Em novembro de 2024, o Ministério da Saúde firmou um contrato para a aquisição de doses contra a COVID-19 com a Zalika Farmacêutica, para o recebimento da vacina Covovax, desenvolvida pela Novavax. Ainda em 2023, a farmacêutica Zalika submeteu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um pedido de aprovação para que a versão JN.1 do imunizante pudesse ser aplicada no país.
Em nota, o órgão informou que já avaliou a documentação e emitiu uma exigência técnica que foi cumprida. A análise (da vacina) deve ser finalizada na primeira semana de fevereiro.
Plano de imunização atual
Atualmente, estão disponíveis nos postos de saúde os imunizantes direcionados para a cepa da Ômicron XBB.1.5, que foram adquiridos pelo país em 2023 e só obtiveram aval em 2024. Porém, o imunizante contra a cepa Ômicron XBB.1.5 não é mais o alvo das autoridades sanitárias. Em abril de 2024, a recomendação era para atualização para a cepa JN.1. A Anvisa já autorizou o uso do imunizante JN.1 em novembro do ano passado, mas apenas aquelas produzidas pela Pfizer e pela Moderna.
60 milhões de doses
O Brasil contratou da Zalika Farmacêutica cerca de 60 milhões de doses para a população brasileira. Diferente do imunizante contra a JN.1 produzido pelos laboratórios brasileiros, a vacina da Zalika ainda não tem aval para ser aplicada no país.
Aprovação de atualização das vacinas (Video reprodução/Instagram/@eduardojorgefonseca)
A estimativa é que essa autorização seja concedida ainda em fevereiro, assim que a Anvisa aprovar.
Medida do Ministério da Saúde
Diante da situação, o Ministério da Saúde não pretende pular nenhuma etapa para regularizar a vacina, visto que, de acordo com a lógica da instrução normativa, não há necessidade de apressar o processo.
"A normatização da Anvisa é muito adequada, porque além de fornecer uma diretriz para o país seguir, permite que seja feita uma transição de forma adequada, sem causar prejuízos ao PNI", diz o diretor do programa.
Mesmo após quase um ano das recomendações para a transição do imunizante, a vacina contra a JN.1 continua sendo o imunizante mais atual e eficaz contra a COVID.
Foto destaque: Campanha de vacinação (Divulgação Gov.br/Ministério da Saúde)