Saúde

Estudo indica que grávidas podem gastar até 50 mil calorias

Além de reconhecer que as calorias aumentam conforme avanço gestacional, dietas flexíveis e descanso também devem fazer parte de uma gestação saudável

01 Jun 2024 - 09h23 | Atualizado em 01 Jun 2024 - 09h23
Estudo indica que grávidas podem gastar até 50 mil calorias Lorena Bueri

Estudo publicado no dia 16 de maio, na revista Science, mostrou que há um consumo energético muito grande ao se gerar um bebê e, por esse motivo, é normal que, durante a gravidez, se consuma em torno de 49.753 calorias dietéticas. 

Essa pesquisa aconteceu a partir da meta-análise, onde uma equipe de pesquisadores, incluindo o coautor do estudo, Marshall, professor de biologia evolutiva na Universidade Monash em Melbourne, Austrália, usou diversos artigos científicos e dados existentes para analisar o total do custo energético não só dos humanos, mas também de outras espécies.

Resultado do estudo 

Samuel Ginther, pesquisador pós-doutorado em ciências biológicas na Universidade Monash, explica que, apesar de muitas pessoas compreenderem ou terem de fato experimentado as altas demandas energéticas da gestação, o estudo quantifica esses custos explicitamente em uma alta gama de espécies, desde insetos até lagartos e humanos.

A energia adicional que uma grávida possui é para que a maior parte seja destinada à formação do feto. “A maior parte da energia que os mamíferos investem na reprodução é ‘dissipada’ como calor metabólico, apenas 10% acaba no próprio bebê”, explica Marshall. “Quando tanto a lactação quanto as cargas metabólicas são contabilizadas, o bebê em si representa menos de 1/20 do investimento reprodutivo total.”

Na opinião da professora Eve Feinberg, atuante nas áreas da obstetrícia e ginecologia na Feinberg School of Medicine da Universidade Northwestern em Chicago, a pesquisa é importante e pode fazer uma enorme diferença na percepção sobre o cansaço e as necessidades da gravidez. Ela ainda afirma que qualquer mulher grávida que trabalha pode confirmar o alto nível de exaustão e como a gestação consome a vida cotidiana.

Estratégias para diminuir as necessidades 

A gestante possui necessidades calóricas extras que, ao longo da gestação, são divididas em diferentes proporções calóricas, necessitando de menos no início e muito mais conforme as semanas gestacionais evoluem.

No segundo trimestre gestacional é necessário o consumo de 350 calorias extras por dia, diferente do terceiro trimestre que já necessita de mais calorias, cerca de 450 a mais diariamente, de acordo com a nutricionista Natalie Mokari, de Charlotte, Carolina do Norte. “Seu corpo está a todo vapor. Seu metabolismo está trabalhando duro para construir outro ser humano”, ela afirma. “Isso é bastante monumental.”

Em caso de mulheres que amamentam após o nascimento do bebê, precisará que seja atribuído 450 a 500 calorias a mais na dieta pré-gestacional. Essa quantidade é como um lanche substancial adicional ou uma mini refeição ao longo do dia durante o segundo trimestre. Já no terceiro trimestre e na amamentação, as calorias adicionais equivalem a uma refeição completa para suprir as calorias adicionais necessárias. 


Uma gestante em seu momento de lanche adicional (Foto: reprodução/Divulgação/Dra Ana Escobar)


Alimentos adequados

É recomendado, portanto, uma alimentação mais rica e equilibrada, além da gestante precisar se alimentar de três a quatro horas por dia ou então adicionar lanches saudáveis a cada duas horas. Esse tipo de alimentação resultará em uma gravidez mais saudável e amenizará os sintomas da gravidez. 

“Não precisa necessariamente ser três refeições padrão com alguns lanches entre elas, porque às vezes você não consegue lidar com isso na gravidez se tiver náusea ou algo do tipo”, alerta a nutricionista Mokari.

Mokari ainda comenta sobre a importância dos alimentos e seus benefícios nas três divisões alimentares. Carboidrato, por exemplo, é fundamental para produzir energia, já proteína e gorduras saudáveis são essenciais para promover uma boa saúde cerebral para o bebê que está se formando.

Como opções de gorduras saudáveis há o salmão, o azeite de oliva, o óleo, o abacate, a manteiga de amendoim e manteiga de amêndoa. Além disso, leite e laticínios podem oferecer essa gordura mais saudável juntamente com outras vitaminas e o próprio ovos, que também é uma ótima fonte de proteína.

Qualidade de sono 

O sono é um dos grandes responsáveis para uma rotina saudável e também é sugerido no estudo, visto que ele diz que, ao longo da gravidez, é necessário o descanso da gestante. Descansar, de acordo com a professora Feinberg, não significa que a gestante está sendo fraca, mas sim que está realmente cansada.

Os dados mostram a realidade da exaustão feminina durante a gestação e demonstra a necessidade de uma abordagem mais séria para esse problema.

Foto Destaque: uma gestante acariciando sua barriga (Reprodução/Divulgação/Rádio Senado) 

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