Nem sempre é fácil dizer quando alguém tem depressão. Enquanto a forma mais grave do transtorno impossibilita o trabalho e a realização de atividades diárias, existe outro tipo de depressão, chamada distimia, que apresenta sintomas mais leves.
A distimia, ou transtorno depressivo persistente, é uma condição crônica que pode começar na infância. Ela afeta de 3 a 6% da população mundial, e tende a levar de 15 a 20% dos pacientes a tentativas de suicídio.
Ela não se manifesta por meio de episódios, mas prevalece por muito tempo, durando até décadas. Por ser constante, é difícil para a pessoa com a doença e aqueles ao seu redor perceberem os sinais, que podem ser facilmente confundidos como traços de personalidade.
A distimia é uma doença que pode levar a danos pessoais muito graves. Os traços mais comuns incluem: irritabilidade, baixa autoestima, tristeza, depressão, pessimismo, mau humor, retraimento social, alterações no sono e no apetite, baixa energia e maior tendência ao uso de medicamentos e sedativos. É comum que pessoas com distemia apresentem altas taxas de absenteísmo e perdas econômicas no campo do trabalho.
A distimia gera cansaço, desânimo e autoisolamento. (Foto: Reprodução/Freepik)
O diagnóstico errado é comum, pois os pacientes ao procurarem ajuda de médicos relatam sintomas como cansaço, insônia e falta de apetite, o que pode levar os médicos a interpretar os sintomas como problemas metabólicos.
A maioria das pessoas com distimia também tem outros transtornos psiquiátricos relacionados. Essas condições associadas são principalmente o transtorno depressivo agudo, uma forma muito intensa e aguda de depressão. Além do abuso de medicamentos, ou outros transtornos de ansiedade, como síndrome do pânico ou fobias.
A causa da distimia ainda não é clara. Acredita-se que as causas da distimia sejam semelhantes à depressão comum e incluem: fatores bioquímicos (mudanças no próprio corpo), fatores genéticos (da família) e fatores ambientais (luto e vida cotidiana estressante).
O tratamento da distimia é realizado por meio de psicoterapia e, em alguns casos, o uso de antidepressivos como fluoxetina, sertralina, venlafaxina ou imipramina. Todos devem ser prescritos e dirigidos por um psiquiatra, que ajudarão no desequilíbrio hormonal do organismo.
Ainda é importante completar o tratamento com mudanças de estilo de vida, como práticas de exercícios, bons cuidados alimentares e de bem-estar mental.
Foto Destaque: A distimia é uma forma pouco conhecida de depressão. Reprodução/Jcomp/Freepik.