Xenobots é o nome dado para os primeiros robôs "vivos" do mundo, os cientistas que criaram os Xenobots conseguiram encontrar uma maneira de os bots se reproduzirem por conta própria, informa o site Insider.
Processo de reprodução dos Xenobots. (Foto: Reprodução/ Universidade de Vermont)
Xenobots são formados a partir de células-tronco de Xenopus Laevis (uma rã africana com garras), os Xenobots tem pequnos "pêlos" chamados de cílios, para ser possível a movimentação em uma placa de Petri. O cientista Sam Kriegman disse ao Insider que, mesmo que as pessoas possam pensar em grandes objetos industrializados ou metálicos como robôs, o termo, no entanto, se refere a qualquer máquina que faz o "trabalho físico útil" no mundo.
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Kriegman faz parte do grupo de cientistas que trabalhou na concepção dos Xenobots, afiliados a universidade de Vermont, Universidades Tufts e Instituto Wyss para Engenharia Biologicamente Inspirada da Universidade de Harvard. "Tentamos descobrir que trabalho útil eles poderiam fazer e uma das coisas que descobrimos foi limpar pratos", relatou Kriegman.
Para o resultado do projeto. Os cientistas colocaram partículas de corante e contas de ferro revestidas de silicone na placa de Petri e observaram o movimento dos Xenobots, constatando que eles estavam empilhando os detritos, explicou Kriegman. Ele resumiu os Xenobots como cavadeiras que se movem empilhando células-tronco.
De acordo com Kriegman, seu colega Douglas Blackiston repetiu o processo colocando células adicionais, porém do mesmo tipo que os Xenobots são criados, para ver como os robôs iriam reagir. "Eu disse: Meu Deus, isso é incrível. O que acontece quando eles fazem as pilhas? O que as células se tornam quando são pilhas? Não sabíamos.", concluiu Kriegman. "Descobrimos deixando essas pilhas se desenvolverem ao longo de alguns dias e, em seguida, trazendo-as para um novo prato e vendo se podem se mover. E parece que isso é possível.", afirmou o cientista.
Depois do processo, as pilhas se tornam "descendentes" das células-tronco, produzindo seus próprios cílios e operando por conta própria. "Se houver células-tronco suficientes em uma pilha, elas começarão a se desenvolver e se compactarão em uma esfera", explicou Kriegman. "Eles vão desenvolver cílios, e isso permite que eles se movam e, em alguns casos, também façam pilhas adicionais, e essas pilhas se tornam seus descendentes."
Originalmente, a reprodução estava acontecendo "espontaneamente", então foi preciso utilizar inteligência artificial para explorar a melhor forma para os Xenobots se replicarem com melhor controle. Sendo assim, foi criado um modelo computacional que simula as células-tronco e todo o processo dentro do computador. A partir disso, os ciestistas observaram que, um formato de "Pac-man" produzia os melhores resultados para garantir que os Xenobots fossem capazes de criar mais, trazendo mais eficiência para o processo.
Por enquanto, a desoberta esta reservada nas placas de Petri do laboratório, mas Kriegman é positivo quanto a descoberta. Ele acredita que o projeto possa dar uma ideia de como alguns animais podem regenerar partes perdidas enquanto outros não.
Michael Levin, biólogo da Universidade de Tufts e colíder do projeto, explica as possibilidades científicas que podem surgir a partir da pesquisa: "Se soubéssemos como dizer a coleções de células o que queremos que façam, seria medicina regenarativa-essa é a solução para lesões traumáticas, defeitos de nascença, câncer e envelhecimento". Concluiu.
O próximo passo, segundo Kriegman, seria dar aos Xenobots algum orgão sensorial. O estudo está publicado pelos Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revista científica norte-americana, e apoiada pelo Defense Advanced Research Projects Agency (Darpa).
Foto Destaque: Xenobots na placa de Petri. Reprodução/Universidade de Vermont.