O Metaverso é o novo serviço criado pelo Facebook - agora intitulado Meta - que traz o conceito de uma interação futura da internet, formada por diversos espaços virtuais em formato 3D. Basicamente, essa nova tecnologia é um mundo virtual em que as pessoas poderão interagir através de avatares e realizar qualquer tipo de atividade. Algo não tão diferente do que vemos em obras de literatura e de ficção científica.
Apesar de beneficiar os negócios e o entretenimento, o metaverso pode trazer uma série de problemas à saúde mental dos usuários. Inclusive, alguns cientistas acham que o metaverso, anunciado por Mark Zuckerberg, dificilmente seja um ambiente harmonioso e controlado. Mas de que maneira isso pode prejudicar nossa saúde mental?
O serviço pode representar uma preocupação particular nessas pessoas que imergem no meio digital de modo mais intenso. Além disso, não podemos deixar de lado sobre seu uso para a prática de cyberbullying, fenômeno que afeta quaisquer tecnologia. E é de senso comum o quão prejudicial à internet e redes sociais podem ser para a sanidade mental. Algo totalmente perceptível e com enorme potencial de acontecer no mundo do metaverso.
Ademais, por essa nova inteligência se tratar de uma espécie de realidade paralela, uma mistura de realidade virtual e realidade aumentada, vários indivíduos poderão ficar tão imersos que não conseguirão fazer a distinção do que é real e do que não é. Um detalhe muito significativo quando citamos indivíduos com doenças mentais, como os de aspecto esquizotípico - transtorno de personalidade que envolve pensamento e percepções distorcidas, e comportamento estranho.
E é disso que os estudos publicados pela Universidade de Cambridge trazem. Nele é abordado sobre a relação entre o surgimento de delírios e o uso da realidade virtual. O que essa determinada pesquisa justifica é que o “afastamento” da realidade cotidiana pode levar ao surgimento de sinais próximos à psicose.
O metaverso pode ser para muitos uma rota de fuga do mundo tangível e ser um cenário propenso para o surgimento da ansiedade, depressão e outras doenças mentais mais graves.
https://lorena.r7.com/post/A-nostalgia-pode-aliviar-os-sentimentos-de-tristeza-durante-a-pandemia
https://lorena.r7.com/post/O-que-causa-depressao-e-o-ela-causa
Entretanto, segundo o próprio Facebook, essa nova tecnologia também servirá para identificar os riscos para a saúde mental. Em nota, a empresa relata que o autocuidado é de fundamental importância e que dentro do metaverso também haverá realidade médica estendida (MXR). Ambientes virtuais que podem auxiliar em recuperação, fisioterapia, reabilitação e inúmeros outros campos clínicos.
Além desses fatos expostos, o que já é conhecimento comum é o equilíbrio. Todos os usuários dessa ferramenta precisam balancear entre o que ela vive tecnologicamente e a sua vida real.
Foto destaque: Mulher usando óculos de realidade virtual. Reprodução: Bradley Hook/Pexels)