Bolsonaro responde por crimes que podem chegar à 43 anos
Nesta terça-feira (2), Jair Bolsonaro e seus aliados serão julgados pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), junto com mais sete aliados

O “núcleo crucial”, como são conhecidos os oito réus (o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados), serão julgados a partir de amanhã (2), acusados de cometerem cinco crimes, pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além de Bolsonaro, serão julgados também Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno, que foram ministros no governo do ex-presidente; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência.
Crimes que Jair Bolsonaro e aliados respondem
Os oito réus serão julgados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada; dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Juntando todos, a pena pode chegar até 43 anos.
Julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados (Vídeo: reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)
Início das investigações
Em fevereiro de 2024, a Polícia Federal deu início as investigações, onde foi apontado que Jair Bolsonaro e seus aliados poderiam estar envolvidos no plano de golpe de Estado, através de fake news, tentando dar início a uma intervenção militar. Após a investigação, o ex-presidente foi indiciado pela PF em novembro de 2024, por golpe de Estado e mais dois crimes.
Um ano depois, em fevereiro de 2025, o “núcleo crucial” foi denunciado pela PGR, acusados de estimular e realizar atos contra o Estado Democrático de Direito. A Primeira Turma do STF, em votação, tornou o grupo, por unanimidade, réus por golpe de Estado.
Em agosto deste ano, Jair Bolsonaro foi condenado à prisão domiciliar, pelo Ministro Alexandre de Moraes, por descumprir medidas cautelares, quando participou de uma manifestação, por chamada de vídeo.
Se for condenado, o ex-presidente deve cumprir sua pena em prisão domiciliar, devido a sua idade e saúde. Os outros acusados podem ter a progressão do regime para o semiaberto, podendo até ter a pena reduzida, dependendo de seu comportamento, além de trabalhos, estudos no período de reclusão.