Morre José Maria Marin, ex-presidente da CBF condenado no escândalo Fifagate

José Maria Marin, ex-presidente da CBF, morreu aos 93 anos em São Paulo; velório será neste domingo na capital paulista das 13h às 16h; seguido de cremação

21 jul, 2025
José Maria Marin durante uma coletiva de imprensa | Reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed
José Maria Marin durante uma coletiva de imprensa | Reprodução/Buda Mendes/Getty Images Embed

José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), morreu na madrugada deste domingo (20), aos 93 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês. A causa da morte não foi divulgada.

Gestão marcada por escândalos e prisão nos EUA

Marin presidiu a CBF entre março de 2012 e abril de 2015, em um dos períodos mais turbulentos da história da entidade. Foi durante sua gestão que explodiu o escândalo conhecido como Fifagate, investigação internacional que revelou um grande esquema de corrupção envolvendo dirigentes da FIFA e de federações nacionais.

Em maio de 2015, Marin foi preso em Zurique, na Suíça, com outros cartolas, por ordem do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A operação, que mobilizou autoridades em diversos países, revelou o pagamento de propinas e fraudes em contratos de marketing e direitos de transmissão.

Transferido para os EUA, Marin foi julgado e condenado. Em 2020, foi liberto devido ao seu estado de saúde e retornou ao Brasil. A prisão dele foi emblemática, por envolver um ex-governador e homem forte do futebol brasileiro, que até então havia passado por cargos políticos e esportivos com relativa influência.


Falece aos 93 anos José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Episódio da medalha revelou estilo controverso

Antes de assumir a presidência da CBF, Marin já dava sinais do comportamento que marcaria sua trajetória. Durante a premiação da Copa São Paulo de Juniores de 2012, ele foi flagrado pelas câmeras colocando no bolso uma das medalhas destinadas aos jogadores do Corinthians.

A Federação Paulista de Futebol alegou que a medalha seria um presente para o dirigente. Ainda assim, um atleta ficou sem o prêmio naquele dia, recebendo-o apenas depois. O caso virou motivo de piada e crítica, alimentando a imagem pública de um dirigente pouco transparente e afeito a privilégios.

O velório de Marin será neste domingo, das 13h às 16h, na Bela Vista, em São Paulo. Após a cerimônia, o corpo será cremado.

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