No dia 4 de janeiro, terça-feira, o Ministério da Saúde fará uma audiência pública para decidir o futuro da vacina contra covid-19 para o público infantil, crianças de 5 a 11 anos. A audiência ocorrerá às 10h da manhã e deve contar com a participação de especialistas da área da saúde, conforme o Ministério.
O ministro, Marcelo Queiroga, ainda declarou para aos jornalistas que a audiência irá consultar cientistas "das diversas correntes", contudo, não mencionou quais são essas correntes.
Foto: Marcelo Queiroga, atual Ministro da Saúde (Reprodução/WikimediaCommons)
Mesmo com o receio de aprovar a imunização infantil, a vacina já está aprovada para crianças pela Anvisa desde 16 de dezembro. A vacina aprovada, é a vacina pediátrica Pfizer, já usada em outros países sem maiores questões. A estimativa é que o governo federal tome uma decisão até 5 de janeiro, nesta quarta-feira, mas o Ministro disse que as doses para crianças já estarão aqui no Brasil na segunda quinzena do mês.
Ainda não foi apresentado nenhum plano de vacinação, apenas essas declarações de Queiroga. Tanto a audiência pública, quanto a consultoria pública vem sendo debatida desde que foi anunciada no mês anterior. Na consulta pública, qualquer um pode participar, basta preencher um formulário online disponível no site do governo. O formulário ficou disponível até o dia 2 de janeiro.
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Especialistas se preocupam com a lentidão de aprovação dessas vacinas, pois este é um passo essencial para conter a pandemia e proteger as crianças das novas variantes. Para Queiroga, a aprovação da Anvisa não basta, o ministro diz que prefere seguir o antigo ditado “a pressa é inimiga da perfeição”.
O Ministro também se posicionou acusando a Anvisa de ter enviado um documento de apenas três páginas, a agência rebateu explicando que não houve nenhum pedido formal para apresentar pareceres, e que a apresentação do dossiê não é um requisito. O parecer técnico da Anvisa está disponível ao público.
A respeito do formulario, qualquer um pode acessa-lo, confira aqui.
Foto em destaque: Mascára, vacinas e fracos de vacinas espalhados por um fundo azul clarao (Reprodução/Nataliya Vaitkevich)