STF anula liminar de ministro Barroso que permitia enfermeiros atuarem em abortos

Com o placar de 10 votos contra a liminar do já aposentado ministro Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal derruba a permissão para enfermeiros e técnicos de enfermagem atuarem em auxílio de procedimentos em casos de aborto legal no país.

Antes de se aposentar, o ministro havia determinado que ambas as profissões estariam aptas para auxiliar em casos de aborto. O julgamento feito em plenário virtual se iniciou no dia 17 de outubro e se encerra nesta sexta-feira (24).

A justificativa

O ministro fala que reconhecer a limitação do aborto apenas aos médicos contribui para a falta de assistência e violação dos direitos das meninas e mulheres vítimas do crime de violência sexual. Barroso também justificou que “há falta de estrutura e ausência de informações adequadas, o acesso à interrupção lícita da gravidez ainda é objeto de exigências indevidas por parte dos serviços de saúde”.

Entretanto, o ministro informa na liminar, já derrubada, que “o auxílio dos enfermeiros deveria ocorrer na interrupção imediata da gestação, em casos admitidos pela jurisprudência”, pois, para o magistrado, o auxílio prestado pelos enfermeiros e técnicos de enfermagem deve estar de acordo com o nível apresentado na profissão.

Desacordos

Logo após a liminar de Barroso, o ministro Gilmar Mendes abre divergências, onde pontua que não entende a necessidade de tais profissionais estarem autorizados para atuar em casos de aborto: “Nesse sentido, entendo que a ausência de qualquer fato novo que justifique a atuação monocrática do Ministro Relator, além de impedir, a rigor, a concessão de medida cautelar, denota a absoluta ausência de periculum in mora [perigo na demora]” acrescentou.


Ministro Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal (Foto: Reprodução/ Andressa Anholete/STF)


O Ministro Luiz Fux argumentou que a medida liminar só deve ser concedida quando se obtiver elementos claros e seguros que comprovem um direito evidente, o que não se aplica em casos de controvérsias em temas de assuntos morais da sociedade. “Sendo assim, a pretensão das requerentes de criar um direito constitucional ao aborto pela via judicial é inegavelmente antidemocrática, visto que atropela a decisão consciente do constituinte originário de deixar a matéria no âmbito da discricionariedade do Congresso Nacional” conclui fux.

STF: ministro Barroso vota pela descriminalização do aborto precoce

O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, votou a favor da descriminalização do aborto voluntário até a 12ª semana de gestação. Esse foi o segundo voto a favor da liberação da interrupção da gravidez dentro desse período. Para que a decisão seja aprovada, é necessário que a maioria dos 11 ministros do tribunal concorde com o entendimento.

Voto marca a despedida de Barroso no STF

O voto marcou a despedida de Barroso do Supremo Tribunal Federal, após 12 anos no cargo, já que sua aposentadoria começa neste sábado (18).

Em seu último dia, o ministro solicitou uma sessão extraordinária no plenário virtual para apresentar sua posição sobre o tema e registrar seu voto, pedido concedido pelo presidente da corte, Edson Fachin.

No voto, Barroso afirmou:
“A interrupção da gestação deve ser tratada como uma questão de saúde pública, não de direito penal.”


Ministro Luís Roberto Barroso durante sessão no STF (Foto: Reprodução/X/@republiqueBRA)

Segundo a avaliação do agora ex-ministro do STF, a criminalização afeta principalmente mulheres de baixa renda, que muitas vezes não têm acesso ao sistema de saúde pública para obter informações ou medicamentos adequados.

“As pessoas com melhores condições financeiras podem atravessar a fronteira com o Uruguai, Colômbia, ir para a Europa ou valer-se de outros meios aos quais as classes média e alta têm acesso.”

Além dos países citados acima, existem outros países onde o aborto não é criminalizado nas primeiras semanas, como: Alemanha, Austrália, Dinamarca, Holanda, Espanha, França e Itália.

STF faz a tramitação do caso desde 2017

O próprio Barroso já havia suspendido a ação em setembro de 2023, após a ministra Rosa Weber, então relatora, votar a favor da descriminalização antes de também se aposentar. O STF mantém os votos já concedidos pelos ministros nesse processo. A ação foi apresentada pelo PSOL em 2017, solicitando que o tribunal se posicionasse sobre a possibilidade de interrupção da gestação, atualmente proibida pelo Código Penal brasileiro.

Atualmente, o aborto é legalizado no Brasil em três situações: quando há risco de morte para a gestante, quando a gravidez resulta de estupro e quando o feto é anencéfalo (sem cérebro).

Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto de 2021, uma em cada sete mulheres com idade próxima aos 40 anos já realizou pelo menos um aborto, e 43% delas precisaram ser hospitalizadas para concluir o procedimento.

Machine Gun revela nome da filha com Megan Fox nas redes sociais

Nesta terça-feira (17), o cantor Machine Gun Kelly encantou os seguidores ao compartilhar um vídeo tocando ukulele para sua filha recém-nascida. A publicação, feita em seu perfil no Instagram, mostra o artista dedilhando o instrumento enquanto a bebê, de apenas dois meses, aparece sentada em uma cadeirinha. No registro, é possível ver apenas os pés e as mãos da criança, preservando sua identidade.

Machine agradece a ex-noiva

Na legenda da publicação, Machine Gun Kelly escreveu: “Saga Blade Fox-Baker, obrigada pelo melhor presente, Megan”, em agradecimento à atriz Megan Fox, mãe de sua filha. O rapper já é pai de Casie, fruto de um relacionamento anterior com Emma Cannon. Megan, por sua vez, é mãe de três filhos — Noah, Bodhi e Journey — do casamento com o ator Brian Austin Green.


 Machine tocando ukulele para a filha (Vídeo: reprodução/Instagram/@machinegunkelly)

Megan fala sobre aborto espontâneo

A atriz Megan Fox revelou, em entrevista ao programa Good Morning America, que sofreu um aborto espontâneo antes do nascimento de sua filha Saga. Megan falou sobre a dificuldade da experiência, especialmente após já ser mãe de três filhos, e refletiu sobre os questionamentos que enfrentou durante esse momento delicado.

Fim do noivado

O término do relacionamento de quatro anos foi anunciado pela atriz, que já estava grávida quando a separação ocorreu, em novembro de 2024. O casal, que estava noivo desde 2022, rompeu o noivado devido a uma traição do cantor. Megan teria descoberto mensagens comprometedoras no celular do parceiro, trocadas entre ele e outras mulheres.

A notícia repercutiu intensamente nas redes sociais, e Machine Gun Kelly foi duramente criticado pelos internautas. Muitos seguidores demonstraram apoio à atriz, condenando a atitude do cantor, especialmente considerando que Megan estava em uma fase delicada da gravidez, após ter sofrido um aborto espontâneo.

Diante da repercussão, Megan apagou fotos de seu perfil no Instagram, deixou de seguir algumas pessoas e mantém sua conta nesse formato até o momento.