O desenvolvimento de estudos sobre o corpo humano já comprovou que o intestino é um órgão que desempenha inúmeras funções para a saúde, principalmente pelos microorganismos que vivem dentro dele, chamados de microbiota intestinal. Eles são responsáveis pela absorção de nutrientes, pela digestão, agem na produção de hormônios e atuam até na imunidade do corpo.
O equilíbrio entre os microrganismos do intestino é influenciado por diversos fatores, como genética, uso de medicamentos e, claro, a alimentação. O destaque vai para os probióticos, ou seja, alimentos que contém organismos vivos benefícios ao corpo humano. Os mais conhecidos e regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são as bactérias vivas, como os lactobacilos.
Porém, quem está ganhando atenção nos últimos tempos pelos cientistas são os prebióticos. Basicamente eles são nutrientes não digeríveis que servem de “combustível” para as bactérias do bem. Eles são considerados alimentos para o microbioma e estão relacionados a melhor regulação de glicose no sangue, por exemplo.
O que os estudos dizem sobre o tema
Os pesquisadores da Universidade Estadual de San José, Cassandra Boyd estudante de mestrado que conduziu a pesquisa, e seu professor assistente, John Gieng concluíram que o conteúdo dos prebióticos estão em mais de 8.000 alimentos contidos no Banco de Dados de Alimentos e Nutrientes de Boston, dos Estados Unidos.
Ou seja, aproximadamente 37% dos alimentos do acervo estudado contém o probiótico. Dentre eles iremos destacar os 5 principais alimentos, são eles: folhas de dente-de-leão, alcachofra-de-jerusalém, alho, alho-poró e cebola que apresentaram as maiores quantidades dessa substância.
O alho é um alimentos comum nas cozinhas brasileiras e com altas taxas de prebióticos. Reprodução: Freepik
Em contraponto, produtos com trigo registraram uma baixa de probióticos, entre eles temos ovos, óleos, carnes e lácteos. Com base nas descobertas do time, Cassandra conclui que uma pessoa precisa consumir em média 120 gramas de cebola para adquirir 5g de prebióticos. Ela complementa que essas pesquisas são essenciais para entender como o cozimento dos alimentos afeta a quantidade de prebióticos, além de avaliar melhor alimentos com múltiplas propriedades.
Foto destaque: Exemplos de alimentos prebióticos. Reprodução/Food Connection