Bolsonaro responde por crimes que podem chegar à 43 anos

Nesta terça-feira (2), Jair Bolsonaro e seus aliados serão julgados pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), junto com mais sete aliados

01 set, 2025
Jair Bolsonaro ao lado se seus advogados, ao ser interrogado no STF | Reprodução/Fellipe Sampaio/STF
Jair Bolsonaro ao lado se seus advogados, ao ser interrogado no STF | Reprodução/Fellipe Sampaio/STF

O “núcleo crucial”, como são conhecidos os oito réus (o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados), serão julgados a partir de amanhã (2), acusados de cometerem cinco crimes, pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além de Bolsonaro, serão julgados também Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno, que foram ministros no governo do ex-presidente; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência.

Crimes que Jair Bolsonaro e aliados respondem

Os oito réus serão julgados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada; dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Juntando todos, a pena pode chegar até 43 anos.


Julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados (Vídeo: reprodução/YouTube/Domingo Espetacular)

Início das investigações

Em fevereiro de 2024, a Polícia Federal deu início as investigações, onde foi apontado que Jair Bolsonaro e seus aliados poderiam estar envolvidos no plano de golpe de Estado, através de fake news, tentando dar início a uma intervenção militar. Após a investigação, o ex-presidente foi indiciado pela PF em novembro de 2024, por golpe de Estado e mais dois crimes.

Um ano depois, em fevereiro de 2025, o “núcleo crucial” foi denunciado pela PGR, acusados de estimular e realizar atos contra o Estado Democrático de Direito. A Primeira Turma do STF, em votação, tornou o grupo, por unanimidade, réus por golpe de Estado.

Em agosto deste ano, Jair Bolsonaro foi condenado à prisão domiciliar, pelo Ministro Alexandre de Moraes, por descumprir medidas cautelares, quando participou de uma manifestação, por chamada de vídeo.

Se for condenado, o ex-presidente deve cumprir sua pena em prisão domiciliar, devido a sua idade e saúde. Os outros acusados podem ter a progressão do regime para o semiaberto, podendo até ter a pena reduzida, dependendo de seu comportamento, além de trabalhos, estudos no período de reclusão.

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