Israel intensifica ataques contra Irã e atinge central nuclear de Fordow e alvos militares em Teerã

As Forças Armadas de Israel realizaram novos ataques aéreos contra o Irã nesta segunda-feira (23), agravando ainda mais a tensão no Oriente Médio. Entre os alvos confirmados por autoridades iranianas e israelenses, estão a central nuclear de Fordow, localizada na província de Qom, o quartel-general da Guarda Revolucionária e diversas estruturas associadas à repressão estatal no centro de Teerã.

Segundo o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, a operação teve como objetivo atingir a infraestrutura do regime iraniano e instituições consideradas símbolos da repressão política no país. Ele afirmou que a ofensiva ocorreu por orientação direta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e teve “intensidade sem precedentes”

Entre os locais atingidos estariam a sede da milícia Basij, a prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos, além de quartéis ligados à segurança interna e à ideologia da Guarda Revolucionária.

Central nuclear sob ataque

Um dos principais alvos do bombardeio foi a central nuclear de Fordow, construída no interior de uma montanha para resistir a ataques aéreos. O complexo já havia sido atacado no último fim de semana por bombardeiros americanos, em ação que provocou fortes reações do governo iraniano, incluindo ameaças diretas aos Estados Unidos.


Imagens dos recentes ataques israelenses contra o Irã (Vídeo:reprodução/Youtube/Record News)

Em nota divulgada após reunião de emergência, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que os danos provocados pelas explosões devem ter sido “muito significativos”, especialmente nas áreas subterrâneas da instalação. Grossi destacou que as centrífugas utilizadas no enriquecimento de urânio são extremamente sensíveis a vibrações, o que amplia a possibilidade de prejuízos ao programa nuclear iraniano.

Mortes e ataques a hospitais

O Irã reagiu ao bombardeio lançando um míssil contra o território israelense, interceptado pelas defesas aéreas. No entanto, o governo iraniano acusa Israel de uma escalada militar que já teria deixado, até o momento, mais de 430 mortos no país desde o início dos ataques em 13 de junho.


Imagens dos ataques de Irã a Israel (Vídeo:reprodução/Youtube/UOUL)

Segundo o Ministério da Saúde do Irã, entre os mortos estão mulheres, crianças e profissionais da área da saúde. A pasta também informou que três hospitais foram atingidos, resultando na morte de dois médicos e no ferimento de dezenas de civis. Sete ambulâncias teriam sido danificadas e ao menos 14 profissionais de emergência médica ficaram feridos.

Em contrapartida, autoridades israelenses relataram a morte de 24 civis em território israelense em decorrência dos mísseis lançados pelo Irã.

Governo Trump exige análise de redes sociais de estudantes para emitir vistos

Na última quarta-feira (18), os Estados Unidos divulgaram novas regras sobre a emissão de vistos para estrangeiros que desejam estudar em alguma instituição do país. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, a partir de agora, durante o processo de obtenção de visto, o candidato terá as suas redes sociais analisadas por funcionários da embaixada estadunidense. 

A medida será aplicada para os vistos conhecidos pela sigla FMJ, que fazem parte da categoria estudantil. Os primeiros englobam alunos estrangeiros que irão cursar alguma instituição de ensino no país (F) e candidatos que querem realizar algum curso vocacional e não acadêmico (M). Já os casos de intercambistas são classificados na última categoria (J).  

Para que a fiscalização ocorra, o perfil do estudante nas diferentes plataformas digitais deverá permanecer como público. Ainda de acordo com a nova medida, aqueles que se recusaram a compartilhar suas contas nas redes sociais terão seus vistos negados, uma vez que, para o governo norte-americano, a atitude pode esconder atividades suspeitas do candidato. 


No último mês, Trump já tinha aumentado a política de endurecimento contra estudantes estrangeiros (Vídeo: Reprodução/YouTube/ g1)

Critérios para a análise

Para comunicar a nova medida, o governo dos Estados Unidos enviou para suas embaixadas um documento no qual constam os critérios que deverão ser utilizados durante a análise dos perfis. Segundo as normas estabelecidas, a fiscalização deve observar postagens feitas pelo candidato ao visto que possam ser agressivas à cultura, população, instituições ou ao governo norte-americano.  

De acordo com o Departamento de Estado do país, a decisão foi tomada com o objetivo de proteger a integridade e a segurança interna dos Estados Unidos. 

Trump e estudantes estrangeiros

Desde o início de seu segundo mandato, ocorrido no último dia 20 de janeiro, Donald Trump tem estabelecido novas normas de restrição ao acesso ao visto para estudantes estrangeiros. No mês passado, as entrevistas para a emissão do documento que regulariza a entrada de estudantes no país haviam sido interrompidas. A justificativa para a suspensão foi a elaboração de novas regras para o processo, como a recente medida de análise das redes sociais dos candidatos. A partir de agora, as embaixadas poderão retornar o processo de análise e emissão dos vistos estudantis.

Aposentado, o ex jogador Gareth Bale negocia compra de clube na Inglaterra

Com passagens marcantes por Tottenham Hotspur e principalmente por Real Madrid, o ex-jogador Gareth Bale está em negociações para comprar clube inglês.

Rebaixado para a terceira divisão da Inglaterra, a League One – Plymouth Argyle vai ser o possível novo clube comprado pelo galês, há alguns meses o meio-campista Luka Modrić adquiriu o Swansea City com parceria de um grupo americano de investimento.

Entendo o caso

Precisamos entender como o interesse do jogador surgiu, já que ele não possui nenhum tipo de relação com o clube inglês – na verdade, Bale será a figura da negociação, quem estará por trás é um grupo americano chamado Privacy Equity – focado em investimentos que buscou a parceria com o ex-atleta para poder investir no clube.

Além do jogador, dentro do grupo de investimentos também possui membros da família Storch, localizada nos Estados Unidos – não é de hoje que grupos americanos no ramo de investimentos vem procurando figuras famosas para fazer parcerias, recentemente o astro da NFL – Tom Brady se tornou co-proprietário do Birmingham City.

Segundo o atual dono do Plymouth, Simon Hallett vinha buscando investidores para o clube tem cerca de um ano, mas as negociações acabaram não acontecendo – devido à demora de informações importantes para a conclusão da negociação, ele está como dono desde 2016.


Gareth Bale junto de Son e Ben Davies depois do título do Tottenham (Foto: reprodução/Instagram/@garethbale11)


Jogadores investidores

Não é de hoje que famosas personalidades no esporte vem adquirindo clubes pelo mundo, alguns exemplos de jogadores acionalistas de clubes: Kylian Mbappé, o francês tirou do seu bolso cerca de 12 milhões de euros – através de sua empresa Interconnected Ventures adquiriu o SM Caen, clube que temporada passada acabou rebaixado na Ligue 2 terminando em último lugar.

Talvez os mais famosos são David Beckham e Ronaldo Fenômeno, o inglês é dono do Inter Miami FC – franquia que joga a MLS e tem como jogadores Lionel Messi e Luis Suárez em seu elenco. Já o brasileiro é dono do Real Valladolid, além de ter recentemente sido dono do Cruzeiro – reerguendo o clube, trazendo de volta para a primeira divisão e vendendo a SAF para o dono dos Supermercados BH, o milionário Pedro Lourenço.

 

 

Israel ataca Irã e atinge bases nucleares

Na noite da última quinta-feira (12), horário de Brasília, o governo de Israel realizou um ataque a instalações nucleares iranianas. Segundo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a ação foi motivada pelo avanço do desenvolvimento nuclear do Irã, o que, de acordo com Netanyahu, representa uma forte ameaça a Israel

Após o ataque, o governo de Israel publicou um vídeo assumindo a autoria. Até o momento, segundo as informações divulgadas pelas Forças de Defesa israelenses, foram utilizados 200 aviões de combate, que atingiram mais de 100 regiões do país, incluindo a capital iraniana, Teerã. 

Ainda no vídeo divulgado por Israel, Benjamin Netanyahu afirmou que a capacidade nuclear no Irã está cada vez maior, e o país poderá produzir uma arma nuclear em um prazo muito curto”, fato que justificaria a necessidade de ataque. O primeiro-ministro também destacou que a operação poderá permanecer por tempo indeterminado.  

Após a realização do ataque, autoridades israelenses destacaram que o país está em estado de emergência, com seu espaço aéreo fechado, devido ao risco de retaliação.


Irã promete reagir ao ataque de Israel  (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Resposta do Irã

Autoridades iranianas destacaram que o país irá responder ao ataque. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, afirmou, por meio de pronunciamento na TV estatal do país, que Israel “deve esperar punição severa”. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), o governo iraniano já iniciou sua retaliação, com um ataque de 100 drones ao território israelense. 

Já o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, endossou a fala do líder nacional, acrescentando que os Estados Unidos também serão punidos. Aliado de Israel, o governo norte-americano classificou o ataque como “unilateral”, e, apesar de autoridades estadunidenses saberem da sua idealização, o país afirma que não se envolveu diretamente no episódio.  

Autoridades iranianas mortas no ataque

Segundo a mídia estatal iraniana, o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri, e da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, foram vítimas da operação. Além dessas autoridades, o ataque israelense vitimou pelo menos dois cientistas nucleares iranianos.

Protestos em Los Angeles geram violência; Trump envia Guarda Nacional

A cidade de Los Angeles foi palco de confrontos violentos pelo terceiro dia consecutivo neste domingo (8), após o presidente Donald Trump autorizar o envio de dois mil soldados da Guarda Nacional para conter manifestações pró-imigrantes e contrárias à política de deportação em massa.

Com forte presença e cultura latina, a Califórnia é um estado majoritariamente democrata — partido da oposição, pelo qual Kamala Harris concorreu à presidência no ano passado. O governador Gavin Newsom, também democrata, se opôs ao envio da Guarda Nacional e não autorizou o uso dos soldados para conter os manifestantes. Mesmo assim, Trump contrariou a decisão estadual. Newsom anunciou que o estado da Califórnia processará o presidente, classificando o envio como “ilegal, imoral e inconstitucional” e o acusando de “jogar lenha na fogueira”.

Segundo a agência Associated Press (AP), o confronto teve início em frente a uma prisão em Los Angeles. Homens encapuzados incendiaram veículos, e as forças de segurança reagiram com spray de pimenta e balas de borracha. Ao menos sete pessoas foram presas.

Políticas de deportação de imigrantes

O segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos começou ainda mais rígido que o anterior, principalmente no que diz respeito à deportação de imigrantes. Mais de 100 brasileiros foram recentemente deportados e retornaram ao Brasil. Protestos semelhantes também ocorreram em Washington e Nova York.


Carros incediados durante protesto em Los Angeles (Vídeo: reprodução/Youtube/UOL)

Não é a primeira vez que Trump recorre à Guarda Nacional para conter manifestantes. Em 2020, ele convocou soldados para reprimir protestos após a morte de George Floyd. Desta vez, no entanto, a medida foi adotada sem o aval do governador.

Violência em Los Angeles

Em entrevista à MSNBC, o governador Gavin Newsom responsabilizou Trump pelo caos transmitido pela televisão. “Ele disse em um tweet que tudo está seguro agora”, ironizou o governador. Ele também fez um apelo à população: “Los Angeles, não mordam a isca de Trump. […] Aqueles que agredirem policiais ou causarem danos materiais estarão sujeitos à prisão.

Durante a cobertura dos protestos, uma repórter australiana foi atingida por uma bala de borracha.


 Repórter australiana é feriada no protesto (Vídeo: reprodução/Youtube/Band Jornalismo)

As manifestações ganharam destaque em veículos de imprensa ao redor do mundo e se tornaram tema de debate nas redes sociais. Internautas anti Trump acusam o presidente de abuso de poder, enquanto apoiadores criticam os manifestantes e o “caos” gerado na cidade.