Discurso de Lula na ONU gera reações e faz ressalvas a potências estrangeiras

Com um discurso direto e recheado de críticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) movimentou a abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23). Em cerca de 15 minutos, o presidente apostou em um tom firme e direto, defendendo o multilateralismo, a soberania nacional e criticando conflitos que seguem sem solução, como as guerras em Gaza e na Ucrânia. A repercussão foi imediata fora do Brasil.

O líder brasileiro também não deixou de tocar em temas delicados envolvendo os Estados Unidos. O presidente condenou a taxação de produtos brasileiros pelo governo americano e criticou sanções impostas a autoridades nacionais, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As falas tiveram ampla repercussão nos principais jornais do mundo.

Repercussão nos principais jornais do mundo

O The New York Times, dos EUA, destacou o “tom duro” do discurso, interpretando as palavras do líder brasileiro como um recado direto ao atual presidente dos EUA Donald Trump. Isso porque, recentemente, Trump defendeu publicamente a suspensão do processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.


Discurso do Presidente Lula na ONU (Vídeo: Reprodução/YouTube/@CNNBrasil)

Já o The Guardian, no Reino Unido, preferiu focar na defesa da democracia feita por Lula. Segundo o jornal, o presidente brasileiro afirmou que a condenação de Bolsonaro serve de exemplo global de como “aspirantes a autocratas” podem ser contidos dentro das instituições democráticas.

Defesa a democracia ganha destaque

Na Espanha, o El País ressaltou que, sem citar nomes, Lula criticou sanções arbitrárias e intervenções unilaterais, em uma clara referência a tensões com Washington. O diário argentino Clarín seguiu a mesma linha e destacou a “forte defesa da democracia” feita pelo petista diante do avanço do autoritarismo no mundo.

Outro ponto que chamou a atenção da imprensa internacional foi a fala sobre o Oriente Médio. Lula declarou que “nada justifica o atual genocídio em Gaza”, reforçando a posição do Brasil contra a ofensiva de Israel após os ataques do Hamas em outubro de 2023. Ao condenar o massacre de civis palestinos, Lula reforçou a posição do Brasil em favor da criação de um Estado palestino e em defesa do direito internacional humanitário.

Justiça torna réus Hytalo Santos e o marido por pornografia infantil

O Ministério Público da Paraíba denunciou o casal Hytalo Santos e o marido Israel Nata Vicente, popularmente conhecido como Euro, pelos crimes relacionados à exploração e produção de conteúdo sexual de crianças e adolescentes, e o favorecimento de prostituição de menores e tráfico de pessoas. Influenciador teve habeas corpus negado e redes sociais bloqueadas pela justiça.

Repercusão do caso

Hytalo Santos é um influencer paraibano que ficou conhecido nacionalmente por reunir e exibir a rotina de pessoas  em uma casa ou “mansão”. Muitas dessas pessoas são expostas em vídeos, divulgados por ele no Youtube e em redes sociais,  mas são meninas e meninos (menores de idade). O influenciador e o marido foram presos no dia 15 de agosto, na grande São Paulo,  e desde então aguardavam novos rumos do julgamento.

O caso do Hytalo Santos ganhou repercussão na internet após o youtuber Felca publicar um vídeo falando sobre os efeitos da adultização de crianças e adolescentes na internet, o vídeo do youtuber detalha sobre como agem pedófilos discretamente na internet, livremente, sem nenhuma restrição. Hytalo e o marido irão responder pelos crimes de produção de conteúdo pornográfico infantil, tráfico de pessoas, favorecimento da prostituição e exploração sexual de crianças e adolescentes.


Hytalo Santos e marido (Foto: Reprodução/Instagram/@hytalosantos)

Vara Criminal aceita parcialmente a denúncia

A 2ª Vara Mista de Bayeux aceitou parcialmente a denúncia, a decisão determinou o desmembramento do processo, de forma que outros três crimes citados acima vão ser analisados pela Vara Criminal. A decisão do juiz Bruno Cesar Azevedo Isidro, mostra que só tem competência para julgar crimes previstos no ECA, e não os que são citados no Código Penal, por isso a Vara criminal aceitou parcialmente a denúncia, apenas em relação ao crime de produção de conteúdo pornográfico infantil. O juiz enviou a denúncia para análise da Vara Criminal de Bayeux. O influenciador Hytalo Santos teve as redes socias retiradas do ar, onde ele acumulava 20 milhões de inscritos, e o seu canal do Youtube também foi suspenso da plataforma, só a conta do Youtube tinha mais de 7 milhões de seguidores.

Trump critica ONU e defende ação concreta para encerrar guerras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas à Organização das Nações Unidas (ONU) durante seu discurso na Assembleia Geral nesta terça-feira (23). Segundo ele, a instituição possui “muito potencial“, mas ainda está longe de alcançar a relevância prática que deveria ter no cenário global. Para Trump, o excesso de discursos não se traduz em soluções concretas.

Durante sua fala, o presidente ressaltou que “palavras vazias não encerram guerras”, afirmando que apenas ações efetivas podem mudar a realidade dos conflitos armados. Essa declaração foi feita diante de líderes mundiais, em um tom de cobrança direta ao papel da ONU na mediação de crises internacionais.

Trump buscou reforçar sua visão pragmática de política externa, sugerindo que a comunidade internacional precisa de medidas mais assertivas e não de discursos diplomáticos que se acumulam sem resultados tangíveis.

Ações e conquistas no governo

O presidente norte-americano aproveitou a oportunidade para destacar resultados de sua administração. De acordo com Trump, os Estados Unidos conseguiram encerrar sete conflitos armados apenas nos primeiros sete meses de seu segundo mandato. Sem citar diretamente os países envolvidos, ele argumentou que sua gestão prova como uma liderança firme pode gerar resultados rápidos.

Essas declarações foram vistas como uma tentativa de consolidar sua imagem como um líder que privilegia a ação em detrimento da retórica. Ao mesmo tempo, Trump reforçou o papel dos Estados Unidos como protagonistas globais, capazes de influenciar diretamente a estabilidade internacional.

No entanto, críticos apontam que o presidente omitiu detalhes sobre as negociações ou condições que levaram ao fim dos confrontos, levantando questionamentos sobre a veracidade ou durabilidade de tais conquistas diplomáticas.


Confira discurso completo de Donald Trump na Assembleia Geral da ONU (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Chamado à cooperação internacional

Apesar do tom crítico, Donald Trump também buscou abrir espaço para cooperação. Ele declarou estar disposto a “oferecer a mão da liderança e amizade dos Estados Unidos para qualquer ação nesta assembleia que esteja disposta a se juntar a nós para fazer um mundo mais seguro e mais próspero”.

O discurso combinou crítica e convite, uma estratégia que pode ser interpretada como pressão sobre os demais países para alinharem suas agendas às prioridades norte-americanas. Ao mesmo tempo, sinalizou abertura para parcerias em iniciativas que efetivamente promovam segurança global.

A fala repercute em um momento delicado, em que a ONU enfrenta questionamentos sobre sua capacidade de agir diante de crises internacionais prolongadas. Ao desafiar a instituição em seu próprio palco, Trump mais uma vez reforça sua postura de liderança assertiva e foco em resultados imediatos.

OMS reforça que vacinas não causam autismo

As falas recentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacenderam debates sobre a relação entre medicamentos, vacinas e autismo. Ao sugerir que o paracetamol poderia aumentar o risco de autismo em crianças quando usado durante a gestação, ele colocou em dúvida um dos analgésicos mais prescritos do mundo. Além disso, questionou a eficácia das vacinas e defendeu mudanças no calendário oficial de imunização infantil, contrariando décadas de pesquisas científicas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) respondeu de forma imediata, destacando que não há vínculo comprovado entre o uso de paracetamol na gravidez e o desenvolvimento de autismo. Embora alguns estudos observacionais tenham sugerido uma possível associação, especialistas reforçam que os dados são inconsistentes e insuficientes para estabelecer qualquer relação causal. Na prática, a recomendação médica segue sendo a mesma: paracetamol é considerado uma opção segura para grávidas, especialmente quando comparado a alternativas como aspirina e ibuprofeno, que oferecem riscos no final da gestação.

Ao colocar em dúvida tratamentos e vacinas, Trump expõe não apenas um debate científico, mas também um risco de saúde pública. O discurso de líderes políticos pode influenciar decisões individuais que comprometem a proteção coletiva. Esse tipo de posicionamento tem sido alvo de críticas por parte de organismos de saúde em todo o mundo, que reforçam a necessidade de informação confiável para orientar populações.


ONG especializada explica direitos garantidos para pessoas com austimo (Foto: Reprodução/Instagram/@equipeautismodivulgacoes)

OMS destaca importância das vacinas para saúde global

Em coletiva de imprensa, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, foi categórico: “Vacinas salvam vidas. Vacinas não causam autismo.” A afirmação direta tem como objetivo reverter a confusão causada pelas declarações de Trump e reafirmar a segurança de um dos pilares da saúde pública mundial.

Adiar, alterar ou interromper calendários de vacinação sem respaldo científico aumenta significativamente o risco de surtos de doenças infecciosas. O problema não afeta apenas crianças, mas toda a comunidade, já que a imunização coletiva depende de altas taxas de adesão. A OMS alertou que desinformação nesse campo pode colocar em risco avanços conquistados em décadas de campanhas globais.

A ligação equivocada entre vacinas e autismo não é nova. Desde o fim dos anos 1990, quando um estudo fraudulento associou a vacina tríplice viral ao autismo, o movimento antivacina ganhou força. Apesar de a pesquisa ter sido desmentida e retirada de publicações científicas, o impacto segue até hoje, alimentando teorias da conspiração que prejudicam a confiança em campanhas de imunização.

Autismo exige mais pesquisa e menos desinformação

A OMS também ressaltou a importância de aprofundar estudos sobre o transtorno do espectro autista (TEA), que afeta cerca de 62 milhões de pessoas no mundo. Embora o número de diagnósticos tenha aumentado nas últimas décadas, especialistas apontam que a principal explicação está na evolução dos critérios clínicos e na maior conscientização da sociedade, não em uma “epidemia” provocada por medicamentos ou vacinas.

O discurso do governo norte-americano de investigar em tempo recorde as causas do autismo é visto com desconfiança pela comunidade científica. Para pesquisadores, promessas políticas simplificam um tema complexo, que envolve fatores genéticos, ambientais e sociais, e cujo entendimento completo ainda demanda anos de investigação séria.

Mais do que criar polêmicas, autoridades são chamadas a apoiar a ciência. Para especialistas, o foco deve ser o investimento em pesquisas, o fortalecimento de políticas de saúde pública e a disseminação de informações confiáveis. Somente assim será possível oferecer respostas consistentes às famílias e garantir que o debate sobre autismo avance sem ser distorcido por teorias sem evidência.

Lula afirma que está pronto para conversar com Trump

Nesta segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou estar disponível para um eventual diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lula também afirmou que o governo brasileiro está buscando negociar com Washington para reduzir a tarifa de 50% aplicada a produtos nacionais, destacando que as tratativas estão sendo conduzidas com serenidade. No entanto, ele criticou a postura de Trump, classificando-a como “inaceitável”.

Lula afirmou que nunca teve diálogo com Donald Trump porque o presidente americano optou por se alinhar a Jair Bolsonaro, em vez de buscar uma relação direta com o povo brasileiro — uma decisão que, segundo ele, foi equivocada.

Crítica direta a Trump

Durante sua participação na 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o presidente Lula criticou a postura de Donald Trump em relação ao Brasil. Ele afirmou que a condenação de Jair Bolsonaro não pode servir de pretexto para impor tarifas aos produtos brasileiros. “É inacreditável que o presidente Trump tenha esse tipo de comportamento com o Brasil devido ao julgamento de um ex-presidente que tentou um golpe de Estado”, declarou Lula, em tom firme.


Lula participa da Assembleia da ONU em Nova York (Foto: Reprodução/OGlobo/Michael M. Santiago)

Existe a expectativa de que o presidente Lula utilize seu discurso na Assembleia Geral da ONU para enviar mensagens indiretas a Donald Trump. Sem mencionar o líder americano diretamente, Lula deve reforçar a defesa da soberania brasileira e criticar a imposição de tarifas sobre produtos nacionais.

Clima e paz em pauta

Esse cenário moldou o discurso que Lula deve apresentar nesta terça-feira (23) na Assembleia-Geral da ONU, com foco em temas como soberania nacional, defesa da democracia, valorização do multilateralismo, além da necessidade urgente de reformar a estrutura da ONU.

Lula deve cobrar mais compromisso global com o meio ambiente e a transição energética. Como anfitrião da COP30, busca apoio financeiro de países ricos para ações concretas contra as mudanças climáticas e o compromisso com a preservação ambiental.

Outro ponto que deve ganhar destaque é o conflito na Ucrânia. O presidente brasileiro tem defendido publicamente a urgência de um cessar-fogo e a retomada do diálogo como caminho para a paz.

Fortuna revelada de Donald Trump tem ativos líquidos, imóveis e muito mais

Atualizado agora em setembro, o levantamento mais recente da Forbes trouxe em detalhes uma grande curiosidade de alguns: afinal, quanto vale a fortuna de Donald Trump? A diferença nos números desde o ano passado é de US$ 3 bilhões, mais de R$ 15 bilhões de reais, fruto de criptomoedas lucrando desde sua vitória na eleição e de uma condenação revogada na justiça.

Em 10 meses, US$ 2 bilhões foram adicionados em sua fortuna pelas criptomoedas, enquanto outros US$ 500 milhões vieram quando sua equipe legal eliminou a condenação contra Trump. Os últimos US$ 400 milhões vieram de empreendedores estrangeiros prontos para fazer negócios com o atual presidente dos Estados Unidos assim que tiveram a oportunidade. Espera-se que sua fortuna tenha ainda mais atualizações com seu segundo mandato ainda pela frente.

Entre valores líquidos e dívidas empresariais, a fortuna de Trump está em US$ 7,3 bilhões até agora, em conversão, são cerca de R$ 38,80 bilhões de reais.

Criptomoedas e ativos líquidos

Uma média de US$ 2,4 bilhões na fortuna de Trump vêm de ativos líquidos por vendas, criações e negociações com criptomoedas. O presidente estadunidense lançou uma memecoin antes de seu segundo mandato e parte dessas moedas é desbloqueada diariamente.

Além delas há tokens da World Liberty Financial, stablecoins feitas para transações de cripto com baixa volatilidade e um grande lote de tokens da Liberty comprdos pela empresa de capital aberto chamada Alt5, enriquecendo o bolso de Trump em US$ 12 milhões de dólares.


Logo da World Liberty Financial, conexão com Trump (Foto: reprodução/World Liberty Financial)

Muitos resorts

Próximo ao valor recebido pelas criptomoedas, Trump também recebe de empresas e principalmente resorts em sua posse, como os Clubes de Golfe, Mar-a-Lago, Trump National Doral Miami e mais dois resorts de golfe na Escócia e um na Irlanda. Nos resorts europeus, houve perdas de mais de US$ 100 milhões tempos atrás, mas nas análises mais recentes, os negócios estão bem melhores.

Junto aos locais de luxo, Trump também possui um helicóptero e um avião no valor conjunto de US$ 11 milhões. No lado familiar, os filhos do presidente têm um total de US$ 5 milhões em empréstimos e US$ 2 milhões em pensão.

Investimentos imobiliários

Dividindo tantos valores, os maiores bilhões vêm dos investimentos imobiliários do presidente, que contém em sua fortuna US$ 1,2 bilhão ou R$ 6,39 bilhões de reais em conversão. Trump possui dois contratos de locação comercial na 6 East 57th Street, porcentagens de escritórios e varejos em Manhattan e São Francisco, além de apartamentos, casas, terrenos residenciais e hotéis pela Califórnia, Virgínia e Nova Iorque.

Entre muitos números do lado positivo, Donald Trump deve cerca de US$ 95 milhões em responsabilidades legais, referentes a pagamentos para E. Jean Carroll, uma escritora que o acusou de estupro em uma loja de departamentos. O presidente nega as acusações e tenta anular a condenação enquanto os juros seguem aumentando.

Homenagem a Charlie Kirk tem presença de Trump com discurso forte

Neste domingo (21), aconteceu o memorial em homenagem a Charlie Kirk no estádio de Glendale, Arizona. Milhares de pessoas (por volta de 100 mil) compareceram ao evento, que começou por volta das 15h (horário de Brasília). O local ficou cheio, com público impressionante vestindo as cores símbolo do patriotismo americano e exibindo imagens do ativista. A cerimônia obteve uma segurança máxima, de acordo com o funcionário do Departamento de Segurança Interna. O evento teve presenças de figuras importantes como: Donald Trump, membros do governo, esposa e viúva de Charlie Kirk e Elon Musk. Todos esses usaram o momento para prestar homenagem pública, lembrando Kirk como uma figura que inspirava os jovens e defendia valores conservadores. Charlie Kirk havia sido assassinado no dia 10 de setembro.

Discurso de Trump

O presidente aproveitou para falar sobre Charlie Kirk, em que segundo ele, o ativista acabou se tornando um “mártir” pela liberdade e disse que o país perdeu uma pessoa brilhante que amava os EUA, ele completou que com a quantidade enorme de pessoas vestindo as cores do país, deu para ver claramente que eles também o amavam. Além dos discursos de liberdade, houveram falas de patriotismo, crítica à divisão ideológica e a necessidade de retomar princípios judaico-cristãos. Também houve momentos de oração e músicas religiosas, criando uma atmosfera de culto espiritual misturado com ato político. Trump por fim, prometeu continuar a luta de Charlie Kirk e insinua responsabilidade da esquerda pelo assassinato do antigo influenciador.

Perdoando mesmo na dor

Erika Kirk, viúva de Charlie, emocionou a plateia ao declarar perdão ao jovem acusado do assassinato. O gesto foi recebido com aplausos e lágrimas, marcado por reconhecimento do legado de Charlie e apelo à união, mesmo em meio ao sofrimento.


Trump consolando a esposa de Charlie Kirk (Foto: reprodução/Instagram/@conexaopoliticabrasil)

Símbolo de um movimento

Durante os discursos, Charlie foi descrito como mártir e exemplo de coragem. Sua trajetória foi exaltada como referência política jovem, agente de mobilização em universidades e defensor de causas conservadoras. Os participantes expressaram que sua morte não será em vão, devendo reforçar o comprometimento com os valores que ele defendia.

 Departamento de Guerra dos Estados Unidos impõe limitações aos jornalistas

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está impondo que jornalistas aceitem utilizar somente informações previamente autorizadas sobre as forças armadas, sob risco de perderem suas credenciais para reportar sobre o Pentágono. Essa é a mais recente medida da administração Trump para gerenciar a cobertura da imprensa.

A nova diretriz, que faz parte de um processo de credenciamento de imprensa revisado apresentado às organizações de notícias na semana passada, foi anunciada em um memorando pelo porta-voz do Pentágono, Sean Parnell. O documento estabelece que, para receber e manter a credencial de repórter do Departamento de Defesa, os jornalistas devem assinar um formulário de 10 páginas.

Informações do Pentágono

Mesmo que não sejam classificadas, devem ser aprovadas para divulgação pública por um oficial autorizador adequado antes de serem liberadas. O Pentágono alega que precisa resguardar dados confidenciais de segurança nacional, além de qualquer informação classificada como “informação controlada não classificada”, para justificar a nova limitação.


Pentágono impõe limitações a jornalistas e exige aprovação de matérias (Foto: reprodução/icholakov 01/Depositphotos)

Conflitos da Gestão:

O New York Times divulgou uma declaração dizendo que essas limitações “estão em total desacordo com as proteções constitucionais de uma imprensa livre em uma democracia.” Os desentendimentos da segunda administração de Donald Trump com a mídia foram reavivados nesta semana, quando a emissora ABC, pertencente à Disney, afastou o apresentador Jimmy Kimmel após suas declarações sobre o ativista conservador assassinado Charlie Kirk, durante uma campanha de pressão que envolveu ameaças feitas por Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações.

Em abril, a Casa Branca cortou acesso da imprensa após o tribunal restaurar credenciais para a Associated Press. Isso aconteceu após uma ação judicial da AP, quando a Casa Branca começou a limitar sua cobertura posteriormente. Atualmente, o Pentágono tem 90 jornalistas credenciados e exigiu que todos se comprometam por escrito.

Brasil e países aliados excluem os Estados Unidos do encontro sobre democracia na ONU

No próximo dia 24 de setembro, quarta-feira, acontece em Nova York, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a segunda edição do encontro “Em Defesa da Democracia e contra o Extremismo”. Esse evento, que busca fortalecer os princípios democráticos, foi criado em 2024 pelo Brasil e pela Espanha com a participação dos Estados Unidos sob a presidência de Biden que enviou um representante: o secretário de Estado, Kurt Campbell.

Decisão de Lula

Neste ano, o Brasil decidiu excluir os Estados Unidos da reunião. A decisão foi motivada pelo entendimento de que os posicionamentos do atual presidente Donald Trump não reflete um verdadeiro estado democrático, não havendo ambiente político para esse encontro, principalmente pelas sanções e o tarifaço aplicado a produtos brasileiros.  A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve o apoio de países aliados como Chile e Espanha.


 

CNN Brasil (Vídeo: reprodução/You Tube/@CNNBrasil)

Defesa da Democracia

O encontro ocorreu pela primeira vez no ano passado e tem como objetivo discutir questões como a defesa da democracia e o combate ao extremismo, um movimento iniciado por Brasil e Espanha que conta com a participação de outros 12 países: Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos e França, México, Noruega, Quênia, Senegal, Timor-Leste. As nações presentes debateram ameaças à democracia e ações extremistas em diferentes partes do mundo. Reiterado o compromisso, o presidente Lula disse, na ocasião, que enquanto não houver firmeza na regulação das plataformas digitais e no uso de tecnologias de inteligência artificial, as sociedades continuarão expostas a constantes ameaças. Ele reafirmou que nenhuma empresa de tecnologia ou pessoa, independentemente de sua riqueza, está acima da lei e encerrou a fala dizendo que é necessário que assumam responsabilidade pelo conteúdo que divulgam.

O presidente brasileiro embarcou neste domingo (21) para os Estados Unidos, tem diversos compromissos agendados para a semana. Estão previstas cerca de dez reuniões bilaterais e há a possibilidade de um encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.

 

Donald Trump confronta jornalista e causa polêmica em coletiva

Durante uma coletiva realizada nesta sexta-feira (19), no Salão Oval, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se envolveu em mais um confronto com a imprensa. O episódio ocorreu quando a jornalista Ebony McMorris, da American Urban Radio Networks, tentou questionar sobre a possível mobilização da Guarda Nacional em Memphis, medida já adotada em cidades como Los Angeles e Washington, D.C., para conter manifestações.

Tensão na coletiva

Durante a coletiva, a repórter Ebony McMorris tentou iniciar sua pergunta com um “Senhor presidente”, mas foi imediatamente interrompida por Donald Trump, que respondeu de forma ríspida: “Silêncio… você é muito irritante”. O termo usado por ele, “obnoxious”, também pode ser traduzido como “desagradável” ou “insuportável”.

Mesmo diante da reação, McMorris insistiu: “Não sou irritante, estou apenas tentando perguntar sobre os planos para Memphis”. Trump, porém, manteve o tom hostil: “Você é muito irritante… Não vou falar com você até decidir chamá-la”. Em seguida, ignorou a jornalista e passou a palavra a outro profissional da imprensa.


Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: reprodução/Getty Images embed/Andrew Hernik)

A pergunta de McMorris tratava do aumento da violência em Memphis e refletia preocupações de especialistas, que alertam para o risco de intensificação de confrontos com a presença da Guarda Nacional em áreas urbanas.

Gold Card anunciado

Durante a entrevista, Donald Trump anunciou a criação do programa de residência “Gold Card” por meio de uma nova ordem executiva. Voltada para estrangeiros de alto poder aquisitivo, a iniciativa exige um investimento de US$ 1 milhão (R$ 5,32 milhões) para aplicação individual ou US$ 2 milhões (R$ 10,6 milhões) em caso de patrocínio empresarial.

Além disso, empresas que desejarem contratar profissionais estrangeiros altamente qualificados terão custos elevados. O visto H-1B, amplamente utilizado no setor de tecnologia, passará a custar US$ 100 mil (R$ 532 mil) por ano, substituindo a taxa atual de US$ 1 mil (R$ 5.320). Segundo Trump, a medida visa valorizar talentos e elevar o padrão da imigração profissional nos Estados Unidos.