Nesta terça-feira (02), a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula os medicamentos dos EUA aprovou o Donanemab, um anticorpo monoclonal projetado para retardar a progressão da doença de Alzheimer sintomática na fase inicial. Entenda:
Donanemab: uma esperança para o alzheimer
Novo medicamento para o alzheimer (Foto:Reprodução/Eli Lilly)
O medicamento Donanemab será vendido sob o rótulo Kisunla, e foi aprovado após recomendações de especialistas externos da agência. Todos os especialistas concordaram que o medicamento deveria ser usado em pacientes com Alzheimer nos estágios iniciais. O valor do remédio é de cerca de US$ 695 (R$ 3,94 mil na conversão direta), o que equivaleria a US$ 12,52 mil (R$ 71,08 mil) para um tratamento de seis meses, ou cerca de US$ 32 mil (R$ 181,66 mil) por ano, dependendo da data em que o paciente terminaria o tratamento.
Embora Donanemab não seja uma cura, os ensaios clínicos mostraram que ele impede a progressão do Alzheimer e permite que as pessoas vivam vidas independentes durante mais tempo e façam as coisas cotidianas com segurança, com “resultados altamente significativos”, segundo a Eli Lily, marca fabricante do remédio.
De acordo com os testes realizados, houveram 35% menor de progressão da doença ao longo de um ano e meio para aqueles que tomaram o medicamento.
Doença de alzheimer
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que se desenvolve gradualmente e afeta o comportamento, o pensamento e a memória. É o tipo mais prevalente de demência em idosos.
Embora a causa exata da doença de Alzheimer não seja totalmente compreendida, acredita-se que uma variedade de fatores genéticos, fatores ambientais e fatores de estilo de vida são os principais responsáveis.
Aproximadamente 1,2 milhão de brasileiros sofrem de demência, e 100 mil novos casos são diagnosticados anualmente. O número pode chegar até 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
Atualmente não existe uma cura para a doença de Alzheimer. O foco dos tratamentos atuais é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. No entanto, o Donanemab surge como um impedidor que a doença avance em casos inicias.
Foto Destaque: Remédios para o cérebro (Reprodução: Istock/Folha de São Paulo)