Estudo da Nasa revela que células-tronco envelhecem mais rápido no espaço

Voos espaciais aceleram envelhecimento de células-tronco humanas, revela estudo da Nasa. Pesquisadores identificaram que microgravidade e radiação cósmica reduzem a capacidade de renovação celular, aumentando riscos para astronautas em missões prolongadas. As descobertas podem ajudar no desenvolvimento de contramedidas para proteger a saúde humana no espaço e também têm implicações para tratamentos de doenças na Terra.

Microgravidade e radiação afetam células-tronco

As células-tronco estão presentes em todo o corpo e podem se transformar em células especializadas, como sanguíneas, cerebrais ou ósseas, desempenhando papel crucial na manutenção e reparo do organismo. O estudo, parcialmente financiado pela Nasa, analisou células-tronco da medula óssea de pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas. Em biorreatores compactos, monitorados por inteligência artificial a bordo da Estação Espacial Internacional, as células permaneceram constantemente ativas, consumindo reservas de energia e exibindo sinais de envelhecimento acelerado.

Durante o voo, as células-tronco não dormiam, permanecendo em estado ativo e funcionalmente exaustas”, afirmou Catriona Jamieson, autora do estudo e diretora do Instituto Sanford de Células-Tronco. Parte do DNA normalmente inativa, chamada de “genoma obscuro”, foi ativada, desencadeando processos semelhantes aos observados em células pré-leucêmicas, um tipo de câncer no sangue.


Pesquisa indicou que missões longas podem comprometer regeneração celular (Foto: reprodução/Evgenii Kovalev/Getty Images Embed)

Impactos para astronautas e aplicações terrestres

A pesquisa indica que missões longas podem comprometer a imunidade e a regeneração celular dos astronautas, aumentando os riscos de saúde. Estudos preliminares mostram que, após o retorno à Terra, as células podem se recuperar do envelhecimento acelerado, embora o processo dure cerca de um ano.

Além disso, os achados têm potencial para pesquisas médicas na Terra. Pacientes com câncer, cujas células-tronco sofrem estresse similar, podem se beneficiar de terapias baseadas nos mecanismos observados no espaço. Especialistas destacam que compreender os efeitos da microgravidade e da radiação sobre as células-tronco é fundamental para planejar missões a Marte e desenvolver tratamentos inovadores para doenças humanas.

Perspectivas para missões futuras

Os pesquisadores planejam agora desenvolver contramedidas específicas para proteger as células-tronco de astronautas em missões de longa duração. Possíveis estratégias incluem medicamentos que reduzam a ativação do genoma obscuro e biorreatores avançados que simulem condições ideais de repouso celular. O objetivo é criar protocolos preventivos que garantam a saúde a longo prazo, não apenas para futuras expedições espaciais, mas também para avanços clínicos na Terra.

Tripulação da Crew-10 retorna à Terra com splashdown no Pacífico

A missão Crew-10 encerrou com sucesso sua estadia de quase cinco meses na Estação Espacial Internacional (ISS). A tripulação retornou com sucesso para Terra em um pouso no mar da costa da Califórnia, feito que marca o primeiro pouso no Oceano Pacífico de uma tripulação da NASA em cerca de 50 anos.

Pouso histórico e resgate rápido

Na manhã deste sábado (9), às 11h33 (horário de Brasília), a cápsula SpaceX Dragon, apelidada de Endurance pela tripulação, aterrissou nas águas do Pacífico perto de San Diego, trazendo de volta os astronautas Anne McClain (comandante, NASA), Nichole Ayers (piloto, NASA), Takuya Onishi (JAXA) e Kirill Peskov (Roscosmos), após 148 dias em órbita.

O retorno ocorreu de forma segura e imediatamente após a aterrissagem, a equipes de resgate da SpaceX se alinharam ao módulo para içamento e levaram a tripulação de volta à costa, de onde vão seguir para o Johnson Space Center, em Houston, para passarem por exames médicos e reencontrar com seus familiares.

Função da Missão

Durante essa missão, a equipe realizou mais de 200 experimentos em microgravidade, incluindo estudos sobre o crescimento de plantas, microalgas, os efeitos da radiação no DNA vegetal e alterações na estrutura dos olhos humanos, para contribuir para avanços visando adquirir conhecimentos para uma futura missão longa na Lua ou em Marte. Além de também participarem das atividades de manutenção e atualização da ISS.


Estação Espacial Internacional ISS (Foto: reprodução/NASA/Handout/Getty Images Embed)

Além da missão também reforçou o papel da cooperação entre diferentes agências espaciais. Como os astronautas dos Estados Unidos, Japão e Rússia compartilhando experiências e recursos a bordo da ISS, mostrando que a pesquisa espacial ultrapassa barreiras geopolíticas em prol de objetivos científicos comuns. Essa colaboração é vista como essencial para viabilizar missões mais complexas e de longa duração no futuro.

A NASA se pronunciou e destacou que o sucesso do retorno da tripulação representa um avanço significativo na Commercial Crew Program, reforçando a colaboração civil e internacional no espaço. Seu administrador interino Sean Duffy elogiou a missão como “os alicerces da exploração humana de longa duração”, isso mira um futuro com a presença humana na Lua e em Marte.

Vazio cósmico pode ser a resposta sobre a expansão acelerada do Universo

Durante o Encontro Nacional de Astronomia (NAM) deste ano, foi levantada a hipótese sobre a galáxia onde vivemos, estar “próxima do centro de um grande vazio local”, uma forma de explicar algumas pesquisas que não batem resultado sobre o Universo e sua expansão.

Dentro dos estudos da astronomia e cosmologia, existe a Tensão de Hubble, uma tentativa científica de medir a velocidade com que o Universo segue se expandindo no agora. Nas pesquisas recentes, o resultado obtido mostra galáxias se afastando muito mais rápido do que o previsto nos cálculos cosmológicos anteriores. Quando astrônomos usam o Universo primordial, quando tinha 380 mil anos apenas, os valores não se assemelham ao observar o Universo hoje e em ambos os estudos, não há nem mesmo os mesmos elementos para comparar.

A possibilidade de a galáxia estar em um “grande vazio”, traz o fato de que, dentro desse espaço, a matéria que antes estava sendo puxada pela gravidade, uma hora seria expelida para fora, logo, uma região que continuamente é esvaziada, segue cada vez mais vazia.

Vazio não vazio

Como a tradução mais próxima da própria palavra, em português “vazio” acaba trazendo a ideia de que não há nada nestes espaços, que por sua vez não vem da palavra “empty” em inglês e sim “void”, tratando-se de regiões isoladas com matérias dispersas e não uma completa ausência, como “vazio” dá a entender.

Esses “voids” sempre são levados em direção as estruturas mais densas da teia cósmica, o grande espaço do Universo observável. Na teia cósmica, aglomerados e galáxias se conectam por matéria escura e gás. Se a Via Láctea está próxima a este espaço, então duas velocidades diferentes seriam captadas durante a Tensão de Hubble: a velocidade cósmica normal, chamada de recessão; e uma velocidade causada pela região vazia, uma força gravitacional mais densa do que as outras.


Demonstração de quase 2 bilhões anos luz do vazio onde a Terra se localiza 
(Foto: reprodução/Moritz Haslbauer & Zarija Lukic/NASA)

Com as discussões atuais sobre o vazio, o astrofísico Indranil Banik garante que a tensão de Hubble não será resolvida dentro do modelo padrão cosmológico se a hipótese estiver correta.

Vasto vazio cósmico

Para que a teoria seja confirmada, uma equipe de cientistas planeja utilizar métodos independentes e estudar os dados apresentados por Banik durante sua palestra no NAM. Um dos métodos inclui estudar galáxias inativas, espaços onde estrelas não são mais formadas, utilizando-as como cronômetros cósmicos disponíveis para cálculos da expansão do Universo.

Estamos tentando avaliar se a tensão do Hubble persiste até altos desvios. Ou seja, se, quando o Universo tinha talvez cerca de metade do tamanho e idade, a taxa de expansão estava mais alinhada com o modelo cosmológico padrão” explicou Indranil.

Se for possível confirmar a tese levantada por Banik, a forma padrão da tensão de Hubble cairia como um efeito restrito a épocas tardias do Universo, encontrando evidências que os modelos cosmológicos usados atualmente, contém limitações que podem ser revertidas e melhoradas.

Terra pode estar dentro de um vazio cósmico

Um novo estudo apresentado durante a Reunião Nacional de Astronomia de 2025, realizada em Durham (Reino Unido), sugere que a Terra, juntamente com toda a Via Láctea, pode estar situada no interior de uma vasta região de baixa densidade no cosmos, um verdadeiro “vazio cósmico”. Essa hipótese tem sido defendida por pesquisadores da Universidade de Portsmouth como possível solução para um dos maiores enigmas da física moderna: a chamada tensão de Hubble.

A tensão de Hubble surge a partir da discrepância entre duas formas de medir a taxa de expansão do universo. Enquanto observações realizadas com galáxias próximas e supernovas indicam um ritmo acelerado, os dados baseados na radiação cósmica de fundo mostram uma velocidade consideravelmente menor. Essa divergência tem sido motivo de debate e questionamentos na cosmologia contemporânea.

A hipótese do vazio

Segundo o estudo coordenado pelo astrônomo Indranil Banik, a região na qual vivemos teria densidade cerca de 20% inferior à média do universo e se estenderia por aproximadamente um bilhão de anos‑luz de raio. A menor concentração de massa nessa bolha cósmica alteraria a gravidade local, gerando um fluxo de matéria para regiões mais densas ao redor. Como consequência, objetos dentro do vazio se afastariam mais rapidamente, criando a ilusão de expansão acelerada ao nosso redor.


 
Post sobre a pesquisa e a tensão de Hubble (Foto: Reprodução/X/@astronomiaum)

A equipe utilizou medições de oscilações acústicas bariônicas, ecos do Big Bang que ficaram preservados como padrões fixos no tecido do espaço-tempo, para testar a hipótese. Esses registros, combinados com observações de desvio para o vermelho em galáxias próximas, indicaram um ajuste que favoreceu o modelo do vazio em dezenas de milhões de vezes mais probabilidade do que o modelo homogêneo tradicional adotado por missões como a do satélite Planck.

Novos testes científicos

Caso essa hipótese se confirme, as implicações seriam profundas. Primeiramente, a explicação para a tensão de Hubble ganharia base física: estaríamos observando uma expansão local distorcida pela nossa posição no vazio. Em segundo lugar, a estimativa da idade do universo, atualmente calculada em cerca de 13,8 bilhões de anos, poderia ser revisada, ajustando margens de erro e aprimorando cronogramas cosmológicos.

Os pesquisadores planejam comparar o modelo do vazio cósmico com outras abordagens, como o uso de cronômetros cósmicos, galáxias antigas que não formam mais estrelas. A espectroscopia dessas galáxias permite estimar suas idades e, ao cruzar essas informações com a luz emitida (redshift), pode-se reconstruir a história da expansão, testando se os dados coincidiriam com o padrão previsto pela hipótese de vazio.

Até o momento, a ideia segue controversa entre especialistas, pois contraria o princípio cosmológico de homogeneidade em grande escala. No entanto, os novos dados vindos do NAM 2025 e estimativas robustas tornam o modelo viável para futuras confirmações ou refutações científicas.

Primeiro Eclipse Solar Total Artificial é realizado pela Agência Espacial Europeia

Desde 5 de dezembro de 2024, dois satélites de uma missão espacial chamada Proba-3, decolaram da Índia ao espaço para estudar a coroa solar longe das barreiras que o tempo causa: como eclipses naturais são raros, a possibilidade de “criá-los” com equipamentos tecnológicos é um avanço nos estudos astronômicos. Recentemente, a ESA, Agência Espacial Europeia, divulgou uma matéria sobre os eclipses solares artificiais, contendo as primeiras fotografias diretamente da missão Proba-3.

Programada como uma tarefa de dois anos, a Proba-3 tem seus satélites alinhados com precisão milimétrica, voando a cerca de 150 metros um do outro. Em uma órbita de 19,6 horas, é possível observar um eclipse solar total por seis horas.


Primeiro eclipse solar artificial no espaço (Vídeo: reprodução/YouTube/@EuropeanSpaceAgency)

Estudos importantes

Durante eclipses solares, a coroa solar, essa atmosfera externa do Sol que vibra fortemente, pode ter imagens capturadas com mais facilidade. A “auréola” chega a temperaturas mais altas que a fotosfera, superfície do Sol, chegando a dois milhões de graus Fahrenheit.

Para os físicos que estudam os comportamentos e tudo que vem da nossa Estrela Central, informações sobre a coroa solar são fundamentais, é dela que surgem o vento solar, um fluxo contínuo que, ao interagir com o campo magnético da Terra, pode desenvolver alguns casos no clima espacial, como tempestades geomagnéticas, uma perturbação temporária na magnetosfera da Terra onde as correntes elétricas são intensificadas. Satélites podem também dar pane nessas situações.

Enquanto um eclipse natural, que pode acontecer uma ou duas vezes ao ano, por poucos minutos, o eclipse da missão Proba-3 trará muito mais ajuda entre suas órbitas de quase vinte horas.

Missão Proba-3

Dois satélites em sincronia participam da Proba-3, chamá-dos de Occulter e Coronagraph.

Occulter, o ocultista, trabalha como uma lua artificial e bloqueia a luz do Sol com um disco presente em sua construção. Este disco brilhante cobre o Sol enquanto projeta uma sombra em seu próprio sensor de imagens, assim, copiando um eclipse total da forma que acontece no nosso planeta. Já Coronagraph, o coronógrafo, traz seu significado direto no nome: um aparelho da astronomia para medir e estudar a coroa solar.

Juntos em uma dança milimetricamente programada, ambos os satélites registram um fator artificial bem próximo ao fenômeno real. Três imagens são recebidas pelo Centro de Operações Científicas do ASPIICS, presente no Observatório Real da Bélgica, lá, a combinação das fotografias permite a visão completa da coroa junto ao tempo de exposição, o tempo em que o coronógrafo ficou exposto à luz.


Simulação em software de um eclipse solar (Foto: reprodução/Agência Espacial Europeia)

Após os dois anos de missão, é esperado que mil horas de imagens da coroa solar estejam reunidas para estudo e ao fim da tarefa, os satélites serão desorbitados e queimarão na atmosfera da Terra.

Pelo site da Agência Espacial Europeia, é possível encontrar pesquisas, dados e todas as imagens divulgadas livremente, seja para os cientistas de plantão ou meros entusiastas pela astronomia.

Viagem ao espaço feita por Katy Perry gera crise com Orlando Bloom

O relacionamento entre a cantora Katy Perry e Orlando Bloom ganhou destaque nesta sexta-feira (20), após rumores de que o casal está enfrentando tensões após a participação da artista em um projeto espacial que aconteceu em abril de 2025. Fontes próximas apontam que a decisão de Perry, somada a outros fatores profissionais, agravou uma crise que vem se desenrolando desde o ano passado.

Relacionamento é afetado por decisão da cantora

O jornal britânico Daily Mail publicou uma matéria nesta sexta-feira (20) relatando que o relacionamento entre a cantora Katy Perry e o ator Orlando Bloom estaria passando umas crises. A mídia internacional está afirmando que uma das principais causas da recente tensão entre o casal, foi a participação de Perry em um voo suborbital com a Blue Origin, empresa de exploração espacial fundada pelo dono da Amazon, Jeff Bezos.

De acordo com fontes próximas ao casal, Bloom considerou a missão “constrangedora” e “desnecessária” e demonstrou insatisfação com a decisão da noiva. Essa opinião teria gerado conflito e magoado Perry, que esperava o apoio do parceiro durante essa experiência inesquecível. A situação entre o casal, que está junto desde 2016 e são noivos desde 2019, fez Perry sentir que o ator não a apoiou completamente em sua participação na missão espacial, o que teria causado desconforto e intensificado um desgaste emocional entre os dois que já vem sendo arrastado desde 2024.


Reportagem sobre o relacionamento de Katy Perry e Orlando Bloom (Video:reprodução/youtube/Entertainment Tonight

Detalhes do voo suborbital da Blue Origin

Em abril deste ano, Katy Perry realizou um marco histórico como cantora pop, sendo a primeira artista a fazer um voo espacial que durou aproximadamente 11 minutos. Perry fazia parte de uma tripulação composta exclusivamente por mulheres, incluindo a noiva de Bezos, Lauren Sánchez, Gayle King e Amanda Nguyen. A missão cruzou a Linha de Kármán – conhecida como a fronteira entre a atmosfera da Terra e o espaço sideral –  e retornou em segurança à Terra.

A intérprete de “Part of Me” fez um tributo à sua filha, Daisy Dove, segurando uma margarida (traduzida para o inglês, se chama Daisy) e beijou o solo, assim que pousou na terra. A escolha de Katy de ter aceitado o convite da Blue Origin gerou para ela críticas e comentários irônicos nas redes sociais e, segundo relatos, foi outra fonte de desacordo entre o casal.

Ausência de Katy Perry no casamento de Bezos gera desconforto

Um dos pontos que mais se destacou na mídia sobre o casal foi a ausência de confirmação de Katy Perry para o casamento do bilionário, marcado para o fim de junho em Veneza. Orlando Bloom confirmou sua presença no evento. Segundo fontes próximas à cantora, Katy não teria gostado da decisão do parceiro, considerando contraditório ele aceitar o convite dos organizadores da missão, especialmente após não apoiar sua escolha.

Além do voo espacial, a tensão no relacionamento também estaria associada à recepção baixa do álbum “143” e à resposta morna da turnê de divulgação. Nem Perry, nem Bloom se manifestaram publicamente sobre o assunto, mas rumores que circulam na internet indicam que a cantora estaria esperando o final de seus shows para poder anunciar algo relacionado ao seu relacionamento para o público.