Nos Estados Unidos, o aumento de 39% no número de mortes causadas pelo alto consumo de álcool, chamou a atenção do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, responsável pela pesquisa. Os dados não trazem somente as taxas de mortalidade, mas também a idade dos pacientes, sendo adultos entre 50 e 64 anos. A pesquisa revela também, que o número de mulheres acometidas pela doença cresceu relativamente nos últimos anos. Hoje, é possível encontrar jovens de 20 anos com a doença hepática, sendo essa patologia a de maior índice. Em torno de 20% das pessoas com esteatose hepática, podem progredir para cirrose.

A doença inicia seu desenvolvimento quando a gordura começa a se acumular no fígado, que é responsável por metabolizar o álcool. Na segunda fase, o consumo excessivo de álcool ativa o sistema imunológico do corpo, causando uma inflamação no órgão. Se esse dano continuar, o tecido cicatricial pode se acumular no fígado, levando ao terceiro estágio, a cirrose. 

Vídeo informativo de causas, tratamento e sintomas da hepatite alcoólica e cirrose (Vídeo: reprodução/YouTube/Doutor Ajuda)

As causas da doença

O risco da doença aumenta quando as pessoas bebem mais do que o limite recomendado por semana: sete doses para mulheres, e 14 para homens. No caso das mulheres, a forma de metabolizar o álcool é diferente, o que aumenta o risco da doença hepática se for consumida na mesma quantidade que os homens.

A cirrose leva anos ou até mesmo décadas para se desenvolver, e é mais comum aparecer em pessoas mais velhas. Embora atualmente seja possível encontrar cirrose ou hepatite associada ao álcool, em pessoas mais jovens. Algumas condições metabólicas, como obesidade, diabetes ou hipertensão, também podem danificar o fígado, o que é recomendado tratamento também nesses casos.

Como não há sintomas nos estágios iniciais da doença hepáticas relacionadas ao álcool, a  idetificação é dificultada. Portanto, testes podem ser realizados como parte da triagem metabólica de rotina, ou um médico pode recomendá-los se estiver preocupado com o consumo de álcool de um paciente. Se os níveis de enzimas hepáticas de alguém estiverem anormais, uma ultrassonografia ou ressonância magnética pode determinar em que estágio a doença se encontra.

Regeneração do fígado

Os dois primeiros estágios mais iniciais da doença hepática podem ser revertidos se o paciente cortar o álcool. Para ajudar no tratamento, algumas clínicas oferecem ajuda nos casos de transtorno no abuso de álcool. Esse tratamento multidisciplinar inclui terapia com psicólogos e psiquiatras, programas em grupo de apoio, ou até mesmo medicamentos para reduzir os impulsos, como ansiolíticos e antidepressivos. Se as pessoas pararem de beber, o risco de morrer da doença no próximo ano diminui significativamente.