A Coreia do Norte anunciou que, apenas nas últimas 24h, ocorreram seis óbitos e mais de 270 mil casos de “febre suspeita” foram registrados no país.
Ainda não há confirmação oficial do número de mortes e casos, por isso a agência estatal de notícias do país não apresenta os casos como sendo de coronavírus e sim de febre.
No entanto, de acordo com um levantamento da Yonhap, agência sul-coreana de notícias, o total de mortes sob suspeita de Covid-19 na Coreia do Norte chega a 56, já o número de casos suspeitos já teria ultrapassado um milhão.
Desde o início da pandemia de Coronavírus, a Coreia do Norte reforçou bloqueios ao exterior para proteger o país do vírus, mas, segundo especialistas, com a chegada da variante Ômicron à região e a flexibilização das barreiras, não demoraria para que a Covid-19 chegasse ao país.
Higienização das ruas da Coreia (Foto: Reprodução/ BBC)
De acordo com especialistas, a porta de entrada do vírus no país foram as celebrações de 90 anos do Exército da Coreia do Norte, realizadas no final de abril, cerca de 20 mil pessoas teriam passado por Pyongyang, capital do país, no mês em que ocorreu o evento, tendo contribuído para a disseminação do vírus no país.
No início do ano, o governo norte-coreano aliviou temporariamente as restrições impostas na fronteira com a China, permitindo assim um enorme fluxo comercial de pessoas, que também pode ter influenciado no surto de coronavírus que o país vive.
A Coreia do Norte não possui estoques de vacinas ou estrutura para a realização de testagens em massa da população, remédios antivirais etc. O que torna a situação mais preocupante e são fatores de risco para uma crise sanitária no país, nos moldes do que ocorreu no mundo nos primeiros meses de 2020.
Segundo o ditador Kim Jong Un, a “febre” tem causado grandes distúrbios ao país, mas até o momento não há informações dos próximos passos do país em relação à pandemia.
Foto Destaque: Kim Jong Un durante pronunciamento oficial. Reprodução/ Poder 360.