Saúde

Vacinas contra sarampo salvam cinco vidas por segundo, diz OMS

A vacinação contra o sarampo é essencial para manter a erradicação da doença no Brasil, destacando-se como medida vital para salvar vidas

18 Nov 2024 - 09h51 | Atualizado em 18 Nov 2024 - 09h51
Vacinas contra sarampo salvam cinco vidas por segundo, diz OMS Lorena Bueri

As vacinas têm desempenhado um papel crucial na proteção da saúde global, especialmente quando se trata de doenças altamente contagiosas como o sarampo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cinco vidas são salvas a cada segundo graças às vacinas contra o sarampo, evidenciando sua importância vital. Recentemente, o Brasil recuperou o certificado de erradicação da doença, destacando-se no cenário global por seus esforços de vacinação. Este avanço é um marco que reflete tanto a eficácia das vacinas quanto a necessidade de continuidade e ampliação das campanhas de imunização.

A ameaça do sarampo e a resposta global

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como febre, tosse, erupções cutâneas e, em casos graves, complicações que podem levar à morte. A OMS estima que, antes da introdução das vacinas, o sarampo causava milhões de mortes anualmente. Com o surgimento das campanhas de vacinação, a mortalidade por sarampo caiu drasticamente, salvando milhões de vidas todos os anos.

Mesmo com os avanços, surtos de sarampo continuam a ocorrer em diversas regiões do mundo, principalmente em áreas com baixa cobertura vacinal. A resistência à vacinação, desinformação e dificuldades logísticas são desafios que muitos países enfrentam. Por isso, a OMS e outras organizações de saúde têm intensificado esforços para garantir que a imunização alcance a maior parte da população possível, especialmente as crianças, que são as mais vulneráveis ao vírus.

O retorno do Brasil ao status de erradicação do sarampo

Em 2024, o Brasil conseguiu recuperar o certificado de erradicação do sarampo, um feito significativo que destaca o esforço contínuo das autoridades de saúde e da população para conter a propagação do vírus. Após um período crítico em que surtos esporádicos ameaçaram a conquista da erradicação, o país intensificou suas campanhas de vacinação, alcançando altas taxas de cobertura vacinal.


Criança sendo vacinada (Foto: reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O retorno ao status de erradicação não apenas reforça a confiança no sistema de saúde brasileiro, mas também serve de exemplo para outros países que enfrentam desafios semelhantes. As campanhas recentes priorizaram áreas de difícil acesso, populações indígenas e comunidades urbanas densamente povoadas, assegurando que a vacinação chegasse aos mais vulneráveis.

Desafios e perspectivas futuras

Apesar dos avanços, os desafios permanecem. A desinformação, impulsionada por movimentos antivacina, ainda é uma barreira significativa, não apenas no Brasil, mas globalmente. A confiança nas vacinas deve ser constantemente reforçada por meio de campanhas educativas, que evidenciem a segurança e eficácia da imunização.

Além disso, a logística para manter uma cobertura vacinal alta e uniforme exige investimentos contínuos em infraestrutura e treinamento dos profissionais de saúde. A cooperação internacional também desempenha um papel vital, já que o controle do sarampo não pode ser visto apenas como uma responsabilidade nacional, mas global.

Foto destaque: Vacina contra o Sarampo (Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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