Greta Thunberg acusa Israel de detenção ilegal após tentativa de levar ajuda a Gaza
Ativista foi deportada após tentativa de romper bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza; grupo foi interceptado em águas internacionais

Greta Thunberg foi deportada de Israel após ser detida por forças navais israelenses em águas internacionais durante tentativa de entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A ativista afirma que a ação representou um sequestro e defende a libertação dos demais ativistas que permanecem sob custódia no país.
Ação humanitária interceptada
Na manhã de segunda-feira (9), a sueca Greta Thunberg foi detida por militares israelenses enquanto integrava uma expedição marítima rumo à Faixa de Gaza. A embarcação, com doze ativistas pró-palestinos, foi interceptada por forças navais de Israel em águas internacionais, segundo autoridades israelenses.
O grupo buscava entregar ajuda humanitária e romper o bloqueio naval vigente na região desde 2007. Após a abordagem, os ativistas foram levados para território israelense. Thunberg relatou que a tripulação foi forçada a desembarcar contra a própria vontade.
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Greta Thunberg compartilha seu depoimento nas redes sociais (Vídeo: reprodução/Instagram/@gazafreedomflotilla)
Nesta terça-feira (10), Thunberg desembarcou em Paris, no aeroporto Charles de Gaulle, após ter sido deportada. Em declaração à imprensa, afirmou que se recusou a assinar qualquer documento que a caracterizasse como entrada ilegal em Israel. Ela também exigiu a libertação imediata dos colegas que permanecem detidos no país.
Implicações diplomáticas e reações públicas
O episódio teve repercussão internacional. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou, em nota divulgada também no dia 10 de junho de 2025, que um brasileiro integrante da missão retornaria ao país após ter sido detido com o grupo. O Itamaraty acompanhou a situação desde o momento da interceptação.
Thunberg alegou que a operação não foi planejada como ação midiática, mas como uma tentativa real de levar suprimentos a Gaza. Ela mencionou que uma expedição anterior, com um barco maior, foi cancelada após bombardeios.
A ativista de 22 anos não especificou qual será seu próximo destino, mas indicou que seguirá atuando em defesa da população Palestina. O bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza foi intensificado após a escalada do conflito com o Hamas em outubro de 2023, gerando agravamento das condições humanitárias no território.