concluída.  Na segunda etapa, o republicano pretende discutir a respeito da reconstrução de Gaza.


Donald Trump mostra assinatura de documento por cessar-fogo em Gaza (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty Images Embed)

Reféns libertados

No mesmo dia da “cúpula da paz em Gaza”, 20 reféns israelenses que estavam presos foram libertos pelo grupo terrorista após mais de dois anos de cativeiro. A ação é parte de um acordo de paz assinado por Israel e Hamas.

O grupo terrorista ainda pediu um tempo para localizar os outros que acabaram morrendo. A Turquia chegou a anunciar uma força tarefa para encontrar as vítimas junto ao Hamas.

Itamaraty reconhece avanço em tratativas entre Hamas, Israel e Trump

Neste sábado (4), o Itamaraty se pronunciou sobre o plano dos Estados Unidos para Gaza, ressaltando que acompanha de perto as negociações e reafirmando que a solução para o conflito depende da criação de dois Estados.

Conflito em Gaza ganha novo capítulo

Na última quarta-feira (1º), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou que o governo brasileiro avalia positivamente o plano de paz proposto pelos Estados Unidos para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza. A declaração foi feita durante uma audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, em resposta a uma pergunta do deputado Luiz Carlos Hauly.

Na ocasião, comentou o anúncio feito por Israel nesta sexta-feira (3), sobre os preparativos para iniciar imediatamente a primeira etapa do plano de paz para a Faixa de Gaza, proposto pelos Estados Unidos. A decisão foi divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.


Chefe do Itamaraty, ministro Mauro Vieira (Foto: reprodução/globo/Evaristo Sa)

O governo de Israel anunciou que seguirá cooperando com os Estados Unidos para encerrar o conflito na Faixa de Gaza, com base em princípios alinhados à visão do presidente Donald Trump. Nesta quarta-feira, o Hamas sinalizou disposição para discutir o plano proposto, incluindo a possibilidade de libertar reféns israelenses como parte das negociações.

Brasil apoia plano de paz

O governo brasileiro afirmou que, se o plano de paz dos EUA for implementado, espera o fim dos ataques a Gaza, a libertação dos reféns, entrada livre de ajuda humanitária, reconstrução sob liderança Palestina, retirada das tropas israelenses e restauração da unidade territorial da Palestina.

Sobre a proposta dos EUA que prevê uma autoridade de transição e o envio de uma força internacional para Gaza, o governo brasileiro pediu cautela. Segundo o Itamaraty, qualquer missão desse tipo precisa ter um mandato bem definido e aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, nada de improviso ou ações sem respaldo internacional.

EUA apresenta plano de paz para Israel e faixa de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou na última segunda-feira (29) um plano para encerrar a guerra na faixa de Gaza. Trump propõe que seja feito um conselho internacional para gerenciar a guerra e que dará anistia a integrantes do Hamas para entregarem as armas e uma possibilidade da criação de um Estado palestino no futuro.

Trump deixou claro, que se o plano não for aceito pelo grupo Hamas, irá apoiar Israel para eliminar o grupo terrorista.

Proposta dos EUA

O presidente americano deu o prazo de até 72 horas para que o grupo Hamas possa libertar todos os reféns israelenses mantidos presos em Gaza; o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já disse que aceitou os termos do acordo.

Segundo o acordo, a faixa de Gaza se tornará uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território passará por transformações e reconstruções com apoio palestino e especialistas internacionais. Autoridades do Hamas disseram que não receberam detalhes do plano. O plano apresentado por Trump teve apoio da comunidade internacional.


<

Plano de Trump para Gaza recebe apoio internacional (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan)

Desafios enfrentados por Trump

O órgão internacional será presidido por Trump e se chamará “Conselho da Paz”, e também contará como membro o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Não ficou claro se Israel participará diretamente do conselho.

Trump afirmou que se encontrar resistência de forma negativa diante do grupo Hamas, não hesitará em apoiar Israel e usar forças militares para eliminar o grupo terrorista, o ministro de Israel também concordou com a sugestão. Detalhes do acordo ainda incluem ajuda humanitária, a entrada de alimentos, o total cessar-fogo entre ambas as partes, libertação dos prisioneiros, e devolução de todos os reféns em 72 horas pelo grupo Hamas.

O futuro da faixa de Gaza seria a pacificação do local e um possível caminho para a institucionalização do Estado da Palestina. Uma força tarefa interligada com países árabes será usada juntamente com o governo americano: “Os Estados Unidos trabalharão com parceiros árabes e internacionais para desenvolver uma Força Internacional de Estabilização (ISF), a ser imediatamente implantada em Gaza. A ISF treinará e dará suporte a forças policiais palestinas verificadas em Gaza, em consulta com Jordânia e Egito, que têm vasta experiência nessa área”, segundo o documento.

Trump já havia discutido alguns detalhes com líderes árabes em Nova York, antes da assembleia-geral da ONU na última semana. A resposta do Hamas à proposta americana ainda não está clara, e se os termos não interessarem o grupo e não responder aos interesses palestinos, o grupo não aceitaria nenhum plano que não garantisse a retirada de Israel de Gaza.

Netanyahu planeja assumir controle total de Gaza, informa TV israelense

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, vai ampliar sua atuação na Faixa de Gaza. O objetivo é dominar completamente a região, visando exercer plano controle territorial. A notícia foi transmitida pelo canal i12 de Israel, baseando-se em dados obtidos por fontes governamentais.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel não se manifestou até o momento.

Segundo o canal, o primeiro-ministro convocará uma reunião com sua equipe de governo para divulgar a determinação na terça-feira (5). Apesar de não divulgar o que será falado na reunião, confirmou que o foco será debater estratégias para a Faixa de Gaza.

Segundo fontes ouvidas pelo canal de TV, a decisão foi tomada após o insucesso das negociações por um cessar-fogo, que incluía a devolução dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas.

O que prevê o plano

O plano envolveria a entrada estratégica das forças armadas em partes específicas da Faixa de Gaza, onde foram identificadas pelos serviços de inteligência, como possíveis locais onde estariam os cativeiros de reféns.

Seria uma forma de enfraquecer a resistência do Hamas e tentar localizar os reféns.

O desejo de assumir o controle total de Gaza não é recente. Em maio, durante a autorização de reabertura de entrada de apoio humanitário, o primeiro-ministro Netanyahu declarou que dominar o território estava incluído em seu “plano de vitória” da guerra.


Moradores de Gaza em meio a fome e ataques (Foto: reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

Netanyahu visita a Casa Branca

Anteriormente, em uma visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, manifestou a intenção de formular estratégias para que os Estados Unidos controle Gaza, realocando os habitantes do local, enviando-os para países próximos, e o projeto inclui a criação de resorts de luxo no local.

Essa seria uma maneira de garantir controle absoluto na região, consolidando presença estratégica e domínio político e econômico na região.

Trump diverge de Netanyahu e diz que fome na Faixa de Gaza é real

Após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarar que não há fome na Faixa de Gaza, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (28), que a escassez de alimentos na região existe e que não é possível dizer o contrário.

A fala do líder dos EUA ocorreu durante um encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, na Escócia. De acordo com Trump, Israel pode fazer muito pelo acesso a alimentos, tendo muita responsabilidade pelo fluxo de colaboração do tema.

Discursos divergentes

Em uma conferência cristã em Jerusalém no último domingo (27), Netanyahu afirmou que a fome em Gaza inexiste, pois Israel concedeu a liberação de ajuda durante os conflitos ocorrentes na região.

Em contrapartida, Donald Trump afirmou, em reunião que participou na Escócia, que o problema da falta de alimentos para a população da região atingida pelos conflitos entre Israel e Hamas existe, e que os EUA trabalharão com outros países para assistir os habitantes do local, com o fornecimento de produtos para consumo e saneamento.


Palestinos lutando contra a fome nas proximidades da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Alshaer/Anadolu via Getty Images Embed)

Confronto extenso

Após o grupo terrorista Hamas ter lançado um ataque contra Israel, em outubro de 2023, os atingidos dessa ofensiva respondem até os dias atuais com intensos ataques. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, até o dia 13 de julho deste ano, cerca de 58 mil pessoas morreram, e outras 138 mil ficaram feridas, em decorrência dos ataques israelenses na região.

Desse número de vítimas, o ministério não faz distinção entre combatentes do Hamas e civis, mas acredita que a maioria sejam mulheres e crianças. Já Israel afirma que ao menos 20 mil eram integrantes do grupo terrorista.

A população de Gaza caiu de 2,2 milhões para 2,1 milhões de habitantes, do início do confronto até os dias atuais, conforme o Escritório Central de Estatísticas da Palestina. Além das mortes, outras 100 mil palestinos se mudaram da região, o que justifica a diminuição de moradores do local em conflito.

Fontes de Israel também se manifestaram, e afirmam que, em decorrência dos confrontos, cerca de 1.650 pessoas, contando israelenses e estrangeiros, foram mortos 1.200 em 7 de outubro de 2023, dia da ofensiva do Hamas que culminou no conflito atual vigente, e outros 446 soldados que vieram a óbito em Gaza ou na fronteira com Israel.

Papa Leão XIV alerta para agravamento da fome em Gaza e cobra cessar-fogo imediato

O Papa Leão XIV voltou a se manifestar neste domingo (27), sobre a escalada da crise humanitária na Faixa de Gaza. Durante sua participação no Angelus deste domingo, o Papa Leão XIV manifestou intensa inquietação diante da crise enfrentada pelos civis na Faixa de Gaza. Ele descreveu a população local como vítima de uma fome devastadora e de uma rotina marcada por violência e perda de vidas.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 133 pessoas, entre elas 87 crianças, já morreram de desnutrição desde o início do conflito entre Israel e Hamas. A maioria das mortes foi registrada nas últimas semanas, sinalizando o agravamento das condições no território, onde vivem cerca de 2,2 milhões de pessoas.

Organizações humanitárias alertaram na última semana para uma fome generalizada em Gaza. O Papa, ao citar a gravidade do contexto, renovou seu apelo por um cessar-fogo imediato, pela libertação de todos os reféns e pelo respeito pleno às normas do direito humanitário internacional. Ele também pediu que os envolvidos no conflito reconheçam a dignidade de cada pessoa e priorizem o diálogo em busca de um futuro pacífico para todos os povos.

Pausas limitadas e impasse nas negociações

No mesmo domingo em que o Papa fez seu apelo pela paz, o governo israelense anunciou que irá suspender temporariamente suas ofensivas militares por 10 horas diárias em áreas específicas da Faixa de Gaza, para permitir o envio de ajuda humanitária. A medida, entretanto, foi recebida com reservas pela ONU, que criticou a ausência de rotas alternativas eficazes para os comboios de socorro. A organização alertou que as restrições de acesso continuam dificultando significativamente a chegada de insumos vitais à população palestina, comprometendo os esforços de assistência humanitária no território.


Conflito israelo-palestino (Foto:reprodução/AFP/Getty Images Embed)

A chegada de auxílio internacional à Faixa de Gaza sofreu uma queda expressiva a partir de março, retomada somente em maio sob condições mais rigorosas, impostas como parte de novos protocolos de segurança. As autoridades israelenses afirmam estar comprometidas com o envio de suprimentos, mas defendem a necessidade de monitorar rigidamente a distribuição para evitar que alimentos e medicamentos sejam desviados pelo Hamas.

Israel e Estados Unidos abandonaram as negociações com o grupo palestino na última sexta-feira (25), alegando que o Hamas não demonstrou disposição para alcançar um acordo. O impasse agrava ainda mais a situação no território, onde a escassez de comida, água potável e remédios já coloca milhares de vidas em risco.

Pontífice estende solidariedade a outras regiões em conflito

Além de Gaza, o Papa Leão XIV também expressou solidariedade às vítimas de conflitos armados no sul da Síria e às populações deslocadas pelos recentes confrontos entre Camboja e Tailândia, no Sudeste Asiático. Ele pediu que os líderes das nações envolvidas se inspirem na paz e busquem soluções baseadas na reconciliação.


Papa Leão XIV (Foto:reprodução/Ernesto Ruscio/Getty Images Embed)

O pontífice reforçou a necessidade de que todos os esforços diplomáticos estejam voltados para a preservação da vida e da dignidade humana, especialmente de crianças e famílias que enfrentam o deslocamento forçado e a escassez de recursos essenciais.

Israel anuncia pausa humanitária em Gaza, mas ataques continuam

No último sábado (26), as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram uma pausa humanitária nos bombardeios em determinadas áreas da Faixa de Gaza, especialmente nas regiões mais povoadas. A interrupção iniciou-se neste domingo (27), conforme o horário local de Israel.

Segundo o comunicado oficial, embora os ataques cessem temporariamente em algumas localidades, as operações militares continuarão em outras áreas consideradas estratégicas e com menor densidade populacional.

Contexto do anúncio

O que para muitos aparenta ser um alívio momentâneo para a população de Gaza, na verdade, é resultado da intensa pressão internacional sobre as ações israelenses, amplamente criticadas pela alta taxa de mortes por fome no território. As IDF reconheceram que a decisão pela pausa foi motivada por essas pressões, mas enfatizaram que os objetivos seguem a todo vapor e sem chance de cessar: resgatar todos os reféns sequestrados e exterminar o grupo armado Hamas, classificado por Israel e outros países como organização terrorista.

Ação humanitária

Com a suspensão parcial dos bombardeios, Israel também anunciou a abertura de corredores para a entrada de ajuda humanitária coordenada pelas Nações Unidas, além da autorização para lançamentos aéreos de suprimentos destinados à população civil.


Pressionado, Israel pausa combate e deixa ajuda humanitária entrar no território de Gaza (Vídeo: reprodução/Instagram/@cidade_de_guarulhos)

Apesar da medida, o cenário em Gaza permanece crítico. Desde o início do conflito, em outubro de 2023, ao menos 127 pessoas morreram por fome ou desnutrição, incluindo crianças e idosos. Entre os casos mais recentes está o de um bebê de cinco meses que faleceu nos braços da mãe na última sexta-feira (25). Hospitais enfrentam superlotação, falta de insumos e profissionais de saúde exaustos; há relatos de médicos que chegam a desmaiar de fome enquanto tentam salvar pacientes.

Novas provisões prometem apaziguar a situação da região, enquanto novos acordos de paz não são firmados entre as nações envolvidas.