A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou três solicitações de registros de autotestes para a Covid-19 no Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (07).
As solicitações de registros são das empresas fabricantes Okay Technology, MedLevensohn e LMG Lasers. As três instituições fazem uso do swab nasal para coletar a secreção nasofaríngea, tal como realizado nos exames de RT-PCR para investigar a presença da infecção pelo coronavírus.
Segundo o site UOL, dos 30 pedidos de registro que chegaram na agência, apenas sete tiveram a avaliação concluída; quatro esperam pela publicação do resultado no DOU; nove estão em processo de análise e 17 foram encaminhados à área técnica responsável.
No fim de janeiro, a venda do autoteste foi autorizada no Brasil. O Ministério da Saúde incorporou o dispositivo no Plano Nacional de Expansão da Testagem com a ideia de que o exame sirva como uma estratégia de triagem. Conforme a pasta, o objetivo é permitir maiores oportunidades na testagem de indivíduos sintomáticos ou assintomáticos, para que possam identificar a doença precocemente e iniciar o isolamento.
Testagem rotineira pode auxiliar no controle da pandemia do coronavírus. (Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de Anchieta).
No mês passado, a BBC News informou que, nos Estados Unidos, o CDC (Centro de Controle de Doenças) autorizou a venda de autotestes em farmácias levando em consideração uma série de recomendações para o uso. Para a entidade, a iniciativa visa reduzir riscos, assim como a vacinação, o uso de máscaras e o distanciamento social. "Autotestes são uma de diversas opções de exame para covid-19 e podem ser mais convenientes que testes feitos por laboratórios", explica o CDC.
Na ocasião, o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) afirmou que o uso de testes de farmácia nos países europeus para detectar o coronavírus precisa ser um empreendimento bem planejado e implementado com cautela. O órgão completou dizendo que o fato de os autotestes não estarem disponíveis para o sequenciamento e monitoramento das variantes da doença, como a delta e a ômicron, será um desafio às autoridades de saúde.
Foto Destaque: Sede da Anvisa. Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil/GOV.