De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o número de vacinas adquirida pelo governo não é suficiente para abastecer os postos de saúde e consequentemente o número de casos tem aumentado nos últimos meses, chegando a registrar 5 mil mortes por ano; nas grandes cidades a procura pela vacina está em baixa e mesmo assim o estoque disponível não atende a todos que buscam prevenção.
A doença ainda está no ranque das doenças infecciosas que mais matam no país, equiparando-se até mesmo a dengue; entretanto, o número não se equipara ao pico da pandemia que aconteceu em 2021; o ano de 2024 começou com um número relativamente baixo de mortes pela covid, mas o mês de setembro teve uma alta preocupante chegando a 300 óbitos pela doença.
Escassez de imunizantes
Segundo Alberto Chebabo, presidente da SBI, estão faltando imunizantes, segundo uma pesquisa informal realizada, ele constatou que no Rio restam poucas unidades nos postos de saúde e as que sobraram são do último lote, alguns postos de saúde estão sem nenhuma dose disponível. Para Alberto, a responsabilidade não é do estado ou município e sim do Ministério da Saúde: "Isso é responsabilidade do Ministério da Saúde, principalmente, porque o que está acontecendo agora é uma falta de distribuição das vacinas. Não é uma questão de município ou estado", afirma.
Vacinas atualizadas (Foto: reprodução/Instagram/@mellziland)
A escassez não é apenas de vacina contra a Covid-19, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 65% das cidades averiguadas, falta ao menos uma vacina para outros tipos de doenças.
Distribuição das vacinas
O Ministério da Saúde informou que no mês passado foram liberadas 3,17 milhões de doses de vacinas, mas que a distribuição ainda não foi concluída; "Em 4 de outubro, o Ministério da Saúde recebeu mais 1,2 milhão de doses, que já estão sendo enviadas aos estados. A distribuição semanal das doses segue a capacidade de recepção e armazenamento da rede de frio dos estados, que repassa as vacinas aos municípios”. Ainda segundo o órgão, o atraso na distribuição ocorre pela necessidade de despacho da Anvisa para distribuir parte dos lotes.
Foto desataque: Vacina contra covid-19 (Reprodução/Agência Brasil/Tânia Rêgo)
