Netanyahu indica Trump para o Nobel da Paz durante visita aos Estados Unidos

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (7) que recomendou oficialmente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para receber o Prêmio Nobel da Paz. A indicação foi feita por meio de uma carta enviada ao comitê do Nobel, durante a visita de Netanyahu a Washington, onde ele se reuniu com Trump na Casa Branca. Segundo o premiê israelense, a justificativa é baseada no papel que Trump desempenhou em acordos diplomáticos recentes e em iniciativas de pacificação no Oriente Médio.

A proposta de Netanyahu rapidamente repercutiu entre aliados e opositores. Trump recebeu a indicação como um gesto de reconhecimento por sua atuação nas ações de cessar-fogo dos conflitos no Oriente Médio. Por outro lado, críticos destacam que o contexto atual é de tensão militar na região, com confrontos entre Israel e grupos armados palestinos na Faixa de Gaza e escaladas de atritos com o Irã.

Justificativa aponta acordos históricos e mediações

Na declaração feita à imprensa, Netanyahu afirmou que a carta enviada ao comitê do Nobel menciona avanços diplomáticos que, segundo ele, contribuíram para reduzir conflitos históricos no Oriente Médio. Entre os exemplos citados, estão as tratativas para ampliar o número de países árabes com laços formais com Israel e tentativas de diálogo envolvendo outras regiões em disputa. Trump, por sua vez, agradeceu publicamente o gesto e disse considerar a nomeação uma prova de sua política externa focada em acordos diretos entre nações rivais.

Apesar da indicação, a situação em Gaza segue instável, com operações militares de Israel contra o Hamas e relatos de novas ofensivas que preocupam organizações humanitárias. Netanyahu minimizou os impactos dessas ações na proposta de reconhecimento, dizendo que “ele está forjando a paz enquanto falamos, um país e uma região após a outra” e reiterando que Trump atuou para equilibrar interesses de diferentes governos em meio a conflitos persistentes.


Momento da declaração divulgada pelo Governo dos EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/The White House)


Processo de nomeação segue critérios do comitê

O regulamento do Prêmio Nobel da Paz permite que chefes de Estado, membros de parlamentos e acadêmicos façam indicações formais até o início de cada ano. As candidaturas são mantidas em sigilo pelo comitê norueguês por até 50 anos, mas podem ser divulgadas por quem propõe. Netanyahu não informou se consultou outras lideranças antes de enviar o documento.

Até o momento, não há confirmação de outras indicações envolvendo Trump para a edição de 2025, mas esta não é a primeira vez que o presidente norte-americano é sugerido para receber o prêmio.

Em ocasiões anteriores, parlamentares de países aliados já haviam apresentado o nome de Trump em anos marcados por negociações envolvendo Coreia do Norte e Oriente Médio. O anúncio do laureado deve ocorrer em outubro, como de costume, após a análise de todas as candidaturas e a votação dos membros do comitê responsável pela decisão.

Trump e Netanyahu discutem cessar-fogo em Gaza e plano para reassentar civis palestinos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciaram nesta segunda-feira (7) que seus governos estão articulando com nações parceiras uma possível realocação de civis palestinos da Faixa de Gaza. O encontro aconteceu na Casa Branca e também incluiu discussões sobre um novo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A iniciativa, segundo Netanyahu, busca aliviar a pressão sobre Gaza e abrir caminho para uma solução política duradoura. Ele também anunciou ter recomendado o presidente dos EUA para receber o Prêmio Nobel da Paz.

EUA e Israel buscam reassentar civis de Gaza

Segundo Netanyahu, o reassentamento de parte da população de Gaza está sendo tratado como uma medida de “caráter humanitário” que também facilitaria as operações de segurança contra o Hamas e discutido em coordenação com os Estados Unidos, que lideram contatos diplomáticos com possíveis países de acolhimento. O premiê afirmou que os dois governos estão “trabalhando de perto” e que já estão “próximos de identificar vários países” dispostos a receber civis palestinos.

Estamos trabalhando em conjunto com os Estados Unidos para identificar nações que possam acolher civis de Gaza, longe da zona de guerra e da influência do Hamas”, declarou Netanyahu. “Não se trata de expulsão, mas de oferecer segurança e dignidade a essas famílias.


Donald Trump e Primeiro Ministro de Israel (Foto: Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Grupos de direitos humanos, no entanto, criticaram a proposta, apontando riscos de violação do direito internacional. A Human Rights Watch classificou a iniciativa como uma tentativa de “limpeza demográfica sob pretexto humanitário”, enquanto a Anistia Internacional pediu à comunidade internacional que rejeite qualquer plano de deslocamento forçado.

Trump defende plano e é indicado ao Nobel da Paz

Durante a coletiva após a reunião, Trump reiterou seu apoio a Israel e defendeu o plano como parte de uma solução “forte e sustentável” para a crise. Ele afirmou que um novo cessar-fogo está em estágio avançado de negociação e que os EUA não permitirão que o Hamas continue representando uma ameaça.

Netanyahu, por sua vez, anunciou que indicou formalmente Trump ao Prêmio Nobel da Paz, destacando sua atuação nos Acordos de Abraão e seu “compromisso inabalável com a estabilidade no Oriente Médio”.

Poucos líderes fizeram tanto pela paz regional quanto Donald Trump”, afirmou o premiê israelense. “É hora do mundo reconhecer isso.

Observadores internacionais avaliam que os próximos passos da iniciativa — tanto em relação ao cessar-fogo quanto ao reassentamento de civis — serão cruciais para medir o impacto das decisões da Casa Branca sobre a estabilidade regional e a resposta humanitária.

Trump impõe tarifa de 10% a países alinhados ao Brics: “Não haverá exceções”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (7) a imposição de uma tarifa adicional de 10% sobre todos os produtos importados de países que, segundo ele, “se alinharem às políticas antiamericanas do Brics”. Em publicação feita no Truth Social, rede oficial do atual presidente americano, Trump afirmou que a medida visa proteger a soberania econômica dos EUA e será aplicada de forma ampla: “Não haverá exceções a essa política”, ele declarou.

Pressão econômica contra o bloco emergente

O anúncio representa mais um passo da nova ofensiva econômica da Casa Branca sob o segundo mandato de Trump. O Brics — atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia — tem se fortalecido como um contraponto à influência do Ocidente, promovendo uma agenda de desdolarização e cooperação Sul-Sul.


BRICS summit no Rio de Janeiro, Brasil. (Foto: Reprodução/PABLO PORCIUNCULA/Getty Images Embed)

Para Trump, o bloco representa uma ameaça estratégica. “Países que se alinham ao Brics estão endossando uma agenda que mina os interesses dos Estados Unidos e do povo americano”, escreveu. O presidente ainda disse que “essa tarifa é uma resposta justa a governos que se envolvem em políticas hostis à liderança americana”.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos confirmou que a tarifa será implementada nos próximos 30 dias e poderá ser ampliada conforme o nível de “cooperação diplomática ou econômica” com o bloco.

Reações globais e impacto para o Brasil

A medida gerou críticas imediatas de países-membros do Brics. O Itamaraty, em nota oficial, classificou a medida como “discriminatória e contrária aos princípios do comércio multilateral”. O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, declarou que o governo brasileiro buscará diálogo com Washington, mas advertiu que o país “não recuará de sua posição soberana dentro do Brics”.

Especialistas apontam que o impacto sobre a economia brasileira pode ser significativo, especialmente em setores como o agronegócio, mineração e manufatura, altamente dependentes do mercado americano. De acordo com a análise da Bloomberg, o percentual pode reduzir em até 12% o volume de exportações brasileiras para os Estados Unidos ainda em 2025.

Já a Reuters informou que a União Europeia acompanha a escalada com preocupação e poderá acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), caso entenda que a tarifa viola acordos internacionais.

EUA voltará a enviar cartas de tarifas após 90 dias de trégua

Os Estados Unidos darão prosseguimento à sua estratégia protecionista empregada por Donald Trump. O governo americano começará a enviar cartas a cerca de 100 países informando quais tarifas entrarão em vigor, caso não haja um acordo comercial após o fim da trégua de 90 dias iniciada em 2 de abril.

Cronograma da trégua e imposição de tarifas

Em 2 de abril, Trump anunciou o chamado “Dia da Libertação”, implementando tarifas de 10% base, com taxas adicionais entre 25% e 50% sobre setores como aço, alumínio e automóveis.

No mesmo contexto, o presidente suspendeu essas tarifas por 90 dias para dar prazo às negociações.

O secretário de Comércio, Howard Lutnick, confirmou que as cartas começarão a ser enviadas na próxima segunda-feira, com vigência das tarifas a partir de 1º de agosto para quem não fechar um pacto.

Estratégia de pressão e acordos

Nas correspondências, a Casa Branca informará a alíquota específica a ser aplicada, variando de 10% a até 70% em casos mais extremos e o país alvo terá até 1º de agosto para negociar termos bilaterais. O Tesouro americano, por sua vez, enfatizou que esse envio de cartas faz parte de uma estratégia de “máxima pressão” para fechar acordos rapidamente.

Até agora, os EUA já selaram preferências com o Reino Unido e Vietnã, e firmaram uma trégua com a China. Negociações com a União Europeia, Japão, Índia e Brasil continuam em andamento. O Brasil, inclusive, já figura entre os 32 países que mantêm diálogo com a Casa Branca.

Impacto global e reação dos mercados

A perspectiva de novas tarifas elevadas entre 10% e 70%, até 70% em casos extremos, reacendeu temores de uma escalada protecionista, especialmente em produtos como automóveis, aço, alumínio e bens agrícolas. Os mercados reagiram com instabilidade, os futuros de Wall Street por sua vez registraram queda de cerca de 0,3% diante da tensão comercial.


Instabilidade do mercado com a tarifas (Foto: reprodução/ANGELA WEISS/Getty Images Embed)

Economistas alertam que esse “tarifaço” pode retardar o crescimento global e comprometer cadeias de suprimento, sendo a volta aos patamares de abril, sem acordo, um risco significativo.

Este movimento marca a intensificação da pressão econômica dos EUA sobre parceiros comerciais, em uma operação que combina diplomacia tarifária e timeline rígida. Para as economias globais, é um teste crucial no equilíbrio entre negociação e retaliação.

Trump critica Elon Musk por criação de novo partido: “Desastre total”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas no último domingo (6) à decisão de Elon Musk de fundar um novo partido político no país, o chamado “Partido América”. Em postagens na Truth Social e em conversas com jornalistas, Trump avaliou que Elon Musk vem agindo de maneira instável nas últimas semanas e que sua iniciativa de fundar um novo partido não tem viabilidade dentro da política dos Estados Unidos, podendo até prejudicar a estrutura já existente.

Na avaliação do presidente, as atitudes imprevisíveis do empresário o transformaram, em suas próprias palavras, num “desastre total”.

Trump também afirmou que a ideia de fundar um terceiro partido é historicamente ineficaz e que esse tipo de iniciativa só serviria para provocar ainda mais instabilidade política. Segundo ele, os Estados Unidos já enfrentam turbulências suficientes causadas pelos democratas, a quem acusa de ter perdido o bom senso.

Bilionário rompe com Trump e lança “Partido América”

A declaração de Trump foi uma reação direta ao anúncio feito por Musk no último sábado (5), quando o empresário comunicou, por meio de sua rede social X, que estaria formando o “Partido América” após consultar seus seguidores sobre a criação de uma nova legenda. 


Declaração de Elon Musk no X (Foto: reprodução/X/@elonmusk)

Musk argumentou que, diante do que vê como uma falsa polarização entre republicanos e democratas, os Estados Unidos funcionam, na prática, como um sistema de partido único. Ele disse ainda que o novo partido seria uma resposta à corrupção e ao desperdício de recursos públicos.

O bilionário decidiu dar andamento ao projeto um dia depois da aprovação, no Congresso, de um pacote de cortes e medidas econômicas proposto por Trump, um texto que impacta diretamente os negócios da Tesla, empresa comandada por Musk, ao acabar com o mandato federal de venda obrigatória de veículos elétricos.

Apesar de já ter integrado a equipe do governo responsável por discutir a redução de gastos públicos, Musk rompeu publicamente com Trump após a votação e chegou a ameaçar financiar campanhas contra parlamentares que apoiaram a medida. A pesquisa informal promovida por ele teve mais de 1,2 milhão de votos, e cerca de 65% dos participantes se mostraram favoráveis à criação de um novo partido. Ainda não há, no entanto, registro oficial da nova sigla junto à Comissão Eleitoral Federal.


Enquete publicada por Musk no X (Foto: reprodução/X/@elonmusk)

Trump questiona alianças e postura política de Musk

Em sua publicação, Trump afirmou ter ficado surpreso com a indicação feita por Musk, anos atrás, de um amigo próximo para o comando da NASA. Ele disse que, apesar de reconhecer a competência técnica do indicado, achou inadequado nomear alguém tão ligado pessoalmente a Musk, especialmente por se tratar de alguém alinhado ao Partido Democrata e sem histórico de contribuição com os republicanos.


Declaração de Trump na Truth Social (Foto: reprodução/Truth Social/@realDonaldTrump)

Trump também comentou que, mesmo durante a campanha presidencial de 2024, quando recebeu apoio financeiro de Musk, deixou claro que era contrário ao mandato federal de veículos elétricos. Segundo ele, Musk não demonstrou objeções naquele momento, o que lhe causou estranhamento.

O atual presidente voltou a defender o Partido Republicano como uma estrutura sólida e eficiente, em contraste com o que vê como a desordem causada por partidos emergentes e iniciativas individuais. Por outro lado, o Partido América, idealizado por Musk, sugere concentrar esforços em 2 ou 3 disputas por cadeiras no Congresso para maximizar sua influência legislativa, mas não há ainda planos formais ou candidaturas oficiais detalhadas.

Hamas aceita trégua de 60 dias no conflito com Israel

Nesta sexta-feira (4), o grupo Hamas anunciou que aceitou uma proposta de trégua na guerra na Faixa de Gaza, apresentada pelos Estados Unidos. Segundo um representante do Hamas em contato com a agência “Reuters”, o grupo deu resposta positiva ao acordo de 60 dias por intermédio dos mediadores do Egito e do Catar. Esta será a terceira tentativa de cessar-fogo, porém o grupo terrorista se mostrou disposto a dar um fim no conflito que acontece desde 2023.

Declarações de Donald Trump

Donald Trump falou sobre a proposta de cessar-fogo na última terça-feira (1). Segundo o presidente americano, Israel teria aceitado o acordo e as condições para o encerramento do conflito, mas o Governo israelense ainda não se pronunciou sobre a trégua. Trump ainda afirmou que os dois meses de duração da trégua seriam voltados para busca de formas para acabar com os ataques em Gaza definitivamente.


Presidente americano Donald Trump (Foto: reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images Embed)

O presidente dos Estados Unidos receberá o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington, EUA, na próxima segunda-feira (7). Trump declarou que pressionará Netanyahu para agir e por fim no conflito. “Esperamos que aconteça. E esperamos que aconteça em algum momento da próxima semana” “Queremos tirar os reféns de lá.”, disse Donald Trump sobre o acordo de cessar-fogo.

Conflito na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza dura dois anos e teve início com a invasão terrorista do Hamas ao território israelense, que resultou em mais de mil mortos e no sequestro de mais de 200 pessoas. Desde então, diversas tentativas de cessar-fogo foram realizadas, mas nenhuma conseguiu pôr fim aos confrontos.


Militares israelenses na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Amir Levy/Getty Images Embed)

Segundo informações do Hamas, a ação israelense matou mais de 40 mil palestinos e os ataques frequentes e de grande dimensão deixou a população que vive na região deslocada e desnutrida.

A relação entre os palestinos e israelenses é conturbada desde o início do Século XX, mas um dos principais motivos para o conflito é a disputa de Israel e Palestina pelo território e pelo reconhecimento de Jerusalém, local sagrado para cristãos, judeus e muçulmanos, como capital de ambas as nações.

Briga entre Trump e Musk pode afetar financeiramente a Tesla

O presidente americano Donald Trump e o bilionário sul-africano Elon Musk têm protagonizado uma briga pública há alguns dias. O empresário, que até pouco tempo, era forte aliado do republicano, se afastou do comando do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) e iniciou uma batalha contra as políticas econômicas do governo.

Contudo, o confronto pode trazer severas consequências para a Tesla, uma das empresas de Musk. Trump decretou a retirada dos incentivos fiscais da montadora a partir de setembro e analisa encerrar o apoio do governo para o serviço de recarga dos veículos da empresa.

Queda nas vendas

A Tesla atravessa um processo delicado economicamente desde quando Musk assumiu o cargo no DOGE. A associação do empresário ao governo direitista conservador de Trump provocou protestos de uma parcela de consumidores da companhia.

A empresa teve queda de 13% nas vendas no primeiro trimestre de 2025. Na última segunda-feira (01), as ações da montadora caíram 5,4%. Somente neste ano, a quada foi de 26%.


Elon Musk, ao lado de Donald Trump, quando comandava o DOGE (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)

Prejuízos para Tesla

Donald Trump postou em seu perfil no Truth Social que utilizará o DOGE para fiscalizar as empresas de Musk e sugeriu que o empresário pode estar sendo mais beneficiado do que qualquer outra pessoa no mundo com os subsídios concedidos às suas empresas.

Trump foi severo ao dizer que o empresário teria que fechar suas empresas e regressar para a África do Sul sem os subsídios. Para ele, isso economizaria uma fortuna para os cofres públicos do contribuinte americano. Para rebater a provocação, Musk respondeu: “Estou literalmente dizendo CORTE TUDO. Agora.”

Analistas, porém, advertem que, caso Trump cumpra a ameaça, a Tesla teria um prejuízo estimado em US$ 1 bilhão. Em consequência, os veículos fabricados não apresentariam valor atrativo no mercado, levando o consumidor a adquirir o produto dos concorrentes. Diante da situação delicada no mercado de ações, especialistas de Wall Street recomendam que investidores não adquiram ações da companhia.


Uma estação de carregamento de baterias para veículos elétricos Tesla, na Califórnia (Foto: reprodução/Robert Alexander/Getty Images Embed)

Robotaxis sob ameaça

Musk havia anunciado no dia 10 de junho o lançamento de veículos autônomos que seriam utilizados para transporte de passageiros, chamados de robotáxis. A cidade de Autsin foi a escolhida para o início dos testes.

Porém, caso Trump decida cortar os subsídios, o projeto de Musk seria drasticamente afetado. O serviço de robotáxis é um setor que a Tesla planejava explorar após a quedas nas vendas.

Juiz federal Randolph Moss revoga proibição de asilo a imigrantes nos EUA

Em uma reviravolta significativa para o campo jurídico e político dos Estados Unidos, o juiz federal Randolph Moss bloqueou a proibição de asilo em situações críticas na fronteira americana. Essa medida, que afetava diretamente as políticas de migração do presidente Donald Trump, levanta questões cruciais acerca da legitimidade e da eficácia das regras de imigração em vigor.

O bloqueio não só representa uma vitória para os direitos dos imigrantes, mas também enfatiza os desafios legais enfrentados por um sistema que tem se esforçado para se adaptar a uma fluidez migratória sem precedentes.

Marco sobre a política da imigração nos EUA

O governo Trump implementou diversos regulamentos que tornaram o processo de asilo cada vez mais restritivo, em muitas ocasiões desconsiderando os apelos de indivíduos que fogem de regimes opressores ou situações de violência. Uma recente decisão judicial representa um marco no debate sobre políticas migratórias e direitos humanos.

O juiz responsável pelo caso considerou que a proibição de concessão de asilo, mesmo em situações em que a vida do solicitante está sob ameaça, além de ineficaz, viola princípios fundamentais dos direitos humanos. Para especialistas, a decisão pode influenciar futuras interpretações legais e políticas públicas voltadas à imigração e ao refúgio.


Decisão judicial pode mudar rumo imigratório e de Trump nos EUA (Foto: reprodução/G1/ Globo.com)

Especialistas em direito internacional consideram a recente decisão judicial sobre as políticas de asilo nos Estados Unidos um possível ponto de inflexão. A sentença suspende a prática de negar proteção a pessoas que enfrentam riscos reais à sua segurança, uma medida que, segundo juristas, contraria normas internacionais.

A decisão também reacende o debate sobre as políticas de imigração adotadas pelo país, especialmente em um cenário posterior à administração Trump, marcada por restrições mais severas. O bloqueio judicial é interpretado como parte de um movimento mais amplo de contestação a essas políticas.

Analistas apontam que o modo como os Estados Unidos tratam aqueles que buscam abrigo e proteção internacional seguirá como pauta recorrente nas próximas deliberações políticas e jurídicas.

Reforma do sistema de imigração nos EUA é acirrada

Mesmo com essa decisão, a luta pela reforma do sistema de imigração nos EUA promete permanecer acirrada. Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes e membros do Congresso indicaram que a disputa judicial em torno das políticas de asilo continua longe de ser concluída.


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/G1/Globo.com)


Segundo esses grupos, outras medidas e práticas também precisam ser revisadas para garantir conformidade com os princípios legais e institucionais do país. A decisão recente é vista como um ponto de partida em um processo mais amplo de discussão sobre o tratamento de imigrantes nos Estados Unidos. Novas ações legislativas e judiciais devem ser acompanhadas nos próximos meses, à medida que o tema segue em pauta no debate público e político.

Especialistas apontam que a reavaliação das normas que regem o direito ao asilo representa um desafio contínuo, que envolve não apenas mudanças legais, mas também transformações culturais sobre o papel do país no acolhimento de refugiados diante de crises internacionais.

Israel aceita cessar-fogo em Gaza, segundo Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou através de seu perfil na sua rede social, a “Truth Social”, que Israel concordou com as condições para o cessar-fogo em Gaza. “Meus representantes tiveram uma longa e produtiva reunião com os israelenses hoje sobre Gaza… trabalharemos com todas as partes para pôr fim à guerra”, escreveu o presidente dos Estados Unidos nesta terça-feira (01).

O cessar-fogo entre o país e o grupo Hamas deve durar 60 dias e os representantes do Qatar e do Egito também fazem a articulação das propostas. Trump finalizou a publicação com “Espero, para o bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque a situação não vai melhorar“.

Hamas

Segundo a agência de notícias Associated Press, o grupo terrorista Hamas está disposta a aceitar o acordo, mas com a condição de que o pacto colocasse um fim à guerra que já dura mais de um ano.

No entanto, ainda conforme a agência, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu quer o fim do grupo, ele disse que “não haverá Hamas” depois que o conflito acabar. A proposta dos 60 dias quer garantir que tropas de Israel sejam retiradas de Gaza e que a região receba suporte humanitário.


Pronunciamento de Trump (Foto: reprodução/Truth/@realDonaldTrump)

A guerra

Após décadas de confrontos entre Israel e Palestina, em 2023, o grupo militar Hamas invadiu o país israelense, o que causou a morte de pessoas e reféns levados pela organização terrorista. Desde então, Israel vem bombardeando a Faixa de Gaza.

Entre ataques e pessoas capturadas, em outubro de 2024, forças de Israel assassinaram Yahya Sinwar, líder do Hamas. Ele foi o responsável pelo ataque de 2023.

O motivo do conflito é a disputa da Faixa de Gaza, a região é estratégica militarmente e possui reservas de gás natural. O cenário de devastação já deixou civis e inocentes mortos e feridos – pelo menos 48 mil mortos -, além de condições mínimas de existência, como alimentação e saúde, estarem ausentes na realidade dos palestinos.

 

Trump ameaça cortar subsídios da Tesla após críticas de Musk

A relação tempestuosa entre Donald Trump e Elon Musk ganhou um novo capítulo com o ex-presidente ameaçando publicamente os subsídios federais da Tesla. A declaração de Trump, feita em sua plataforma Truth Social, é resposta direta às críticas de Musk a um projeto de lei de corte de impostos e gastos, apoiado pela administração Trump.

Briga pública 

Na publicação, o presidente dos EUA não poupou palavras, afirmando que Musk “talvez receba mais subsídios do que qualquer outro ser humano na história” e que, sem esses incentivos, ele “provavelmente teria que fechar as portas e voltar para casa, na África do Sul”. Trump ainda sugeriu que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), órgão que o próprio Musk chefiou até maio, deveria “dar uma boa olhada” nos subsídios.

A provocação de Trump veio após Elon Musk intensificar sua campanha contra o projeto de lei de gastos. Musk prometeu, inclusive, trabalhar para destituir legisladores que o apoiarem. A resposta de Musk à ameaça de Trump manteve o tom desafiador, ele escreveu em sua plataforma X: “Estou literalmente dizendo corte tudo. Agora.”

Projeto de lei no centro do conflito

No centro da briga entre os poderosos, que antes eram aliados, está um projeto de lei de grande porte focado em corte de impostos e gastos. A ideia principal por trás dessa proposta é reduzir os impostos cobrados de cidadãos e empresas, ao mesmo tempo, se busca diminuir os gastos do governo. Para Trump, isso impulsiona a economia, incentiva investimentos e, em tese, trará mais prosperidade.


Elon Musk compartilha dados sobre o crescimento da dívida pública americana “Bomba relógio de US$ 37 trilhões” (Foto: reprodução/X/@MarioNawfal/@elonmusk)

Elon Musk, apesar de ser um empresário e doador republicano (o partido de Trump), tem uma visão crítica. Para Musk, essas reduções seriam alcançadas às custas de um grande impacto na dívida pública dos Estados Unidos. Analistas econômicos independentes, ou seja, que não têm ligação com nenhum partido político, estimam que projeto adicionaria cerca de US$ 3 trilhões à já elevada dívida do país.

Donald Trump, por outro lado, defende o projeto como uma medida essencial para o crescimento econômico. Ele argumenta que a não aprovação da lei resultaria em um “aumento colossal de impostos de 68%”, segundo ele, seria o maior da história e prejudicaria a população e as empresas. Essa é a base de sua pressão sobre os congressistas republicanos para votarem a favor.