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Alimentar gado com alga marinha promete ser bom para o planeta

Startup aposta em alga marinha para diminuir o gás metano produzido pelos gases dos gados, a iniciativa tem por objetivo ajudar a reduzir as mudanças climáticas.

06 Dez 2021 - 09h30 | Atualizado em 06 Dez 2021 - 09h30
Alimentar gado com alga marinha promete ser bom para o planeta Lorena Bueri

A startup que está ousando em transformar a alga vermelha, também conhecida pelo nome de Asparagopsis taxiformis, em suplemento para alimentação de gado é chamada de Symbrosia. Essa alga gosta de águas tropicais ou temperaturas quentes. Uma pesquisa exibiu os resultados de que substituir apenas 0,4% da ração de uma vaca pelo suplemento de alga reduz a quantidade de metano produzido por um animal em mais de 90%. O metano é 34 vezes mais potente do que o dióxido de carbono quado o assunto é o de contribuir para as mudanças climáticas no planeta. 


Alga vermelha utilizada na suplementação (Foto:Reprodução/Forbes)


Utilizando-se de um sistema de agricultura terrestre para cultivar as algas, a startup Symbrosia seca as algas marinhas para preservá-las naturalmente, e então começar o processo de transformar em um produto para a ração, que foi nomeado de SVD. 

Recentemente a Symbrosia foi selecionada como parte da classe 2020 Solver, pelo MIT Solve, uma iniciativa do Massachusetts Institute fot Technology. A startup receberá uma investimento de cerca de US$ 2 milhões em prêmios de financiamento e mais oportunidades vindas de investidores e de venture capital. 

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Sabe-se que o arroto das vacas tem muito metano, estima-se que existam 1,5 bilhão de vacas contribuindo para o efeito estufa. A startup Symbrosia enxergou o problema, e promete que, "algas marinhas para gado com baixo teor de metano" podem combater 6% da causa das emissões mundiais de gases estufas. Uma solução para as pessoas que gostam de desfrutar de comer carne, sem que esteja contribuindo para as mudanças climáticas. 

Segundo o que foi Descrito aos juízes do MIT: "À medida que escalamos o desenvolvimento e a distribuição de nosso novo suplemento alimentar, estamos ajudando a indústria global de carne a reduzir drasticamente as emissões líquidas de uma forma que antes se pensava ser impossível. Simultaneamente, estamos permitindo que os criadores de gado se recuperem das interrupções causadas pela Covid-19, evitando impostos sobre emissões agrícolas e cobrando preços mais altos por carne ecologicamente correta.

Mas por que não um hambúrguer de algas marinhas?

Priorizamos uma solução eficaz para a redução de emissões que destaca uma transição significativa para os produtores rurais e atende muitos consumidores que não desejam deixar o consumo de carne”, disse Alexia Akbay, CEO da Symbrosia, com sede em Kailua-Kona, no Havaí. “Como veganos e vegetarianos, os fundadores do Symbrosia começaram a trabalhar nessa solução com plena compreensão do tempo que temos para vencer o aquecimento catastrófico.”

Vemos nossos esforços como complementares à indústria de alimentos de origem vegetal e entendemos que, apesar da tendência de fazer declarações generalizadas sobre o setor agrícola, é uma indústria muito diversificada, com inúmeros bons atores fornecendo sustento para o mundo. Estamos de olho nas gigatoneladas de redução de metano nos próximos 5 a 10 anos para desacelerar a mudança climática.” O suplemento também pode ser aplicável a indústria de laticínios e outros animais  ruminantes como cabras e ovelhas.

Alexia é uma química de formação que cofundou a Symbrosia há cerca de dois anos e meio com Jonathan Simonds. A startup aponta para uma pesquisa da Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth, em Penn State, e da University of California-Davis, que mostra que a alga marinha atua no estômago do bovino impedindo a combinação de hidrigênio e dióxido de carbono para formar o metano. Reduzindo em mais de 90% o gás metano produzido pelo animal. 

A startup já recebeu aporte do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) para analisar o uso de suplemento de ração de algas marinhas na Z Farms Organic, em Dover Plains, Nova York. O piloto do projeto começou nessa fazenda em junho, testando as algas marinhas como suplementação alimentar dos animais que pastam.

"Todas as pesquisas anteriores ocorreram em um confinamento de uma universidade ou em um ambiente leiteiro controlado”, diz Alexia. “Enquanto isso, a maioria das emissões de metano na cadeia de abastecimento de carne ou laticínios vem do ciclo de pastejo – digerir grama [ou capim] é mais difícil do que milho ou soja.” A alga marinha foi incluída como parte do suplemento alimentar mineral fornecido aos animais que pastam.

E continuou "Na prática, também encontramos mais de 70% de redução de metano em 45 ovelhas. A redução de 70% versus 90% depende da qualidade do produto e destaca o quão longe nossa equipe avançou em crescimento e processamento, e também as melhorias extras de 20% necessárias para replicar essa redução alvo de 90%.”

Além da redução de metano, a proprietária da Z Farms, a doutora Diane Zlatnikov, também constatou que encontrou melhorias na saúde dos animais. Segundo ela, houve melhorias de saúde dos olhos, da pelagem e da pele de suas ovelhas e que espera usar o suplemento comercialmente no futuro. 

Alexia aposta para que o suplemento fique disponível em maior escala nos próximos dois anos, dependendo da aprovação da Food and Drugs Administration dos EUA. Mas ela destaca que "essa alga não vai funcionar em nenhum de seus familiares", o que significa que a alga não tem efeito nenhum em humanos. 

Foto Destaque: Vacas pastando. Reprodução: Midnight Farms/Divulgação

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